• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Duas vidas, um amor inesquecível
  • Capitulo 80

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • A namorada da minha namorada
    A namorada da minha namorada
    Por Jocelyne Laissa
  • O contrato
    O contrato
    Por caribu

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

Ver comentários: 8

Ver lista de capítulos

Palavras: 9349
Acessos: 5514   |  Postado em: 07/05/2020

Capitulo 80

 

 

 

-- Amor, viu minhas chaves? -- A ruiva questionou passando o olhar pela sala, sobre os sofás, sem nenhum sucesso em sua procura, estava atrasada para o trabalho, era seu último dia na farmácia, após ele, iria tirar férias e, sua dedicação seria total a sua esposa, enquanto ambas aguardavam ansiosas o nascimento da filha, a pequena "Louise", aquele pensamento despertou um sorriso espontâneo em seu rosto, era fato que a maternidade a assustava no começo, mas durante aqueles nove meses de gravidez de Susan, seu amor pela filha já era incondicionalmente grande, assim como, a vontade que tinha de tê-la finalmente em seus braços, poder vê-la, tocá-la, cuidar dela com todo amor que sentia e, que, queria poder demonstrar das várias formas que existissem no mundo... Levantou as almofadas do sofá e nada de encontrar o objeto, e nem sinal da sua esposa, ela saberia onde estava, era sempre assim, Susan era maravilhosa em achar ou saber onde estavam suas coisas, riu sabendo que a esposa sempre reclamava dela não por nada no lugar certo, assim poderia saber onde estava quando precisasse, lembrou levantando o olhar, vendo sua esposa surgir na sala enrolada em um roupão, sorriu entendendo a demora da mesma em lhe responder.

-- Suponho que procura isso? -- A mulher indagou girando o chaveiro no dedo indicador, enquanto que com o braço esquerdo estava cruzado sobre a avantajada barriga, deixando seu corpo encontra a lateral da porta, riu revirando os olhos ao ver a careta debochada de Júlia lhe encarando em acordo.

-- Obrigada amor. -- Júlia literalmente correu até a esposa. -- O que seria de você sem mim né? -- Observou pegando as chaves e a abraçando em seguida, o que de uns tempos ficará realmente complicado de se fazer, com a filha ali presente entre elas, sorriu agora encarando a barriga enquanto acariciava a mesma por cima do roupão. -- Oi meu amor. Tudo bem aí dentro? Mamãe está louca pra ver seu rostinho lindo. -- Ela confessou em uma conversa amorosa enquanto deslizava as mãos sobre a barriga da esposa. --- Viu!? -- Júlia questionou com um sorriso maravilhado, ao sentir os movimentos da menina dentro da mãe.

-- Ela estava dormindo, mas como sempre é só ouvir sua voz que ela acorda. -- Susan observou sorrindo.

- Falta pouco meu amor. -- Júlia afirmou levantando o olhar para Susan que, sorriu, em total acordo, estavam somente à espera da boa vontade da filha.

-- Só depende dela agora. -- Susan afirmou envolvendo sua barriga com as mãos em um sorriso.

-- Preciso ir, vai ficar bem mesmo? -- Júlia indagou preocupada, se não fosse a única disponível para ficar na farmácia aquela manhã, não iria.

-- Ficaremos bem, né filha? -- Susan afirmou em forma de questionamento e sorriu dando um beijo na esposa. -- Qualquer coisa eu ligo. -- Assegurou.

-- E eu venho correndo. -- Afirmou de volta e Susan riu. -- E você... -- Fitava e acariciava a barriga de Susan novamente. -- Não demora, viu? -- Advertiu em tom sério, porém brincadeira, a seguir depositou um beijo ali e outro nos lábios da esposa, saindo logo em seguida... Suspirou ao abrir a porta do carro e entrando, realmente desejava ficar em casa aquele dia, mas não podia, então decidida ligou o carro iniciando a manobra de saída do estacionamento, para logo ouvir o toque específico no celular, era Susan, sorriu pegando o aparelho.

-- O que eu esqueci? -- A ruiva indagou sorrindo.

-- Amor já saiu? -- A voz de Susan soou normal, através do aparelho. 

-- Não, por quê? -- Júlia estranhou em resposta.

-- Sua filha levou à risca o seu pedido, eu fui fazer xixi e antes de chegar no banheiro eu fiz, mas, não era xixi. -- Aquilo soou de forma mais nervosa do que ela queria transmitir no momento e, Júlia percebeu deixando o carro estancar logo mais à frente de sua vaga. -- O que houve? -- Susan indagou em voz preocupada.

-- Ela vai nascer!? -- Júlia literalmente gritou ao celular, Susan não soube distinguir se aquilo era uma observação ou uma pergunta. -- Amor fica calma, eu tô subindo. -- Ela afirmou abrindo a porta do carro e saindo correndo, somente uns metros à frente lembrou que não podia deixar o carro aberto e com a chave no mesmo. -- Mas que droga! -- Proferiu voltando para o veículo o mais rápido que pôde, a calma que pediu a esposa ela não estava tendo, notou.

-- O que foi, você está bem? -- Susan indagou em voz alta e preocupada.

-- Nada, eu estou indo amor. -- Júlia afirmou ao celular, dando graças à Deus pelo elevador ainda está ali, apertou várias vezes o mesmo botão tentando inutilmente respirar de forma compassada. -- Como está? Tá doendo? Ela já tá quase saindo? Ah que idiotice, lógico que ela ainda não tá saindo. -- Observou andando de um lado a outro do elevador e mediante a isso só o que ouviu foi um riso da esposa através do aparelho. -- Caramba eu tô nervosa! -- Júlia confessou em sinceridade, sua mão tremia, notou quando foi pegar na maçaneta para entrar em sua casa.  -- Amor!? -- A ruiva correu até a esposa que calmante saia do quarto já com duas bolsas em mãos, porém ainda trajando o roupão, Júlia a fitou de cima a baixo, de baixo a cima enquanto tentava inutilmente lembrar do que tinha que fazer dali em diante, porém tanto seu nervosismo, quanto a calma que Susan demonstrava a estavam deixando paralisada, simplesmente não sabia o que fazer.

Susan claramente notou aquela reação ou a falta dela, e decidida a ajudar a esposa para a mesma lhe ajudar, foi seu primeiro passo.

-- Amor, olha pra mim. -- Susan pediu deixando sua mão pousar sobre o rosto de Júlia. -- Eu estou bem, veja. -- Disse e a fez olhá-la agora de forma mais calma a fazendo notar que aquilo era verdade. -- Preciso que você respire fundo, ok? -- Pediu para uma confirmação gestual da esposa. -- Respira. -- Susan fez a respiração profunda e a esposa a seguiu. -- Solta. -- Avisou. -- Mais uma vez. -- Elas fizeram juntas novamente o mesmo processo.

-- Eu vou ligar pra Elisa. -- Júlia proferiu naquela lembrança e Susan sorriu contente.

-- Essa é minha ruiva. -- Susan afirmou em um sorriso maravilhado, para logo substituir para uma leve cara de dor, era a primeira contração que sentia, observou levando sua mão a barriga. -- Contração. -- Avisou.

-- Vem amor. -- Em uma postura agora bem mais equilibrada, Júlia a envolveu em um abraço a fazendo se apoiar nela, pegou as bolsa do chão e com calma ambas seguiram até o elevador, dali mesmo, Júlia ligou para a médica delas que, prontamente, deu os primeiros comandos afirmando que já estava no hospital a espera delas. Elas já estavam no carro quando a mulher no banco do passageiro soltou um leve gemido de dor. Júlia a olhou preocupada, enquanto guiava o carro de forma rápida, mas dentro dos limites permitidos e seguros.

