Olá meninas, o livrinho está chegando ao fim, obrigada a todas pelas mensagens e comentários, tem alguns capítulos a mais por ai, só para fechar as histórias das personagens. ah, em breve vem outro livrinho meu...espero que também gostem.
Capitulo 24 - A batalha final - Parte II
CAPÍTULO 24 - A Batalha Final - Parte II
Bruna olhava tristemente suas últimas partículas sendo levadas pelo vento, enquanto enxugava as lágrimas que caiam em sua face, não estava acreditando no que tinha feito, havia trocado as palavras finais do feitiço, pensou que tivesse decorado tudo direitinho, mas, o tiro realmente tinha saído pela culatra. Sem nada mais a ser feito, sentou na arena pensando o que faria desse dia em diante e parou uns instantes para olhar Janine tentando buscar um ponto de equilíbrio, não estava mais acostumada a carregar um corpo tão denso, seria tudo muito cômico se não fosse trágico.
Com muita dificuldade, Janine levantou, olhou para si assustada, com a mão direita sentiu o bater do seu coração, apalpou sua pele, puxando forte os cabelos para logo gritar um "ai" e novamente tentou buscar o equilíbrio sem conseguir, caiu na pedra cortando superficialmente a mão, "Alice, olha, é sangue". Olhou em sua volta até se deparar com Bruna que estava encolhida na posição fetal, sentiu uma grande empatia por sua situação, aproximou-se lentamente, trouxe o espírito para junto de si e falou baixinho:
- Bruna, você sabe, se eu pudesse, devolveria teus fluidos vitais e sua vida, me desculpe mesmo por não ter como fazer isso, infelizmente é irreversível, depois o seu corpo já virou pó...
Vendo a sinceridade da sua maior adversária, Bruna levantou-se emocionada, mas, não ia jamais dar o braço a torcer.
- Pode parar, detesto que minhas rivais tenham peninha de mim, saiba que vou dar o meu jeito, eu aprendo a ser espírito, e não vou fazer falta a ninguém, mal tenho família, não tenho amigos, tudo o que tenho ficará com Letícia, mas, eu vou me reerguer sozinha, como sempre fiz...
Irina fechou o campo de batalha, olhando entediada a todos.
- Essas é uma das coisas que nunca suportei, odeio essa dramaticidade toda e falta de praticidade, vamos encerrar logo isso que a batalha final vale muitos pontos e ainda tenho chance de sair vitoriosa daqui, e tendo Alice como consorte, se tem uma coisa que me ensinaram foi ter muito prazer no sex*, nisso vocês tem razão, é uma delícia aquele ato tão primitivo...
Janine olhou em direção a Bruna oferecendo sua mão.
- Bruna, eu não posso te devolver sua vida corporal, mas, eu posso ajudar na sua nova vida espiritual. Me permite?.
- Tá, que seja...
Janine fechou os olhos, chamando Noah até onde estava, o mentor veio imediatamente e sorriu ao olhar Janine em sua nova forma percebendo algumas diferenças sutis e outras nem tanto, os cabelos tinham adquirido uma coloração diferente, estavam cor de chocolate, com algumas mechas aloiradas como se tivesse feito luzes, a pele morena estava um pouco mais clara, com um leve rosa nas faces, os olhos estavam um pouco mais puxadinhos, as íris iam de um verde suave até o cor de mel, seu corpo estava mais definido e com muitas curvas, o rosto continuava delicado, mas, estava mais simétrico e anguloso.
- Obrigada por vir Noah, queria que levasse Bruna contigo, essa amiga está precisando de ajuda...
Bruna olhou novamente para Janine, ficando irritada com a bondade de sua adversária.
- Se não quiser me levar Seu Noah, pode deixar que não sou criança e sei muito bem me virar.
Noah estendeu a mão em direção a cabeça de Bruna, que adormeceu na mesma hora, e antes que caísse a ajeitou em seus braços, sorrindo para Janine.
