Capitulo 9
Antes de seguir para o trabalho resolvi passar pelo endereço que a Giulia havia me dado e abri um sorriso imenso ao saber que logo mais estaria com ela. O prédio ficava logo de esquina e um maciço de podocarpos contornava toda a extensão da parede externa. Rosas adornavam todo o espaço interior e uma buzina tocou logo atrás de mim, fazendo com que eu pulasse de susto. Olhei pelo retrovisor pedindo desculpas e acelerei indo para o escritório.
Estacionei o meu carro a um quarteirão do meu trabalho por não haver uma vaga mais próxima e corri para a porta de entrada, subindo o lance de escadas. Estava com 15 minutos de atraso. Mergulhei na papelada que havia se formado sobre a minha mesa e nem mesmo sai para almoçar. Pedi uma comida vegetariana e comi na minha sala mesmo. Olhava o relógio de minuto a minuto e o meu celular tocou. No que levei a mão parou de chamar e fui ver quem era. O numero era da Paige.
Enviei uma mensagem para ela:
“Está tudo bem? Por que desligou?”
E ela respondeu:
“Esqueci que você estava no trabalho, ligo mais tarde”
Continuei.
“Tenho um compromisso hoje, mais à tarde” – enviei colocando um pedaço de tomate na boca.
“Tudo bem, nos falamos na faculdade então” – e enviou uma carinha sorrindo.
“Combinado, beijo”
E voltei a comer.
Sai por volta das 15h20min e fui para o apartamento da Giulia. Minhas mãos suavam de tanta ansiedade, parecia o meu primeiro encontro com ela. Nunca me senti assim com outra mulher. Ela mexia comigo de um jeito, que eu não sabia explicar. Até me passou pela mente em ter um relacionamento mais sério com ela, porque era isso o que ela despertava em mim. Encostei puxando o freio de mão e fui até a guarita.
- Oi boa tarde, apartamento da Giulia.
- Só um segundo.
E olhei para o jardim depois para o porteiro.
- Ela está esperando, pode subir, mas ela pediu que eu a acompanhasse até o elevador.
Sorri para ele e entrei pelo portão que media pelo menos uns três metros de altura.
- Por aqui – ele indicou.
Passamos pelo lobby de entrada e fui diminuindo os passos até o elevador. Era de um requinte de tirar o fôlego. Admirava tudo a minha volta: as plantas, as cores, paredes espelhadas, carpetes, estava tão distraída que nem mesmo ouvi o porteiro me chamar.
Diferentemente dos outros prédios, o elevador privativo ficava mais no canto e vi que só poderiam subir pessoas que tivessem acesso a um cartão ou digital pré-arquivada. Tudo isso foi minuciosamente pensado pelo proprietário, neste caso Giulia, para sua privacidade e segurança. Comecei a entender ali por que ela dizia ter poucos amigos, que a maioria só se aproximava por interesse. Talvez por essa razão eu tenha tido mais proximidade, por eu ter me interessado por ela e não pelas coisas dela.
- Boa tarde senhorita – disse sorrindo ao passar o cartão no sensor.
- Igualmente.
Entrei no elevador e as portas se fecharam. Quando abriu, saltei para o corredor olhando para os dois lados.
- E agora, para que lado? – sussurrei.
- Psiu!
E olhei naquela direção.
Havia seis portas naquele andar e ela estava em uma delas no final do corredor. Fui até lá a passos largos.
- Oi Giulia.
- Como você está? – disse com um sorriso tímido.
- Bem... – e desci os olhos para seus lábios me aproximando.
Meu corpo se acendeu quando minha boca cobriu a dela com um beijo. E a puxei colando seu corpo no meu. Ela gemia procurando as minhas carícias. As minhas mãos descendo os quadris perfeitos e ela me afastou segurando a minha mão.
- Vem...
Entrei pela porta de madeira e fiquei parada olhando para a vista que ela tinha dali.
- Uau – sorri. Que lindo!
Ela sorriu olhando na mesma direção.
- Penso que você vai gostar muito daqui.
- Foi você quem projetou?
- Foi sim e o que te fez pensar isso?
- Os detalhes, você me parece bem detalhista, eu nunca tinha visto um prédio assim. A começar pelo jardim, o hall de entrada, os portões.
- Você veio de carro?
- Sim.
- Deixou na rua?
- Sim. Está logo na frente.
- Puts, desculpa Mel! Era para ter deixado no estacionamento. Por favor, me de sua chave. Qual a marca?
- Não precisa sério. Um Audi prata.
- Por favor – e estendeu a mão com um sorriso.
Tirei a chave do bolso entregando para ela.
- Já volto, um minuto, fique a vontade.
Aproximei um pouco mais da parede de vidro e olhei para o horizonte. O silêncio que se fazia ali era algo incrível. Olhei ao redor e eu não tinha palavras para descrever o quanto tudo era bonito. Tudo foi planejado com um cuidado milimétrico. Não era de se estranhar que ela se sentisse tão sozinha, aquele lugar era gigantesco. Havia uma escada bem no canto, mas não quis ir até lá. Fiquei parada olhando para um quadro futurista e a porta abriu atrás de mim.
