Capitulo 10
Acordei na espreguiçadeira com Giulia abraçada a mim. Já era quase noite e eu precisava ir para a faculdade. Tinha bebido muito com ela. Olhei para o meu celular e ele não deu mais sinal de vida depois de cair na piscina.
- Giulia – sussurrei.
E ela abriu os olhos.
- Preciso ir.
- Para onde? Você não tem condições...
- Tenho duas matérias...
- Faculdade? Está falando sério?
E eu me levantei cambaleando.
- Não...
- Fique aqui até passar o efeito do álcool. Quer comer alguma coisa?
- Não, obrigada. - disse enrolando em uma toalha.
- Precisa ligar para alguém? – disse olhando o visor apagado do meu celular.
- Sim, preciso avisar para as meninas que eu não irei hoje, senão ficarão preocupadas.
- Vou pegar o meu celular.
- Posso tomar um banho?
- Claro!
E descemos juntas.
Fiquei mais aquecida depois de uma ducha quente. Giulia estava na cozinha preparando um lanche quando entrei.
- Ei. – virou para mim completamente nua.
- É... – e fiquei admirando o seu corpo.
E ela sorriu.
- Você se importa, se eu...
- Não... – mordi os lábios.
- Ah! - e estendeu o celular.
- Obrigada!
Disquei para Margot.
- Oi. Só para dizer que não vai dar para ir à faculdade hoje. Não, não aconteceu nada. Esse número é da Giulia, caso precise falar comigo, se for mesmo urgente! – sorri. Sim estou com ela, sim você já sabe. Meu celular caiu na água. A Paige está perto? Deixa que eu falo com ela. Ok. Cuida-se, beijo. Até depois!
Giulia colocava os guardanapos sobre a mesa.
- Sirva-se! – sorriu.
E mais uma vez sentia a sua timidez transparecer.
- A quem você puxou?
- A minha mãe.
- Ela é viva? – disse pegando um pão e a geléia de morango.
- Não, morreu no meu parto. – estendeu uma xícara para mim.
- Oh, sinto muito.
- Você bebe café?
- Chá, por favor.
Comemos em silêncio, via-se que aquele assunto de família não a agradava e logo a noite se estendeu. A música tocava em todos os cômodos, estar ali era muito acolhedor. Nunca tinha tido uma experiência como essa antes. Um novo sentimento se apoderava da minha alma e eu tinha medo de que ele viesse à tona, que estivesse muito estampado na minha cara. Estávamos sentadas no sofá, Giulia apoiava a cabeça no meu peito e nossos dedos estavam entrelaçados. Mil coisas passavam na minha mente, será que isso também ocorria com ela? Ela tinha os olhos fechados e eu admirava a sua nudez, ela tinha o corpo perfeito.
- Está acordada?
- Sim, só de olhos fechados. – disse baixinho.
- Dança comigo? - sussurrei.
E ela sorriu olhando para mim, se ajeitando no sofá. Levantei-me despindo da toalha e estendi a mão para ela.
Encaixou-se no meu corpo e entrelaçou a sua mão na minha. Conseguia sentir o quanto o coração dela batia descompassado. Também sentia o perfume dos seus cabelos roçando na minha pele e eu olhei para ela, depois para seus lábios. E eu a beijei lentamente conforme dançávamos. Sentia o bico do seio encostando-se ao meu e o quanto estava teso. Sua pele arrepiava ao meu toque. Sentia a língua dela na minha, o gosto do beijo marcante. Eu a abracei pela cintura colando mais ao seu corpo e senti sua respiração se alterar. A mão dela passando pela minha nuca e nossos corpos ficaram inertes. Beijávamos e ela desceu capturando um mamilo. Sugou forte e meu corpo respondeu se molhando, endurecendo. Voltou a me beijar na boca olhando para dentro da minha alma, através dos meus olhos. Rocei os dedos no seu rosto até o pescoço e desci. Acariciei um seio e voltei a olhar para ela.
- Gosta disso?
- Nunca alguém conseguiu me molhar tão fácil. – disse com a respiração entrecortada.
- Te provocar me enlouquece. A vontade que eu tenho é a de...
E beijei a sua boca.
- Nossa... – olhou para mim perdida de desejo.
- Estou querendo você...
E a deitei no sofá.
Beijei o colo, um seio, depois o outro... Ela arfava. Levei a mão entre suas pernas e a sua umidade permitiu que a penetrasse. Forcei dois dedos provocando, sugando o mamilo e ela abriu-se, deitei por cima dela encaixando os dedos até o fundo e mexi. Ela me abraçou com as pernas e comecei a estocar. Queria lhe dar prazer sentindo o seu corpo contraindo debaixo de mim.
- Rebola...
- Ai... – e arfou.
E ela se esfregava na minha mão, sentia escorrer entre os meus dedos.
- Ah... – seu corpo tremeu.
E ela gozou intensamente.
- Você é gostosa demais Giulia. – sussurrei.
- Preciso comer... – disse com os olhos fechados.
- Vou pedir uma pizza posso?
- Sim...
- Qual você gosta? – e disquei para a pizzaria.
- Hum, que tal Marguerita?
- Perfeito.
Giulia estava aconchegada no sofá e eu deitei de costas no seu meio. Tinha a cabeça no seu peito e virei para ela beijando a sua boca. Ficamos assim abraçadas até a pizza chegar. O interfone tocou e ela levantou-se pegando um robe no quarto.
- Só um momento! – disse saindo para o corredor, voltando dois segundos depois.
Juro que eu precisava de um banho, mas preferia comer primeiro. Fomos para a cozinha e saboreamos a pizza, sem pressa, sem se preocupar com as horas.
Passava da meia noite quando entramos as duas na banheira e ficamos só na provocação. Disse para ela que iria tatuar o seu nome no punho e ela sorriu me chamando de louca, até então ela não me conhecia direito. Eu disse que cuidaria dela quando estivesse bem velhinha e parece que também não acreditou bem nessa história. Abrimos outra garrafa de whisky e rimos das bobeiras inacreditáveis que eu contava. Contei das competições que eu participei de remo, das aulas de violino na adolescência, de quantas vezes matei aulas para ficar com alguma garota e apesar de tudo, sempre tirei notas boas. Isso nunca foi um problema para mim. Bebi outro gole de whisky e a beijava. Adorava estar em sua companhia, fazer amor com ela, compartilhar histórias e adormecer sobre o seu corpo nu.
Ela me fez goz*r depois do ultimo gole de whisky que me lembro ter tomado e acordei num sobressalto sentando na cama cobrindo os olhos da claridade do quarto.
- Ai não! – e olhei para o relógio. – Estou atrasada!
Giulia havia deixado um bilhete sobre o travesseiro que dizia:
"Obrigada pela companhia maravilhosa. Quando puder me liga, preciso falar com você. Estou indo trabalhar. Beijos. PS:. Fique o tempo que quiser, tome café antes de sair".
Coloquei um pão na boca e corri para o estacionamento. Estava no escritório 15 min. depois.
- Bom dia meninas!! – quase gritei.
Notaram um sorriso bobo bem diferente dos outros dias estampado no meu rosto e fui saltitante para a cozinha.
- Porr*aa quem tomou a minha vitaminaaaa!!!
Fim do capítulo
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