quem estava com saudade de Bruna ai? hahahaha ela voltou com todo o gás....para quebrar um pouco a tensão meu povo.
Capitulo 15 - Alice, aqui é a Bruna, a terrível
CAPÍTULO 14 - Alice, sou eu, Bruna, a terrível...
Os meses se passavam e o corpo de Alice não apresentava sinal algum de retorno, a loira seguia em repouso absoluto, estava em estado de coma, que nada mais é do que uma espécie de mecanismo responsável pela falta da manifestação da consciência, na Escala de Glasgow, onde os níveis de incapacidade mental são avaliados, Alice estava no nível 3, dessa forma, seguia respirando com ajuda de aparelhos, cheia de fios e de barulhos tão presentes em qualquer hospital, como não havia melhora e nem piora foi encaminhada a um quarto particular, onde poderia estar presente no dia a dia dos seus amigos e familiares.
Dra. Isa havia chegado três dias antes ao Brasil, vinda de uma especialização na Alemanha para tratamentos alternativos em pacientes em estado de coma. Assim que retornou ao hospital foi designada pelo médico-chefe para acompanhar o caso de Alice, que estava em coma aparentemente sem motivação. A médica chegou um pouco mais cedo ao plantão para analisar o caso, tomou um rápido café, pegou o prontuário e buscou um caderno dentro de sua gaveta, seguindo até o quarto.
A médica passou a mão nos cabelos cacheados que estavam presos, tirando a seguir os óculos de dentro do bolso, colocando no rosto, com o objetivo de analisar atentamente o quadro de Alice, fez alguns testes, suspirou alto para logo depois fazer algumas anotações. Assim que terminou todo o procedimento, parou uns instantes para olhar o rosto delicado e sereno de Alice que parecia apenas dormir, olhou em direção a porta e sorriu, como estava sozinha pode falar abertamente no ouvido da paciente, "nossa, como é linda, sabia que você é uma gata?, uma pena que esteja dormindo Alice, espero que volte logo, faço questão de te convidar para jantar", falou enquanto passava a mão em seu rosto.
Janine estava sentada em uma poltrona, há tempos buscava trazer Alice de volta, no entanto, sem sucesso, não aguentava mais namorar apenas pelo caderninho. Bateu palmas e estava feliz quando viu Dra. Isa entrar no quarto "agora vai meu amor", falou sorrindo mesmo sabendo lá no fundo que magia só se resolve com magia. Janine ficou atenta olhando todas as anotações que Dra. Isa fazia e percebeu que ela estava com muitas esperanças em relação ao quadro de Alice, suspirou feliz, estava animada, mas, tudo mudou ao escutar a médica elogiando a namorada, sentiu todo o corpo retesar e esquentar ao mesmo tempo, relembrando esse velho sentimento humano, o ciúme, olhou bastante séria para a médica franzindo a sobrancelha da forma que sempre fazia quando estava irritada e soltou um "é o quê?, uma médica piriguete dessas, vá se lascar", falou e soprou bem forte dentro do ouvido da Dra, que sentiu um calafrio estranho e coçou o ouvido rapidamente sem entender nada. Vendo que sua pequena travessura deu resultado Janine riu e voltou a soprar, só parou quando a médica falou "Cruzes, acho que tem algo estranho no meu ouvido", saindo rapidamente em busca de um outro médico. Janine sorriu, se sentiu o homem do trem do filme Ghost, para logo depois dizer, "mas, era só o que me faltava mesmo".
Baseado nos seus estudos, no dia seguinte, Dra. Isa fez uma reunião com a família de Alice, pedindo que conversassem diariamente com ela, tentando trazê-la de volta, explicou os inúmeros casos que conhecia, falando dos vários estudos que acompanhou e mostrando livros de muitos outros médicos que afirmavam que pacientes em coma podiam ouvir e que o contato familiar e com amigos seria essencial para o retorno, sendo também muito importante para os que a amavam. Lógico que acabou se arrependendo de não ter especificado como deveria ser a rotina de um paciente em coma, pois quando retornou na parte da tarde não acreditou na cena que viu, "nunca esperei que trouxessem um cachorro enorme que estava deitado calmamente no colo da paciente, fora isso trouxeram um violão elétrico com uma caixa para cantar mantras, uma criança exótica, um caldeirão gigante com ervas de onde saia fumaça, fora bonecas que não pude colocar a mão e vários cristais. Será que ela teve um Halloween tão importante ao ponto de chegar um grupo de mulheres todas vestidas de bruxas?" - Ao lembrar disso, Dra. Isa tentou abafar o riso e seguiu no corredor após dispensar as visitas peculiares para assim poder continuar o seu trabalho.
Bruna ia com bastante frequência visitar Alice, às vezes ficava um tempo maior, outras permanecia alguns minutos, mas, nunca deixava de ir, neste dia específico havia ido decidida, queria ter uma "conversa" definitiva com Alice, sentia que precisava disso para seguir sua vida, e quem sabe assim encontrasse um grande amor, sentiu que agora estava preparada para amar, queria sentir um amor tão forte e correspondido, tão falado em músicas e poemas que ficasse boba só de olhar a pessoa, e foi com esse pensamento que entrou no quarto. Viu que Zefa estava sentada da poltrona, deu um rápido aceno e encaminhou-se para falar com Alice, Zefa olhou de rabo de olho, nunca gostou de Bruna e sem falar nada saiu, deixando-a sozinha com a ex e foi encontrar com Sâmia no corredor.