- Sempre tive muito orgulho de você querida, pode deixar que vou cuidar e preparar essa alma para reencarnar em breve, estou vendo que vou ter bastante trabalho pela frente, mas, não vou desistir. Boa sorte Janine, que sua vida seja plena e que você conquiste toda a felicidade que lhe roubaram em 1968.
Irina cruzou os braços, olhando a todos ainda mais irritada.
- Como é, vamos ou não terminar com isso Alice?. O senhor já fez sua aparição, muito prazer, Irina, agora pode seguir seu rumo levando Bruna contigo, já fiz e desfiz essa arena umas três vezes pelo menos. Alguém do time das bruxas faça o favor de vir ajudar essa moça, parece um bebê de fralda aprendendo a andar.
Irina tentou disfarçar, mas, todos perceberam seu olhar para Janine, "nossa, ela está ainda mais linda do que já era, aliás, está bem mais interessante, podia levar as duas como prêmio, hein?". Mas, Janine conseguiu ler seus pensamentos, levantou rapidamente, apertou os olhos, colocando a mão no coração e fazendo uma careta.
- Neeeeeeem pensar Irina, sai fora, pode tirar essa fantasia de sua cabeça, era só o que me faltava, esse mutante do submundo querendo fazer um trisal. Eca... - Falou e levou o dedo a garganta como se fosse vomitar, o que fez com que todos rissem, até a equipe adversária, que novamente calou com o gélido olhar de Irina.
- Humm, que seja...Alice, vamos ou não continuar isso?. Temos um longo caminho pela frente.
- Claro Irina, tenho pressa de voltar para casa.
- Vai sonhando garotinha, você vai sim, vai é para Aldebaran comigo...Hahahahah.
- Se fosse você, não contava com isso Irina.
Já havia amanhecido e a batalha ainda continuava, tanto Alice, quanto Irina demonstravam evidentes sinais de exaustão e alguns ferimentos, mas, nenhuma das duas estava disposta a desistir, muita coisa estava em jogo. Irina preparava um feitiço quando ouviu uma voz infantil vindo em sua direção.
- Já chega papai, quantos precisam morrer para que essa guerra termine?. Veja, olhe o quanto você já perdeu, o seu melhor e mais fiel aprendiz Kevin, seu filho Luran, e até a cabeça oca da Bruna, já basta disso, ninguém tem culpa pai, ninguém tem culpa das suas frustrações, as coisas são como são. Se não sabe o que é amor, você pode aprender, posso te ensinar, mas, para isso precisa corrigir algumas coisas...
- Maitê... - Gritou Sâmia de longe abraçada a Zefa, conhecia a filha, entendeu o que ela estava disposta a fazer.
- Calma mãe, eu entendi perfeitamente a minha missão, eu sei o que estou fazendo.
A menina foi caminhando em direção a arena, a cada passo que que se aproximava de Irina, seu corpo ia se transformando, quando parou, aparentava cerca de quinze anos, apagou com facilidade tudo o que o pai havia construído no lugar e seguiu com suas ordens.
- Primeiro, quero que junte as partículas de Bruna agora, ela tem família sim, e os seus amigos e familiares tem todo o direito a enterrar seu corpo, seja discreto e dê esse alento a eles, um ataque do coração é uma excelente desculpa. Outra coisa, pode libertar agora os corpos que roubou da verdadeira Irina e Carlos Eduardo, eles merecem ter uma nova chance, sei que gostou do sex* lésbico, então, que replique, mantenha um corpo igual da Irina original, mas, libere as almas dos dois, sei muito bem da prisão que os mantém, ah, tem outra coisa, apague o DNA das crianças que gerou, não vai precisar delas, eu vou com você, por um ano pai, você tem um ano para mudar a sua vida, depois de um ano eu volto para Terra e você vai apagar da minha memória tudo o que acontecer em Aldebaran, me dando em troca outras lembranças, vamos construir um clone meu que irá cuidar com todo amor, e vou seguir minha vida como uma criança humana qualquer, estamos entendidos?.
- Si, sim...minha filha!.