-- Pra frente amor! -- Susan advertiu ao ver que sua esposa a olhava mais do que a estrada. -- Eu estou bem. -- Afirmou deixando sua mão pousar sobre a coxa de Júlia, esta, sorriu apaixonada, a olhando de forma rápida, seus olhos brilhavam com a realidade ali presente, era grata por cada momento de felicidade que já tinha vivido com sua esposa e, que a partir daquele momento sabia que aquela felicidade só aumentaria, uma leve lágrima caiu de seus olhos, estava feliz, muito feliz mesmo, notou deixando sua mão pousar sobre a de sua esposa.

 

* * * *

 

-- Cadê a sua namorada? -- Samantha indagou à Laila que, fitou o relógio mais uma vez e nada de sua morena, estava a dez minutos atrasada para a inauguração de seu projeto... Laila não pôde deixar de sorrir em amor e muito orgulho de Alexsandra, esta, estava se revelando uma pessoa e profissional mais incrível do que já conhecia dela. Passeou o olhar pelo local, uma grande parte dos funcionários estavam ali, principalmente aqueles responsáveis por atender aquela Ala, a imprensa também se fazia presente. Samantha fizera questão de divulgar aquela conquista da irmã e também do hospital, todos ali à espera da autora daquele momento, sorriu fácil ao ter os olhos fixado na morena que se aproximava às pressas. 

-- Oi. Eu sei, eu sei. -- Alexsandra falou lhe dando um selinho rápido, e Laila nem ligou para o fato de estarem em público e ela atrasada.

-- Vai lá. -- Laila sorriu.

-- Vamos! -- Alexsandra falou fazendo questão de pegar na mão dela e a levar consigo para a frente de todos. -- Desculpa a demora, eu estava em um atendimento inadiável. -- Se explicou para Samantha que, apenas concordou em compreensão e logo assumiu o pequeno palco à frente de todos.

-- Peço a atenção de todos. -- Ela proferiu ao microfone e instantaneamente fora atendida. -- Obrigada. -- Sorriu leve. -- Bem como quase todos aqui estão cientes, esta Ala e todo o projeto que envolve a mesma fora de inspiração e idealização da doutora Maria Alexsandra... -- Samantha proferiu e palmas foram ouvidas, fitou a irmã com um sorriso deveras orgulhoso e feliz, continuou. -- Como diretora presidente estou muito feliz por mais essa conquista deste hospital. E Particularmente tenho muito orgulho e felicidade em dizer que essa obra fora de uma colega de trabalho e, além disso, minha irmã. -- Confessou com sinceridade feliz. -- Então sem mais delongas, passo a palavra a Ela, Doutora Mastologista Maria Alexsandra. -- Samantha afirmou e mais aplausos foram ouvidos enquanto a outra morena tomava à frente.

-- Obrigada pela presença de todos. -- Ela sorriu e dando uma pausa, procurava o que dizer para todos ali, afinal, particularmente era um feito de seu esforço e estava nervosa, buscou o olhar daquela que sempre lhe devolvia a paz e sorriu ao ter um sorriso lindo de Laila ali próximo. -- Bem, quem me conhece sabe que não sou muito de pôr a cabeça pra pensar, não nesse tipo de coisa, mas meses atrás meu tico e teco entraram em um consenso. -- Alexsandra comentou e riu sendo acompanhada pelos demais. -- E eu me vi idealizando esse projeto, e ainda sem muita certeza eu contei a doutora Samantha que, além de gostar da ideia me deu todo o suporte necessário para seguir adiante, assim também como os demais colaboradores deste hospital, e é por isso, uma obra em conjunto que hoje estamos aqui, prestes a inaugurar uma ala totalmente voltada ao câncer de mama, com todo o suporte necessário de prevenção e tratamento àquelas mulheres que não tem condições de pagar por isso. -- Ela disse de forma segura e orgulhosa. -- Sim, a ideia deste projeto foi minha, mas precisei da ajuda de várias pessoas e dentre elas em especial minha irmã, Samantha e minha namorada, Laila Pacheco. -- Alexsandra nem fitou a namorada neste momento pois tinha certeza que ela estava envergonhada com sua revelação a todos, embora quase todos ali já soubessem era a primeira vez que ela falava abertamente sobre aquilo para um público grande, e estava feliz, intimamente sorriu. -- E meu muito obrigada vai também a todos que se empenharam para estarmos aqui e aqueles que a partir de hoje também farão parte desse feito, desde já eu agradeço a colaboração de todos, muito obrigada e que façamos um excelente trabalho. -- Ela finalizou sendo imediatamente aplaudida, sorriu em agradecimento, e desfez o laço da simbólica fita na porta do corredor daquela Ala. -- Ao trabalho! -- Ela apontou a porta e todos riram.

Ela ainda tivera que responder algumas perguntas e dá alguns detalhes de como funcionaria tudo, a seguir todos foram liberados e indicados a seguir a uma sala onde tinha um coffee break a disposição. Obteve vários parabéns e desejos sinceros de sucesso diante daquela nova etapa e cumprimentou a todos com simpatia diante de tal atenção.

-- Pra quem não gosta de ser o centro das atenções e responsabilidades, ela está se saindo muito bem. -- Elisa comentou em uma conversa entre Samantha e Laia.

-- É, ela merece, fez um grande trabalho. -- Samantha alegou com um sorriso contente, observando a irmã dando atenção a um grupo de pessoas.

-- E você? Não deveria estar lá com ela? -- Elisa questionou agora a Laila.

-- Não... -- Negou em meio sorriso enquanto admirava sua namorada a alguns metros dela. -- Se ela precisar de mim eu estarei aqui, mas por enquanto, esse é um momento só dela. -- Advertiu sincera e feliz por Alexsandra, sabia o quanto ela havia se dedicado aquilo e agora estava somente no começo da sua colheita.

-- Você faz muito bem para Alexsandra, menina. -- A mulher experiente afirmou em um sorriso.

-- Fico feliz. -- Laila sorriu grata.

-- Ah é o meu, desculpa. -- Elisa avisou ao ouvir o seu celular tocar de forma alta, o atendeu de imediato se afastando.

-- Elisa está certa, você fez Alex amadurecer muito. -- Samantha proferiu a olhando com um sorriso.

-- Alex só precisava de alguém que acreditasse nela e acima de tudo a fizesse perceber do que é capaz. -- Laia proferiu sem tirar os olhos de sua namorada. -- Ela é uma pessoa incrível em todos os sentidos. -- Afirmou sorrindo. 

-- Tão fácil assim? -- Samantha indagou.

-- Não, ela era bem impulsiva quando a conheci, não media as consequência de seus atos, mas ela percebeu que isso não a ajudava muito, principalmente quando se tratava da gente, aos poucos ela mesmo foi melhorando esse seu lado. -- Alegou feliz.

-- Sam, a Susan está vindo pro hospital, chegou a hora. -- Elisa voltou com um sorriso contente para avisá-la.

-- Sério? Nossa, ela deve tá um poço de ansiedade e felicidade. -- Samantha disse em alegria por sua amiga, sabia o quanto ela desejava aquilo.

-- Tá sim. Vou preparar tudo. -- Elisa alegou.

-- Tá bom, me chama qualquer coisa, diga que irei vê-la logo. -- Samantha falou e a Obstetra se afastou. 

-- Logo é a Amanda né? -- Laila indagou.

-- Sim, mês que vem, só de pensar eu fico nervosa. -- Samantha alegou com sinceridade e Laila sorriu em compreensão. 

