Beatriz por stela_silva
Capitulo 10
POV Beatriz/ Cecília.
Maldito Ricardo! Tinha que ligar justamente naquele momento. Eu sabia que precisava falar com ele, somente por isso tive que adiar minha conversa com a Sarah.
Falando nisso...
Olhar para Sarah após tantos anos me fez perceber a burrada que eu fiz. Era visível a raiva que ela sentia por mim, eu não poderia culpá-la. Fui muito egoísta e não pensei no mal que poderia ter feito a ela. Eu acreditava com toda a sinceridade que ela fosse ficar melhor sem minha amizade. Mas olhar em seus olhos foi tão difícil... Tão difícil ver a dor que causei a ela... Por mais que ela tentasse disfarçar me atacando ou sendo irônica. Eu a conhecia melhor do que ninguém, crescemos juntas. Era perceptível o quanto ela se sentia rejeitada, mesmo que essa nunca tenha sido minha intenção. Meu egoísmo me cegou e somente quando vir suas lágrimas eu tive a certeza do mal que a fiz... Não somente a ela, mas a mim também. Porque mesmo que nunca tenha falado, foi complicado abrir mão da amizade da Sarah, foi doloroso... Mas afinal, o que eu tinha a oferecer a ela?
Não seja boba Cecília! Não queira se defender com essas bobagens. Eu nunca tive nada a oferecer e mesmo assim ela sempre esteve ao meu lado nos bons e nos maus momentos, afirmando que para ela a amizade e o amor eram verdadeiros e você o que fez? Na primeira oportunidade a abandonou.
Covarde! Burra! Eu estava com raiva de mim mesma. Eu precisava desesperadamente falar com ela, mesmo que eu só recebesse xingamentos em troca, era um preço pequeno a pagar, por tudo que já fiz.
Enquanto dirigia eu dava pequenos socos no volante como se aquilo fosse amenizar minha raiva, minha dor e principalmente... Minha culpa!
Pensei nos últimos anos da minha vida... O quanto eu havia me tornado uma mulher fria e calculistas. Incapaz de ter qualquer sentimento além da ambição.
Sentia as lágrimas molharem meu rosto. Ver a Sarah não me fez relembrar meu passado doloroso, mas me fez perceber a idiota que eu fui.
Eu não resisti em abraçá-la. Era delicioso sentir um pouco do meu passado, sem que isso me fizesse mal. Por um instante eu achei que nada tinha mudado. Era como voltar a infância, adolescência... Era se sentir leve, acolhida e principalmente, amada. A apertei com tanta força que conseguia sentir seu coração batendo, seus cabelos continuavam macios, lisos e principalmente pretos. Mas seus olhos não tinham mais aquele brilho lindo e aquele sorriso farto, eram frios e distantes... Mesmo assim eu não senti a rejeição do seu abraço, ao contrário me sentir acolhida e somente ali naquele momento eu percebi o quanto precisava da minha amiga novamente... Eu tinha que fazer alguma coisa, mesmo que eu tivesse que me ajoelhar, ok, muito drama né? Parei.
Mas eu tinha um objetivo em mente após tantos anos. Eu queria minha amiga em minha vida e dessa vez para todo o sempre! Não iria desistir fácil, eu não iria desistir nunca!
Parei em frente ao restaurante que havia marcado com Ricardo. Sequei minhas lágrimas e tentei ficar mais calma, não queria que aquele homem percebesse qualquer coisa. Olhei-me pelo espelho retrovisor e retoquei a maquiagem. Respirei fundo... Precisava deixar a Cecília aqui fora, eu precisava ser a calculista da Beatriz. Quando me senti preparada saí do carro e caminhei em direção a entrada do restaurante.
Ricardo abriu um grande sorriso ao me ver. Sentei de frente para ele. Estava séria e pensativa. Ele percebeu que alguma coisa havia acontecido.
-- Algum problema, Beatriz? – perguntou me observando atentamente.
-- Nada, eu apenas conheci o garoto – disse seca – Ele é bem... Idiota – completei .
Ricardo riu e bebeu um pouco de vinho.
-- Então... Acha que vai ser difícil?
-- Nenhum um pouco... Ele já ficou todo animadinho – disse irônica.
