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Beatriz por stela_silva

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 4171
Acessos: 1530   |  Postado em: 22/05/2020

Capitulo 16

 

POV Cecília

 

Tudo que aconteceu no velório do senhor Antônio foi muito intenso para mim, mas eu não me arrependia de ter ido com Sarah. Eu tinha minha amiga novamente comigo.

 

Reencontrar Deborah e Caio para mim foi indiferente. Eu não sentia absolutamente nada por eles, nem mesmo raiva ou desprezo. Eles poderiam explodir, eu não ligava.

 

Difícil foi olhar para o Ricardo e pior ainda foi saber que a noiva corna dele era a Deborah. Eu não sei se ele tem consciência do meu caso com sua noiva no passado, mas se fosse para apostar, eu tinha quase certeza que sim, ele sabe. Ricardo é um homem inteligente, óbvio que ele sabe tudo de mim e provavelmente sabe sobre a Deborah também, inclusive de suas inúmeras amantes, eu não duvidava que esses dois eram dois pervertidos e eu tive a certeza disso quando Ricardo me procurou quase um mês depois.

 

Eu estava estudando com Sarah na sala que apenas ela e Denis tinham a chave. Meu celular tocou e quando eu vi quem estava ligando fiquei nervosa. Sarah percebeu, mas não disse nada, ela viu o nome do Ricardo em meu celular, na verdade o nome dele estava escrito “lixo”.

 

Levantei e me afastei um pouco de Sarah.

 

-- Oi – falei nervosa. Eu sentia o olhar de Sarah sobre mim, apesar de estar de costas para ela.

 

-- Me encontre no lugar de sempre, estou esperando, não demore! – disse sem esperar resposta e desligou.

 

Fechei os olhos e respirei fundo. Sentia minhas mãos tremendo.

 

-- Preciso ir – falei me virando e guardando minhas coisas em minha mochila.

 

-- Você está bem? – perguntou preocupada.

 

-- Estou – falei passando as mãos no cabelo – Nos vemos amanhã – falei beijando seu rosto.

 

Caminhei em direção a porta.

 

-- Cecília – Sarah me chamou, antes que eu abrisse a porta, minha mão estava na maçaneta. Parei, mas não tive coragem de encará-la – É um cliente? – perguntou num fio de voz.

 

Mordi os lábios e virei-me para olhá-la.

 

-- É uma longa história, Sarah – falei desviando o olhar — Complicada, eu preciso resolver isso. Prometo que irei falar tudo para você, mas nesse momento eu preciso realmente ir... – voltei a encará-la – Ele não é um cliente, mas ele já foi um... Na verdade ele foi muito mais que isso... Ele foi o homem que me apresentou o mundo da prostituição. Depois nós conversamos mais sobre isso – falei abrindo a porta.

 

-- Cuidado Cecília – falou preocupada.

 

-- Eu terei – dei um pequeno sorriso e saí.

 

Eu sabia que Sarah precisava de resposta e eu estava disposta a falar, mas antes precisava me resolver com Ricardo. Fui direto para o mesmo motel que ele costumava ficar.

 

Ricardo estava sentado na cama redonda. Fazia tempo que não entrava em um lugar como aquele. Tudo ali me trazia lembranças nada agradáveis. Ele me encarou e sorriu.

 

-- Sente-se aqui – disse batendo no espaço ao seu lado.

 

-- Não, obrigada.... Estou bem assim – falei séria e permaneci de pé.

 

Ricardo apertou a mandíbula e levantou caminhando em direção ao frigobar, pegou uma cerveja e abriu bebendo um grande gole.

 

-- Foi um surpresa te ver no velório de Antônio Schmidt – comentou me encarando – Não sabia que você era amiga da família... Da Sarah...

 

-- É claro que você sabia! Você sabe tudo sobre mim! – falei sarcástica.

 

Ricardo riu da minha ironia.