-- Tenta relaxar, vocês vão se sair bem. -- Ela advertiu e logo sorriu ao ver sua linda namorada se aproximar delas.

-- Ei, eu mereço um abraço não? -- Alexsandra indagou abrindo os braços em um sorriso.

-- Vou pensar, você ficou famosa e nos largou de canto aqui, não é Laila? -- Samantha alegou contendo um riso.

-- Verdade, Sam, nos abandonou. -- Laila concordou também em fingimento.

-- Ohh quanto drama em duas pessoas só, venham aqui amores da minha vida! -- A morena sorriu as apertando juntas em um abraço, a seguir, depositou um beijo no rosto de cada uma que, riram de tal atitude de Alexsandra. -- Digam o que querem para perdoar está linda mortal? -- Alexsandra se afastou indagando enquanto jogava o cabelo com uma das mãos em charme, o que fez as outras duas rirem.

-- Só um abraço descente. -- Samantha sorriu a puxando para um abraço terno enquanto desejava a ela os parabéns.

-- Valeu grandona. -- Alexsandra sorriu a olhando com gratidão também.

Alexsandra buscou o olhar que a fascinaram desde o instante em que os viu, e sorriu tento agora a sua namorada colada em seu corpo em um abraço cheio de amor e felicidade, sabia o quão Laila acreditava nela e o quão ela poderia estar feliz e orgulhosa.

-- Parabéns meu amor, você merece cada momento e cada elogio dedicado a você hoje e sempre. -- Laila afirmou e se afastou para olhá-la, sorriu maravilhada. -- Eu te amo. -- Afirmou lhe tocando o rosto em um carinho amoroso.

-- Eu também amo você. -- Alexsandra sorriu em retribuição do sentimento e também do carinho, e em desejo maior, ela delicadamente tomou os lábios de Laila em um selinho terno e levemente demorado... -- Vem cá eu tenho mesmo que ficar por aqui até esse povo todo terminar de comer e fofocar? -- Alexsandra questionou.

-- Alex! -- Laila a repreendeu, porém riu em negação, ela não estava totalmente errada.

-- Seria de bom tom não é?. -- Samantha sorriu.

-- Ok. -- Alexsandra proferiu e suspirou conformada. -- Mas deixa a Laila, comigo, por favor. -- Ela puxou a namorada para colar ao lado de seu corpo.

-- É, merecido. -- Samantha concordou. -- Ah, a Su já vai ter bebê, acho que já deve ter chegado no hospital. -- Confessou.

-- Caraca, ela e a ruiva devem tá na maior pilha. -- Alexsandra disse sorrindo. -- Tu não vai lá?

-- Vou, mas só quando ela estiver no quarto. -- Revelou.

-- Passo lá depois também, quer amor? -- Indagou a olhando e a viu sorrir em acordo.

-- Já volto. -- Samantha afirmou e saiu ao ser chamada por um colega de trabalho e amigo.

Ambas as irmãs e a namorada de uma delas, ainda ficaram no ambiente por mais alguns minutos até todos se dispersarem dali.

-- Feliz? -- Laila indagou encarando Alexsandra que caminhava a seu lado em direção a sala dela, enquanto segurava sua mão.

-- Muito meu amor. -- Alexsandra sorriu em felicidade e dever cumprido. -- Eu devo muito a você por isso. -- A morena afirmou a olhando sincera e os olhares delas transparecia todo amor e carinho uma pela outra.

Laila apenas sorriu apertando mais a mão entre a sua e deixando seu corpo colar mais sobre o de sua namorada.

-- A minha vontade mesmo era de deixar todo trabalho aqui por hora, e ir em algum lugar legal, apenas eu e você. -- Alexsandra confessou assim que adentraram em sua sala.

-- Mesmo? -- Laila sorriu se aproximando dela com um sorriso 

-- Mesmo. -- A mastologista afirmou a abraçando. -- Mas antes, eu quero um beijo descente da minha namorada. -- Confessou com um sorriso safado deixando sua mão acariciar a região da nuca da mulher menor em seus braços.

-- Você merece mesmo. -- Laila sorriu.

-- Mereço. -- Foi a afirmação de Alexsandra para em imediata saudade conduzir sua boca até a de Laila, tomando os lábios dela em uma carícia sôfrega de amor e vontade, em instantes o bailado das línguas eram em uma lentidão intensa de prazer e amor e, persistira nessa mesma sintonia até a interrupção das bocas, onde se fez um sorriso de ambas.

-- Aonde quer ir? -- Laila indagou buscando o olhar de sua morena, que por sua vez ficou a olhá-la confusa, Laila sorriu e explicou. -- Eu pedi a Sam o resto do dia de folga, para nós duas.

-- Sério? -- Alexsandra sorriu. -- Ela deixou? -- Indagou contente.

-- Sim e sim.

-- Ai a minha namorada é a melhor do mundo. -- Alexsandra disse a pegando no colo e a girando em seus braços, e entre risos também a beijava por todo o rosto.

-- Depois de vermos a bebê da Su, podemos fazer o que você quiser. -- Laila assegurou, assim que, a outra a pôs de volta ao chão.

-- Tudo? -- Alexsandra abriu um sorriso eufórico.

-- Tudo. Será só eu e você. -- Afirmou, para logo ter mais uma vez sua boca tomada pela de uma mastologista muito feliz. Ambas sabiam o quão faziam bem uma a outra, sabiam o quanto elas se amavam e se apoiavam, existia divertimento a cada dia, cumplicidade, respeito e muito amor, e assim, elas iam se permitindo viver, juntas, enfrentando os desafios e curtindo a felicidade que era evidente entre elas.

 

* * * *

 

-- Ahhrrrr... -- A arquiteta proferiu em um tom mais elevado desde que dera entrada na sala de parto, sem pena nenhuma ela apertava a mão de sua esposa a cada força feita. Júlia, em todo seu nervosismo se mantinha concentrada em dar quase que, literalmente, forças para Susan, enquanto a incentivava de todas as maneiras possíveis naquele momento.

-- Só mais um pouquinho, querida. -- Elisa avisou revezando seu olhar entre o trabalho de parto de sua paciente e o olhar dela. -- Vamos lá, mais uma vez. -- Advertiu a mandando fazer força.

Susan expressou toda a dor e esforço que fazia em seu rosto já levemente suado, Seu coração estava aos pulos em seu peito, sua respiração estava acelerada em uma agonia dolorida, cansaço repentino e ansioso... E, de repente, toda a dor sumiu, dando vazão somente ao choro que ecoou ali para todos ouvirem, aquilo fora para ela uma espécie de música, a mais linda que já ouvira em toda a sua vida, sorriu buscando o olhar de sua esposa, e juntas, tomadas pelos mesmos sentimentos elas sorriram e choraram em uma felicidade infida e incontida, os sentimentos se fizeram presentes em uma avalanche de sensações ao mesmo tempo, e o que prevalecia era o sentimento de realização e felicidade, finalmente, estavam prestes a ver o rostinho da filha pela primeira vez, sentiriam enfim o cheiro dela, o prazer do toque... tudo!

Júlia tomou os lábios de Susan em um toque, o gosto era salgado, porém, para elas era o sabor da felicidade.

Já em instinto de mãe em proteção de sua cria, Susan ergueu a cabeça para acompanhar atenta tudo o que as enfermeiras faziam com sua bebê que, ainda chorava em alto e bom tom.

-- Ela está chorando amor. -- Falou em aflição para Júlia que, também mantinha os olhos sobre a criança a todo momento.

-- Calma mocinha. -- Elisa tomou-a nos braços com um sorriso de dever cumprido e em contentamento, levou-a para as mães.

