Capitulo 18
Mônica passou o restante da tarde dormindo, estava cansada da maratona de sex* que teve, Fiorella e Carol estavam na sala de espera do consultório em que Melissa tinha marcado uma consulta para a loira, era visível o nervosismo que estava estampado no rosto de Fio, talvez no fundo ela soubesse o que estava se passando e que algo estava errado.
Carol também tinha medo, sabia que no fundo sua amiga estava doente, e isso era claro nas mudanças físicas que a executiva teve. A patricinha levou a mão até a da loira que estava repousada em sua coxa, segurou apertando forte tentando passar uma calma que no momento para ambas era impossível ter.
- Fiorella Milstein? – A secretária chamou o nome da executiva assim que saiu da sala do médico. A mulher levantou se aproximando da porta juntamente com Carol, ambas entraram no consultório pedindo licença.
- Boa tarde senhoritas. – O homem que aparentava ter uns cinquenta anos cumprimentou as jovens e em seguida olhou uma ficha que havia em cima de sua mesa. – Bom, quem é a senhorita Milstein? – Ele perguntou olhando de Carol para Fiorella.
- Sou eu Dr. Muniz. – A executiva falou.
- Então me diga o que está acontecendo? – Ele perguntou com o semblante sério observando a morena.
- Dr. Fazem duas semanas ou mais que eu estou sentindo algumas coisas diferentes, ontem por exemplo eu fiquei com falta de ar, e tem umas manchas no meu corpo. – Ela falava meio tensa.
- Passou algumas coisas na minha cabeça das quais ligam esses seus sintomas, mais para ser confirmado preciso pedir alguns exames seus, mais antes, sobre essas tais manchas tem como me mostrar alguma? – O Dr. Pediu esperando Fiorella se levantar da cadeira.
A loira ficou de pé e esperou o médico se aproximar colocando as luvas, ela tirou o blazer que vestia revelando algumas manchas nos braços e depois levantou a blusa discretamente e o homem olhou para a barriga da mulher que tinha manchas roxas e vermelhas.
- Pode abaixar sua blusa senhorita Milstein peço que providencie os exames logo e me traga para que eu possa analisá-los. – Ele demonstrava preocupação e aquilo não passou despercebido para Carol que se meteu na conversa, até pouco tempo estava calada observando.
- Dr. Desculpa atrapalhar mais, isso que a Fiorella pode ter e grave?
- Como disse senhorita, ainda não posso confirmar nada, então não é bom e nem ruim, mais gostaria que os exames fossem feitos urgente.
- Ela fará pode ter certeza.
- Aqui estão os requerimentos para os exames, e essa e uma receita para que caso tenha crises de falta de ar você use essa bombinha.
- Obrigada, farei eles em breve, até logo senhor Muniz.
- Até breve Fiorella. – O médico sorrio para as jovens fazendo um aceno de cabeça e elas saíram da sala.
As meninas caminharam para o carro, nenhuma falava nada, ambas entraram no mesmo e Fiorella encostou a cabeça no volante do carro e começou a chorar, Carol abraçou a amiga se juntando a ela.
- Quero que saiba que independente de qualquer coisa, eu jamais vou te abandonar e irei ficar com você em todos os momentos por que amigas são para isso, e somos mais que isso, irmãs ne? Eu te amo Fio, olha pra mim? – Carol tentava acalmar a amiga e a si mesma.
- Carol, e se... – A mulher foi interrompida pela patricinha.
- Xiiii, não fala, não termina essa frase. – Pediu com lagrimas nos olhos.
- Preciso, e se for grave? E se caso eu morrer Carol? – Chorava voltando abraçar a morena.
- Você não vai, eu tenho certeza disso. – Afirmou confiante.
- Como tem tanta certeza?
- Por saber que você e forte, acredito que você ficará bem, contou para o tio Edu sobre esses sintomas?
- Não! Nem para ele e nem para Melissa, e por favor te peço, não conta nada para ninguém, nem para Mônica, me promete isso? – Olhou receosa para Carol.
