Epílogo

O pôr do sol tingia o céu em tons de amarelo e laranja em meio a imensidão azul, banhando o horizonte com seus últimos raios mais brilhante. O astro de beleza magnífica esboçava sua mais bela pintura natural em seu ritual de cada dia e, assim, aquecendo o rosto que, sorriu serenamente ainda de olhos fechados sentindo a pele arrepiar levemente sob o toque delicado da pequenina flor do campo passeando por toda a região de seu antebraço.

Com as pétalas da linda flor do campo Samantha desenhava linhas infinitas em um carinho terno naquela região, sorriu em deleite ao sentir Amanda se aconchegando mais contra seu corpo, a apertou mais naquele abraço, apreciando com satisfação aquele excelente momento... Nenhuma delas saberia dizer o tempo exato que estavam ali, sentadas em carinhos sob a luz daquele entardecer espetacular no horizonte a frente delas.

-- Toda vez que estamos aqui, compreendo bem seu amor por esse lugar. -- Samantha confessou admirada com a paisagem.

-- É lindo não é? -- Amanda sorriu permitindo-se também apreciar a cena.

-- É sim. -- A morena afirmou com sinceridade. -- Não mais que a minha linda esposa. -- Completou em um sussurro, depositando ao fim, um beijo amoroso no pescoço da mulher.

Amanda sorriu encantada, Samantha nunca perdia o dom de deixá-la verdadeiramente mais apaixonada por cada detalhe, cada dedicatória, cada elogio, carinho, amor...

-- Eu já disse que te amo hoje? -- A mulher de olhos cor de mel mais brilhantes devido à luz do sol, sorriu a olhando em aguardo da resposta.

-- Não! -- Samantha alegou fazendo um bico o que fez a esposa rir.

-- Oh que maldade de minha parte. -- A advogada alegou em um sorriso se pondo agora de frente para sua esposa, em carinho deixou uma das mãos seguir até o rosto moreno que lhe sorriu. Definitivamente, o tempo parecia ter parado para sua mulher, os dez anos a mais pareciam não ter tido efeito nenhum sobre Samantha. A única diferença mais óbvia na morena era o tamanho dos cabelos negros, agora estavam em um corte Chanel na altura dos ombros, e tal fato parecia ter surtido o efeito reverso daquele tempo, a morena estava verdadeiramente de corpo e alma jovial, linda como sempre, sorriu deslumbrada, era sim bem possível tá cada dia mais apaixonada por ela. -- Eu te amo muito, tanto e cada dia mais. -- Confessou com um sorriso apaixonado.

A médica sorriu maravilhada a fazendo sentar em seu colo. E em semelhança de ação, Samantha deixou seus dedos tocarem o rosto da esposa em um carinho amoroso, nos olhos expressava todo amor que nutria por Amanda, assim como, a admiração por tamanha a beleza que aquela mulher conseguia ter e manter todos os dias, em todas as situações. Aos quarenta e cinco anos, Amanda não aparentava nem de longe ter tal idade, sorriu inebriada, deixando os dedos seguirem para a nuca de sua esposa, onde continuou com o carinho terno quando a puxou para colar os lábios dela nos seus em um beijo cheio de amor. A magia daquele momento ficara maior quando um vento soprou as banhando com sua brisa refrescante, sorriam ouvindo o som das folhas da árvore que as abrigava naquele momento... E junto risos conhecidos soaram ali próximo, em curiosidade ambas as mulheres buscaram a direção das vozes e sorriram assistindo os filhos correrem por entre o campo florido.

Samantha riu ao ver um pequeno ser correr quase totalmente encoberto pelo campo, entre risadas, enquanto fugia da jovem morena que corria logo atrás dele. Nicolas, era o filho mais novo delas, o menino de apenas cinco anos tinha os olhos no mesmo tom de mel que o de sua esposa, e diferente de Benício, a pele e os cabelos de Nicolas eram iguais aos seus, sorriu em lambança de sua gestação... Mais atrás deles, avistou Natelly e Benício, esses apenas sorriam enquanto caminhavam observando os dois irmãos à frente. Admirava os filhos de forma carinhosa e orgulhosa, ela tinha uma família verdadeira e linda, observou passando a notar isso em cada um deles. Natelly, aos 26 anos estava bem decidida em seu trabalho e em sua vida, havia se tornado uma grande mulher, porém, ainda assim, sabia o quão estava sendo difícil para ela fazer o coração de mãe de Amanda entender suas novas escolhas, entender que a filha iria seguir suas próprias regras, novas responsabilidades na conquista de mais um sonho, compreendia bem tais sentimentos da esposa, ela mesmo sentia tais receios. Sorriu, independente, de qualquer coisa, ambas estavam orgulhosas e felizes por saber que ela estava feliz...