Susan estendeu os braços ansiosos e em instantes sua pequenina filha estava junto a seu peito que, batia intensidade forte, cheio de amor e alegria, e como se reconhecesse aquele colo acolhedor, o choro parou, o olhar furtivo de um lado a outro tentava se habitar com o seu novo mundo. O rostinho rosado revezava entre caras e bocas, porém, fora a cabeleira tão almejada por Susan, que chamara logo a atenção e o fascino de ambas, ela era ruiva. Um sorriso se formou em meio as lágrimas enquanto admirava o delicado e pequeno ser em seu colo, sua filha era simplesmente linda, notou Susan buscando o olhar de Júlia, esta, também deixava seus mais belos sentimentos transparecerem no sorriso fácil e no choro silencioso enquanto contemplava embevecida a sua filha, em vontade estendeu sua mão no intuito de tocá-la, porém sua emoção fora tão grande que a desviou para os olhos, tentando inutilmente conter as lágrimas e após a falha tentativa ela deixou sua cabeça encostar na da esposa e juntas apenas ficaram a observar a criança, que voltara a chorar novamente.

-- Oh não! -- Susan falou pela primeira vez com a filha. -- Estamos aqui, meu amor! Shiiii. -- Proferiu a embalando. -- Nossa filha é linda amor. -- Afirmou olhando Júlia com um largo sorriso.

-- É sim, meu amor. -- Júlia concordou sem nenhuma dúvida, encarou sua esposa sorrindo e a beijou com todo amor que sentia por ela e pela outra vida delas. -- Sua outra ruiva. -- Observou com o sorriso sempre presente, e Susan concordou da mesma forma.

-- Nossa Filha! -- Assegurou em orgulhosa felicidade.

-- Nossa Louise! -- Fora Júlia a apresentá-la ao nome pela primeira vez, de novo as furtivas gotas salgadas se fizeram presentes, a ideia do nome fora sua, e Susan se apaixonara por ele de imediato. -- Eu posso? -- Questionou querendo pegá-la no colo.

-- Lógico! -- Susan declarou o óbvio. -- Vai com a mamãe, meu amor. -- Falou a entregando com todo cuidado a sua esposa que, habilidosamente, tomou a filha nos braços passando a embalá-la, revezando entre olhá-la, cheirá-la, e sorrir... Susan sorria apaixonada com a cena, eram seus dois amores, suas duas ruivas, sua felicidade em pessoas...

 

* * * *

 

A mulher levou a mão ao pescoço deixando-o curvar para o lado, enquanto a visível expressão de dor e desconforto naquele local estampava seu rosto, suspirou de olhos fechado ainda com a mão no local tentando aliviar aquela tensão, seu dia havia sido cheio no hospital, além das obrigações burocráticas diárias, havia feio uma cirurgia longa, motivo pelo qual a tensão em seus músculos era maior, constatou ouvindo o som do elevador abrindo ao chegar em eu andar, abriu os olhos saindo dali e alcançando seu apartamento, finalmente em seu lar, apreciou ao cruzar a porta de entrada deixando seus pertences sobre o sofá enquanto deixava seu corpo repousar sentada no mesmo, respirou fundo, estava realmente muito cansada, precisava urgente de um banho, notou buscando seu relógio no pulso, ao menos chegara cedo, passava um pouco das 18h apenas, observou, notando o silêncio na casa, estranhou e resolveu subir...

-- Agatha! -- Suspirou, vendo os patins da pequena ao pé da escada, odiava ver os brinquedos da filha pela casa e já havia conversado com ela sobre aquilo, lembrou abaixando-se e os pegando dali, iria ter uma nova conversa com a menina, pensou andando na direção do quarto da filha, seu sorriso bobo foi inevitável ao vê-la sobre a cama assistindo algo em seu tablete.

-- Mãenhêe! --- A criança sorriu feliz ao vê-la.

-- Oi vida. -- Samantha sorriu. -- Mas antes, olha isso aqui mocinha. -- Mostrou os patins para a filha que, fez uma careta. -- Já conversamos não é? -- Advertiu a olhando de forma séria. -- Guarde-os depois. -- Avisou os deixando de lado e sentou-se na cama depositando um doce beijo na testa da filha, Agatha também a beijou com carinho e voltou para o tablet. -- O que está vendo?

-- É um joguinho que a Naty me mostrou. -- Avisou. -- Olha, é legal né? -- Mostrou a mãe.

-- É sim, meu amor. -- Samantha sorriu. -- Amanda está no quarto? -- Indagou curiosa.

-- Não, ela tá trabalhando. -- Avisou sem tirar os olhos de tela, Samantha sorriu, ela era habilidosa naquilo que a via fazer no jogo.

-- Vou vê-la, tá bom. -- Samantha informou e após depositar um beijo nos cabelos dela, saiu a procura de sua esposa, provavelmente estaria no escritório e com certeza trabalhando demais quando na verdade deveria estar em repouso, pensou levemente aborrecida com aquilo.

-- Não! -- A voz de Natelly soou risonha vindo do quarto que, tinha a porta aberta. -- Tem nem graça isso. -- A ouviu dizer, aparecendo na porta a vendo falar ao celular, sorriu e em cumprimento recebeu o mesmo dela, piscou e voltou a sua procura por Amanda, tomando a escada em direção ao escritório. A jovem agora era presença constante naquela casa, lembrou, Natelly havia passado o último natal com o pai e os avós e a virada de ano com elas, Amanda estava radiante com a presença da filha e, foi aos prantos, de emoção e felicidade quando a garota revelara a ela que estava ali, para ficar. Samantha sorriu mediante aquela recordação, era tudo o que sua esposa mais queria, e quanto a ela? Não poderia negar o quanto também estava torcendo por aquilo, afinal era pela felicidade da mulher que tanto amava...

Outro sorriso bobo fielmente surgiu nos lábios de Samantha ao encontrar a esposa, deu a si mesmo o prazer de cruzar os braços, se encostar na lateral da porta e simplesmente ficar a admirá-la. Amanda estava em pé com o olhar atentamente fixo no papel em sua mão, parecia importante, para ela estar tão compenetrada daquela forma, Samantha notou, então sem querer interromper aquilo, deixou seu olhar subir aos cabelos, estava em um choque frouxo e desleixado, sexy notou sabendo ela não gostava dos fios lhe atrapalhando no trabalho, desceu mais o olhar em avaliação, seu corpo estava belissimamente bem desenhado em um vestido de cor azul, um pouco acima dos joelhos, a gravidez a deixara incrivelmente mais bela, deliciosamente e naturalmente mais sexy e sedutora, incrível e irresistível demais, Samantha sorriu de seu tão repentino desejo. Amanda ganhara o peso normal de uma gravidez, mas aquilo não abalara em nada sua feminilidade, sensualidade, pelo contrário, ela tinha a incrível capacidade de andar com uma leveza e graciosidade, esbanjando mais feminilidade e sensualidade ao final dos 8 meses de gravidez, ela estava arrebatadoramente mais linda.

Samantha sorriu embevecida, diante daquela cena, aqueles meses foram vividos por ambas da melhor forma possível, elas eram a felicidade uma da outra, na relação delas existia o amor, o respeito a cumplicidade, a reciprocidade uma para com a outra estava sempre presente. Não se recordava de já ter vivido meses seguidos com tamanha felicidade e sensação de plenitude ao lado de alguém, como fora aqueles recentes desde que casara-se com Amanda. O sentimento também era de ansiedade naquele momento, a cada mês alcançado e ultrapassado a barriga da mulher, sua esposa, crescia e o ser tão almejado e esperado por elas crescia ali, com saúde e com todo amor, um sorriso se formou em meio a uma lágrima teimosa de emoção que escorregou pelo rosto da morena, com a lembrança do dia em que conseguiram ver o sex* do bebê, um menino, a alegria foi espontânea, não que uma menina fosse menos desejada, muito pelo contrário, seria amada e desejada da mesma forma, era sempre a emoção de cada momento e cada descoberta delas, juntas naquela gravidez e sonho, que, trazia a tona toda felicidade de duas mães possivelmente corujas...

