Cronica
Eu acho o mental uma coisa muito louca. É mais ou menos como tudo à minha volta: uso, mas não sei bem como funciona. Sua existência, porém, é quase tátil!
Estava eu aqui sentada em meu posto, costas eretas, ouvindo o som do vento na fresta da janela. Moro numa cidade que venta demais e, cá entre nós, confesso que às vezes fico imaginando que um dia o vento vai ser forte o suficiente e, sei lá, vai derrubar o prédio. Há rumores de que há cupim na estrutura (“rumores” certificados com laudo, mas todo mundo se faz de sonsa. Ou não tem perigo, vai saber).
O fato é que aqui venta. Muito. E eu me distraio muito facilmente, então até o som da brisa me faz brisar e quando vejo é meia hora olhando para a janela semifechada e uma crônica na cabeça.
Por sorte nunca precisei morar na rua, mas esse sempre foi um temor presente na minha cabeça (sou perita, entre outras, em criar cenários péssimos para mim mesma, desde sempre). E nesses dias mais gelados, como hoje, com o vento mais presente, fico sempre tão feliz de ter uma janela que impede que o frio entre!
No meu recente devaneio (dois minutos atrás) mentalizei cores vibrantes preenchendo minha casa, cada pedacinho, em gratidão por estar aqui (protegida, bem quentinha). Tenho um comando de “emanar amor” que pratico já há alguns anos, e que quase sinto no meu corpo! Emano amor nesse instante, por estar em casa, por ter um teto. E isso gera as cores e tudo brilha nesse momento!
Cada vez mais me sinto associada a este ambiente, como uma tartaruga.
Esse isolamento está mexendo comigo!
Fim do capítulo
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LuBraga
Em: 26/06/2021
Sou nativa de uma ilha então a presença do vento é sempre constante e querido, mesmo que por hora esteja longe da minha ilha que amo de paixão.
Algo que cultivamos é esse pensamento e sentimento de gratidão por termos um abrigo quando vemos ao redor muito que nem isso tem...
Na cidade em que me encontro além do vento que às vezes some, tenho que lidar com o frio quando chega e pra quem vem do litoral, praia, sol e água de coco é dolorido a adaptação rsrsrs, mas sigo em frente fazendo do limão uma limonada rsrsrs
P.S.: Adoro um biquini cavadão , tanto a banda quanto a peça íntima kkkk
P.S.S.:essa música em particular, Vento ventania, é uma das minhas favoritas, me sinto livre quando a canto
Bjs Caribu
Resposta do autor:
Saudades de usar biquíni!rsrs
Que delícia de comentário, depois de tanto tempo! Até reli a crônica, grata por isso!
Adaptações são sempre difíceis, e fico feliz que, do limão, vc esteja fazendo limonada. Eu sempre tenho a tendência a espremer o limão no meu olho rsrs
Boa sorte pra gente!
Beijos!
P.S.: tb me sinto livre quando voo/canto essa música <3
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