O confronte final por ser muito detalhado foi dividido em duas partes...espero que gostem...ouçam as músicas deixadas no link ajudam bastante na ambientação.
Capitulo 21- O confronto final - Parte I
CAPÍTULO 21 - O confronto final - Parte I
Assim que acordou, Alice espreguiçou lentamente, esticando seu corpo para um lado, depois para o outro e seguiu na intenção de tomar um banho demorado, encheu a banheira colocando a seguir uma das essências de banho que tinha, mas, fazia muito tempo que não usava, escolheu champagne com morangos, antes de mergulhar nas águas que exalavam um cheiro entre suave e doce, se enrolou em uma toalha, colocando uma música que gostava bastante para tocar, era "Ainda bem", de Marisa Monte, e foi com essa música que entrou na banheira.
Estava ainda cansada por conta da noite de amor com Janine, mas, se sentindo feliz e completa, embalada pelas lembranças, adormeceu novamente ao som da música e quando acordou o cd já tinha tocado inteiro e terminado, sabia que tinha sonhado com a avó, mas, não conseguia lembrar dos detalhes, tinha a sutil impressão que a avó queria dizer alguma coisa, mas, não conseguia lembrar e logo a imagem dissolvia em sua mente. Alice respirou fundo, achando que devia ser apenas saudade, assim que voltou ao seu quarto, viu uma imagem estranha, um corvo estava pousado em sua janela, mas, com sua aproximação assustou e voou para longe, tentou espantar o que viu, fechando as cortinas para trocar de roupa e logo seguiu para a cozinha, todos estavam tomando café da manhã, inclusive Chocolate e Charlote, que agora dividiam a mesma caminha, segundo Maitê eles haviam contado que estavam namorando e pensavam em aumentar a família.
Alice riu, pensando na possibilidade de ser avó e sentou na mesa abrindo a boca, ainda estava com muito sono, pediu que Zefa fizesse um misto quente, e enquanto isso preparou um enorme copo de chocolate com chantili.
Estavam comendo e conversando quando ouviram um barulho vindo da sala, aparentemente não era nada, mas, quando olharam para o chão um porta-retratos com uma foto de Alice abraçada a Helena tinha se espatifado inteiro, os cacos de vidro estavam espalhados, e quando Alice se agachou para junta-los, cortou a mão com uma das pontas.
- Alice, pode deixar que eu junto os cacos, vai com Sâmia pôr algo nessa mão, o corte foi superficial, mas, estranhamente parece que não vai estancar rápido.
Zefa sentiu um aperto no coração, mas, não sabia mensurar o que era, sentiu repentinamente muita saudade de Helena e deixou que as lágrimas descessem, enxugando-as com a barra do vestido, ao levantar os olhos viu a imagem da mulher que amava, estava planando no ar, aos seus olhos parecia mais um anjo, era Helena, a sua Heleninha bem na sua frente, no começo ficou assustada, mas, logo depois respirou e tentou ouvir o recado que a amada estava passando, foi em vão, alguma coisa interferiu, e logo a imagem desapareceu, "será que minha Helena estava pedindo reza?", como não sabia o que ela queria, foi até o quarto, acendeu uma vela branca, colocando um copo d'água do lado direito, rezando para o seu anjo da guarda, assim, se sentiu mais aliviada, espreguiçou, sentindo um sono intenso, queria manter os olhos abertos, mas, não conseguia, deitou na cama e adormeceu.
Maitê brincava no jardim, ouviu um suave som de uma flauta que vinha detrás de uma árvore, saiu correndo em direção ao som e viu uma menininha loira, de longos cabelos cacheados, estava olhando para o chão e tocando com uma expressão entre tristeza e medo.
- Oi, que música linda, não precisa ter medo, eu posso ver você, e você pode me ver?, sou a Maitê...
Mas, a menina nada respondeu, continuou tocando sua flauta e seguiu andando até o portão apontando nessa direção.
- Eu não posso sair sem um adulto menininha...
Só nessa hora a menina virou, olhando diretamente nos olhos de Maitê, para logo mais se transformar em Luran e dizer "oi irmãzinha".
Maitê nesse momento esqueceu de tudo, com a ingenuidade típica de uma criança correu para abraçar o irmão, estava com muita saudade, mas, o menino tornou-se adulto, e colocando a mão em sua cabeça fez com que a menina seguisse adormecida, de longe Chocolate e Charlote roncavam lado a lado.
O cheiro de jasmim novamente espalhou pela sala, só que dessa vez não tinha ninguém para receber Janine, que chegou animada ao som de "I've got you under my skin", cantado por Bono e Frank Sinatra.