 

-- Tem razão, eu sei tudo sobre você – disse sério e me olhando profundamente. Senti um arrepio com esse olhar – Mas imaginei que vocês não fossem mais amigas – bebeu mais um gole de sua cerveja.

 

-- Olha só... Você estava enganado – respondi debochada.

 

-- Por que você não está mais se aproximando do João Pedro? – disse mudando de assunto.

 

-- Eu não irei mais fazer isso e não importa o que você me diga, não irei mudar de ideia – falei firme.

 

Ricardo passou a mão pela barba pensativo.

 

-- Tudo bem, eu não irei te obrigar... Imaginei que você não quisesse mais fazer parte do plano... Uma pena, você perderá milhões, já pensou nisso? – disse me analisando.

 

-- É a primeira vez em quatro anos que não me importo com dinheiro – falei sincera.

 

Ricardo balançou a cabeça concordando.

 

-- Você sempre mereceu muito mais que aquilo. Você é inteligente demais para aquela vida, Cecília. Eu quero que você seja muito grande... Eu desejo que você alcance sempre o melhor. Sua dívida comigo está paga – disse sincero.

 

Meu Deus, quem era aquele homem em minha frente?

 

-- Você está falando sério? – perguntei incrédula.

 

-- Claro! Por quê não estaria? – disse sorridente. Um sorriso sincero.

 

-- Sem crise ou ameaças? – eu permanecia sem acreditar.

 

Ricardo se aproximou ficando a dois metros de distância. Nos encarávamos profundamente.

 

-- Se depender de mim... Eu só desejo o seu bem, mas tem uma pessoa que deseja muito conversar contigo – disse desviando os olhos em direção ao banheiro – Pode vim, amor – percebi seu tom irônico.

 

Meus olhos quase saltaram do meu rosto ao ver quem saiu daquele banheiro. Encarei aquelas duas figuras imponentes com uma cara bem assustada.

 

Ela estava perfeita em seus vestido branco básico. Seus olhos verdes me encaravam intensamente. Seu cabelo loiro estava solto e caía pelo seus ombros.

 

-- Deixe-me a sós com ela, meu amor – a garota falou sem tirar os olhos de mim.

 

-- Como quiser – Ricardo caminhou em direção a porta. Eu nunca tinha visto alguém mandar nele daquela maneira – Comportem-se, meninas – falou malicioso antes de sair.

 

O silêncio prevaleceu naquele quarto por alguns minutos. Eu estava sem palavras. Deborah me encarava atentamente.

 

-- Você está linda como sempre – ela disse sorrindo e sentando na cama. Seus olhos não desgrudavam de mim – Eu não acreditei quando soube o que você fazia...

 

-- Desde quando você sabe? – perguntei nervosa.

 

-- Não faz muito tempo... Na verdade foi no dia do velório...

 

-- O que você quer, Deborah? – falei passando a mão no rosto e respirando fundo.

 

-- Eu não quis fazer aquilo com você, Cecília. Mas as circunstâncias me obrigaram a fazer, nunca foi minha intenção arruinar sua vida, acredite. Eu não poderia assumir nada naquele tempo, eu era jovem e medrosa – disse tensa.

 

Sorri debochada.

 

-- Você não mudou nada... Olha pra você... É noiva de um homem que não ama e tem uma vida dupla... Você é realmente feliz, Deborah? – perguntei cruzando os braços.

 

A loira levantou e se observou no espelho.

 

-- São as circunstâncias, minha família é muito preconceituosa. Eu não posso assumir... Não ainda.

 

-- Eu só não entendo como um homem rico como o Ricardo consegue se prestar a isso – falei pensativa.

 

Deborah riu sarcástica e me encarou.

 

-- O Ricardo é um pobre coitado, Cecília. Eu sou a rainha desse xadrez – disse orgulhosa – Ele é um cara falido e precisa do meu dinheiro para manter aquele prostibulo de merd*. Eu sou dona daquele lugar, ele apenas administra... Ele precisa de mim e eu preciso dele, é assim que as coisas funcionam.