Amanda também era só sorriso, e assim, ateve o olhar em Agatha, seu sorriso foi fácil ao encarar a filha, dona de uma beleza física esplêndida, com toda certeza herdara tal beldade da mãe, Agatha lembrava muito os traços físicos de Samantha, e também alguns aspectos da personalidade. Sabia que a jovem estava passando por um momento difícil em relação aos sentimentos, mas como sempre fora com Natelly, tanto ela quanto Samantha decidiram esperar o tempo da filha para uma conversa franca, sorriu a vendo alcançar o irmão caçula e o pôr sobre os ombros com extrema facilidade, estavam animados, notou. Por fim, seu olhar pousou sobre Benício, aos dez anos ele demonstrava um início de maturidade que as deixavam admiradas, sorriu lembrando que ele fora o laço primordial de amor entre ela e seu pai, e apesar de ainda ter que chamar a atenção de Carlos em certos aspectos, sabia que ele nutria pelo neto um amor verdadeiro, por todos eles, lembrou.

-- Prontinho. -- Agatha afirmou pondo o irmão no chão quando chegaram onde estavam as mães.

-- Mãe, mamãe aqui é tão legal né? -- Ele disse deitando na grama perto delas.

-- É sim filho. -- Amanda riu da ação dele.

-- A gente vai só de noite? -- Ele girou o corpo as olhando curioso.

-- Não meu amor, já vamos, antes de escurecer. -- Samantha quem advertiu em um sorriso. 

-- Ele não queria vir logo. -- Benício informou olhando de uma mãe a outra.

-- Cansou filha? -- Amanda questionou ao ver Natelly chegando e, literalmente, se jogar deitada ao lado do irmão caçula.

-- Aí esses moleques correm demais, eu já tô velha pra isso. -- Confessou revezando entre uma e outra respiração mais rápida e ouviu todos a sua volta e rirem.

-- Ok, o papo tá bom, mas precisamos ir. -- Amanda advertiu já se pondo de pé e com um sorriso estendeu a mão para Samantha que a pegou ficando de pé.

-- Ben, traz lá o meu cavalo, eu vou respirar mais um pouco. -- Informou e logo ela e toda a família já estavam devidamente montados em seus cavalos em direção a casa. A fazenda foi apresentada a todos ali por Amanda, e o lugar de beleza natural passou a ser frequentado pela família em diversas oportunidades, a exemplo daquele final de semana escolhido por elas para sair da rotina diária de trabalho e escola, não havia dúvida que tanto as mulheres quanto os filhos e filhas adoravam a alegria em família naquele lugar.

-- Mamãe faz ele correr. -- Nicolas pediu. Estava acomodado junto com Amanda em seu cavalo.

-- Não filho, não podemos deixar sua mãe para trás. -- Amanda explicou de forma calma.

-- Ah é, ela tem medo. -- Ele proferiu em lembrança enquanto sorria olhando para Samantha.

Amanda sorriu a olhando também, depois de tanto insistir, Samantha aceitou ser ensinada por ela a montar, mas nunca escondeu o receio que sentia toda vez que subia em um cavalo, a morena montava, mas o máximo que se dispunha a fazer sobre o animal era um trote leve.

-- Então posso ir com a mãe Sam?

-- Não. Acredite filho, você está mais seguro aí. -- Samantha informou e riu sincera. -- Ainda não acredito que monto nesse cavalo toda vez a gente vem aqui. -- Suspirou resignada.

-- É uma égua, mãe. -- Agatha a corrigiu.

-- Que seja, tem quatro patas do mesmo jeito e me deixa com a bunda doendo. -- Observou para ouvir uma gargalhada geral de toda a sua família.  

-- Oh mãe a senhora ainda não me disse se dá próxima vez que viermos, se eu posso convidar meus amigos pra virem. -- Benício lembrou olhando para Samantha a seu lado. -- Manhê fala pra ela deixar. -- Pediu agora encarando Amanda, sorriu.

-- Ainda não conversamos sobre isso, Ben. -- Samantha alegou.

-- Não se preocupe meu amor, a gente vai ver e te fala. -- Amanda advertiu e sorriu o olhando.