- Não contarei, mas você tem que contar pelo menos pro titio, ele precisa saber.
- Eu sei, contarei quando souber o resultado, mais antes disso quero casar com a Melissa, preciso adiantar o casamento, vamos agora na casa das meninas, tenho que conversar com a Mel.
- Ei! Calminha, não acha melhor você ficar tranquila e depois ir conversar?
- Não Cah, precisa ser agora, e só ela consegue me acalmar, você vai querer ir comigo ou ti deixo em casa? – Perguntou
- Eu vou contigo, fico com a Mônica e mais tarde vou para casa se você for também.
Ambas seguiram para casa da família Dellaye, Fiorella estacionou o carro ao lado do de Mônica e saíram caminhando até a porta, a executiva testou para ver se estava aberto antes, e realmente estava, então ambas entraram, a casa era de um silêncio.
- Eu vou para o quarto da Melissa, tudo bem?
- Sim! E eu para o da Mônica, boa sorte. – Deu um beijo na amiga se despedindo dela e indo para o quarto da namorada.
Fiorella deu duas batidas na porta do quarto de Melissa, e assim que ouviu a voz dela dizendo “entra”, abriu a porta entrando no quarto.
- Oi amor. – A morena disse sorrindo ao ver a executiva.
- Oi anjo, estava com saudade e resolvi passar aqui. – Se aproximou da mesa em que Melissa estava sentada fazendo algumas anotações, se abaixou lhe abraçando forte. A menina ficou meio surpresa, não que Fiorella não fosse carinhosa, mais o jeito dela era diferente, e na mesma hora a pequena Dellaye percebeu.
- Amor está tudo bem? – Perguntou curiosa.
- Sim! Por quê? – Se afastou olhando nos olhos da namorada.
- Por que seus olhos estão vermelhos? Estava chorando? – Perguntou preocupada.
- Não! E só alergia a alguma coisa. – Falou abaixando a cabeça e depois olhando para o lado.
- Certeza? Como foi a consulta? – Duvidou da resposta da mulher, mais não quis insistir.
- Sim! Ah, foi tranquila, ele me passou uns exames e pediu que levasse depois. – Tentou desconversar, não queria falar diretamente o que havia conversado com o médico. – Amor será que podemos conversar um pouco um assunto sério?
- Claro, poderia me levar pra cama, e mais confortável. – Pediu para Fiorella que logo atendeu prontamente.
No quarto de Mônica
Quando a patricinha entrou no quarto da morena devagarzinho sem bater, encontrou ela deitada na cama apenas de blusão e calcinha, achou aquela cena tão linda, se não estivesse tão triste pela situação de Fiorella agarraria ela ali mesmo.
Ela se aproximou da cama, tirando os saltos e abriu o zíper da calça tirando a mesma e ficando apenas de calcinha e blusa, subiu na cama e deitou ao lado da namora, levou a mão até a curva da morena e passou de leve a pontinha dos dedos algumas vezes as unhas, e percebeu na hora Mônica arfar e suspirar em seguida e os pelos do corpo dela arrepiados.
Quarto da Melissa
- Pode falar amor, o que quer me dizer? – Falou pegando nas mãos de Fiorella, está que estava de cabeça baixa com semblante preocupado.
- Queria te fazer um pedido. – Olhou fixamente para Melissa.
- Faça amor, eu estou ouvindo.
- Casa comigo daqui a quarto dias? – Perguntou de uma vez, não era de seu feitio fazer rodeios, por mais que o assunto fosse delicado.
- Quatro dias? Por que assim tão rápido? – Ficou surpresa, e perguntou meio curiosa com a rapidez que Fiorella queria se casar.
- Por quê? Porque eu não quero mais passar um minuto longe de você querida. – A executiva falou, mais Melissa sabia bem que não era por conta disso.
- Não e por isso, me fala realmente o porquê?
