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Palavras: 1984
Acessos: 623   |  Postado em: 08/05/2020

Capitulo 2.

Para os desavisados e alienados: democracia é uma ilusão, e a liberdade é uma droga alucinógena. Durante a vida inteira, fomos ensinados sobre os nossos direitos, sobre os quais não tivemos direito. Já estavam pré-selecionados. Fomos ensinados que somos livres para poder escolher o que quisermos. Mas a questão é justamente essa: a necessidade da escolha. A gente vive na ditadura de escolhas.

Não existe a opção da inércia, afinal de contas, até o próprio ato de "não escolher", é também uma escolha. Então, no final das contas, o que nos sobra? O descontrole. Porque controle também é algo superestimado. De que adianta a gente fingir que controla o destino? A vida faz a gente meio de joão-bobo, e quanto mais a gente bate, mais ele se abaixa e volta para rebater com mais força. Liberdade é a mentira mais doce que alguém em algum momento já espalhou. E a gente é apenas trouxa. E ainda acredita que é livre para optar por alguma coisa.

 


— Ela tá acordando! — a voz parecia distante enquanto ecoava na minha cabeça — Catarina?!

 

A voz foi se tornando um pouco mais nítida, juntamente com o a sensação de peso similar a uma bigorna em cima da minha cabeça.

 

— Por que ela não responde?!

 

— Marina, ela tá pálida, não é melhor a gente leva-la para um hospital?

 

Vozes diferentes falavam ao mesmo tempo, e cada uma parecia cada vez mais próxima. E a bigorna na minha testa parecia cada vez mais pesada, à medida que conseguia ouvir as vozes com um pouco mais de clareza.

 

— Ô gente, vamos dar um espaço? Tem muita gente aqui em cima, deixa a menina respirar.

 

Essa voz era inconfundível. Eu poderia beijar a Angélica por tirar esses abutres de cima de mim.

 

Agora a sensação da bigorna havia ficado um pouco mais leve. Mas não totalmente. O murmurinho aos poucos se dissipava e o barulho das vozes conversando entre si ia ficando mais longe. Tentei forçar meus olhos a abrir lentamente, e a claridade da luz me atingiu diretamente os olhos, fazendo a cabeça pesar de novo quase que instantaneamente.

 

— Ai, desculpa, deixa eu apagar essa luz. — devo ter feito algum tipo de expressão dilacerada de dor, para ter feito a Angélica perceber instantaneamente o que havia me incomodado.

 

Ouvi quando ela mexeu na caixa do interruptor, substituindo a luz central do quarto por uma luz de canto, próxima à entrada do banheiro. Voltei a abrir os olhos lentamente, e pude sentir sua silhueta se aproximar de mim.

 

— Melhor assim? — perguntou.

 

Mantive os olhos semiabertos porque parecia mais seguro. Afirmei positivamente em resposta à pergunta da Angélica, enquanto umedecia os lábios com a ponta da língua. A sensação que tinha era de ter entrado em estado de hibernação, no meio do deserto.

 

— O que aconteceu? — forcei minha voz a sair, e só então pude notar o quão fraca parecia.

 

— Mulher, eu nem entendi direito. Eu já tava no topo da escada com o Gabriel, e só ouvi foi a Alice gritando e descendo correndo atrás de ti. Tu caiu durinha no chão, Deus me livre.Por reflexo, passeei meus olhos pelo quarto, inclinando um pouco a cabeça.

 

— Ela não tá aqui não. — explicou, parecendo adivinhar minha busca — Foi atrás de água de coco para ti.

 

— Água de coco? — uni as sobrancelhas enquanto a encarava.

 

— É, mulher. Tu precisa de água e precisa de açúcar. Assim tem os dois ao mesmo tempo, entende?

 

Não entendia. Mas fazia sentido. Eu acho.

 

— Pronto, já falei para arrumarem as coisas lá embaixo. O pessoal já tá se organizando para ir embora. — meu coração deu uma palpitada quando a porta do quarto abriu, mas o Gabriel se anunciou rapidamente — Ei! Até que enfim! Você tá melhor?

 

— Só minha cabeça que parece pesar 60kg.