 

-- Ótimo! Você se merecem! Preciso ir... – falei caminhando em direção a porta.

 

-- Você me deve muito, Cecília – Deborah disse arrogante.

 

Parei bruscamente e virei-me para encará-la.

 

-- Eu te devo? Você destruiu minha vida! Se alguém deve alguma coisa aqui, garanto que não sou eu! – falei a fuzilando.

 

-- Eu sei que você gosta de dinheiro – disse se aproximando lentamente – Eu posso te dar... Você apenas precisa ser minha.

 

Deborah tentou tocar em meu rosto, mas me afastei rapidamente.

 

-- Não encosta em mim! – falei irritada – Eu não quero seu dinheiro, nem mesmo se você fosse a última mulher dessa terra! Eu quero distância, Deborah... Me esquece!

 

-- Impossível, você foi a mulher mais perfeita que eu já tive e olha que não foram poucas.

 

-- Eu não quero saber de nada... Só me deixa em paz!

 

Abri a porta e sai. Eu estava nervosa e com raiva. Sentia-me uma pessoa suja naquele momento. finalmente eu estava sentindo um peso na consciência pelo meu passado repleto de luxúria. Eu não poderia me comparar a eles, certo?

 

Mas eu estava me sentindo assim. Por muito anos a única coisa que me importou foi o dinheiro! Eu não queria sentir nada, eu só queria ganhar muito. Acho que eu não era tão diferente da Deborah ou do Ricardo... Eu fui capaz de aceitar uma proposta suja como aquela...

 

O que mudou em mim?

 

Até pouco tempo atrás eu não me importaria de usar as pessoas, como eu devia usar o João Pedro... Mas eu tinha desistido. Por quê?

 

Não tinha uma explicação lógica. Não foi pela Sarah, mas acho que ela me fez lembrar quem eu fui... Quem eu era de verdade e isso despertou a Cecília que existia em mim... Eu quero ser diferente, eu quero ser uma pessoa melhor para mim mesma.

 

Peguei meu carro e dirigir por um longo tempo sem rumo. Eu só queria acalmar os pensamentos. Depois disso segui para meu apartamento. Manuela não estava, tinha saído com o Marcos, os dois estavam a cada dia mais grudados. Acho que não ia demorar para um namoro surgir.

 

Cozinhei macarrão e fiz um molho delicioso e fiquei vendo TV. Passava das sete da noite quando minha campainha tocou. Estranhei o porteiro não ter avisado. Levantei e caminhei lentamente em direção a porta e olhei pelo olho mágico. Oh, droga!

 

Abri a porta rapidamente.

 

Sarah me encarou com aqueles olhos escuros repletos de preocupação. Ela não disse nada, apenas me abraçou apertado.

 

-- Graças a Deus você está bem... Eu fiquei tão preocupada – falou nervosa.

 

-- Desculpa, Sarah.... Eu devia ter avisado – disse fazendo carinho em seus cabelos negros.

 

-- O importante é que você está bem... Você não atendia o celular, eu tive que vim aqui – falou beijando meu rosto e se afastando.

 

Segurei em sua mão e a conduzir em direção ao sofá. Sentamos juntas, mas não soltei sua mão.

 

-- Preciso te falar uma coisa, Sarah – falei mordendo os lábios.

 

Ela sorriu e tentou me confortar, pois percebeu meu nervosismo. Respirei fundo e contei tudo para ela. Sarah levantou de andou de um lado ao outro.

 

-- Meu Deus, que loucura! – disse apertando as têmporas.

 

-- Você acha que sua ex tem alguma coisa a ver com isso?

 

Sarah parou de andar e me encarou séria.

 

-- Eu não sei... Carla nunca foi do tipo mau-caráter. Eu não sei se ela seria capaz disso, seja lá o que for. Mas ela mudou muito, então não tenho certeza de nada.