As pessoas que caminhavam na Praia do Arpoador passavam despreocupadamente, apenas seguiam o seu dia e a sua vida, todos estavam na esperança que 2019 fosse ainda mais feliz que 2018, é verdade que algumas pessoas paravam para olhar atentamente, enquanto outras olhavam de soslaio aquele grupo de mulheres lindas e exóticas, no entanto, só as bruxas sabiam o quanto aquele dia terminou da forma mais incomum possível, só elas puderam ver quando uma grande nave surgiu, deixando para trás duas pessoas que não estavam entendendo nada do que estava acontecendo. Maitê seguiu com Irina replicada e outros do seu bando, deixando, mesmo que por um tempo, não apenas o seu planeta, mas, a sua vida.
A verdadeira Irina abriu os olhos, olhou o rapaz de grandes cabelos negros desmaiado ao seu lado sem entender nada. Levantou lentamente, olhando a beleza da paisagem ao seu redor, querendo entender onde estava. Melissa se adiantou indo até a pedra com a intenção de ajudá-la.
- Prazer, sou Melissa...
- Prazer Irina, onde estamos?.
- Rio de Janeiro, você não é daqui?.
- Não, sou de Curitiba, meu Deus, como vim para aqui?. A última coisa que eu me lembro foi que estava em um recital, ouvindo Meditation de Massenet, o resto, não lembro, que roupa é essa que estou?. Melissa, desculpa perguntar...nós?, bom, você entende, né?...
- Não, ou ainda não Irina, e não se preocupe, você vai ter tempo de lembrar de tudo, venha nós vamos te ajudar.
Depois de uns minutos o rapaz levantou, percebeu que vários pares de olhos lhe observaram atentamente, era Sâmia ladeada por Zefa, Alice e Janine.
- Oi, como vai?, como é seu nome?.
- Carlos Eduardo, o que estou fazendo no arpoador?.
- Não sabemos, você não lembra?.
- Eu moro no Jardim Botânico, não sei como vim parar aqui, ai racha, não estou lembrando é de nada, será que um bofe me deu um boa noite Cinderela?. A última coisa que lembro é que estava na boate com um bofe escândalo, de repente acordei cercado por vocês, de onde vocês vieram?, de uma festa a fantasia, foi?.
...
Fim do capítulo
Quem pensou que Sâmia ia desencalhar? hahahaha...em breve meu povo, em breve.
Comentar este capítulo:
rhina
Em: 04/08/2020
Autora sua danada.
Vc foi magnânima .
Sempre que se ia por um caminho.....era o caminho contrário.
Maravilhoso.
Bruna mais uma vez foi ao extremo......caracas. Onde ia pensar nisso.
Maitê..... Carambolas.....autora vc arrasou.
Janine.....meu amor janine.....sem palavras.
E pegadinha da Samia.....autora danada
Rhina
Resposta do autor:
Obrigada Rhina, realmente o livro deu muitas reviravoltas inesperadas até para mim, na verdade, na boa, os personagens seguem por caminhos não esperados, sabia?, Bruna é isso, um turbilhão, na verdade queria finalizar com ela reencarnando como a filha de Alice e Janine, mas, achei melhor deixar no ar...Janine é preferência, né?, uma alegria, já quero uma aparição dela no meu segundo livro, saudades....Sâmia eu pensei em junta-la ao bofe, mas, ia ser muito lugar comum...não acha? rsrsrs
Anny Grazielly
Em: 30/07/2020
Kkkk... adorei
fiquei triste com a ida da pequena para longe da mae, mesmo que por pouco tempo...
Resposta do autor:
Verdade, mas, foi necessário para manter o equilíbrio entre os dois mundos...
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Marta Andrade dos Santos
Em: 26/07/2020
Kkkkk não foi mesmo ...
Resposta do autor:
Oh Marta, depois até senti a decepção de Sâmia ao ver que o cara era gay kkkk mas achei que seria muito lugar comum esse final...
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brinamiranda Autora da história
Em: 26/07/2020
Esperem para ver a primeira crise de TPM de Janine hahahahha
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