-- É impossível um homem de verdade não ficar animadinho diante de você, meu amor – disse sedutor. Muito ridículo, isso sim – Como você o conheceu?
-- Derrubei os livros dele sem querer... E acabei ajudando-o. A gente conversou um pouco e foi isso.
Era verdade. Estava tão atordoada em rever a Sarah que não prestava atenção em nada. Acabei esbarrando no garoto, acho que dei um pouco de sorte, pelo menos isso, o primeiro passo já havia sido dado. Pelo menos meu dia não foi completamente improdutivo.
-- Isso é muito bom! – disse animado – Eu vim te entregar umas coisas – colocou uma pasta sobre a mesa – São coisas necessárias que você precisava saber, aliás, você já estudou os assuntos do seu curso?
-- Sim, você sabe que não tenho dificuldades com isso – eu havia engolido os assuntos em poucos dias, era divertido para mim.
-- Ótimo! – disse sorrindo.
O restante do almoço foi ele falando apenas algumas bobagens. Por sorte não demorou e eu respirei aliviada ao sair daquele local.
Fui direto pra casa. Procurei por Manuela, mas ela não estava. Só espero que a garota não fique perdida por aí. Fui tomar banho e depois tentei me concentrar em um livro, mas eu não conseguia pensar em nada além da Sarah e seus olhos vermelhos.
Fechei os olhos e lembrei da nossa amizade.
“era uma dia triste para mim. Meu avô havia morrido e todos estavam ocupados demais para pensar que eu também sofria. Tivemos que viajar para o interior. Foram dias difíceis, eu tinha doze anos. Sempre fui muito apegada a meu avô, ele me compreendia mais que meus próprios pais, tenho certeza que ele ficaria triste com tudo que me aconteceu. Quando eu voltei para minha casa, Sarah estava me esperando. Quando ela me viu correu ao meu encontro e me abraçou apertado. Pela primeira vez em dois dias em me senti bem novamente. Fomos para o meu quarto e Sarah me fez cafuné por muito tempo, quase a noite toda.
-- Eu sinto muito, Cissa... Saiba que sempre estarei ao seu lado, sempre... – sussurrou em meu ouvido e deu um beijo no meu rosto.
-- Obrigada por estar sempre comigo, Sah... Saiba que você é muito importante para mim e eu te amo muito – falei sincera.
Senti a respiração da minha amiga falhar. Ela ficou sem palavras por algum tempo.
-- Eu também te amo, Cissa... – disse suspirando.
Apaguei e acordei durante a noite. Virei-me e fiquei observando a minha amiga dormir. Ela dormia tranquilamente e eu acompanhava o som de sua respiração, era gostoso. Toquei em seu cabelo que caía sobre o rosto, tirei com cuidado a mecha preta e admirei seu rosto de boneca. A boca dela sempre foi muito vermelha, não importava em que estação do ano nos estivéssemos. Fixei meus olhos em seus lábios e foi a primeira vez que tive vontade de beijá-la. Fiquei assustada com esse pensamento e orei para que Deus tirasse tais coisas da minha cabeça e desse dia em diante evitei ter esse tipo de pensamento com a minha amiga, é verdade que algumas vezes eu falhei, mas a amizade era muito mais importante que qualquer desejo.”
Nossa, é muita loucura lembrar que um dia já tive vontade de beijar a Sarah. Aliás, ela foi a primeira menina que despertou esse desejo em mim. Mas eu sempre fingir ser uma garota assexuada... Era melhor se assexuada do que sentir desejo por meninas.
Sabe quando eu falhei novamente?... Bom... Quando a Sarah falou que tinha perdido o BV pro Júnior, pensa numa pessoa que ficou possessa, eu enlouqueci nesse dia. Sim, eu morri de ciúmes dela, mas até então achava que por ela ser minha melhor amiga, mas eu sei que apenas queria me enganar. Eu gostava da Sarah um pouco mais do que como amiga, mas depois desse episódio, eu reprimir tudo que sentia e acabei acostumando com o fato de sermos apenas amigas, foi um alívio na época... Mas relembrar disso me deixa com vontade de rir.