- Por que, er...nossa viagem de lua de mel não vai poder ser logo que casarmos se for na data que marcamos, daí a melhor saída que arrumei foi essa, casarmos daqui a quatro dias e viajarmos, e quando voltarmos já farei outra viagem a trabalho e não vou poder ficar com você amor. – Melissa sabia no fundo que era mentira, mais resolveu concordar, não queria contrariar Fiorella, sabia que algo estava errado, apenas não sabia como descobrir.
- Mais amor podemos fazer a viagem de lua de mel depois que você voltar. – Tentou contornar a situação.
- Não! Eu não quero. Preciso que seja antes, por favor Mel eu te imploro. – Levou as mãos até o rosto da menina olhando fixamente com os marejados.
- Tudo bem, calma, não precisa chorar, vem aqui, deita comigo, está tudo bem mesmo? – Puxou a loira pelo blazer, iria tirá-lo mais as mãos da executiva lhe impediram com um aceno negativo, ela concordou e apenas lhe abraçou, o abraço era tão forte que Melissa sentiu um frio estranho na espinha.
- Está sim, obrigado por aceitar, te agradeço muito.
A duas ficaram abraçadas por um longo tempo conversando, até que a loira pegou no sono deitada no peito da namorada.
NO QUARTO DE MÔNICA
Aos poucos a Dellaye mais velha foi abrindo os olhos com um sorriso de canto, sabia que Carol estava ali.
- Oi! O que faz aqui? – Falou baixinho com a voz rouca.
- Ai que voz gostosa de ouvir, ouch, mais não quer minha companhia? Então ok, estou indo para casa. – Questionou fazendo bico, depois foi se levantando da cama, assim que Mônica percebeu como a loira estava segurou ela pela cintura lhe puxando pra perto e ficando por cima.
- Negativo! Você não vai a lugar nenhum, quero que fique. – Levou os lábios até o pescoço da mulher beijando cada parte dele.
- Nossa, isso tudo e saudade? Vai me prender aqui? – Questionou sorrindo para a morena.
- Se for preciso, o que eu fiz para que você pudesse dá o ar da sua graça? Pensei que nem apareceria hoje. – Falou curiosa sem parar os beijos.
- Estou precisando muito de você meu amor, apenas não posso dizer o que me preocupa. – A loira abraçou forte a morena e se aconchegou no corpo dela. – Quero dormir agarradinha contigo.
Os casais dormiram juntos, no outro dia quando acordaram, ambos se encaminharam para o café da manhã, as irmãs Dellaye ficaram surpresas pelo pai estar no café, o homem sempre saia mais cedo.
- Bom dia meninas, olha só, teremos a companhia das minhas lindas noras. – Gabriel falou animado, tinha acordado de bom humor.
- Bom dia queridas. – A mãe das jovens cumprimentou todas, e as meninas deram beijos nos pais.
Todas se sentaram e começaram a tomar café enquanto conversavam, depois de um tempo Melissa cochichou algo no ouvido de Fiorella e ela concordou em seguida começou a falar.
- Aproveitando que todos estão aqui pelo menos uma parte da família, eu e Fiorella queremos informá-los que tomamos a decisão de casarmos daqui a quatro dias. - A morena pegou os pais de surpresa.
- Como é? – Gabriel levantou perguntando completamente surpreso.
- E isso que ouviu senhor Gabriel, pedi ontem a Melissa para que casasse comigo alguns dias antes do que tínhamos estipulado. – Tentou justificar.
- Menina mais por que essa urgência toda? Se você fosse homem iria pensar que minha filha estaria gravida. – Mesmo o momento sendo sério, Gabriel soltou uma das suas clássicas piadinhas marca registrada de Mônica, foi com seu pai que a mulher aprendeu muita coisa.
- Desculpem o comentário, mais senhor Gabriel nem que meus dedos fossem tão potentes Melissa não engravidaria antes de casar comigo, respeito ela demais, e isso só acontecera depois que casarmos. – Fiorella falou séria trocando olhares com Carol e Melissa com sua mãe e Mônica, elas tinham percebido que a menina ficou tensa em relação a palavra gravidez.
