No domingo, Lorena acordou chateada, mas a vida não poderia

parar, foi para o pomar colher algumas frutas para fazer

outras compotas mais tarde. Estava em sua casa arrumando

os potes, quando Marina apareceu do nada. Lorena abriu um

grande sorriso e esqueceu toda insegurança que sentia, beijaram-

se, abraçaram-se e se amaram como nunca. Marina se entregou

de corpo e alma. Lorena a penetrou enquanto a olhava

fixamente, Marina gemia e a beijava com paixão. Entregaram-

-se a um prazer que nenhuma delas sentira antes. Goz*ram juntas. Suadas e trêmulas, abraçaram-se e se curtiram em silêncio,

o qual foi rompido com a confissão de Marina:

— Lorena, Giane tentou dormir comigo à força ontem,

mas eu não quis.

— Como assim, Marina? Ele te machucou? — perguntou

assustada.

— Não, mas ficou muito puto. Eu não conseguiria, agora

eu sei, tenho certeza do amor que sinto por você. Ele saiu logo

cedo, dizendo que precisávamos de um tempo. Volta no próximo

fim de semana. Mas, provavelmente, já sabe que tudo acabou

— Marina parecia mais tranquila.

— Mas e sua mãe? Você não disse que ia esperar?

— Eu vou contando aos poucos, não posso mais é ficar nessa

situação, preciso deixá-lo livre também. Ele não merece.

— Você que sabe, eu não gosto mesmo dessa situação, mas

entendo e não vou forçar nada. Eu quero você só para mim!

Lorena a beijou, depois acariciou seu corpo, beijou seus

seios, sua barriga e foi lambendo seu sex*. Marina agarrou seus

cabelos e gem*u. Lorena a fez goz*r com a boca.

Por fim, ambas cochilaram, entregues ao cansaço do amor.

Marina despertou mais cedo e foi olhar a casa que já adorava.

Viu, encima da estante no canto da sala, o violão do pai de Lorena.

Pegou-o e foi logo afinando. Sentou-se no sofá e tocou

baixinho para não acordar Lorena.

Lorena abriu os olhos e não viu Marina, mas ouviu uma

música vinda da sala. Levantou-se em silêncio e, sem Marina

perceber, ficou vendo-a tocar. Mas aí, Chicote a entregou. Ele estava sentado perto do sofá e, quando notou sua dona, latiu,

chamando a atenção de Marina.

— Bom dia, desculpe, eu te acordei?

— Bom dia, amor, acordei e não vi você, aí ouvi o violão.

Você toca bem!

— Eu tento — e recomeçou a tocar para Lorena.

Baby, you’re all that I want

When you’re lying here in my arms

I’m finding it hard to believe

We’re in heaven

And love is all that I need

And I found it there in your heart

Isn’t too hard to see

We’re in heaven

Oh, once in your life you find someone

Who will turn your world around

Bring you up when you’re feeling down

Yeah, nothing could change what you mean to me

Oh, there’s lots that I could say

But just hold me now

‘Cause our love will light the way

— Que lindo, Ma! Adoro Heaven do Brian Adams!

— Eu te amo, Lorena, como nunca amei antes, com você

sinto coisas que nunca senti.

Lorena abriu um enorme sorriso:

— Eu te amo, Marina!

Marina soltou o violão e pulou nos braços de Lorena, beijando-

a com intensidade. Elas se abraçaram e, novamente, entregam-

se ao amor que uma sentia pela outra.

— Lorena, são quase dez da noite, preciso ir, essa semana

eu resolvo com Giane, não podemos ficar nessa situação. Eu te

vejo assim que possível.

— Peraí, eu te levo, deixe só eu me arrumar.

— Não precisa, o ônibus passa aqui do lado.

E assim, Marina partiu, seria só uma questão de tempo para,

enfim, poderem ficar juntas. Lorena não suportava a separação.

Até quando estariam separadas? Gostava de viver o amor pleno,

da vida de casal, de dividir momentos, de brincarem juntas

durante as refeições. E queria algo assim com Marina.

Marina passaria a semana esperando para romper com Giane,

não queria ligar e fazê-lo por telefone. Além disso, até lá,

sua mãe já teria melhorado, então conseguiria terminar sem

culpa. Ansiava pelo momento em que seria verdadeira consigo

mesma, o que sentia por Lorena era real, talvez fosse um

sentimento que estivesse guardado há tempo. Por isso, nunca

se acertara com nenhum homem, os defeitos não eram deles

e sim dela, que não queria estar com eles. Agora, ela entendia.

Mas quando sua família descobrisse a verdade, será que eles

entenderiam? Não voltaria atrás, seria feliz com sua escolha.

Lorena, sem querer, já estava fazendo planos, imaginando

como seria sua vida com Marina, as coisas que poderiam viver na testa, ansiosa pelo momento de iniciar esta nova fase.

Antes de ir para o trabalho, Marina tomou café com sua família,

deu os remédios para sua mãe e jogou no ar a possibilidade

de não se casar com Giane:

— Mãe, eu não quero te chatear nem nada, mas... — pensou

um pouco e continuou — não acho que Giane seja o homem

certo para mim, não sei se quero me casar com ele.

— De novo, Marina? O que este tem desta vez? Não é maduro

o suficiente, não ganha o suficiente?— dona Sophia surtou

— Não acredito, meu sonho era ver você no altar com Giane,

um homem tão bom! Seria um desgosto muito grande se você

não se casasse com ele, não quero falar sobre isso — esbravejou.

— Mãe, eu quero te fazer feliz, mas também não quero

mentir. Só estou dizendo que isso pode acontecer, mas é só

um pensamento. Preciso ir agora, senão vou me atrasar para o

trabalho.

Fim do capítulo