 

— Mas também pudera, Catarina. Você desmaiou feio!

 

Massageei a cabeça, enquanto tentava inclinar o corpo no encosto da cama.

 

— Eu misturei muita coisa que não devia. Acontece! — minha voz ainda parecia fraca.

 

— Você não quer que te leve no hospital? — ele perguntou e mais do que rapidamente balancei a cabeça em resposta negativa, o que se mostrou ser uma péssima ideia para o peso que tinha sobre ela — Então tá bom, eu vou lá embaixo ver se acho alguma coisinha leve para você comer. — ele esgueirou seu corpo próximo de mim para poder dar um beijo na Angélica, que estava ao meu lado — Você fica aqui com ela?

 

— Fico sim, vai lá.

 

— Tá bom, cuidado aí.

 

Angélica levantou para fechar a porta do quarto que ele havia apenas encostado. É o tipo de tique que eu também teria. E me dava nos nervos.

 

— Tu se incomoda se eu for só tomar um banho? Estou me sentindo suja dessas energias da rua. — ela passava as mãos pela roupa, gesticulando enquanto falava.

 

— Eu estou bem, pode ir.

 

— Tá bom, eu vou deixar a porta encostada, qualquer coisa tu grita que eu venho voando.

 

Eu gostava da praticidade de Angélica. Ela era prestativa e atenciosa sem parecer um abutre que ficava pastorando todos os seus passos. Era um jeito calmo de cuidar, sem ânsia ou agonia. Muitas vezes é o desespero dos outros que acaba piorando e adoecendo ainda mais uma situação que, por si só, não é o fim do mundo.

 

— Eu juro que eu tentei encontrar alguma coisa ainda mais leve, mas o menos ofensivo que eu encontrei foram esses salgadinhos de queijo que estavam no forno. — meu coração palpitou mais uma vez ao ouvir a porta se abrir, mas, mais uma vez, Gabriel se anunciara de imediato — Eu não sei te dizer se eles são caseiros ou alguém comprou em alguma padaria e fingiu que são caseiros. — ele lutava para tentar tirar a tampa do pote de plástico — Mas, se bem que, mesmo eles sendo de padaria, são caseiros por terem sido feitos na casa de alguém, né? Então no final das contas, é caseiro de um jeito ou de outro.

 

Eu lutava para prestar atenção ao seu monólogo, mas não fazia a menor ideia do que ele falava. Só o que sei é que, quando ele finalmente conseguiu tirar a tampa, e o cheiro do salgadinho invadiu o quarto, meu estômago embrulhou na mesma hora, já demonstrando sua opinião a respeito daquilo tudo.

 

— Eu não vou conseguir comer. — murmurei, tentando prender a respiração.

 

— Só um, você precisa comer alguma coisa.

 

— Gabriel, fecha esse pote, eu vou acabar vomitando com o cheiro disso.

 

Ele cheirou o pote de salgadinhos antes de fechá-lo, talvez para aliviar a consciência de que não havia nada de errado com eles.

 

— Gente, tá tudo bem? — ouvi a voz da Angélica do banheiro, junto com o barulho de alguma coisa caindo da pia — Ai, droga!

 

— Angélica? — Gabriel inclinou a cabeça na direção do banheiro, como se desse para vê-la de alguma forma, o que não dava.

 

— Gabriel, tu tem uma escova de dentes nova aí? A minha caiu na privada!

 

Eu mordi o lábio para segurar o riso, mas ele não fez nenhuma cerimônia e gargalhava alto enquanto se levantava para procurar alguma coisa em uma das gavetas do guarda-roupa. Era engraçado o jeito como se tratavam. Pareciam ser de uma intimidade que não tinha tamanho.

 

— Não tem graça, eu sou uma tragédia de tanto desastre mesmo! Pode rir!

 

— Mas Angel, se não tem graça, porque que tá mandando a gente rir? — ele enfatizou a contradição dela com uma risadinha.

 

— Para, Gabriel!!!

 

Ele continuou rindo, mas logo parou, enquanto começou a vasculhar os cantos das gavetas com um pouco mais de pressa.