 

Ela visível o quanto Sarah estava desconfortável com toda aquela situação.

 

-- Desculpa por te envolver nisso – falei cabisbaixa.

 

-- Tudo bem, Cecília. O importante foi que você me contou a verdade. Irei investigar toda essa história antes que tudo tome proporções gigantescas – disse fazendo careta.

 

-- Chega de falar disso! – levantei – Você já comeu alguma coisa?

 

-- Não – falou tímida – Eu estava tão preocupada que não conseguir comer nada.

 

Sorri. Existia alguém tão fofo como ela? Talvez a Manuela, mas era diferente. Não sei explicar.

 

-- Venha eu fiz macarrão – segurei novamente em sua mão e seguimos para a cozinha.

 

Sarah estava amando meu macarrão. Não parava de elogiar. Ela tinha um sorriso animado estampado em seu rosto.

 

-- Nossa, fazia muito tempo que não comia algo tão delicioso assim. Você continua maravilhosa para cozinhar, Cecília – disse sorrindo.

 

-- Não apenas para cozinhar, Sarah.

 

Sarah me olhou com os olhos arregalados. Ok, isso foi estranho. Putz, que merd*! Eu flertei com ela! Caramba!

 

Meu rosto pegou fogo e eu cocei a nuca tentando disfarçar meu constrangimento.

 

-- Eu imagino que você deve ser boa em outras coisas também – Sarah me encarava intensamente – Você fica fofa envergonhada – disse rindo e quebrando o clima tenso entre nós.

 

Acabamos mudando de assunto e eu fiquei aliviada. Sarah ficou até depois das dez. Eu insistir para que ela dormisse em minha casa, mas ela não aceitou e até ficou um pouco nervosa.

 

O tempo passou e ficamos cada dia mais próxima. Manuela ficava enciumada dizendo que eu estava a trocando, mas minha melhor amiga também estava muito ocupada com Marcos.

 

Um dia eu cheguei em meu apartamento com um sorriso bobo no rosto e Manu não perdeu tempo em zombar de minha cara.

 

-- Parece minha cara quando eu saio com o Marcos – disse rindo.

 

-- Deixa disso, Manuela – falei sentando ao seu lado. Manu assistia um filme de desenho e comia pipoca que por sinal, ela tinha deixado queimar – Essa pipoca tá horrível.

 

-- Eu acabei esquecendo dela, mas tá gostosa se você quer saber – sorriu – Mas afinal como foi seu “encontro” com sua amiga? – debochou.

 

-- Foi perfeito! – droga, eu sabia que meus olhos estava brilhando – Sarah é perfeita – suspirei frustrada.

 

Manuela parou de sorrir e me encarou séria. Depois de alguns segundos seus olhos se arregalaram e Manu cuspiu a pipoca que tinha em sua boca.

 

-- Oh, meu Deus! Você gosta dela! – falou perplexa.

 

-- É claro que não! – neguei sentindo minha bochecha quente.

 

-- Você não sabe mentir pra mim, “C”... Nem tente fazer isso! – disse ainda surpresa – Tu gosta dela não é?

 

Fiquei em silêncio. Não poderia negar, Manuela me conhecia mais que qualquer pessoa. Eu estava realmente gostando da Sarah, mas não queria admitir. Eu precisava esquecer.

 

-- Nossa! – falou colocando o balde de pipoca sobre a mesa de centro e segurando minha mão – Desde quando? – perguntou carinhosa.

 

-- Não sei, Manu – falei balançando a cabeça – Eu não queria sabe... Eu tenho... Medo – abaixei a cabeça.

 

-- Não tenha... Esse sentimento é bom... É lindo – disse fazendo carinho em meus dedos.

 

-- Não é... Olha o que aconteceu depois que me envolvi com a Deborah! – falei com medo.

 

-- Você sente pela Sarah a mesma coisa que sentia pela Deborah?