- Ai família, decepcionante, viu?, preparo um surpresa e ninguém para me receber, estou vendo que tenho que caprichar melhor nos meus efeitos, assim não dá, como dói o desprezo familiar, se estão brincando de esconder, saibam que não tem a menor graça, estão ouvindo?.
Janine foi até o quarto de Alice, mas, ela não estava, seguiu ao quarto de Zefa e a viu adormecida, sentiu um forte cheiro ocre no ar e já ficou apreensiva, saiu correndo em busca das outras pessoas e quando chegou ao quarto recém construído e reformado de Sâmia, viu que ela e Alice estavam também adormecidas, Sâmia estava segurando um frasco de um antisséptico que estava derramado inteiro pela cama. Janine tentou despertar as duas sem conseguir, sentiu o mesmo cheiro ocre do quarto de Zefa e assustava pensou "nossa, que magia foi essa?". Foi quando lembrou dos cachorros e de Maitê, saiu correndo até o jardim, viu que Chocolate e Charlote também estava dormindo e o portão da rua aberto, nem sinal de Maitê. Na árvore cravado com a faca de cozinha estava um lacinho rosa que reconheceu como o da menina e um bilhete com uma caligrafia infantil "Esperamos vocês as 23h no Arpoador".
Janine não teve tempo de deixar as lágrimas caírem, sentou na sala e chamou o seu mentor. Noah apareceu, sentindo o cheiro ocre exalando por todo o ambiente.
- Fique calma Janine, não adianta se desesperar, sinto que todas estão vivas e bem, é o feitiço do sono, infelizmente cada qual está presa em um mundo diferente, vai dar trabalho busca-las, seja quem for que elaborou o feitiço, sabe muito bem não apenas o que está fazendo, mas, igualmente as conhece, sabe como prender cada uma delas com seu maior desejo.
Alice espreguiçou, rolou na cama e sentiu o corpo quente de Janine ao seu lado, sorriu e abraçou a namorada aconchegando-se em seu corpo em uma graciosa conchinha.
- Oi meu amor, já acordou dorminhoca?, estava aqui velando o seu sono, vendo você dormir.
- Janine, eu pensei que você não vinha, eu cortei a mão, vê...
Janine segurou a sua palma, dando uma lambida em toda sua extensão, fazendo com que o ferimento desaparecesse.
- Hummmm, que gostoso amor...
Alice levantou para sentar no colo de Janine que sentiu a umidade da namorada molhar toda a sua coxa exalando um calor que vinha do seu sex*. Alice beijou a namorada intensamente, para logo deitar, trazendo o corpo daquele que pensava ser a namorada para cima de si.
- Não tem coisa melhor do que fazer amor com você Janine, põe novamente aquela música da nossa última vez...
- Qual delas amor?.
- Nossa Janine, foi só uma, esqueceu foi?.
- Quero que você cante um trechinho pra mim, adoro sua voz no meu ouvidinho.
Alice cantou, e Irina revirou os olhos "que música mais brega".
- Amor, vou colocar uma melhor, bem diferente...quer ouvir?.
No ar ‘Sympathy for the devil" com The Rolling Stones.
- Agora sim, isso que é música, vem aqui amor.
Alice se aproximou, sentiu a mão de Janine percorrer por todo o seu corpo chegando até o centro do seu prazer, estava diferente, não era de todo ruim, mas, era selvagem, sexu*l*, sentiu os dedos da namorada escorregarem para dentro de si, e se contorceu de prazer, mesmo assim, sentiu que algo estava errado, muito errado, e antes que atingisse o orgasm* gem*u no ouvido de Janine perguntando:
- Amor, qual a nossa senha?.
- Alice, isso não é hora de perguntar, que importância tem agora, e que senha é essa?, vem amor, vem rebol*r gostoso da minha boca.
Alice cerrou a sobrancelha, girou o corpo, e com toda a sua força empurrou Janine para longe da cama.
- Você....não é...Janineeee....
Irina levantou dizendo:
- Não sou, é verdade, mas, isso não foi impedimento, você estava quase goz*ndo não é mesmo, querida??.
- Irina, sua cobra peçonhenta.
- Que deselegante dizer isso após o sex*, querida. Estou tão ofendida!!
Fazendo uma força hercúlea, Alice firmou o pensamento e foi pensando em Janine que conseguiu se libertar da prisão que a mantinha cativa em seu próprio cérebro, despertou como se estivesse se afogando e gritou:
- Janineeeeee...
Fim do capítulo
Irina sendo Irina...hahahahaha....
amanhã segue a parte II
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Marta Andrade dos Santos
Em: 23/07/2020
Misericórdia.
Resposta do autor:
É tiro, porrada e bomba dentro da magia kkkkkk
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