Samantha a encarou assistindo o olhar risonho dela com o filho, intimamente riu, era fato que aquela conversar já tinha um fim certo antes mesmo de começar, Amanda sempre conseguia dela o que queria e com certeza na próxima ida deles ali, teriam mais dois amiguinhos de Benício na viagem.

-- Oh Naty quanto será a distância até aquela árvore grande? -- Agatha questionou olhando para a frente tentando medir o espaço mentalmente.

-- Uns seiscentos metros, por aí. -- Natelly informou já imaginando o que a irmã queria.

-- Aposto metade da minha mesada. Topa? -- Agatha questionou com um sorriso arteiro nos lábios.

-- Já é. -- Natelly, sorriu já fazendo sua preparação sobre o seu cavalo de cor marrom brilhoso.

-- Legal! -- Benício sorriu empolgado.

-- Nem pense, você ainda não pode fazer isso. -- Amanda advertiu o filho. 

-- Só vou contar. -- Ele disse conformado. -- No três, um, dois, três! -- Ele gritou para ver os dois cavalos montados pelas duas irmãs, saírem em disparadas...

Agatha sorriu em contentamento ao notar que estava à frente. Natelly notou a empolgação da irmã, e um sorriso moldou seus lábios. A disputa entre elas estava cada vez mais acirrada, entretanto, não estava disposta a facilitar para a irmã, pensou fazendo seu cavalo ir mais rápido. 

-- Ohh. -- Natelly proferiu em contentamento ao ultrapassar em primeiro lugar o marco de chegada estabelecido por elas. -- Você está excelente nisso. -- Ela afirmou olhando a irmã que se aproximava com um sorriso no rosto.

-- Não o suficiente para ganhar de você. -- Agatha afirmou fazendo seu cavalo parar ao lado do de Nately. Realmente se esforçara para vencê-la, no entanto, embora sua habilidade notória sobre o cavalo fosse grande, não se sobressaía a de Nattely, ainda, sorriu.

-- Não vai demorar a acontecer. -- Natelly assegurou convicta daquilo olhando-a com um sorriso sincero. Agatha tinha a incrível habilidade de aprender tudo com facilidade, e desde sua primeira visita a Fazenda ela se encantara com os cavalos, partiu dela o interesse em aprender a montar e cavalgar, e prontamente a mãe se dispusera a ensiná-la com todo prazer, e ali estava ela, uma verdadeira amazona sobre o cavalo, observou sem desviar seu olhar da irmã. Agatha se transformara em uma linda Morena de estatura alta, o rosto ainda era angelical, sorriso fácil, dona de um olhar negro doce, porém bem expressivo e intimidador quando queria, gostava de deixar os cabelos longos soltos, como naquele momento, que caiam pela costa desde o chapéu sobre o mesmo, aos dezoito anos a jovem mulher era dona de uma beleza com certeza exuberante e encantadora, notou admirada. 

-- Amanhã de novo? -- Agatha questionou olhando para a mulher a seu lado.

Natelly gargalhou com vontade. -- Não quero te deixar sem mesada esse mês. -- Alegou a olhando sorrindo. -- Não me parece justo. -- Completou.

-- Tá com medo?

-- Claro que não. -- Negou de imediato. -- Não falei que não iríamos apostar, falei que não seria dinheiro, não quero minha irmã caçulinha no prego. -- Natelly alegou deixando seus dedos apertarem a bochecha de Agatha que de forma levemente irritada expulsou a mão dela dali.

-- Porr* Naty, odeio quando faz isso. -- A morena afirmou com sinceridade.

-- Oh a boca menina. -- Natelly advertiu rindo. -- Eu sei, por isso faço. -- Afirmou abrindo mais o riso.

-- Besta.

-- E respeita sua irmã mais velha. -- Advertiu com o dedo em riste e ambas riram. -- Por hoje, já que perdeu a aposta, vou cobrar de outra forma. -- Confessou

-- O que quer? -- Agatha questionou olhando-a, porém já suspeitava sobre o que ela queria saber, suspirou.

-- Quero saber a verdade que te aflige. -- Advertiu a olhando, há meses vinha notando uma certa tristeza no olhar da irmã e apesar de Agatha negar, sabia daquilo devido a alguns momentos que a pegou pensativa e triste, com o tempo aprendeu bem a ler os reais sentimentos dela.

Agatha deixou o olhar se perder na imensidão verde daquele lugar que era sempre lindo com o brilho do sol ao entardecer, suspirou resignada, precisava mesmo contar a alguém, e Natelly era sempre a primeira que a ouvia e a aconselhava em muitos momentos.