“Eu estava concentrada no meu trabalho de química quando Sarah pediu para falar comigo. Percebi que ela estava nervosa e decidi segui-la até a quadra do colégio. Sentamos na arquibancada. Estava silêncio, apenas uns sons distantes eram ouvidos. Ficamos em silêncio.
-- Eu beijei um garoto ontem! – confessou nervosa.
A olhei assustada. Sarah nunca foi uma garota que gostava de ficar, pra mim ela só servia pra namorar. Era estranho imaginá-la beijando vários garotos.
-- O que?! – falei levemente alterada.
-- Eu sei... É vergonhoso – disse corada.
Levantei e passei as mãos pelos cabelos. Estava nervosa e com uma vontade enorme de gritar, mas eu sempre fui controlada. Eu já era uma pessoa experiente no sentido de beijar, foram alguns garotos, mas nunca havia sentido nada além de “eca”... Eu sabia que não gostava deles né.
-- Você gostou? – precisava saber.
-- Eu não gostei nem desgostei... Foi... Não sei explicar – ela estava muito envergonhada.
-- Quem foi o garoto? – falei a encarando seriamente. Ainda estava de pé.
-- O Júnior – disse sem me encarar.
-- Ah... Claro! O babaca perfeito – disse irônica.
-- Ele é legal.
Meu sangue ferveu por ela tê-lo defendido.
-- Você gosta dele?! – acho que eu cheguei a gritar.
Sarah me olhou assustada. Ela se levantou... Eu não sabia o que o olhar dela queria dizer...
-- Eu não gosto dele, ele é apenas um garoto legal... Por quê você está tão estressada? – disse tocando em meu rosto – Tá até vermelha...
-- Eu só fiquei surpresa – disse me afastando – Mas eu quero que você seja feliz... Se você está feliz, eu também fico feliz – sorrir e foi um pouco forçado.
-- Me dá um abraço?
Ela sempre pedia uma abraço. Sorri e a abracei, ficamos assim por um tempo.
-- A gente sempre será amigas, não importa com que a gente fique, tá bom? – falou carinhosa.
-- Tá bom – concordei.
Voltamos para a sala e no horário do intervalo eu tive que aguentar o Júnior atrás dela. Sarah percebeu meu olhar fuzilante em direção ao garoto e acabou o dispensando apenas para ficar comigo. Não consegui evitar o sorrisão e ela também abriu um lindo sorriso para mim. Ficamos o intervalo todinho juntas. Foi tão bom nesse dia, me senti uma pessoa tão importante.”
Como a Sarah não percebeu o meu ciúme? Rsrs.
Então foi nesse dia que eu resolvi reprimir qualquer sentimento além da amizade pela Sarah e fiquei muito feliz de ter conseguido.
Meus pensamentos foram interrompidos por Manuela, que chegou tropeçando nos próprios pés e fazendo um grande barulho. Levantei para ajudar aquela desastrada. Peguei algumas sacolas que estavam em suas mãos.
-- “C”... Passei no mercado e comprei algumas coisas! – disse animada.
-- Essas coisas se resume a chocolate? – perguntei irônica.
-- Claro que não né... Também comprei biscoitos recheados, um bolo, balas e café – falou com os olhos brilhantes.
-- Ou seja... Somente besteiras. Você precisava ter cuidado para não ter diabetes – disse séria.
Manuela arregalou os olhos assustada.
-- Ai credo! Não fala isso – falou se benzendo.
-- Tenho que ser realista – disse caminhando em direção à cozinha – Você come muito doce e isso é ruim. Não sei como você teve a brilhante ideia de pensar em ser modelo... Iria no máximo ter um treco, isso sim – guardava tudo dentro do armário e na geladeira.
-- Você tem razão – falou fazendo careta – Eu não iria aguentar ser modelo... Morrer de fome e de vontade não é para mim! – Manuela pegou uma barra de chocolate e passou a comer – Mas me conta... Como foi seu primeiro dia na faculdade?
Gente, eu até havia esquecido da faculdade. Fiquei atordoada em reencontrar a Sarah que não pensei em mais nada.
-- Preciso te dizer uma coisa – falei séria.
-- O que foi? – disse com os olhos apertados.
-- Eu encontrei a Sarah!
