Um momento de relax na vida de Mariana, apenas, não é só do tráfico que se vive rs.
Não deixem de escutar as músicas do capítulo...
Capitulo 4 - As velas do Mucuripe...
CAPÍTULO 04 - As velas do Mucuripe, vão sair para pescar...
Cheguei essa manhã a Fortaleza, aqui é uma cidade neutra, não tenho contatos, não tenho missão, venho apenas para diversão, aqui posso ser simplesmente Mariana Pinho Trasi, trinta e cinco anos, engenheira florestal, por uns dias deixei para trás um pouco a rotina exaustiva que tenho e tirei uma semana para descansar de tudo, lógico que trouxe Christian, meu segurança, pedi que ficasse me observando de longe, avisei que não queria ser incomodada e nem saber de sua existência, não queria ter a chateação de esbarrar com ele no hall do hotel, mas pedi que permanecesse na minha cola, infelizmente é uma medida necessária e por enquanto não consegui nem ver sua sombra, sei que está registrado aqui, já chequei essa informação, nada como um bom dinheiro para resolver pequenos problemas como a "privacidade" de um hóspede. Sempre que venho fico no mesmo lugar, o Náutica Park Hotel, um pequeno paraíso em forma de barco ancorado em plena Praia de Iracema, um luxo que posso me dar, me hospedo na suíte luxo, o quarto fica de frente para o mar, é lá que posso respirar, sem pensar em números e animais, deixei Ian tomando conta de tudo, espero que ele não consiga estragar tudo e muito menos que não interrompa meu descanso no paraíso.
Tomei um banho, salvando os cabelos com uma touca, coloquei o roupão macio e cheiroso que estava em cima da cama, e após vesti-lo, espreguicei meu corpo lentamente e fui até a janela sentir a brisa do mar, agradeci por me permitir ter essa pausa, a seguir troquei de roupa, pus um biquini descontraído estampado com araras azuis, muito verde e um bicho preguiça, ri achando graça da ironia, mas, foi o único tomara que caia que havia na lojinha do hotel, por cima pus uma saída de praia branca de algodão com rendas e desci em direção a piscina.
Mal cheguei e já fui atendida por Laurence, uma francesa, estudante de Hotelaria que me atendia sempre que podia, tanto na piscina, quanto na minha cama, adorava aquele jeitinho meio tomboy, com suas tatuagens nos braços e piercing argolinha no nariz, seus cabelos eram lisos, meio espetados e curtos, pintados de branco e geralmente com as raízes negras aparecendo, ficava bem charmoso no seu rosto simétrico e delicado, a beleza se acentuava ainda mais graças a um enorme franjão que caia por cima do seu rosto, ela pagava de boy, mas, era uma lady na cama, e isso me fez rir ao lembrar, olhei o corpo malhado pela a academia e pensei que dessa vez não estava muito afim, queria algo novo, mas, não podia dispensá-la de cara, se não aparecesse ninguém mais interessante, ela bem me serviria.
- Olá Mariana, bem vinda de volta - Falou em melhor português do que o ano passado.
- Bom dia Laurence, pode me trazer uma lagosta no bafo e aquele drink delicioso com água de coco, vodca e hortelã, como chama mesmo?.
- Condessa, e mais tarde, já tem planos?.
- Ainda não gata, mas, se resolver alguma coisa te ligo...
Laurence saiu para preparar o que pedi, era clara a sua decepção, ri e torci para que ela não cuspisse no meu pedido e nem preparasse tudo de qualquer jeito, mas, ela não o fez, tudo estava delicioso, após tomar o drink pedi um refrigerante e fiquei observando a piscina, estava já desanimada, não tinha ninguém que me agradasse, havia alguns casais em lua de mel, outros tentando reviver as delícias do casamento, outros estavam em viagem de negócios, também tinha um traficante metido a fino, todos previsíveis e enfadonhos, foi quando de longe as vi, duas gatas, uma loira com cara de patricinha e a outra mais malhada, com cara de personal trainner, seus cabelos eram meio avermelhados com mexas douradas e tatuagens pelo braço, gostei das duas, estava evidente que eram namoradas, passei a língua na boca já desejosa, e lembrando que há muito tempo não fazia um ménage à trois de responsa, falei só para combinar com a música Pedra de Responsa de Zeca Baleiro que estava tocando.
Peguei minhas coisas e atravessei o espaço da piscina, para sentar ao lado das duas, a morena correspondeu ao meu sorriso e chamei novamente Laurence, pedi uma água de coco dessa vez, me pareceu bem saudável e fiquei esperando a hora certa de dar o bote.
- Bom dia meninas...
- Oi, bom dia, como vai?, sou Janine e essa é Alice.
- Prazer, Mariana, estão de férias?.
- Sim, viemos comemorar nosso aniversário de casamento e você?.