 

-- Não! Claro que não – falei levantando – Pela Deborah eu só sentia desejo... Era um tesão enorme. A maioria do tempo que ficávamos juntas estávamos trans*ndo. A gente não conversava sobre quase nada, e eu não fazia questão. Não saíamos juntas. Eu não conhecia a Deborah além da cama. Foi tudo carnal e bom... Mas depois cada uma ia pro seu lado, sem demonstração de carinho... Sem nada – Passei as mãos no rosto em desespero.

 

-- O que você sente pela Sarah? – perguntou cautelosa.

 

Abri um sorriso tímido.

 

-- Eu sempre me senti diferente com a Sarah, mas sempre neguei para mim mesma. Eu escondi e acabei deixando pra lá. Era nova, nem eu mesma me entendia... Foi difícil para mim aceitar que eu gostava de meninas, só aceitei depois da Deborah e mesmo assim a experiência com uma mulher não foi boa e isso de alguma forma me traumatizou. Eu nem amava a Deborah e ela fodeu com minha vida, imagina se eu tivesse a amado? Seria bem pior... Eu não queria o amor, Manu... Eu nunca quis, porque eu sei que vou me ferrar... O amor não é para mim.

 

-- Então você ama a Sarah? – perguntou surpresa.

 

-- Eu não sei... Tudo com ela é perfeito. Aff! Eu queria encontrar uma imperfeição nela... Um motivo para não amá-la, mas cada dia que se passa fica cada vez mais difícil. A gente conversa sobre tudo e eu nem preciso beijá-la para sentir vontade de passar o resto da minha vida ao seu lado... Vendo o seu lindo sorriso e o seus olhos doces... Mas eu desejo beijá-la e tocá-la... Eu desejo deitar em seu colo e viver ali por toda a eternidade porque não há melhor lugar no mundo que não seja estar em seus braços... Merda! – falei esfregando as mãos no rosto – Eu tô fodida né?

 

Manuela fez uma careta e riu.

 

-- Sim, você está! – falou levantando e me abraçando – Fale com ela, Cecília... Se arrisque.

 

-- Não sei – disse hesitante.

 

-- Faça isso... O máximo que você pode levar é um não, mas um não é melhor do que um “se”... Tente, meu amor – disse carinhosa.

 

-- Você acha que eu tenho chance?

 

Manu me encarou séria.

 

-- Você tem todas as chances que você nem mesmo pode imaginar.

 

-- Obrigada, Manu – disse a apertando – Eu marquei de encontrá-la no domingo, acha que eu devo falar?

 

-- Sim. Faça isso.

 

-- Droga, eu tô nervosa! – disse fazendo uma careta.

 

-- Normal, mas não vai dar pra trás – falou séria.

 

-- Não mesmo – Eu estava decidida.

 

Só não imaginava que no outro dia receberia um banho de água fria, quando Sarah aceitou o convite de Lorena e me dispensou. Claro que depois ela tentou consertar as coisas, mas é óbvio que eu não aceitaria. E eu não posso dizer que não fiquei magoada, mas Sarah tinha o direito de sair com quem bem entendesse. Só aceitei o convite de Bruna porque estava chateada, mas não poderia usar a garota e eu já estava arrependida por isso.

 

Passei o resto do dia ignorando a Sarah e foi o mesmo no sábado e também no domingo pela manhã quando ela me ligou. Eu ainda estava magoada e com um gosto amargo na boca de saber que ela estava com a Lorena naquele momento. Liguei para a Bruna desmarcando nosso encontro, não poderia fazer isso com ela.

 

Fiquei o resto dia trancada em meu apartamento comendo besteiras. Manuela havia viajado para ver os pais.

 

Estava assistindo um filme de terror quando a campainha tocou. Maldito porteiro que nunca avisa quem está subindo, incompetente!

 

Já passava das dez da noite. Bufando, deixei meu pote de Nutella na mesa de centro e fui atender a porta.