-- Amor!?

A médica fora tirada de seus devaneios pela esposa que, enfim, notou sua presença.

-- Oi, meu amor. -- Samantha sorriu e disfarçadamente limpou a lágrima que havia escapado, se aproximando de Amanda que a recebeu com o seu mais belo sorriso, junto a um beijo de toque demorado e carregado de amor. -- Oi vida minha. -- A morena proferiu em tom risonho, deixando ambas as mãos pousarem sobre a barriga de sua esposa, proporcionando ali um carinho terno, e em seu fiel ritual, curvou-se depositando também um beijo sobre a barrida de Amanda. Esta, sempre assistia tal ato de forma maravilhada, sempre que podia Samantha dava total atenção a ela e ao filho, mesmo este último ainda estando em seu ventre, era de longe as melhores sensações que já tivera na vida, pensou tendo novamente o par de olhos negros sobre os seus, sorriu.

-- Cansada? -- Amanda indagou, obtendo confirmação gestual. -- Senta aqui. -- Sugeriu girando a cadeira na direção da morena, esta, sem protestos sentou-se para logo sentir as mãos delicadas de sua esposa pousar em seus ombros, iniciando ali uma massagem deliciosa, tanto que, se permitirá a fechar os olhos e proferir alguns leves gemidos de prazer. -- Cirurgia demorada? -- Amanda indagou sem parar seus movimentos, deixando as mãos agora, seguirem firmes e delicadas para mais próximo ao pescoço da médica.

-- Humm... -- Samantha gem*u em contentamento. -- Sim, porém mais chata do que necessariamente complicada.

-- Entendo. -- Amanda proferiu e então sentiu ambas as mãos de Samantha sobre as suas, as detendo no que fazia, a morena a olhou e delicada a puxou a fazendo sentar em seu colo.

-- A Su teve a bebê hoje. -- Samantha revelou com um sorriso feliz por sua amiga.

-- Ai não acredito, sério? -- Amanda proferiu também em alegria. -- Você a viu? -- Questionou em curiosidade.

-- Vi sim. -- Ela sorriu. -- É a carinha de joelho, ruiva, mais linda que já vi. -- Confessou.

-- Sam! -- Amanda disse rindo, porém em repreensão. -- Então é mesmo ruivinha!? -- Observou sabendo o quanto Susan torcia por aquilo.

-- Sim. E não dá nem para ter dúvidas a menina nasceu com uma cabeleira vermelha para dá e vender. -- A morena disse em observação e Amanda riu em imaginação.

-- Elas estão nas nuvens de felicidade né!?

-- Demais. -- Samantha afirmou. -- Tem fotos no meu celular, depois você olha, tá lá na sala. -- Avisou enquanto admirava os olhos cor de mel que a prendeu para sempre no primeiro olhar, sorriu. -- Eu te amo tanto. -- Alegou de forma apaixonada acariciando o rosto de Amanda que, sorriu na mesma retribuição de sentimento e carinho. -- Não deveria ficar trabalhando muito amor. -- Afirmou em preocupação e cautela, enquanto sua mão livre passeava carinhosamente pela barriga de sua esposa.

-- Eu sei. -- Amanda disse tomando o rosto da morena em um carinho. -- Mas não se preocupe, eu estou bem e só vim ler uma coisa bem rapidinho. -- Confessou e sorriu.

-- Sei. -- Samantha proferiu, ainda de forma desconfiada, o que fez a outra abrir mais o sorriso e a beijar de forma doce. Em saudade a morena permitiu que a língua da esposa lhe invadisse a boca em um contato mais intenso e cheio de amor. Um selinho fora a despedida para que elas buscassem o contato visual cheio de felicidade.

-- Vai tomar logo o seu banho. -- Amanda sugeriu.

-- Tá dizendo que tô fedida? -- Samantha questionou afastando um pouco mais o rosto a olhando com uma cara desconfiada. Amanda não pôde deixar de gargalhar com a indagação da outra mulher.

-- Lógico que não, meu amor. -- Amanda negou em meio ao sorriso, para logo deixar sua boca tocar a de Samantha em um selinho carinhoso e se afastar a olhando ainda em mais um sorriso. -- Você sempre está deliciosamente cheirosa. -- Afirmou buscando agora o pescoço da morena, onde puxou forte o ar capturando o cheiro bem peculiar ali presente, o prazer que sentia era sempre maravilhoso. -- Sempre! -- Amanda sussurrou ali passando a beijar a pele morena.

Samantha instintivamente fechou os olhos apreciando aquele carinho enquanto a apertava delicadamente contra seu corpo.

-- Mas, ainda tem que tomar banho. -- Amanda proferiu de repente, mostrando um sorriso sacana ao notar a decepção da morena com o fim do carinho. -- Vai te relaxar mais. -- Esclareceu sincera.

Samantha sorriu em acordo e após mais um beijo a morena fora tomar seu banho, sua esposa estava certa, precisava de um para relaxar e aliviar seu cansaço. 

Ela assistiu a esposa sair, e em um sorriso levou as mãos a já avantajada barriga, onde passou a acariciar pensativa. A primeira a dar à luz foi Jaqueline, lembrou da felicidade dela e de Murilo, assim como, a dos pais de Samantha, com a chegada do neto, as segundas novas mamães eram as amigas Susan e Júlia, sua felicidade era sincera por elas, tal como a sua ansiedade, não via a hora de poder ter seu filho nos braços também.

-- Ôh mãêeee a Naty vai pro cinema e não quer me levar. -- Agatha avisou entrando correndo, e, de forma emburrada a menina parou bem em frente a Amanda, cruzou os braços e fez bico a olhando a espera de uma resposta. Amanda não pôde deixar de abrir um riso sonoro e à vontade com a ação engraçada da criança a sua frente.

-- Amanda! -- Agatha proferiu batendo o pé para logo aumentar o bico e cruzar os braços novamente.

Amanda sorriu agora de forma mais leve a observando de forma amorosa e também ainda achando graça. Já estava acostumada com as nuances da criança que alternava entre a chamar de mãe e Amanda, era natural para ambas.

-- Vem cá. -- Amanda tomou a mão de Agatha e a conduziu até o sofá ali perto onde sentaram. Estavam na biblioteca onde também fora transformado em seu escritório de trabalho.

-- Me conta, ela falou o porquê não quer te levar? -- Indagou calma mantendo os olhos fixos na filha. Sabia que a filha mais velha teria seus argumentos, que seria questionados por ela logo a seguir, claro.

-- Ela disse que eu sou muito criança ainda pra assistir o filme que ela vai assistir e falou que ia sair com uma amiga grande igual ela. -- Narrou ainda sentida por não poder ir. -- Disse que depois me leva, mais eu quero hoje. -- Afirmou voltando a fazer o bico zangado o que de novo fez a mulher rir. Amanda sabia bem de quem se tratava a companhia de Natelly. Por uma lado achava muito bom, a jovem já estava quase que totalmente adaptada na nova cidade, por outro, sentia por Agatha, as novas amizades, os estudos e nova rotina de sua filha fizera com a jovem estivesse mais ausente na vida da pequena a sua frente. Claro sempre que podia Natelly dava toda atenção à Agatha, mas agora era de forma menor do que antes e a menina estava sentindo falta daquilo, entendia bem os sentimentos e os momentos que ambas as filhas estavam vivendo.