- Vim descansar um pouco, infelizmente sozinha.
- Ah, na hora certa a pessoa vai aparecer, o importante é estar bem.
Estava animada com o assunto que parecia evoluir quando vi que duas meninas se aproximavam com uma babá e um bebê de colo. Janine pegou a bebê e me apresentou, tive que fingir que achei a coisa mais linda do mundo aquele projeto de gente com meu maiô de dinossauro, era tão branca que refletia, as suas bochechas eram tão rosas que parecia maquiagem e em cima da sua cabeça tinha uma penugem prateada e sorria sem nenhum dente na boca vermelha.
- Essa é a nossa filha, Malu tem 7 meses e meio, e essas são Camilla e Maitê.
Passei a mão na cabeça das duas e dei um beijinho na bebê, o quadro familiar me pareceu infernal, só queria sair dali, era evidente que com aquela tropa toda e aquele clima todo de lua de mel familiar, nada ia rolar, queria ir embora, voltar a minha caça, mas, o que parecia estar ruim, se tornou ainda pior, quando não sei como a morena me deu a bebê nos braços, a menina ria solto e enfiou a mão na parte de cima do meu biquini deixando um dos seios a mostra, rapidamente entreguei a menina para a mãe e fingi que tinha achado engraçado, de longe vi Laurence rindo solta, escrota, se tinha alguma chance de rebol*r gostoso em minha boca tinha acabado de perder, parece que ela entendeu o recado que transmiti apenas com os olhos, pois passei a ser atendida por um rapaz.
Me despedi da Família Honey, Honey e voltei para uma mesa mais afastada possível, bem do outro lado da piscina, tudo o que não queria era um clima familiar estragando meu doce recesso.
Estava entediada quando a vi, cabelos negros com dreads, olhos verdes quase transparentes e pele negra, já fantasiei a noite que passaria com ela, posicionou-se no palco que nem havia percebido que estava montado e começou a cantar "Mucuripe", tinha a voz forte e uma afinação que nunca tinha visto antes, sua voz lembrava bastante a de Elis Regina, mas, tinha uma assinatura própria, a música estava com uma cara nova, sem perder suas particularidades, não entendo muito, sei que foi uma massagem nos meus ouvidos, apertei com as coxas o centro do meu prazer quando ela sorriu correspondendo aos meus olhares insistentes, tentei prestar atenção na melodia, ia ser a forma de iniciar uma conversa após o seu show, não sabia como, mas, ia dar um jeito de me aproximar, quanto a música, eu apenas arranho um violão muito do safado, mas, quando adolescente me ajudava a conquistar as meninas, e fiquei ali, perdida na beleza e no talento da moça. Quando ela terminou de cantar o repertório, finalmente se apresentou "Prazer, sou Pietra Menezes e acompanho a banda Zingara", após os aplausos, ela agradeceu e saiu de mansinho.
Já julgava ter perdido a caça quando por sorte a vi retornar, a cantora havia trocado de roupa e deitou ostentando aquela beleza negra com um biquini vermelho minúsculo em uma espreguiçadeira na borda da piscina. Fui até lá e simplesmente disse:
- Oi...sou Mariana, gostei bastante da sua apresentação, parabéns.
- Pietra...obrigada, escolho com carinho o repertório.
- Eu não trouxe meu violão, mas, adoraria tocar informalmente contigo, sua voz é de hipnotizar, sua presença de palco é fantástica, parecia um anjo negro com as vestes esvoaçando.
A cantora tirou os óculos escuros no rosto, espremendo os olhos verdes para me observar e pediu.
- Querida, você pode só dar uma afastadinha, está atrapalhando o meu sol.
- Ah claro, me desculpe. Pietra, o que acha de aproveitar a noite cearense comigo?, fico imaginado como sua voz deve ser melodiosa em todos os momentos.
- Mariana, sou daqui, conheço bastante a noite de Fortaleza, depois, posso falar?, cara...na boa...suas piadinhas são tão pouco originais e definitivamente não têm a menor graça.
Eu a fuzilei com o olhar e já ia saindo quando vi um rapaz do tamanho de um armário quatro portas se aproximando.
- Oi meu gato...
- Oi gata, tudo bem?.
- Tudo ótimo, arrumamos uma fã, esta é Mariana, ela estava aqui dizendo o tanto que gostou da nossa banda, amor, entrega aquele cartãozinho para ela, vai...
O "armário", que descobri ser o percussionista da banda me entregou o cartão sorrindo, depois que me despedi ainda vi quando o cara de muita sorte se agachou, puxando uma outra espreguiçadeira para junto de Pietra, que o envolveu pelo pescoço e deu um beijão daqueles de cinema. Fazer o quê, não se pode ganhar todas, não é mesmo?.
