Dessa vez não tem música, o capítulo é sinistro, mas, explica muita coisa...
Capitulo 13 - Vivendo entre dois mundos
CAPÍTULO 13 - Vivendo entre dois mundos
Alice abriu os olhos bovinamente, estava em uma sala totalmente branca, do chão ao teto, incluindo todos os móveis e a cama onde estava deitada, tentou se mexer devagar, e para sua surpresa viu que não estava presa a nada, no entanto, os olhos ardiam fortemente, voltou a fecha-los e abrir novamente para ver se acostumava, se obter êxito. Ao seu lado do lado esquerdo estava um menino sentado em uma poltrona, devia ter uns sete anos, seu rosto era delicado, tinha os cabelos negros, curtos e espetados, e uns brilhantes olhos verdes.
- Se você abrir e fechar nunca vai se acostumar com o ambiente, abra bem os olhos que a luminosidade vai chegar até a sua retina e quase de forma automática vai acostumar.
Alice seguiu a dica do menino, e de fato deu certo, repentinamente acostumou com a luz do ambiente.
- Obrigada, sou Alice...
- Luran!!!, seu imprestável - Gritou Doe do lado contrário onde estavam.
- Quantas vezes eu falei que não era para ajudar ninguém que trago para cá, não adianta, tantas chances eu te dou, você sempre acaba estragando tudo. Olha Luran, você é um desastre, não sei mais o que faço contigo.
- Mãe, só não me castigue.
- Claro que vou, nem precisa pedir, está de castigo, sem videogame, ah, e hoje você aprender a vampirizar um humano.
- Eu não quero, não gosto disso.
- Não perguntei se gostava, agora pode ir, a equipe está esperando por você. Pelo jeito vou ter que esperar por sua irmã para obter qualquer tipo de êxito.
Alice olhava sem nada entender, Doe buscou uma cadeira e sentou se apoiando no encosto.
- Então Alice, vamos ter aquela conversinha que o álcool não te permitiu naquele fatídico dia quanto te encontrei tão facilmente e peguei seu DNA naquela boate horrorosa.
- Doe, eu quero logo avisar, eu nunca serei a Bruxa Negra, nem espere nada, não vou trazer o bebê do caos para destruir o meu mundo, de jeito algum, nunca, nem conte comigo.
- Ora Alice, não seja arrogante querida, acha mesmo que você seria responsável por trazer ao mundo a nossa criança da promessa??, um bebê que irá trazer nossa ordem ao topo, não seja ridícula, você não tem extirpe para isso...
- Doe...
- Você gosta tanto de nomes, não é?, pode me chamar de Irina, é o nome desse corpo que peguei de uma qualquer, aliás, vi que o apreciou muito. Sabe, pensei que assistisse mais as ridículas séries americanas e que soubesse que "John Doe, Jane Doe e Baby Doe" são pseudônimos usados quando não se sabe o nome verdadeiro de uma pessoa, por isso são frequentemente usados para se referir a um cadáver cuja identidade é desconhecida.
- Enfim, Doe, Irina seja lá como queira ser chamada, quem é, ou o que é você?...
- Não sei porque quer tanto saber, mas, eu explico, eu sou quem praticamente nasceu com o mundo, eu sou aquele que carrega no peito um profundo ódio e desprezo pela humanidade, tão frágeis e tão ridículos, o peito orgulhoso porque amam e são amados, vocês me dão nojo. Ah, e antes que me pergunte, você e Janine sempre dão um jeito de atrapalhar meus planos, de uma maneira ou de outra, sempre levadas por essa coisa que vocês chamam de bondade, de amor, ninguém reconhece o meu real valor, mas, saiba que eu trago o equilíbrio para a imprestável raça humana.
- Você é um...é um...
- Querida, não sou um, sou "o", lógico que bem diferente dos denominados pela fé cristã, não precisa ser educada e me chamar de anjo caído, pode me chamar pelo que de fato sou, não dói dizer...
- Chega Irina, já sei, agora como você deve imaginar não lembro de nada, de nada mesmo de tudo que fala, temos a graça do esquecimento quando reencarnamos, as vezes só lembramos de uns flashs...