Manuela ficou me olhando querendo entender o que eu disse. Ela tinha um raciocínio de uma lesma.
-- A sua ex amiga? – disse confusa.
-- Sim... Quem mais seria? – revirei os olhos.
-- Sei lá... Você encontrou ela no Facebook?
Aff, pessoa sem noção.
-- Não, Manuela! Eu encontrei com ela na faculdade! – disse sem paciência.
-- Ué... Mas o que ela tava fazendo lá?
-- Vendendo pamonha! – falei irônica.
-- Nossa, então você foi comprar uma pamonha e deu de cara com ela? Por que você não trouxe uma pamonha pra mim? – perguntou indignada.
-- Chega, Manuela! – disse um pouco mais alto. Ela tinha o dom de me fazer perde a paciência rapidamente.
Respirei fundo e falei tudo que tinha acontecido na faculdade... Do meu encontro inesperado com minha ex melhor amiga. Falei detalhadamente para a burra da minha amiga entender e não encher mais meu saco.
Manuela ficou um tempo em silêncio, parecia digerir minhas palavras.
-- Eu não sei se isso é bom ou ruim – disse preocupada.
-- Por que? – falei franzindo a testa.
-- Ela pode voltar a ser sua melhor amiga e eu serei esquecida – disse fazendo bico.
Sorrir e a abracei beijando seu rosto.
-- Você é única, Manu... Sempre será a minha melhor amiga linda e burrinha – falei carinhosa – Mas eu quero muito ter a amizade da Sarah novamente e agora nós podemos ser um trio!
Manuela me encarava desconfiada.
-- Só espero que isso seja verdade mesmo – disse enciumada.
-- É a mais pura verdade – disse sorrindo.
-- Posso te fazer uma pergunta? - Manuela ainda comia o maldito chocolate.
-- Sim! – cortei um pedaço de melancia e passei a comer.
-- Você nunca sentiu nada por ela além da amizade?
Fiquei perdida em pensamentos. Meus olhos estavam fixos na garrafa térmica que estava encima da mesa. Eu nunca tinha falado de meus sentimentos absurdos para ninguém. Era algo que tinha guardado dentro de mim.
-- Sim... Mas isso faz muito tempo... Foi uma loucura de adolescência, mas passou.
-- Tem certeza? – perguntou cismada.
-- Tenho sim! – era óbvio que eu tinha.
-- Tá bom então.... Eu espero que vocês consigam se entender – falou sincera.
-- Eu também espero... Mas acho que vai ser difícil – fiz uma careta.
-- Ninguém mandou você ser burra – disse rindo da minha cara.
Eu não disse nada, afinal, a Manuela tinha razão. Fui burra mesmo.
Depois disso falamos de outras coisas. Manuela me disse que conheceu um homem no supermercado, ela estava super animada falando dele. O nome dele é Adriano e ele é professor de matemática e sei lá mais o que. Fiquei feliz pela minha amiga, ela merecia ser muito feliz.
Foi difícil dormir... Meus pensamentos me levavam sempre a Sarah e seu olhar furioso. Estava decidida a procurá-la. Acho que eu acabei dormindo com um sorriso de esperança no rosto.
No outro dia eu conheci alguns dos meus colegas de curso. Gostei principalmente do Luís, que não me olhou com a cara de desejo ou inveja. Na verdade eu acho que ele era gay.
Estava na hora do intervalo e eu andava distraída olhando para todos os lados, tentando encontrar a Sarah, mas estava difícil e eu não sabia onde ficava a sala da mesma.
-- Beatriz!
Escutei alguém me chamar e virei-me para ver quem era o indivíduo. Putz, era o garoto.
-- Olá, João Pedro – sorri tentando ser simpática.
-- Fiquei feliz em saber que você lembra do meu nome – disse sedutor.
Aff, garotos!
-- Eu tenho uma memória fotográfica – disse tentando parecer interessada.
-- Então... O segundo dia está sendo difícil? – puxou assunto.
-- Não... Geralmente eu sou boa em me enturmar. Não foi tão difícil assim.
-- Você me parece tímida, pensei que fosse ter um pouco mais de dificuldade – comentou.
