Eva

 Saí do quarto a procura de Clarice, mesmo ela mexendo comigo  precisava ver o resto dos arquivos, desci as escadas e fui até a sala e nada , fui a cozinha e ela tambem não estava lá, Ouvi um barulho e segui até o quintal, me deparei com uma cena que me deixou em transe, Clarice nadava feito uma atleta numa piscina enorme, ela estava num maiô branco e a cada braçada conseguia ver seus músculos definidos em contato com agua , fiquei olhando por alguns minutos, ela tinha um folego impressionante .Me sentei em um cantinho da piscina e coloquei os pes na agua, fiquei aguardando ela terminar o seu exercício, na verdade não conseguia tirar os olhos dela, cada movimento me encantava ainda mais.

Quando ela parou do outro lado da piscina ,. Notei que ela não tinha me visto e resolvi chamar sua atenção :

- Você nada super bem ! Tem  um folego invejável , se sou eu já teria desistido na segunda volta. Você faz natação desde sempre? 

Ela se virou meio surpresa, pensou um pouco afundou na piscina e veio em minha direção, senti meu coração parar quando ela emergiu em meu lado, bem próxima a minha perna, meus olhos escorregaram sutilmente  para o decote do maiô. Ela me explicou que era por influência dos pais, me falou um pouco de sua infância e saiu da agua .

Fiquei quieta perdida em meus pensamentos , como uma pessoa que aparentemente teve uma infância e pais dedicados se torna uma justiceira ? Mas meus pensamentos foram cortados por uma das cenas mais sexys que já ví na vida, Clarice estava de costas para mim se secando lentamente, aquele maiô branco colado em seu corpo, o bumbum durinho e as pernas torneadas, os músculos das costas e braços eram deliciosamente fortes sem deixarem de ser femininos, fiquei babando e pra piorar minha situação ela tira o maiô e põe o roupão. Juro que eu queria não olhar, que eu queria virar o rosto, mas era mais forte que eu, passei e língua entre meus lábios que estavam entreabertos e dei um longo suspiro. Clarice se virou devagar e estendeu a mão para me ajudar a levantar dizendo :

- Vamos, quero terminar o que começamos .

Meu cérebro bugou na hora, como assim terminar o que começamos, será que ela tá faland o de ....... E Clarice parecendo ler minha mente concluiu :

- Quero que termine de olhar os arquivos. Você vai entender melhor os meu atos!

Saí do meu estado de transe, segurei em sua mão ficando em pé e a acompanhei até o escritório. Clarice pediu para aguardar e entrou no banho, poucos minutos depois ela voltou e um cheiro delicioso tomou conta do ambiente era o seu cheiro...era aconchegante, algo inexplicável .

Ela pegou o restante dos arquivos sentou ao meu lado no sofá e preocupada me perguntou:     

- Eva, você tem certeza que quer ver tudo isso ? São coisas sujas de pessoas supostamente boas. Isso não vai ser muito fácil de assimilar!

Vendo a sinceridade no olhar de Clarice, peguei em sua mão apertando levemente respondi :

 - Eu quero Clarice, nesse momento tenho necessidade de entender tudo o que está acontecendo. Preciso das respostas e não to falando só como policial, to falando como mulher, como tia de duas meninas e como alguém que quer ser mãe um dia. Esse tipo de gente não pode ficar impune, preciso entender tudo sobre esses “lobos na pele de cordeiro”.

Ví Clarice respirar fundo e me entregar mais uma das pastas de arquivo.

Os arquivos de Clarice eram todos muito bem montados no estilo policial, na primeira pagina a foto e os dados da pessoa e dentro as fotos e depoimentos todos em ordem cronológica. Quando abri a pasta seu olhar era atento e preocupado.

Quando abri a pasta entendi sua preocupação, era a foto de um padre da comunidade. Quando ele foi assassinado houve uma comoção pois ele era um “santo” que oferecia creche grátis em sua paroquia e dava aulas para crianças até dez anos. Aquilo me deu enjoo, as fotos eram perturbadoras. Como o ser humano pode ser tão miserável?!

Fim do capítulo