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Mel por Jubileu

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Palavras: 1066
Acessos: 1355   |  Postado em: 12/05/2020

Capitulo 7

Estava sentada sobre a mesinha de madeira e olhava para ela com um sorriso nos lábios. Giulia dormia profundamente sobre o meu sofá abraçada a uma almofada. Seus cabelos ruivos caiam em cascata. Não acreditava que isso estava acontecendo. Fechei as cortinas impedindo que o sol da tarde entrasse, ela com certeza acordaria com o sol batendo no rosto. Fui até o quarto e peguei um lençol para cobrir o seu corpo nu. Suas mãos eram delicadas e o tom da pele era de um rosa bem claro. Além das sardas no rosto, havia outras também nos ombros, no colo e nas costas. Mordia os lábios só de pensar no som, no exato momento do gozo. Ela era muito gostosa.

 

Ela se remexeu e abriu os olhos lentamente.

- Oi... – e segurei sua mão.

- Mel...

E se espreguiçou.

- Você é linda... – disse beijando sua mão.

- Preciso ir. – sussurrou.

- Por favor, fique mais um pouco.  Quer comer ou beber algo?

- Fica para outra vez.

- Prometa.

- Melhor não.

- Tudo bem.

- Vou me vestir.

E levantou-se, procurando pelas roupas.

- Tenho tanta coisa para dizer.

- Para mim? – disse me olhando.

- Sim.

- Mel, desculpa te causar tanta coisa em tão pouco tempo.

- Você não está entendendo.

- Creio que não... – disse pegando o celular sobre a mesinha.

- Você não gostou?

Ela olhou para mim dirigindo-se para a porta.

- Não sei lhe responder essa pergunta.

- Espera!

Corri na sua direção prendendo seu rosto entre as mãos, olhando para os seus lábios.

- A resposta talvez esteja aqui.

E beijei a sua boca com intensidade.

 

Mais uma vez eu a vi passar por aquela porta, e o medo me afligiu de não mais voltar a vê-la.

 

****

 

Encontrei com Margot à noite, na entrada da faculdade.

- Ei. – disse em tom sério.

- Como foi? Conta tudo!

- Estive no paraíso e voltei ao inferno.

- Isso é bom ou é ruim?

Acendi um cigarro.

- Ai, como foi o almoço? E depois o que vocês fizeram? - disse com um sorrisinho sacana no rosto.

- Almoçamos e a levei para casa.

- A dela?

- A minha Margot!

- Não acredito... Ela tem menos juízo que você!

- Ela é maravilhosa, vou casar com essa mulher.

- Mas...

- Mas... - e puxei a fumaça.

- E a Paige?

- Puts!

- Vai me dizer que se esqueceu do seu lance com a Paige! Ela vai ficar arrasada.

- Margot, é só sex* e nada mais.

- Falando nela, mas você tem certeza disso? – disse num sussurro.

- Boa noite para vocês!

- Oi Paige.

Margot sorriu.

- Tudo bem Mel? – disse me olhando e tirando o cigarro dos meus dedos.

- Eu sei, Eu sei...

- Pode me dar carona hoje?

- Claro.

- Vamos entrar? Tenho o primeiro horário. – ela continuou com um sorriso faceiro.

- Sim. – e a puxei pelo ombro.

Não havia parado para pensar qual seria a reação da Paige quando descobrisse.

 

Dedilhava a ponta dos dedos sobre a calculadora, quando meu celular vibrou. Abri um sorriso ao ler o nome do remetente: “Giulia”  -  Mensagem: “Pensado em você”

Contive-me para não responder naquele mesmo momento, eu precisava atraí-la, ganhar a sua confiança, ir mais devagar como a própria Margot disse. Queria que ela tivesse absoluta certeza do que ela estava querendo em relação a nós, mas principalmente para ela. Aquilo tudo era novo em sua vida, pois nunca tinha estado com uma mulher. Houve momentos de confusão na cabeça dela, e eu achava aquilo super normal. Se ela não tivesse gostado de ficar comigo, teria se afastado desde o início. Para começar, ela havia ido a um bar LGBT, ou seja, ela estava aberta para novas experiências, caso elas acontecessem. Que mulher não teria sentido atração por ela? Da mesma forma que eu senti?

Queria ir embora o mais rápido possível para poder responder a sua mensagem ou até mesmo ouvir a sua voz. Guardei as minhas coisas e corri para a porta de entrada sentando nas escadas.

“Oi, Giulia, tudo bem? Fiquei tão feliz com a sua mensagem, eu poderia te ligar?” – e enviei.

E ela respondeu logo de seguida:

“Pode sim, ligue mais tarde”.

Não me cabia tanta felicidade dentro do peito e toda aquela ansiedade que eu estava sentido mais cedo, desapareceu. Eu sentia que ela estava me correspondendo, só precisava ter paciência e ir devagar.

Paige foi a primeira a sair e nem mesmo esperei pela Margot e nem Sofie.

- Vamos? – disse levantando e pegando a mochila no chão.

- Sim.

Fomos abraçadas até o carro.

Abri a porta para ela e contornei, entrando dentro do veiculo. A noite estava quente e o céu estralado, mas só os faróis iluminavam a estrada. Às vezes, morria de medo que algo ou alguma coisa cruzasse na frente do carro, como nos filmes de terror. Aquele lugar era muito bonito a luz de dia, mas a noite, eu nunca tive uma boa impressão.

- Você está tão quieta... – virei para ela.

- Muito sono, desculpe.

- Estamos quase chegando.

- Pode parar no acostamento?

- Está falando sério?

- Tem medo?

- Muito, aqui não tem nada por perto.

- Por essa razão. – ela sorriu.

- Pode ser naquela estrada de terra?

- Sim.

- Fica logo à frente.

Dei seta para direita minutos depois. Desliguei os faróis, puxei o freio de mão e Paige tirou o sinto pulando para o banco de trás.

- O que está fazendo? – disse olhando para o retrovisor.

Vi que ela começava a desabotoar os botões da camisa xadrez. Mordi os lábios e desci, abrindo a porta de trás. Se existia alguém mais fogosa que eu, esse alguém era a Paige.

Deitei sobre ela baixando o zíper do jeans e colocando a mão no seu meio. Estava tão molhada que eu já a penetrei arrancando um gemido. Beijei sua boca, metendo forte e rápido, como ela gostava.

Quando senti que ela estava quase goz*ndo prendi um mamilo entre os lábios e mordi. Seu corpo estremeceu em cadencia, gem*ndo alto. Eu a abracei em seguida, colocando os dedos na boca e nesse exato momento a imagem de Giulia se formou na minha lembrança.

Fim do capítulo


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Comentários para 7 - Capitulo 7:
Sonne
Sonne

Em: 13/05/2020

Mel tem que saber o que quer. Ora Paige ora Giulia. Ai ai... Alguém vai sair machucada.


Resposta do autor:

 

Ela quer proteger as duas, mas no fim....

Beijos!

Responder

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thays_
thays_

Em: 12/05/2020

Essa Giulia indo embora desse jeito é de partir o coração.


Resposta do autor:

 

Ás vezes as pessoas não tem idéia o quanto é de partir o coração, mas a Giulia voltou!

Responder

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