-- Eu não sou tímida, sou apenas séria.
-- Venha... Eu quero te apresentar a minha turma.
Fiquei hesitante, não sabia se era uma boa ideia, mas acabei aceitando. Eu tinha que ficar perto dele de qualquer jeito. Depois eu tentaria encontrar a Sarah.
João Pedro me apresentou alguns de seus “amigos”. Henrique, Tiago e Valentina, faziam os mesmo curso que ele, ou seja, administração. Carlos, Roberto, Bruna, Leandro, Breno, Tamires e Juliana faziam outros cursos. Eles formavam o grupinho “popular”, eram veteranos e tinham dinheiro. Os rapazes ficaram me devorando e eu me segurei para não fazer cara de nojo. Valentina e Juliana me olharam com desdém e eu abri um sorriso irônico para elas. Bruna sorriu de verdade e Tamires era aérea. Todos perceberam o interesse de João Pedro por minha pessoa. Valentina me fuzilava e era tão óbvio que ela gostava dele ( minha querida, faça um bom aproveito). Ela era bonita, mas eu era muito mais.
João Pedro não parava de falar bobagens com aquele grupo de esnobes, eu já estava enojada com tudo. Mas tinha que me manter por perto. Aliás, João Pedro era um cara bem bonito, malhado, cabelo escuros, barba bem feita, pele bronzeada. Faria o tipo de várias mulheres, mas nunca o meu.
Graças a Deus o intervalo acabou e eu voltei para a minha sala. Aquele povo mesquinho me cansa. Estava sentada esperando o professor chegar. Luís aproveitou para se aproximar de mim.
-- Nossa, eu te vi com o grupinho dos escrotos – disse um pouco afeminado.
Eu rir do jeito que ela falou.
-- É quase isso mesmo – concordei.
-- Você me parece uma pessoa boa... Essas pessoas são péssimas companhias, Beatriz – eu senti um pouco de preocupação na sua voz.
-- Eu não sou tão boa assim...
-- Eu acho você boa... É o João Pedro? Você gosta dele?
-- Talvez Luís... Mas eu não quero falar disso – falei séria.
-- Desculpe por estar sendo um intrometido, eu mal te conheço – disse sem graça.
-- Tudo bem.
-- Eu acho melhor voltar para o meu lugar – disse se levantando.
-- Espera Luís – disse rapidamente, ele me encarou – Você sabe onde fica a sala do quarto ano de Direito?
Ele me olhou intrigado.
-- Sei sim... Tenho um amigo que estuda direito e faz exatamente o quarto ano. Tá procurando alguém?
-- Sim – falei sem graça – Uma amiga... A Sarah.
-- Ahh a Sarah! – disse animado – Adoro aquela menina!
-- Você a conhece?
-- Meu amor, quem nessa faculdade não conhece, Sarah Schneider!
Foi engraçado o jeito que ele falou. Não conseguimos mais falar nada, pois o professor entrou na sala.
*****
Passei uma semana tentando falar com a Sarah, mas ela não apareceu na faculdade. Um sentimento de frustração me abateu.
Nesse tempo fiquei mais próxima do João Pedro, afinal, eu tinha que fingir gostar dele. Infelizmente tinha que aguentar o grupinho insuportável, mas pelo menos conheci melhor a Bruna e descobri a ótima garota que ela é, ficávamos conversando entre nós. Tínhamos muita coisa em comum, era divertido, ela me lembrava um pouco a Sarah. João Pedro me convidou para sair e não tive como recusar.
Eu e o Luís nos tornamos inseparáveis. Ele era tão divertido. Me deixava sempre animada. Era impossível não rir perto dele.
Era sexta-feira e mais uma vez eu estava na porta da sala da Sarah e perguntava pra uma garota se ela havia aparecido, mas era a mesma resposta de sempre. Eu já ia saindo quando uma garota de cabelos castanhos e pele parda me chamou.
-- O que você quer com a Sarah? – perguntou séria.
-- Isso não te interessa! – as vezes quase sempre eu era grossa.
-- Me interessa sim, pois a Sarah é MINHA melhor amiga e eu sei muito bem quem é você.... Ce-ci-lia – soletrou meu nome.