 

Fiquei assustada a ver quem era. Marcos estava vermelho devido ao esforço que estava fazendo, em seus braços estava Sarah completamente bêbada.

 

Ele entrou em meu apartamento e deixou Sarah no sofá onde eu estava sentada antes. Ela estava dormindo.

 

Eu não estava entendendo nada. Marcos me encarou sério.

 

-- Eu não sei o que aconteceu entre vocês, mas essa daí não parava de chamar por você. Eu estava estudando quando Denis me ligou dizendo para levá-la até você. Parece que desde que chegou no churrasco não parou de beber e depois quis ir para a boate onde eu fui pegá-la. Foi um confusão lá... Bruna e ela discutiram e não sei exatamente o que aconteceu, mas... – disse coçando a cabeça – Bem, acho melhor você perguntar pra ela.

 

Eu senti que ele queria falar mais alguma coisa, mas eu não quis insistir. Precisava cuidar de Sarah, ela era minha única preocupação no momento.

 

-- Obrigada, Marcos. Eu irei cuidar dela.

 

-- De nada – sorriu – Boa noite!

 

-- Boa noite!

 

Ele foi embora e eu fui cuidar daquela bêbada. Me aproximei e tirei seu sapato. Fiz carinho em seu rosto e ela acabou acordando.

 

Sarah piscou várias vezes.

 

-- Eu estou sonhando novamente? – perguntou confusa.

 

Eu rir de sua careta engraçada.

 

-- Provavelmente – falei abrindo os botões de sua blusa – Você precisa de um banho.

 

Ela não tirava os olhos de mim. Sarah mesmo toda bagunçada permanecia linda. Terminei de tirar sua blusa e Sarah tocou em meus cabelos.

 

-- Você é tão linda... Até mesmo nos meus sonhos – falou com os olhos brilhando.

 

-- Você também é linda, Sarah – beijei seu rosto – Agora vem comigo.

 

Sarah pela a graça de Deus conseguiu tomar banho sozinha. Entreguei uma roupa minha a ela e fiquei esperando que ela saísse do banheiro. Ela ficou linda com meu pijama. Entreguei água para que ela bebesse. Sarah deitou ao meu lado na cama e eu fiquei fazendo carinho em seu cabelo que ainda estava úmido. Ficamos deitadas de lado, uma de frente para a outra.

 

-- Esse sonho nunca foi tão real – ela sussurrou sonolenta.

 

-- Durma, Sarah – falei carinhosa.

 

-- Antes eu quero fazer uma coisa – disse se aproximando e tocando em meu rosto, em meus lábios e me encarando de uma forma que nunca tinha visto antes. Todo meu corpo se arrepiou. Sarah beijou o meu rosto e sussurrou em meu ouvido aquelas palavras que fizeram meu corpo todo tremer... – Eu amo você, Cecília... Amor da minha vida. Amo-te...

 

Antes que eu pudesse me recuperar de toda aquelas sensações novas, Sarah me beijou e tudo dentro de mim explodiu. Meu coração acelerou de uma maneira absurda e tudo que eu fiz foi corresponder aquele beijo.

 

Eu não tenho palavras para descrever tudo o que senti. Eram sentimentos intensos. Não sei como dizer... Eu só sinto... E sinto de uma maneira indescritível... Nem uma palavra seria capaz de descrevê-lo em sua plenitude.

 

O beijo não durou muito e Sarah me abraçou apertado e ficamos assim.

 

-- Nem parece sonho – escutei ela falando.

 

Eu não conseguia falar absolutamente nada. Meus pensamentos estavam confusos.

 

Sarah não demorou a adormecer, mas eu não tive a mesma sorte, ao contrário, passei a noite acordada tentando entender tudo que tinha acontecido.

 

Sarah havia falado que me amava, será que era verdade? Ela estava bêbada, mas dizem que bêbados falam o que não tem coragem de dizer sóbrio. Eu precisava tirar essa dúvida da minha cabeça. Precisava falar com ela.