-- Em resumo, Milena. -- Agatha proferiu simplesmente passando a encarar o olhar cor de mel da mulher que também passara a olhá-la em silêncio.

-- Por que será que não me surpreende? -- Natelly questionou dando um leve sorriso em negação, apesar de Agatha não ter tocado diretamente no assunto com ela, nem com ninguém, era notório o quão importante a outra garota se tornara para ela, de forma diferente da amizade que já tinham desde a infância. E era evidente também que, Milena não conseguia ver aquele sentimento presente no coração da melhor amiga, pior que isso, para Agatha era ter que vê-la desfrutar daquela felicidade e sentimento com outras pessoas na sua presença.

-- Não tenho dúvidas de que a Milena é uma ótima pessoa, sempre foi uma excelente amiga para você, em todos os momentos. -- Natelly disse a olhando com serenidade. -- Mas, por mais que te doa, ela não vai passar disso, e tenho que te dizer também que, ela não serve para você como mulher, meu bem. -- Assegurou com pesar, mas com a sinceridade que tinha e pelo fatos que já havia presenciando entre a irmã e a outra garota.

-- Eu sei... -- A morena concordou sentindo um aperto no peito, nunca conheceu outro alguém para demonstrar aquele sentimento, a não ser por sua amiga e apesar da razão sempre dizer que as chances daquele amor se transformar em realidade fossem impossíveis, seu coração insistia em não ver aquela verdade, lembrou em tristeza e irritação e, assim foi o ato de descer do cavalo e chutar várias vezes o tronco da árvore proferindo xingamentos de forma brava.

-- Ei? -- Natelly a deteve o mais rápido que pôde. -- Assim você vai perder o pé e não o amor que sente. -- Advertiu a encarando nos olhos, existia tristeza neles, viu com pesar.

Mesmo diante a raiva e tristeza a morena riu perante os fatos, a irmã estava certa, notou sentindo uma leve dor no pé em questão. Natelly a seguiu no riso e a abraçou de forma carinhosa por alguns instantes.

-- Com tantas garotas nesse mundo tinha que ser justo ela? -- Agatha questionou com pesar.

Natelly não pode deixar de rir perante daquele questionamento, desfez o contato a olhando novamente.

-- É como a vovó sempre nos diz, tudo acontece por um motivo e tudo tem o seu tempo de acontecer. -- Declarou e sorriu, acreditava muito naquilo. -- Uma hora, quando você menos esperar esse sentimento e esse momento ruim, será apenas uma lembrança. -- Informou por experiência própria de sua vida. -- Você irá encontrar alguém que te mereça de verdade e será recíproco, vai ver. -- Afirmou convicta daquilo, tudo que mais queria era a felicidade dela, pois sabia o quanto Agatha merecia aquilo.

-- Será mesmo? -- Questionou em dúvida, sentindo-se tão triste e confusa.

-- Ah fala sério. -- Natelly proferiu a olhando agora séria. -- Tem tantos exemplos a sua volta, nossas mães, eu. -- Constatou e sorriu. -- Você sabe bem que meu primeiro amor foi um fiasco. -- Lembrou e viu a morena rir.

-- Era velho pra você! -- Agatha proferiu dando uma gargalhada em lembrança.

-- Não se trata exatamente disso, só aconteceu, eu sofri, mas superei, ficou no passado. -- Alegou serena. -- Tem coisas que não duram para sempre, por mais que doa, a gente supera, você vai ver isso, você está apenas começando, tem muita coisa para viver ainda.

-- Não sei se isso aí é exatamente um bom conselho não. -- Agatha proferiu em dúvida, pelo que havia entendido, ainda poderia sofrer muito no decorrer da vida.

Natelly riu compreendendo o raciocino dela. -- Não digo que nunca mais irá sofrer, mas te afirmo por experiência própria que a felicidade existe e você a encontrará, irá conhecer alguém que esteja realmente disposta a ser feliz ao seu lado. -- Afirmou a olhando convencida daquilo.  

-- Obrigada. -- A jovem garota disse simplesmente e novamente foi puxada para mais um abraço apertado.

-- Sua irmã é sábia. -- Natelly afirmou sorrindo.

-- E baixinha. -- Agatha afirmou rindo e ganhou um tapa no ombro. -- Eu vou sentir saudade de você. -- Confessou.