A fuzilei, que garota petulante!
-- Não importa se você sabe quem eu sou... O que tenho pra falar com ela não é da sua conta! – nossa, eu tava muito irritada.
-- Pois saiba que se você magoá-la novamente eu acabo com essa sua carinha de Barbie ridícula! – disse se afastando.
Fechei minhas mãos em punho e apertei fortemente. Que garota abusada! Eu já não gostava dessa criatura! Aff! Acho que eu estava vermelha de tanta raiva. Tive que respirar fundo muitos vezes para tentar me acalmar.
Quando fiquei mais calma e decidir voltar para a minha sala. Não importa o que aquela garota tenha falado. Eu não iria desistir de falar com Sarah.
Só que agora eu teria que esperar até segunda-feira... E ainda tinha o encontro com João Pedro amanhã. Que merd* hein.
Só restava esperar ansiosa para que segunda-feira chegasse logo.
Fim do capítulo
Atualizando a história às 02:40 da manhã... Sem sono.
Gente, se vcs me deixarem feliz... Eu posto mais um capítulo a noite, blz? Isso aí.
Queria dizer que eu não posto nos finais de semana, abro algumas exceções quando fico animada.
Beijos meninas!
Até o próximo
Desculpa qualquer erro, eu não estou em mim kkkk
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Sonne
Em: 11/05/2020
Nossa, comecei a ler essa história agora. Amandoooo... Posta mais um hj vai ;-) Infelizmente (ou seria felizmente!?) viciei na história
Resposta do autor:
Fico muito feliz em saber que você está amando!
Capítulo postado!
Com certeza é felizmente hahaha
Beijos!
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LorenMed
Em: 11/05/2020
Me deixou em abstinência novamente! Deveria nos dar o mimo de adicionar mais um cap hoje!! Eu to muito apx pela estória. Beijossss
Resposta do autor:
Hahaha... Não foi minha intenção te deixar em abstinência. Capítulo adicionado com sucesso, vcs merecera
Beijos!
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cris05
Em: 11/05/2020
Super ansiosa para esse encontro de Sarah e Cecilia. E tomara que ninguém atrapalhe dess vez. Oremos!
Gente, eu me acabo de rir com Manuela kkkkk. Adoro essa doidinha.
Resposta do autor:
Cris, obrigada por comentar. Vcs mereceram o extra.
Eu tbm adoro a Manu.
Beijos!
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NovaAqui
Em: 11/05/2020
Então o alvo é o João Pedro? Por que será? Em breve saberemos
E Sarah fugiu a semana toda. Vem feito Cecília! Quem mandou fugir dela
Agora é esperar o próximo encontro ansiosamente
Você não posta final de semana? Então nunca teremos live da Stelinha? Kkkkkk brincadeirinha ðŸ˜ðŸ˜
Abraços fraternos procês aí!
ðŸ³ï¸ðŸŒˆðŸŒ»â¤ï¸ðŸ¥°ðŸ˜˜ðŸ¤©ðŸ˜˜
Resposta do autor:
ðŸ³ï¸ðŸŒˆðŸ³ï¸ðŸŒˆðŸ³ï¸ðŸŒˆðŸ³ï¸ðŸŒˆðŸ³ï¸ðŸŒˆ Ameiiii!!
É claro que terá Live... Eu adoro falar!! Hahah
Beijos senhorita!
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Rafaela_Morais
Em: 11/05/2020
Opaa, tentarei dizer algo para lhe deixar feliz...não sei se sou boa nisso!! hahaha
Gostei de saber que a Cecilia teve sentimentos além dos de amizade pela Sarah, elas estavam em sitonia...porém em times diferentes.
Estou muito empolgada com a história, com os personagens e mega curiosa com desenrolar de tudo isso. Aiai
Sabe, seria uma baita coincidência se tu soltasse o capítulo hoje, que é segunda-feira, já que a Cecilia esta ansiosa para que a segunda chegasse, para tentar encontrar a Sarah...e olha só chegou...hahahaha' (Muito bobo?)
Beijos
Resposta do autor:
Só por vc comentar já me deixa feliz. Obrigada!
Gostei da tua tese viu kkkk
Beijo!
Espero não decepcionar vc
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