- Papai apenas respeite minha decisão, eu aceitei o pedido de Fiorella e casarei em breve. – A morena pegou a mão da loira apertando.
- Está certo, vou aceitar, afinal não posso fazer nada mesmo. – O homem saiu da sala
- Filha não de importância, seu pai deve ter ficado apenas surpreso, ele pensa que você e sua irmã ainda são duas adolescentes, com tempo ele absorve, fico feliz que vocês em breve vão casar.
- Obrigado! – Fiorella e Melissa agradeceram dona Sandra.
- Aí quando vejo que você vai casar já penso logo quando for a Monica, eu e o pai de vocês vamos ficar sozinhos nessa casa imensa.
- Mãe não força! – Mônica olhou de canto de olho para a mãe e as meninas logo gargalharam na mesa.
- Sogra não se preocupe, em breve a Mô também estará na coleira, e nem adianta ela negar, uma hora vai dá o pé a torcer. – Carol falou debochada apertando a bochecha da namorada.
- Idiota! – A menina retrucou fazendo bico.
- E cunhadinha, você não tem para onde correr, nem adianta fugir. – Fiorella aproveitou para pegar no pé da morena.
- Arrumou sarna para se coçar maninha. – Melissa gargalhou.
- Por que vocês não vão ver se estou na esquina? – Falou grossa
- Você fica linda irritadinha, e de família mesmo Fio essa brabeza delas, nos lascamos. – A loira levantou a mão em direção a amiga para que ela batesse na sua e gargalharam.
- Fiorella se você não quiser ficar de castigo acho bom não ficar de gracinha viu. – Melissa falou séria olhando para a executiva que olhava desafiadora e com um sorriso sedutor.
- Pago para ver, minha querida. – Sorrio safada e deu uma piscadinha.
- UIIIIII gente, senti um clima aqui. – Mônica soltou fazendo todos na mesa rir e Melissa jogar o guardanapo na irmã.
Depois de um tempo Carol e Fiorella foram para casa, durante o caminho Fio falou para a loira o que tinha conversado com a namorada, e disse que só voltaria a tocar no assunto do exame depois do casamento, não queria que nada afetasse, por que se caso algo sério acontecesse, pelo menos tinha realizado o que mais desejava no momento que era casar com a morena.
Fiorella deixou a amiga em casa depois de conversarem por um bom tempo, quando chegou em casa subiu para o quarto fechou a porta deixando a bolsa na poltrona e tirando as roupas e seguindo para o banheiro, tomou um bom banho e depois saiu escolhendo uma roupa para ir até o escritório, quando ficou pronta pegou a bolsa e saiu entrando no carro e seguindo em direção a empresa, durante o caminho ligou para Melissa.
- Oi amor. – A executiva saudou a morena que atendeu a ligação no segundo toque.
- Oi vida, tudo bem? Já está indo para empresa? – A menina demonstrava empolgação na voz.
- Sim meu bem, você vai mais tarde certo?
- Sim! Daqui a pouco já vou me arrumar, você está com saudade Fio?
- Se eu falar que não, estaria mentindo, então sim, também como não ficar depois de passar uma noite maravilhosa com você. – A loira jogou todo charme para cantar a namorada.
- Olha que vai acabar viciando em dormir comigo. - Falou confiante.
- Eu já estou, e quero que durma na minha casa hoje, será que posso ter sua companhia a noite toda? – Pediu com jeitinho, na realidade a executiva tinha algumas ideias na cabeça.
- O que não faço por ti em Fiorella, durmo sim, mas você vai ter que passar aqui em casa depois do trabalho pra pegar umas roupas pra mim.
- Não quer levar sua mala logo toda? Daqui a quatro dia já estaremos casadas mesmo e você vai morar por enquanto comigo na mansão.
- Engraçadinha, ainda não e o momento, quem sabe faltando dois dias a gente não faça isso.
- Tudo bem, sou paciente, estou chegando na empresa, depois nos falamos, te amo, beijos. – A executiva desligou logo depois que ouviu a pequena Dellaye responder seu eu te amo.
Fim do capítulo
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