-- Ah, até você? -- A olhou de pronto. -- Eu vou me casar e não morrer. -- Alegou e ambas riram.

-- Eu sei. -- Agatha afirmou. Natelly casaria em um mês e mudaria para a seu novo lar. -- Mas a mamãe está certa, sentiremos sua falta naquela casa. -- Confessou.

O silêncio carinhoso entre elas fora interrompido pelos gritos risonhos vindo do campo verde ali próximo a elas.

-- Agatha, Naty... -- Benício proferiu dando um tchau para as irmãs que, acenaram de volta com um sorriso assistindo o menino cavalgar lentamente ao lado das mães e do irmão.

-- Demoraram senhoras. -- Agatha proferiu em recepção das mães quando elas alcançaram a enorme sombra da árvore onde as aguardavam, já devidamente montadas em seus respectivos cavalos.

-- Senhora é a tua...

-- A minha mãe? -- Agatha questionou e abriu uma gargalhada com a cara de desgosto que Amanda fizera. Sabia que ela não gostava daquilo, mas adorava provocá-la, com certo limite claro, sorriu, sabia também que de “senhora” a mãe não tinha nada, nenhuma delas, notou.  

-- Quem ganhou? -- Benício questionou interessado olhando de uma irmã a outra.

-- Quem você acha? -- Natelly questionou com um sorriso de canto que o menino logo decifrou.

-- Haha, perdeu de novo Agatha!? -- Ele riu.

-- Não rir não moleque, foi por pouco. -- Advertiu.

-- Mas perdeu. -- Ele deu de ombros dando um sorriso para Natelly.

-- Naty ganhou, Naty ganhou... -- A voz em comemoração fora do mais novo integrante daquela família.

-- Puxa saco. -- Agatha proferiu rindo olhando o irmão mais novo. -- Quero ver de noite, quando tiver escuro, e você escutar aqueles barulhos estranhos... -- Agatha narrava de forma bastante assustadora o que fez o menino pensar em uma careta medrosa. Apesar dele amar a Fazenda, ainda estranhava o barulho da natureza.

-- Tem aquelas sombras pela janela. -- Esse foi Benício entrando na onda da irmã. -- Ahrrh. -- Ele gritou fazendo-o dar um pulo na cela do cavalo onde estava com a mãe.

-- Oh mãe! -- Nicolas proferiu com medo. 

-- Podem parar, sabem que ele tem medo. -- Amanda foi quem advertiu olhando de um filho a outro com seriedade.

-- Pois é. Quero ver pra quem você vai correr pra dormir contigo. -- Agatha alegou com um sorriso contente, por impor medo nele, porém no fundo ela sempre fazia a vontade do irmão, de ambos.

-- A Naty deixa. -- Ele disse.

-- A Naty vai dormir com a noiva dela. -- Agatha alegou. 

-- Mas ela não veio. -- Ele lembrou de novo.

-- Mas ela vai chegar hoje de noite. -- Benício afirmou.

-- Querem parar vocês dois? -- Samantha foi quem advertiu dessa vez.

-- Tá bom. -- A morena disse rindo. -- Mas ele sabe que sempre deixo. -- Afirmou o olhando sorrindo. -- Te espero na minha cama hoje à noite. -- Ela disse e a seguir piscou e o viu sorrir de volta, sempre ficava tudo bem no final.

-- Ela que quer uma costela mãe. -- Natelly advertiu e Agatha gargalhou, de certa forma, adorava ter a companhia do irmão.

-- Deixa eu ir com você? Quero correr no cavalo. -- Ele confessou em pedido.

-- Olha só, e ele já tá puxando o saco também. -- Benício observou e todos riram.

-- É nada, é porque ele sabe que o meu cavalo corre muito, muito rápido né Nico?

-- É! -- Ele afirmou de pronto e Agatha sorriu maravilhada, a seguir pegou o irmão o fazendo montar a sua frente, sorriu com a alegria dele.

-- Faz ele correr. -- Ele advertiu em agoniada vontade.

 -- Segura. -- Ela advertiu realizando o desejo do menino, logo atrás Natelly fizera o mesmo junto com Benício, porém de forma bem mais lenta.

O sorriso era presente em ambos os rostos das mães que os assistiram se afastar de forma carinhosa e maravilhadas de orgulho, olharam-se e o sorriso agora era de amor e felicidade. Samantha estendeu a mão para a esposa, esta, a pegou de imediato e, assim elas seguiram em calmaria... 

Fim do capítulo