Capitulo 7
Estava sentada sobre a mesinha de madeira e olhava para ela com um sorriso nos lábios. Giulia dormia profundamente sobre o meu sofá abraçada a uma almofada. Seus cabelos ruivos caiam em cascata. Não acreditava que isso estava acontecendo. Fechei as cortinas impedindo que o sol da tarde entrasse, ela com certeza acordaria com o sol batendo no rosto. Fui até o quarto e peguei um lençol para cobrir o seu corpo nu. Suas mãos eram delicadas e o tom da pele era de um rosa bem claro. Além das sardas no rosto, havia outras também nos ombros, no colo e nas costas. Mordia os lábios só de pensar no som, no exato momento do gozo. Ela era muito gostosa.
Ela se remexeu e abriu os olhos lentamente.
- Oi... – e segurei sua mão.
- Mel...
E se espreguiçou.
- Você é linda... – disse beijando sua mão.
- Preciso ir. – sussurrou.
- Por favor, fique mais um pouco. Quer comer ou beber algo?
- Fica para outra vez.
- Prometa.
- Melhor não.
- Tudo bem.
- Vou me vestir.
E levantou-se, procurando pelas roupas.
- Tenho tanta coisa para dizer.
- Para mim? – disse me olhando.
- Sim.
- Mel, desculpa te causar tanta coisa em tão pouco tempo.
- Você não está entendendo.
- Creio que não... – disse pegando o celular sobre a mesinha.
- Você não gostou?
Ela olhou para mim dirigindo-se para a porta.
- Não sei lhe responder essa pergunta.
- Espera!
Corri na sua direção prendendo seu rosto entre as mãos, olhando para os seus lábios.
- A resposta talvez esteja aqui.
E beijei a sua boca com intensidade.
Mais uma vez eu a vi passar por aquela porta, e o medo me afligiu de não mais voltar a vê-la.
****
Encontrei com Margot à noite, na entrada da faculdade.
- Ei. – disse em tom sério.
- Como foi? Conta tudo!
- Estive no paraíso e voltei ao inferno.
- Isso é bom ou é ruim?
Acendi um cigarro.
- Ai, como foi o almoço? E depois o que vocês fizeram? - disse com um sorrisinho sacana no rosto.
- Almoçamos e a levei para casa.
- A dela?
- A minha Margot!
- Não acredito... Ela tem menos juízo que você!
- Ela é maravilhosa, vou casar com essa mulher.
- Mas...
- Mas... - e puxei a fumaça.
- E a Paige?
- Puts!
- Vai me dizer que se esqueceu do seu lance com a Paige! Ela vai ficar arrasada.
- Margot, é só sex* e nada mais.
- Falando nela, mas você tem certeza disso? – disse num sussurro.
- Boa noite para vocês!
- Oi Paige.
Margot sorriu.
- Tudo bem Mel? – disse me olhando e tirando o cigarro dos meus dedos.
- Eu sei, Eu sei...
- Pode me dar carona hoje?
- Claro.
- Vamos entrar? Tenho o primeiro horário. – ela continuou com um sorriso faceiro.
- Sim. – e a puxei pelo ombro.
Não havia parado para pensar qual seria a reação da Paige quando descobrisse.
Dedilhava a ponta dos dedos sobre a calculadora, quando meu celular vibrou. Abri um sorriso ao ler o nome do remetente: “Giulia” - Mensagem: “Pensado em você”
Contive-me para não responder naquele mesmo momento, eu precisava atraí-la, ganhar a sua confiança, ir mais devagar como a própria Margot disse. Queria que ela tivesse absoluta certeza do que ela estava querendo em relação a nós, mas principalmente para ela. Aquilo tudo era novo em sua vida, pois nunca tinha estado com uma mulher. Houve momentos de confusão na cabeça dela, e eu achava aquilo super normal. Se ela não tivesse gostado de ficar comigo, teria se afastado desde o início. Para começar, ela havia ido a um bar LGBT, ou seja, ela estava aberta para novas experiências, caso elas acontecessem. Que mulher não teria sentido atração por ela? Da mesma forma que eu senti?
Queria ir embora o mais rápido possível para poder responder a sua mensagem ou até mesmo ouvir a sua voz. Guardei as minhas coisas e corri para a porta de entrada sentando nas escadas.
“Oi, Giulia, tudo bem? Fiquei tão feliz com a sua mensagem, eu poderia te ligar?” – e enviei.
E ela respondeu logo de seguida:
“Pode sim, ligue mais tarde”.
Não me cabia tanta felicidade dentro do peito e toda aquela ansiedade que eu estava sentido mais cedo, desapareceu. Eu sentia que ela estava me correspondendo, só precisava ter paciência e ir devagar.
Paige foi a primeira a sair e nem mesmo esperei pela Margot e nem Sofie.
- Vamos? – disse levantando e pegando a mochila no chão.
- Sim.
Fomos abraçadas até o carro.
Abri a porta para ela e contornei, entrando dentro do veiculo. A noite estava quente e o céu estralado, mas só os faróis iluminavam a estrada. Às vezes, morria de medo que algo ou alguma coisa cruzasse na frente do carro, como nos filmes de terror. Aquele lugar era muito bonito a luz de dia, mas a noite, eu nunca tive uma boa impressão.
- Você está tão quieta... – virei para ela.
- Muito sono, desculpe.
- Estamos quase chegando.
- Pode parar no acostamento?
- Está falando sério?
- Tem medo?
- Muito, aqui não tem nada por perto.
- Por essa razão. – ela sorriu.
- Pode ser naquela estrada de terra?
- Sim.
- Fica logo à frente.
Dei seta para direita minutos depois. Desliguei os faróis, puxei o freio de mão e Paige tirou o sinto pulando para o banco de trás.
- O que está fazendo? – disse olhando para o retrovisor.
Vi que ela começava a desabotoar os botões da camisa xadrez. Mordi os lábios e desci, abrindo a porta de trás. Se existia alguém mais fogosa que eu, esse alguém era a Paige.
Deitei sobre ela baixando o zíper do jeans e colocando a mão no seu meio. Estava tão molhada que eu já a penetrei arrancando um gemido. Beijei sua boca, metendo forte e rápido, como ela gostava.
Quando senti que ela estava quase goz*ndo prendi um mamilo entre os lábios e mordi. Seu corpo estremeceu em cadencia, gem*ndo alto. Eu a abracei em seguida, colocando os dedos na boca e nesse exato momento a imagem de Giulia se formou na minha lembrança.
Fim do capítulo
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