-- Filha, eu sei que você quer muito ir ao cinema com a Naty, mas hoje ela vai ver um filme que crianças com sua idade não podem, às vezes, pode ter coisas que assustam muito, tem palavras muitos feias, ou tem coisas como mortes, não é de verdade, mas essas coisas podem da medo quando a gente é criança. Ah e as vezes tem sangue também. -- Amanda explicou sendo totalmente sincera e sabia que ela a compreenderia bem, ela era muito inteligente a esse ponto.

-- Humrr, credo! -- Proferiu em uma careta feia o que fez Amanda rir.

-- Quando você for maior, vai entender melhor que cada coisa tem o seu tempo. -- Amanda afirmou a sorriu a beijando a testa.

-- Tá bom. -- A menina proferiu de forma mais conformada.

-- Que tal eu ligar pra mãe da Milena e perguntar se ela pode vir aqui brincar com você? -- Amanda questionou tentando animá-la.

-- Pode mesmo? -- O sorriso contente de Agatha fora instantâneo.

-- Claro, meu amor.

-- Ebaa! Liga logo vai, mãe. -- Ela sugeriu empolgada, em sorriso Amanda levantou pegando o celular e fazendo o que sugeriu, em questão de poucos minutos Agatha se encontrava na sala de vídeo em uma brincadeira e conversa animada com Milena, sorriu as assistindo por mais um instante e subiu a procura de Natelly.

-- Oi. -- Amanda sorriu. -- Está linda. -- Afirmou admirando a jovem que finalizava uma maquiagem leve.

-- Gostou? -- Natelly indagou em um sorriso virando-se para que a mãe a olhasse de frente. Ela vestia um jeans branco, uma blusa de alcinha preta e nos pés um salto nude. 

-- Sim. -- Amanda afirmou.

-- Ah antes que fale alguma coisa me deixa explicar. -- Natelly disse se adiantando, sabia bem o motivo dela estar ali, ao menos um deles. -- Além de ser a noite, vamos ver um filme de terror, ou seja, não dá pra levar a Agatha dessa vez. -- Ela explicou e fez uma careta, também sentia por ter negado aquilo a menina. -- Juro que tentei explicar pra ela, mais ela saiu logo correndo emburrada. -- Completou e Amanda riu em lembrança.

-- Tudo bem, eu expliquei pra ela, ela entendeu, para compensá-la, ela está brincando na sala com a Milena.

-- Ah que bom, fico mais contente. -- A garota avisou e sorriu voltando encarar seu rosto no espelho, dando os últimos retoques ali.

-- Vão só você e sua amiga? -- Amanda questionou de forma curiosa. A amiga em questão era Lisandra, irmã de Marcela, Amanda suspirou lembrando da mulher em questão, ainda não conseguia pensar nela com boas lembranças, mas o fato em questão no momento era a rápida amizade que Natelly passou a ter com a outra jovem, desde que veio morar ali, estava obviamente feliz por sua filha está se adaptando consideravelmente bem a sua nova vida, mas havia algo naquela relação das jovens que a deixava intrigada, pensou exatamente com aquela mesma sensação observando a filha se arrumar, mas por enquanto, ela apenas se atentava a isso, observar, sem mais conjurações.

-- Não, vai mais dois amigos da Lis, aqueles que a senhora foi deixar na casa deles daquela vez. -- Natelly informou olhando a mãe que lhe sorriu. -- Não precisa se preocupar, eu sei me cuidar, sei a hora que tenho que estar de volta e a Marcela vai nos levar e nos buscar, o celular está ok, o dinheiro está ok, eu estou ok... – Ela disse as últimas palavras de forma cantada o que fez ambas rirem. A seguir a jovem beijou sua mãe de forma carinhosa e com as mãos acariciou a barriga dela, enquanto dizia palavras carinhosas para o irmão ainda no seu primeiro lar.

-- Viu? Ele mexeu! -- Natelly notou com extrema felicidade voltando a acariciar a barriga da mãe e a falar com ela também. Amanda apenas sorria admirando aquele momento maravilhoso, que fora interrompido instantes depois pelo toque do celular da filha, que o atendeu, era Lisandra a chamando para descer, estavam a sua espera. Amanda a acompanhou até a porta, onde se despediram, claro, sob recomendações de Amanda para com a jovem.

-- Pra onde ela foi? -- Samantha questionou de volta a sala já de banho tomado.

-- Cinema. -- Amanda sorriu e a recepcionou com um beijo no rosto. -- Advinha com quem? -- Sugeriu puxando-a para sentar com ela no sofá.

-- Lisandra? -- A morena disse a olhando, até então, sabia que a jovem era o maior contato de Natelly desde que ela chegou.

-- Humhun. -- Amanda proferiu em confirmação sem esconder uma certa ironia em seu sorriso.

-- Ok, o que está sugerindo? -- Samantha indagou conhecendo bem aquela atitude de Amanda.

-- Ah tá bom, eu não ia falar nada, mas já que insiste. -- Amanda afirmou em tom de desabafo e Samantha riu com vontade. -- Acha que seria muita coisa da minha cabeça achar que a Naty pode estar de namorico com a Lisandra? -- Amanda questionou mantendo os olhos em Samantha que, fez uma expressão pensativa. -- Talvez namoro ainda não, não sei, elas sempre saem com mais dois amigos, talvez pode ser namorico delas com eles... -- Completou também de forma pensativa, nem ela sabia mais o que estava falando. -- Ou só amizade mesmo, sei lá. -- Completou para ver a outra rir abertamente a observando devagar nas ideias.

-- Tem razão, é muita coisa nessa cabecinha. -- Samantha notou é ambas riram.

-- É né? -- Amanda ponderou.

-- Mas eu te entendo. -- Samantha disse encostando no sofá e a abraçando. -- Mas se fosse um namoro ela te falaria certo?

Amanda pousou a cabeça sobre o ombro da médica e sorriu adorando o carinho enquanto pensava no que Samantha havia falado.

-- Sim. -- Amanda afirmou, a filha sempre fora sincera com ela, apenas precisava de tempo. -- No tempo dela, ela sempre fala. -- Assegurou afastando-se para olhar sua esposa que lhe sorriu, a beijou.

-- Falando em crias. -- Samantha disse e riu. -- Cadê? -- Indagou se referindo a Agatha.

-- Está desenhando lá na sala de vídeo com a Milena. -- Amanda advertiu e se afastou para poder ver melhor a morena que a fitou curiosa.

-- Ela queria ir ao cinema com a Naty, mas dessa vez ela não pôde levá-la, ela estava emburrada, então chamei a Milena para brincar com ela. -- Explicou.

-- Por isso a calma toda. -- Samantha sorriu em observação a puxando para um beijo nos lábios.

-- Ôh Mãnhêeee, vem aqui.  

Elas ouviram a voz da filha vindo do cômodo ali próximo.

-- Viu, estava com saudade da ação, vai lá. -- Amanda advertiu encerrando o beijo.

-- Esse mãe aí não é o meu não, vai lá, ela quer você. -- Samantha afirmou rindo.

-- Mentirosa, pra mim é "mãeêee". -- A mulher fizera questão de fazer tal pronuncia o que fez a morena rir. -- Vai lá Sam, deixa de preguiça. -- Amanda proferiu empurrando-a aos risos, intimamente sabia que era apenas manha de sua esposa, de fato ambas sabiam quando a menina se referia a cada umas delas como mãe.