- Veja, na ditadura militar, quem acha que estava no comando de tudo?, eu...no Holocausto, nas guerras...quem acha que tomou a frente de tudo, eu?, nesse país que nasceram, quem intui os governantes?, eu, pode aplaudir, sei que fiz um bom trabalho no Brasil me superei, dessa vez trabalhei com louvor...ah, o fato é que você e Janine, com nomes diferentes e as vezes com sex*s diferentes também, sempre estão no meu caminho, e só atrapalham demais, até que obtive minha vingança, quando morreram nos anos 70, você foi resgatada, teve o direito de reencarnar nos anos 80, não foi?, quem conseguiu esse salvo conduto?, a Janine, sempre ela, por isso as duas tem o meu desprezo, porque os humanos são invencíveis quando amam, vocês tem direito a ter a chamada chama gêmea, eu nunca tive isso, sempre tive uma luta solitária, sempre, ah, vocês também tem almas afins, e não sei porque sempre dão jeito de se encontrar, andei visitando os sonhos daquela que chamam de Camilla, mas, o pai a levou a um centro kardecista. Enfim, você junto com aquela sua alma gêmea ridícula, que segue com o nome de Janine sempre estão se metendo nos meus planos.
Alice foi se encolhendo, não estava preparada para tantas revelações, e chorava enquanto se embalava de desespero.
- Ahhh, espere, espere um pouquinho, você não sabia?, não sabia que Janine era a sua alma gêmea?, oh que dó, lamento que tenha descoberto dessa forma, logo agora que Janine está em outro mundo superior, ela não tem como te salvar dessa vez, eu acho mesmo que ela desistiu, mas, não dá para criticar, quem não desistiria de você, não é Alice?, você é chata, pronto, falei!!. Ah, não chore assim, veja um lado muito bom, Janine deixou de reencarnar para te salvar, eu havia avisado que iria te perseguir tanto que ia terminar nas drogas, ou no álcool, assim, Janine resolveu ficar no mundo espiritual, só para cuidar da Lila que não sabe se cuidar sozinha, e não puderam ficar juntas, é uma lástima, mas, espere, porque está chorando de novo, você não sabia disso também?, pobre Alice, pobre Janine...tsh tsh tsh.
- Irina, você é insana, invejosa, cruel, jamais poderia ser humana mesmo.
- Ah, não me elogie tanto Alice...bom, eu ficaria aqui mais um tempinho, mas, tenho que visitar minha filha, está na hora dela conhecer seu pai.
- De quem está falando sua louca?.
Irina balançou a cabeça, se transformando em um lindo rapaz, de longos cabelos negros e olhos verdes, sua voz era forte, cheia de malícia.
- Sei que não sente atração por rapazes, mas, parece que sua amiga Sâmia gostou e muito da noite que tivemos, peço desculpas pelos machucados deixados em seu corpo, mas, é que vocês humanos são tão frágeis...
- Você está dizendo que Maitê...
- Sim, Maitê é minha filha, ela é a Bruxa Negra e vai gerar a criança da nossa ordem.
- Mas, ela é apenas uma criança...
- Crianças crescem minha querida, já está tudo traçado e em breve ela vai conhecer o sementário...
- Quem?.
- Ora Luran, quem mais?, ele será o pai da criança que Maitê vai conceber...
- Maitê é boa, ela pode ter um lado seu, mas, nem por isso significa que ela será a bruxa negra, e Luran também me parece um bom menino...
- Bom, ele irá reencarnar, apenas não sabe, e apesar de ser mais novo, está traçado o destino dos dois. Estou te contando tudo isso porque não tem como sair daqui, está presa no meu mundo e Janine, Helena estão bem longe, e mesmo que saibam, não vão encontrar a chave criptografada que deixei escondida em um lugar inacessível. E se aparecerem como vai saber se são elas de verdade, ou eu?, como pode ver posso me transformar no que quiser. Bom, por hora eu consegui plasmar um presente para você, leia, acho que vai gostar bastante do que está escrito...
Fim do capítulo
Gente, fiquei quase sem repirar ao escrever esse capítulo, ufaaa...mas, é importante e explica boa parte das coisas da história. Pega o chá de camomila e vamos seguindo...
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brinamiranda Autora da história
Em: 16/07/2020
Alice agora vai ter que aprender a se virar na marra....rsrsrs
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