Quando senti que ia ficar com fome, subi para tomar banho e trocar de roupa, escolhi algo simples, uma bata bem soltinha de algodão com uma tela mesclada de verde e rosa claros, short branco e rasteirinha, desci até o Morango Gourmet, o restaurante do hotel, acenei e pisquei quando vi que uma antiga amiga Lupe Duailibe estava cantando, era uma das suas músicas autorais, ela acenou com a cabeça e me sentei o mais escondida possível, depois do fora fiquei na minha, pedi o cardápio e escolhi um prato típico, Moqueca cearense com baião de dois com bastante queijo e suco de graviola, ainda vi de longe o Casal Honey me convidando para almoçar com elas, mas, quando olhei aquela penca de crianças vindo, desisti, girei os dedos avisando que depois passaria por lá, cruzes, quero comer com calma, sem as meninas tagarelas falando e nem aquela bebezinha fazendo seus barulhinhos alegres, já estava tranquilamente comendo a minha cartola, uma sobremesa típica deliciosa, feito com bananas fritas na manteiga, queijo de coalho derretido e colocados em cima das bananas com canela e açúcar, quando a vi, era uma ruiva maravilhosa, ela estava duas mesas depois com um moreno até estiloso, sorri quando ela piscou discretamente e com o olhar me mostrou o caminho do banheiro, terminei de comer e sai em direção ao local indicado. Não deu tempo nem de me apresentar, mas, deu tempo de ver que tinha um olho azul e outro verde, a diferença não era tão perceptível, era preciso analisar de forma cuidadosa, ela estava com uma fome que parecia que tinha vindo do deserto, suas mãos eram ágeis e nem me deu tempo de tocá-la, suas mãos tiraram a parte de cima da minha blusa, levando os lábios carnudos em direção aos meus mamilos, ela me devorou com estilo, poderia até dizer que saiu palitando os dentes, estava tudo delicioso, mas, percebi que estávamos demorando demais, então perguntei baixinho em seu ouvido:
- Você não acha que o seu namorado não está estranhando a sua demora?.
Ela gem*u, e já seguia novamente beijando meu corpo em direção ao meu sex* quando respondeu.
- Humm, ele é meu parceiro...
- Seu o quê?.
- Renato, é apenas meu parceiro, somos policiais... - Falou gem*ndo baixinho enquanto falava com aquela voz rouca de arrepiar.
Dei um salto para trás e bati a cabeça na parede do box, ela riu de forma descontraída e seguiu brincando.
- O que foi querida, você não é bandida para ter medo de polícia, ou é?.
- Não, sou veterinária... - Menti, me tremendo mais do que vara verde.
- Vem aqui florzinha, tenho pouco tempo, daqui vou direto para o aeroporto, quero muito te provar mais um pouco, acho que viciei nesse seu gosto.
Deixamos o banheiro depois de ajeitar toda a bagunça que fizemos, havia uma fila enorme de mulheres irritadas e saímos pleníssimas, como se não tivéssemos entendido os olhares, a ruiva me deu um selinho, logo após me entregou um cartão elegante e sussurrou no meu ouvido "me liga florzinha", lá estava escrito "Dominique Ferraro", e embaixo, Delegada da Polícia Federal.
O resto da semana passou muito rápido, ainda tive alguns encontros furtivos, mas, nada tão marcante quanto o encontro com a tal delegada, olhei pela última vez o cartão que tinha deixado no bolso, rasguei em mil pedacinhos e joguei em um lixo qualquer.
Adeus Fortaleza, a gente se encontra no ano que vem...
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Anny Grazielly
Em: 09/03/2021
Eitaaaaaaa velho!!! Essa mulher só pode ser brincadeira..... que fogo eh esse?!?! Pega todas... kkkkk... estou achando que essa delegada ainda vai aparecer na história... kkkk
Resposta do autor:
Vamos seguindo...é tanta delegada nessa história kkkkk
florakferraro
Em: 06/12/2020
Fiquei com muita vontade de conhecer Fortaleza, essa florzinha é um porre. Kakakaka
[Faça o login para poder comentar]
brinamiranda Autora da história
Em: 07/08/2020
A florzinha ficou até zureta...tome kkkkk
[Faça o login para poder comentar]
brinamiranda Autora da história
Em: 06/08/2020
Bom diaaaaaa Gabi, pois é, a florzinha se deu mal demais rsrsrs muitos foras em um só dia...o seu coração conquistador deve ter ficado arrasado....bjsssss
[Faça o login para poder comentar]
Gabi2020
Em: 05/08/2020
Olá!!
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
A florzinha se deu mal, bem feito trouxa! Sabe aquele ditado? Quem muito escolhe...
É Mariana definitivamente não foi o dia da caça!!
Beijos e que venha o frescor da Patty!
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]