-- O que eu não faço por você hein!? -- A morena sorriu levantando-se e indo ao encontro de seu chamado. Amanda sorriu a observando lhe jogar um beijo, e uma piscada adorável e sempre carinhosa, sorriu. Em seguida avistou o celular da morena sobre o sofá, o pegou lembrando de ver as fotos da bebê das amigas...

 

* * * *

 

-- Wouu! -- Lisandra proferiu em risos, desviando com agilidade o objeto em sua mão, das tentativas frustradas da outra jovem em obter o que era seu, de volta.

-- Me dá meu celular Lisandra, preciso ligar pra minha mãe vir nos buscar, caramba! -- Natelly avançou mais uma vez sobre Lisandra que, novamente trocou o celular de uma mão para a outra, em uma manobra por trás do corpo o que frustrou de vez a menina à frente dela.

Natelly suspirou pesado deixando uma de suas mãos pousar em seu rosto. A seu ver, Lisandra era uma garota incrível em vários aspectos, mesmo com o pouco tempo de convivência com ela, aprendera a amar cada faceta da outra jovem, incrivelmente também amava aquele lado brincalhão e sem noção da outra que, surgia às vezes, mas para ser sincera consigo mesmo, não sabia se era bem aquele sentimento de amor que estava a consumindo naquele momento.

Marcela havia os deixado no shopping como combinado, assistiram ao filme e quando estavam em uma conversa corriqueira enquanto lanchavam, a mesma havia ligado avisando que por causa de um imprevisto não poderia ir buscá-las e que era para Nattely ligar para a mãe fazer aquilo. Porém, quando ela foi fazer aquilo, Lisandra lhe tomou o celular, agora estavam ali sem ao menos terem ligado para suas responsáveis, porque a outra jovem estava com seu celular com a desculpa de ficarem curtindo mais um pouco no ambiente. Os rapazes já haviam ido embora, os pais autorizaram a ida dos mesmo de táxi, e elas ainda estavam ali, suspirou mais uma vez e a olhou de forma calma. 

-- Já deu né? -- Natelly argumentou de forma calma. -- Me devolve, por favor. -- Estendeu a mão em pedido.

-- Todo seu! -- Lisandra afirmou com um sorriso, estendendo a mão com o aparelho, porém o deteve a alguns centímetros.

Natelly revezou o olhar desconfiado entre o objeto lhe oferecido e o rosto de Lisandra que, mantinha um sorriso nada confiável. Decidida rompeu a leve distância entre elas no intuito de pagar seu celular e mais uma vez não conseguiu, pois a outra o puxou antes. Em total perda de sua paciência, Natelly avançou toda a distância entre elas, erguendo a mão como se fosse agredi-la, porém, mesmo em meio a raiva, lógico que não faria aquilo, era apenas um truque para que Lisandra baixasse a guarda, ato que saíra quase perfeito, pois a viu desviar o rosto para o chão enquanto se afastava com ambas as mãos a frente do corpo, dando risos típicos dela. Falara plano quase perfeito, anteriormente, porque em meio a este ato a garota topou na lixeira logo atrás de si e saiu totalmente cambaleante, e em antecipação do pior, Natelly a agarrou pela cintura com ambas as mãos na tentativa de a segurar, porém seu ato heroico, fora bastante falho quando Lisandra, tentou se equilibrar agarrando-se a ela, e assim, ambas se viram indo ao chão de uma só vez.

-- Ohh. -- Lisandra proferiu sentindo a costa colidir contra o piso e junto a ele sentiu também todo o peso de Natally, sobre o seu corpo. Por alguns instantes, elas se encararam de forma assustada e silenciosas, para logo ambas caírem em uma sonora gargalhada. E mediante aquela repentina alegria nenhuma delas fizera menção de mover-se de onde estavam A verdade era que impensávelmente elas nem faziam questão daquilo, as mãos de Lisandra estavam pousadas ao redor da cintura de Natelly, esta, mantinha as suas sobre o colo da jovem embaixo dela. Naturalmente o riso fora dando vazão ao sorriso doce e a um olhar cheio de mistérios e dúvidas, e aquele mesmo sorriso se desfes em reflexo de algo maior, mais almejado, as outras sensações se fizeram presentes, o coração aumentara o ritmo, o calor do corpo uma da outra era um estímulo gostoso que nenhuma delas queria interromper e, em vida própria, o olhar de Natelly pairou sobre a boca logo abaixo da sua, em puro reflexo e desejo a língua umedeceu seus lábios e em dúvida seu olhar procurou o de Lisandra, esta, estava com os olhos fixos em algo mais abaixo de seus olhos, estavam fixos em sua boca, não tivera mais nenhuma dúvida dali em diante, mas em antecipação da sua vontade, fora a menina embaixo dela quem lhe tomou a boca em um toque a princípio estático, porém doce, fechou os olhos sentindo o coração quase parar diante da sensação gostosa que sentiu ser iniciada na boca, tomando seu corpo por inteiro.

Lisandra não pôde mensurar se era o seu coração que batia como se tivesse ocorrido uma maratona, ou seria o da garota sobre ela, porém de uma coisa tinha certeza, nunca em sua ainda curta vida havia provado um toque tão delicioso quanto o que sentia nos lábios juntos ao de Natelly, e de tão bom, despertava a vontade por mais e, em instantes, entreabriu a boca e suavemente capturou o lábio inferior de sua amante, intensificando o toque, o sabor e todas as sensações possíveis apenas com um beijo. Momento mágico que fora interrompido instantes depois pelo toque do celular ao lado delas no chão.

Em um susto quase desesperado, Natelly desgrudou as bocas e capturou o celular o atendendo sem prestar nenhuma atenção em quem se tratava.

-- Oi filha, onde você está?

A voz de sua mãe soara através do aparelho a fazendo se questionar de onde estava.

-- Onde eu estou? -- Natelly formulou aquela pergunta de forma nervosa, quando finalmente se deu conta de onde estava, como estava e com quem estava. E novamente em uma ação brusca, ela jogou seu corpo para o lado de Lisandra, se pondo em pé tão veloz a ponto de sentir uma leve vertigem lhe pairar sobre os olhos, os fechou com força tentando se recuperar de tal mal súbito.

-- Eu... É... -- Ela olhou para a garota que calmante começou a levantar-se de onde estava. -- Eu estou no shopping... -- Falou dando as costas para Lisandra tentando inutilmente ter uma conversar com algum sentido com sua mãe. -- Na varanda do shopping. -- Suspirou mais pesado do que queria.

-- Você está bem?

A voz do mulher do outro lado da linha demonstrava uma desconfiança preocupada.

-- Estou, claro! -- Natelly afirmou de pronto. -- Por que não estaria? -- Indagou dando um riso tentado ser natural, enquanto pensava na pergunta, Por que não estaria? Talvez, porque tivesse beijado sua amiga e agora não estava na menor das coragem de encará-la. Observou sorrateiramente guiando os olhos na tentativa de saber onde estaria Lisandra e para seu desespero a viu se aproximando atrás dela.

-- Tudo bem, a Sam está indo pegar vocês, já deve estar chegando.

Natelly ouviu sua mãe e respirou aliviada ao notar que Lisandra desistira da aproximação, ficando parada em silêncio.

-- Como sabe que tinha que vir nos buscar?

-- A Marcela avisou.

Natelly não pôde deixar de rir com o tom irônico que a mãe usara, a entendia, ela estava tentando manter a harmonia com a outra mulher, mas vez e outra uma ironia era empregada, tanto na voz da mãe quanto no destino, observou.

-- Desçam, Sam vai está esperando. -- Afirmou e encerrou a ligação.