 

— Ih, amor! Eu achei que tinha, mas pelo visto esqueci de comparar.

 

— Valha, meu Deus do céu!

 

— A Alice ainda tá na rua? Tenta ligar para ela. Se não, a gente sai para comparar.

 

Era uma conversa tão casual. Absurdamente casual. Eles pareciam apenas um casal em viagem de lua de mel, descobrindo que não tinham colocando tudo nas malas. Mas tudo o que eu conseguia me focar era que uma palavrinha de sonoridade tão suave, tão simples, fazia meu corpo ter uma reação baixinha. E eu detestava isso com todas as minhas forças. Essa falta de controle sobre meu próprio corpo.

 

— Ave Maria, cadê Alice que não atende esse celular? Para que a pessoa tem celular se não usa?

 

— Amor, tem uma farmácia aqui do lado. Não é melhor ir logo lá?

 

— Pois vai tu, compara qualquer escova, não faz diferença não. Eu vou descer e fazer alguma coisa para essa menina comer, porque esse salgadinho aí só vai fazer ela colocar as coisa tudo para fora. — eles seguiram juntos pela porta, ela virou na minha direção antes de sair — Eu tenho ouvido de tamanduá, qualquer coisa tu grita que eu vou escutar e volto correndo. Não demoro não!

 

Depois que eles saíram, eu poderia até dizer que o quarto estava em um silêncio desconcertante. Mas seria mentira. Meus pensamentos eram altos demais, para sentir a paz que a quietude trazia. Eu podia estar qualquer coisa, menos em paz. Tentei focar minha concentração no zumbido baixo do ar condicionado, enquanto mantinha os olhos novamente fechados. E parecia ter funcionado. O volume dos pensamentos foi diminuindo aos poucos, até só restar um chiado baixo no fundo. Baixo o suficiente para que eu pudesse ouvir umas batidinhas tímidas na porta.

 

— Oi? — a porta foi abrindo devagarzinho, enquanto o meu coração parecia um alebrije titubeando na pista de escola de samba — Ei... Como você está? Eu só soube agora que você passou mal.

 

Mais um alarme falso!

 

Juliana veio se sentar ao meu lado na cama, levando uma das mãos ao meu rosto, como se checasse a minha temperatura.

 

— Foi só um susto, já passou.

 

Ela foi se recostando um pouco mais na cama, escorando o corpo delicadamente ao meu, deslizando um dos braços por cima da minha cintura, enquanto tentava me envolver em um abraço desajeitado. Lentamente, inclinou um pouco mais o rosto na minha direção, me tomando os lábios em um beijo calmo, talvez ainda receoso pelo meu recém mal estar, não se demorando tanto. Roçou em seguida os lábios novamente aos meus, e aproveitou para depositar um beijo na ponta de meu nariz, deixando nossas testas encostadas.

 

Demorei um pouco a abrir os olhos novamente, pisquei algumas vezes, na intenção de acostumar a visão, e dessa vez senti minha garganta travar ao perceber uma outra silhueta no quarto, próxima à porta. Pensei que o meu coração viraria uma rainha de bateria. Mas ele estava quieto. Absolutamente quieto. Não sentia uma batida sequer.

 

Agora eu podia observá-la de perto, e não fazia ideia do que sua expressão me passava. Ela permanecia imóvel próximo à porta, enquanto mantinha os seus olhos focados nos meus. Sabe lá Deus há quanto tempo estava aí, se eu não havia percebido. Juliana se mexeu lentamente contra o meu pescoço, e só então percebi que ela havia dormido. Foi o único momento em que seus olhos desviaram dos meus, na direção de Juliana.

 

E depois não voltaram aos meus. Entrou no quarto apenas o suficiente para colocar um coco verde em cima da cômoda do criado mudo, e virou às costas em direção à porta. Sem uma palavra.

 


Fim do capítulo


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Comentários para 3 - Capitulo 2.:
thays_
thays_

Em: 09/05/2020

Ahhhhh, não acredito que a Alice viu essa cena.

Essa troca de olhares entre as duas, ela olhando pra Juliana, que tensão!

Quero só ver o que vai acontecer! Posta logo o próximo hahah

Um beijo!

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