- Gosta?
- Muito.
- Quer beber algo?
- Whisky, por favor, uma dose. – sorri. Ou não volto para casa.
- Eu levo você. – disse pegando gelo.
- Entendi porque você se sente tão só. – disse baixando a cabeça.
- Poucas pessoas vêm aqui.
- E seu pai?
- Veio umas duas vezes.
E estendeu o copo com a bebida para mim.
- Vocês não são tão próximos né.
- Não, não nos entendemos muito bem, desde muito tempo.
- É uma pena.
- Estava pensando em dar uma festa, você viria?
- Claro!
- Mas precisamos ser discretas, entende.
- Seria problema se namorássemos? – disse em tom sério.
- Neste momento sim, eu não posso assumir um relacionamento agora. Precisaria resolver alguns assuntos que envolvem a mim, o meu pai e...
- O seu pai e...
- Enfim.
- Tudo bem, não vamos nos preocupar com isso agora, de boa faria como desejar.
- É algo que ainda estou amadurecendo, nem realmente sei se será possível, preciso estudar essa possibilidade. Vêm deixa te mostrar os quartos, cozinha, sala de jogos e o 2° piso.
- 2º?
- Sim.
Entramos e saímos dos cômodos do 1º piso e fomos para o 2º.
Eu não sabia o que dizer quando Giulia abriu a porta de vidro com a sua digital e me deparei com uma piscina coberta diante de mim.
- Eu não acredito... – olhei para ela.
Ela riu.
- Se você quiser... - piscou para mim. Vou colocar uma música, trazer a garrafa de Whisky e algumas toalhas.
Sentei na lateral da piscina e risquei a água com a ponta dos dedos. Tirei o tênis molhando os pés com um sorriso estampado. Além de coberta a água era aquecida. Que perfeito. Olhava o meu reflexo distraída e de repente senti um empurrão na cintura caindo dentro da piscina, com roupa e tudo. Emergi e vi Giulia com um sorriso no rosto.
- Assim não vale! – disse tirando o cabelo do rosto e jogando o celular para fora da piscina.
- Puts, seu aparelho! - e ela pulou também de roupa. – Desculpa!
- Tudo bem tenho a lista de contatos no pen drive.
E ela me abraçou pela cintura me afundando. Ficamos submersas olhando uma para outra para ver quem agüentaria mais ficar ali por mais tempo e eu subi engolindo um pouco de água. Ela subiu segundos depois olhando para mim e vindo na minha direção.
- Isso não vai ficar assim! – espirrei água nela.
- Tira a roupa... – disse retirando a dela e jogando para a borda da piscina.
Fiquei só de top e calcinha. Ela só de calcinha, pois não usava sutiã.
Ficou de frente para mim e me enlaçou pelo pescoço beijando a minha boca. Molhei na hora, e estreitei o meu corpo no dela. Beijávamos sem pressa, sentindo a língua dela explorar a minha. Sua mão acariciava um dos mamilos me fazendo gem*r nos seus lábios, molhando ainda mais por dentro. Afastou os lábios em centímetros olhando dentro dos meus olhos. Aqueles olhos de um azul intenso que eu não sabia nomear porque não tinha palavras para descrever. Dava uma vontade louca de sorrir e ao mesmo tempo chorar. E ela me trouxe para a beirada da piscina me encostando no ladrilho azul, deu um beijo na ponta do meu nariz, depois voltou a me beijar com mais avidez. Afastou a minha calcinha com os dedos e me penetrou profundamente me fazendo gem*r alto na sua boca. Passei as pernas por sua cintura e me abri mais, fazendo com que ela se movimentasse melhor. Empurrando e tirando os dedos, meu corpo tremia de tanto tesão. Ela comia devagar me proporcionando um prazer indescritível.
- Assim... – gemi em seus lábios a penetrando com a língua.
Ela sugava com os olhos inebriados, faminta de mim, mexendo no fundo.
- Não agüento mais... – mordi os lábios, engolindo seus dedos.
E ela aumentou os movimentos fazendo com que eu a abraçasse e afundamos. Ela me olhou nos olhos e eu explodi num gozo, estremecendo o meu corpo e ela me levou para cima, segurando nos seus braços.
- Fica comigo – sussurrei.
- Estou aqui com você... – disse com um tremor na voz.
Estou aqui.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
thays_
Em: 12/05/2020
Parece que a Mel está numa vontade muito louca, não querendo perder a Giulia por nada nesse mundo. Já até está pensando em namoro! Que menina mais ansiosa.
Essa cena das duas na piscina, sensacional.
Você trabalha com plantas, autora? Sabe o nome de todas elas.
Beijão!
Resposta do autor:
Medo de perder a possível cara metade dela. É exatamente assim o tipo de mulher que ela gosta. Como ela é muito ansiosa e a Giulia dá corda...
Muita pesquisa!
Outro!
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