Natelly encarou o aparelho em suas mãos de forma pensativa, por um momento esquecera tudo, lembrando apenas da sensação maravilhosa do beijo, um sorriso se formou em seus lábios, os mesmos que a minutos atrás saboreavam outros... Durante aquele período que convivera com Lisandra, também aprendeu a se permitir mais em alguns momentos.

-- Apenas sentir! -- Natelly proferiu tais palavras tentando conseguir coragem e decidida virou-se encarando a fonte de sua desestabilização emocional e corporal em momentos atrás. 

-- Eu... -- Lisandra proferiu em um riso sem graça, ela não sabia onde pôr as mãos, a viu guiar uma delas a nuca, coçando ali de forma desconcertada. Natally sorriu, pela primeira vez a via totalmente sem ação, sem piadas ou alguma atitude infantil e sem graça. -- Oh, me desculpa, eu... -- Ela iniciou uma tentativa para se desculpar por ter a beijado, sentia medo de Natelly não ter gostado e pior que isso, querer encerrar ali a amizade delas, aquele pensamento lhe tomara a mente de forma forte, não queria perder a amizade que tinham, mas no fundo finalmente descobrira que, desejou aquele beijo por muitos dias, e agora que havia provado o sabor dele, ou melhor, dela, soube na hora que seria impossível não pensar ou não querer beijá-la de novo...

-- Se tiver pedindo desculpas por ter pegado o meu celular e não ter me devolvido quando pedi, eu aceito. -- Natelly a cortou fazendo sua argumentação sem desviar o olhar.

Lisandra ficou a encarando da mesma forma, porém sem nenhuma naturalidade e muito menos sem saber como interpretar aquela colocação, ela não estava querendo saber mais dela nem como amiga nem coo ninguém? Não havia desculpas para o que fez?  Era isso? Se perguntou em quase desespero.

-- Naty, eu... eu não sei o que me deu... Descul...

-- Lis! -- Natelly a deteve em um tom mais alto e tão decidida como nunca esteve antes, cruzou o espaço entre elas. -- Apenas sentir, lembra? -- Advertiu, assim que, suas mãos pousaram sobre o rosto de uma Lisandra bastante surpresa, sorriu tentando passar através do seu olhar e do carinho no rosto dela, de que estava tudo bem e que se ela também quisesse, estava disposta a ir mais além, pensou agora buscando a boca de Lisandra com o olhar e, assim, percorreu metade do espaço entre elas, subiu o olhar e intimamente sorriu vendo-a encarando sua boca novamente, sem dúvidas percorreu a metade do caminho que faltava e mais uma vez sentiu os lábios dela tocarem os seus, e pela segunda vez seu corpo inteiro reagia ao simples ato, era possível o achar ainda mais delicioso que o anterior? Se perguntou, para sentir mãos em sua cintura a puxando com gentileza e firmeza ao mesmo tempo, fora sua resposta imediata, de que sim, aquele fora ainda mais delicioso que o primeiro e quase que como uma regra, o celular igualmente tocou as interrompendo.

-- Atende logo, porque se eu pegar ele dessa vez é pra jogar lá pra baixo. -- Lisandra informou para uma gargalhada de Natelly que, sem duvidar pegou o celular o atendendo, era Samantha.

-- Cadê vocês? Tô aqui na frente esperando. -- Natelly ouviu voz da morena.

-- Já estamos indo. -- Ela afirmou e desligou voltando a fitar o rosto da garota a sua frente, sorriram em uma mistura de cumplicidade e novas sensações. -- Precisamos ir. -- Alegou ainda em meio ao sorriso.

-- Eu sei. -- Lisandra concordou e gentilmente estendeu a mão tomando a mão de Natelly que, sorriu, vendo as mãos entrelaçadas e assim elas seguiram até o carro da morena que, as esperava, somente ali o contato fora encerrado com certo pesar, Natelly entrou na frente ao lado de Samantha e Lisandra no banco de trás, vez e outra Natelly a buscava com o olhar, enquanto conversavam amenidades, isto porque somente Samantha tinha a iniciativa de puxar um assunto, embora ambas tentassem manter um clima natural, era difícil fingir que nada havia acontecido entre elas, ambas estavam mergulhadas numa imensidão de sentimentos e pensamentos...

 

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 80 - Capitulo 80:
Lea
Lea

Em: 17/10/2021

Só felicidade neste capítulo!!!!!!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lujan
Lujan

Em: 25/01/2021

Amei o capítulo o d

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Andreia
Andreia

Em: 22/11/2020

Que fofo o nascimento da filha da Su e da Jú u a ruiva.
A Naty descobrindo o lado bom de se está com uma mulher ela juntas vão descobrir tudo juntas as primeiras coisas de se relacionar.
Bjs.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

rhina
rhina

Em: 17/07/2020

 

Pensei até que vc tinha esquecido do filho do Murilo.

Nossa senhora.

E mas um ser lindo na face da história(terra)hehe

Uma ruivinha linda.

Lizandra e Naty......aaaaaaaaah

Rhina

Responder

[Faça o login para poder comentar]

cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 10/05/2020

No Review

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mille
Mille

Em: 08/05/2020

Oi Enya 

Olha a Lis e Naty dando um passo para a descoberta do amor 

Uma pequena ruivinha chegou para alegrar ainda mais Julia e Susan. Alegria e emoção das mamães de primeira viagem. 

Ja ansiosa para a chegada do filho da Sam e Amanda. 

Agatha é uma figura. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Olá Mille, 

Você como sempre, se fazendo presente. Muito obrigada por toda a sua atenção.

Sim, Naty teve um pequeno sofrimento com seu primeiro amor, porém está dando asas a um novo. 

Quem estpa nas nuvens são as mamães de primeira viagem, com a bebê ruiva.

Proximo capítulo teremos mais um nascimento, Sam e Amanda serão as abençoadas da vez.

Beijos.

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Rain
Rain

Em: 07/05/2020

 Oh, que lindo, o bebê da Júlia e da Susan é ruivinha que fofo! 

Amo Naty e Lis juntas, espero mais momentos delas. 

Estou sentido falta de momentos da Marina e Marcela também. E o que aconteceu com a Victoria? Ela vai aparecer? 

Linda história, umas das minhas favorita. Beijos até a próxima! Esperando ansiosa. 


Resposta do autor:

Olá Mjc,

Era merecido mais uma ruivinha na família delas né? 

Naty esta dando chance a um novo amor. 

Marcela e Marina estarão no próximo capítulo, assim como a nossa sumida Victória, ela estará de volta e garando que estará feliz.

Grande beijo. E muito obrigada por sua atenção. 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 07/05/2020

Adoro esse dia a dia delas

Traz para nossa realidade

Um bebê chegou, mais um a caminho 

E as meninas se acertando

Teremos emoções até o final

Está muito bom

Desculpe-me não ter comentado o capítulo anterior, mas estou trabalhando bastante, apesar da pandemia

Abraços fraternos procês aí!


Resposta do autor:

Oi Novaaqui,

Eu também sabe, sempre tentei ser bem coerente com a realidade em se tratando do dia a dia das personagens, acho mais legal e real... Teremos emoções sim, e o final está bem próximo.

Obrigada por todo seu carinho, sempre esteve aqui nos comentários e fico feliz com isso. 

Beijos.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Magali Silva
Magali Silva

Em: 07/05/2020

Adoro essa história. Espero que até o final dê para desenvolver mais a trama da Naty... gosto muito dessa personagem...

não demore a voltar! 

Bjs!


Resposta do autor:

Oi Magali,

Naty é bem querida mesmo, e ela será feliz sim.

Obrigada por sua atenção.

Beijos.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web