 

E se ela realmente me amar? O que eu farei?

 

Eu ficarei com ela, óbvio! Porque eu também gosto dela. Gosto muito! Gosto mais do que tudo! Eu não quero dizer aquelas palavras, ok? Gostar é melhor.

 

Toquei em meus lábios... Que beijo maravilhoso, que frio na barriga... Que sensação boa. Abracei Sarah apertado e beijei seus cabelos negros. Acho que eu ficaria com um dor terrível depois, pois não me mexi a noite toda com medo de acordá-la.

 

O sol estava brilhando lá fora quando finalmente conseguir adormecer. Quando acordei já passava das duas da tarde.

 

Sarah não estava mais em minha casa, mas sentia seu cheiro em meu colchão. Peguei meu celular e tinha mensagem dela dizendo que teve que ir para a faculdade, pois tinha uma trabalho importante para entregar.

 

Droga! A faculdade! Tinha perdido aula, mas dane-se! Eu precisava falar com a Sarah e estava sentindo que ela iria fugir de mim, mas eu não iria deixar!

 

Me arrumei rapidamente e segui para a faculdade. Fui direto para o bloco onde Sarah estudava. Ela não estava tendo aula. Decidi procurá-la na sala onde somente ela e Denis tinham acesso. Caminhei a passos largos em direção a sala. Sentia alguns olhares sobre mim, mas ignorava a todos.

 

Parei bruscamente ao ver Sarah e Lorena conversando logo a minha frente. Minha amiga estava de costas, então ela ainda não tinha me visto. Elas estavam um pouco afastadas das outras pessoas. Lorena tocou no braço de Sarah e falou algo em seu ouvido. Sarah negou com a cabeça e sorriu.

 

Fechei minhas mãos e apertei fortemente. Precisava manter a calma. Respirei fundo. Eu poderia desistir e dar meia volta, mas eu não faria isso, não mesmo!

 

Decidida, caminhei até as duas. Lorena foi a primeira a me ver e ficou séria, quase me fuzilando. Não me importei, meu foco era outro. Sarah percebeu que Lorena estava olhando algo atrás de si e virou-se para ver o que era. Seus olhos quase pularam do rosto ao me ver. Ela ficou mais branca do que já era e seu nervosismo ficou evidente para quem a olhasse.

 

Parei em sua frente e a encarei seriamente.

 

-- Precisamos conversar! – foi a única coisa que eu falei.

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá meninas... Tô atualizando mais cedo, pois minha Internet está péssima. Se eu sumir é culpa dela.

Fortes emoções nesse capítulo!!

Beijos e até o próximo! 


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Comentários para 16 - Capitulo 16:
Brescia
Brescia

Em: 25/08/2024

.     Oi autora.

Hum! acho que a Sarah falou demais na boate...

Responder

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menteincerta
menteincerta

Em: 22/05/2020

Bendita hora pra acabar o capítulo hein dona Stela! Kkkk

Maldade com as leitoras

 

Tô adorando a história e feliz que vc voltou a fazer a gente feliz com suas histórias, é pra continuar hein

 

Bom fim de semana!


Resposta do autor:

Senhorita menteincerta... Te acho mó linda hahaha

Beijo pra tu! 

Responder

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Naty24
Naty24

Em: 22/05/2020

Fugir até quando? Sendo que ela faz coisas interessantes além de macarrão.Cecília enlaça essa guria garota! Tasca um beijão daqueles que perdemos o ar

Responder

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Mille
Mille

Em: 22/05/2020

Oi Stelinha 

A Sarah bebeda e com a Cecília cuidando aproveitou o momento.

Mais no outro dia resolveu fugir.

Sarah vocês seguiram separadas por muitos anos é hora de lutar pelo que sente e viver.

Bjus e até o próximo capítulo 

Responder

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