- Alice, sou eu, Bruna, a terrível, olha quero te deixar livre, não se sinta mais culpada, lá no fundo eu gostava um pouco de você abrir precedentes para que eu tivesse outras mulheres, quer dizer, gostava muito na verdade. Bom, eu sabia que você não me amava, eu poderia ter ido embora, não é?, mas eu sempre ficava, não era porque te amava profundamente como pensou na última conversa, queria te fazer sentir culpada, mas, na verdade, ficava apenas só por um motivo, de um jeito ou de outro você me perdoava sempre, só que na última vez você quebrou o roteiro, Letícia, não tinha importância alguma, eu disse que estava apaixonada só para te machucar, é, eu sei, fiz feiúra, né?, será que pode me perdoar?. Sabe o que penso?, acho que na hora que me perdoar de verdade, eu vou encontrar uma pessoa, sei, você disse que me perdoou, mas, assim, tenho que confirmar não é?, ai, se você estiver me escutando dá um apertinho da minha mão. Alice, deixa te dizer, você tem que ver a sua vizinha, a tal Melissa, é uma gata, viu?, ela disse que você nunca foi visitar um lugar...eu esqueci o nome, aquele negócio onde as bruxas se reúnem...
Bruna estava falando baixinho quando Dra. Isa entrou no quarto, a morena virou o rosto e deu de cara com a médica encostada na porta, cabelos ruivos cacheados e doces olhos cor de mel, Bruna analisou todo o corpo da médica, através da roupa branca que escondia suas curvas.
- Bom dia, desculpa, não sabia que estava aqui..
- Tudo bem, prazer, sou Bruna, eu...eu já estava de saída - Falou fingindo uma tristeza maior do que realmente estava sentindo, enquanto isso, virou o rosto para onde Alice estava deitada, sorriu, enquanto pensou "nossa, que gostosa essa médica, você não vai ficar magoada se eu investir, não é Lila?".
Quando Bruna retornou o rosto estava com uma fisionomia tristonha novamente, a médica olhou compadecida e se aproximou, passando suavemente a mão no braço de Bruna, deixando a morena arrepiada.
- Sou a Dra. Isa, prazer, você é namorada dela?.
- Não, sou a ex, estou me sentindo tão culpada doutora, eu quis tanto amar a Alice, te juro, tentei com todas as minhas forças.
- Não se culpe, no coração não mandamos, não é?, venha, vou te levar até a minha sala, não se emocione tanto Bruna, é seu nome, Bruna, não é?.
- Sim - A morena respondeu, passando a mão nas lágrimas inexistentes e colando o seu corpo em um abraço apertado na médica, enquanto piscava para Alice.
Janine riu e olhou as duas aliviadas "essas se merecem" hahahaha...
Dra. Isa seguiu com Bruna colada ao seu corpo, afastando-se um pouco para pedir que o enfermeiro Marcelo ficasse observando Alice, pois neste momento tinha que atender uma de suas visitas que estava precisando de cuidados, pois havia ficado profundamente abalada após tudo o que viu. Dado o recado, Dra. Isa voltou a abraçar Bruna, levando a morena em direção a sua sala. Diante da cena que se desenrolava Zefa se levantou do sofá cutucando Sâmia por baixo da bolsa, enquanto olhava para Bruna com os olhos apertados em tom de reprovação, balançando a cabeça negativamente, para logo mais falar baixinho para Sâmia, "falsa", tendo como resposta "demais vovó, demais".
Bruna e Dra. Isa seguiram abraçadas para a sala da médica que se afastou novamente enquanto sorria e preparava algo de costas para Bruna "só um minuto querida", quando voltou entregou uma xicara de chá, e continuou a olhar ternamente a morena, falando com um tom mais baixo do que o de costume "tome devagar, vai te fazer bem, pode provar, é só camomila". Bruna provou o chá e sorriu, tentando disfarçar o quanto detestava isso, mas, teve que tomar tudo agradecendo no final, sorriu e seguia firme na encenação, respirando fundo, fingindo que estava acalmando a sua respiração aos poucos, enquanto isso Dra. Isa se adiantou, passando delicadamente a mão no seu rosto em uma carícia tímida. Bruna colocou a xícara vazia em cima da mesa, levando seu corpo até encostar no da médica, olhou firme nos seus olhos com seu olhar agateado e puxando a médica pela cintura, enquanto cheirava o seu pescoço, dizendo com sua voz rouca, "que cheiro bom doutora", depois disso, logo percebeu que a respiração da médica tinha se alterado e que as pupilas dos olhos cor de mel estavam dilatadas, enfim, a doutora não também não tinha resistido aos seus encantos.
Saiu da sala da médica com um sorriso no rosto e um cartão dentro da bolsa cerca de meia hora depois. Ajeitou o vestido amassado que caia desarrumado no corpo bem torneado, enquanto pensava "Bruna, Bruninha, a terrível, até que não está enferrujada querida, está certa, enquanto não encontrar a certa, segue se divertindo com as erradas".
Fim do capítulo
ai meninas, espero que tenham se divertido com o retorno de Bruna, a terrível e com o piti de Janine...rsrsrs...
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