XIV
XIV.
Moara auxiliou Dayara no banho e as contratações ficaram ainda mais intensas.
Dimitri ficou incumbido de buscar a sacerdotisa assim que a criança nascesse.
Myrina ficou junto de Maria, da parteira e da curandeira, visando auxiliar no parto.
- É avassalador, mas, sei que vou conseguir.
- Claro que vai meu amor.
- Queria ter condições de cuidar do teu ferimento, mas, estou me contorcendo toda, acabaria correndo o risco de te machucar mais.
- Não se preocupe.
- Deixa eu ver isso (afirmou Maria já começando a higienizar a ferida no pé da guerreira).
- Não é nada grave, o instrumento cortante estava bem afiado por isso machucou, um antepasto de ervas cicatrizantes vai ajudar e dentro de alguns dias já estará curado (comentou a idosa curandeira já entregando um frasco medicinal).
- Obrigada, podem deixar que cuido disso e já renovo a atadura. Agora peço que se dediquem a minha esposa, não quero que ela, nem o bebê sofram.
Moara aplicou todo o remédio e rapidamente enfaixou seu próprio pé. Em seguida lavou as suas mãos e voltou a ficar ao lado da grávida.
- Tome toda essa beberagem, vai ajudar no parto (aconselhou a senhora que começou a benzer a lady e também a sua barriga).
Sem pensar duas vezes, visando seu próprio bem estar e também do seu filho, ela tomou todo o líquido, a dor era tão intensa que mal sentiu o gosto e num só gole bebeu tudo.
- Que você tenha uma boa hora e que a sua parição seja abençoada. Vou me retirar para colher ervas para o primeiro banho do recém nascido. Se precisarem mandem me chamar.
A curandeira saiu e o silêncio se estabeleceu no ambiente. Dayara rezou baixinho.
O parto normal é uma das experiências mais fascinantes e exigentes da vida. Em uma comparação, a dor é equivalente a sentir vinte ossos sendo quebrados ao mesmo tempo.
- Dói! É insuportável.
- Minha linda, não vou sair daqui, estou contigo.
Com as contratações fortíssimas, depois de diversas vezes verificando e confirmando a dilatação...
- Chegou o momento e o neném vai nascer (anunciou a parteira).
- É importante controlar a respiração e você vai ter que fazer força (Myrina explicou).
Maria se dedicou a massagear a barriga da gestante. Moara estava de mãos dadas com a companheira e quase gritou quando teve o seu dedo deslocado. Abafou a dor mordendo seu próprio ante braço. Com a mesma força usada para deslocar, ela também colocou o polegar no lugar; Dayara queria pedir desculpas, mas, não conseguiu, ela gritava de forma animalesca.
Enquanto isso nos arredores da casa bandeirolas começaram a ser penduradas, folhagens também estavam sendo usadas, com o objetivo de deixar tudo adornado, a população decidiu fazer uma festança naquela noite, visando comemorar a vitória da bem sucedida batalha recente e também o nascimento.
Quando ouviram o choro todas as mulheres do quarto ficaram emocionadas.
Da sala o tio ficou radiante e saiu em disparada para cumprir a missão que tinha recebido.
Novamente, já sabendo que voltaria a ser procurada a sacerdotisa já aguardava em frente do seu chalé.
- É uma menina (falou sorrindo).
- Não sei, acabou de nascer, ouvi o choro e vim te chamar. Elas querem seu auxílio.
- Sim, por conta do nome. Vamos!
Moara depositou um beijo na cabeça da esposa.
- Você é muito forte, estou muito orgulhosa de ti.
- Mo desculpa se te machuquei, não consegui controlar e nem largar a sua mão.
- Já passei por isso em algumas lutas, tirou do lugar, mas, já recolocou e fique tranquila. Não foi nada e eu não aguentaria toda a dor que você suportou. Ela é linda!
- Uma princesa (afirmou aninhando a recém nascida que tinha acabado de ser banhada).
Não é simples carregar um bebê e Dayara enfrentou muitos traumas até conseguir ser mamãe, ela também é uma guerreira, sobrevivente de maus tratos, superou humilhações, é uma mulher linda, dedicada e amável.
Esperou pela chegada da sua filha ansiosamente, sentiu em todo o seu corpo as mudanças da maternidade e nos últimos meses a sua cabeça também mudou, se redescobriu e encontrou o amor. Ter ao seu lado a mulher que ama e em seus braços a sua filha, que é tão semelhante contigo, para Dayara é uma dádiva. A nenê também têm olhos claros e fios de cabelos dourados, como os seus.
Fim do capítulo
Eis a reta final, agradecida pela companhia. No capítulo 4 quando introduzi a temática da gravidez, ou seja, uns 10 capítulos atrás rs eu já tinha decidido o sexo da baby delas e adorei que todas as apostas foram por uma menina, sintonia boa a nossa hein kkk quem acompanha as minhas histórias já sabe que adoro nomes diferentes e seus significados, pois, gosto que cada personagem seja marcante. Desta vez que tal escolhermos juntas? Tenho 2 opções, sendo: 1. Amy - 2. Mabel
Beijos e abraços, May.
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Marta Andrade dos Santos
Em: 02/07/2020
Mabel!
Resposta do autor:
É um nome bonito e por enquanto empate por aqui rs
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