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Nas Entrelinhas de uma Mulher por Jubileu

Ver comentários: 1

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Palavras: 1162
Acessos: 854   |  Postado em: 05/05/2020

Capitulo 17

Acariciava os seus cabelos negros quando ela entreabriu os olhos e sorriu para mim.

- Oi... bom dia. – disse quase num sussurro.

- Onde aprendeu essas coisas... – sorriu e deitou sobre o meu corpo.

- Instinto. - sorri afagando as costas.

Ela estava seminua e isso me provocava algo que me fazia sorrir.  Neste instante o meu celular tocou.

- Atender.

- Giulia onde você está?

Era Eduarda.

Eu tinha perdido a noção das horas.

- Estou quase saindo. - olhei para Ive.  - Aconteceu alguma coisa que eu devesse saber?

- Precisamos fazer uma visita para o novo cliente. – a voz era ríspida.

- Rui? Como assim novo?

- Esse seu novo cliente, eu conversei com seu pai. Seremos parceiros.

- Mas esse novo projeto é meu Rui não tem porque...

- Estou te esperando.

E desligou.

- Filho da... – Desculpa.

- Quem é ele... – Ive perguntou olhando nos meus olhos.

- Uma pedra no meu sapato, meu anjo. - e beijei sua testa. - Preciso ir. Um dia te conto.

- Fique só mais um pouco, por favor. - Ive insistiu.

- Ele não pode fazer isso sem mim anjo.

Ive virou de lado e levantei arrumando o cabelo. Beijei a sua mão e prometi que a veria muito breve. Rocei a ponta dos dedos em um dos seios e levei a boca envolvendo o mamilo entre os lábios e sugando. Ela contorcia e segurou a minha nuca. Soltou um gemido e eu afastei sorrindo. Beijei suavemente os seus lábios e sai pela porta.

 

****

 

Fui direto para o escritório. Rui me esperava sentado no sofá, tomando um café.

- Você não tem esse direito! - passei por ele e entrei no elevador.

Sem bater entrei na sala de meu pai.

- Foi você ou ele?

- Giulia do que está falando? - e revirou alguns papéis sobre a mesa.

- Do meu projeto oras!  Como foi parar nas mãos do Rui?

- Ele disse que vocês combinaram de fazer a execução juntos! Não vi problema. Vocês são amigos e trabalham aqui.

- Ele está mentindo e já passou dos limites!

- Vocês não fizeram as pazes?

 

Sai da sala e voltei para o saguão. Rui já não estava mais lá.  Olhei para os lados e o avistei do lado de fora do prédio ao celular.

Olhei para o relógio e fui ao seu encontro.

- Vamos está atrasada... - abriu a porta do carro e entrou.

Dei a volta e entrei no carona. Olhei no retrovisor e arrumei uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Você acha justo fazer isso e olha que não é a primeira vez! – bufei de raiva.

- Acalme-se não irei interferir, apenas vou acompanhá-la. Foi o único meio que encontrei para fazer as pazes com você e voltarmos a conversar. - disse ligando a seta para direita. – E eu quero saber o que está acontecendo apenas isso. E me desculpe pelo que fiz.

- Imperdoável o que você fez. Você não tinha o direito de entrar no meu apartamento e fazer aquilo! – gritei.

- Está saindo com alguém? - olhou para mim sem sentimentos nos olhos.

A imagem de Ive me veio em mente.

- Não... Não há ninguém e mesmo que estivesse não seria da sua conta.

- Você anda muito estranha, isso você precisa concordar comigo.

- Você faz o que faz e diz que eu mudei e que estou estranha? O que você está querendo, que eu te agradeça depois de tudo?

- Não atende mais as ligações de ninguém, estamos preocupados! – e apertou o volante.

- Sínico! Eu realmente não sei onde estava com a cabeça de entrar no seu carro! – gritei.

 

Conversei com meu cliente e Rui ficou no carro esperando por mim. Fiquei em silêncio o restante do caminho de volta.

- Quer almoçar comigo? - disse olhando para mim.

Não respondi.

 

Voltamos para o escritório e subimos juntos no elevador. O silêncio me incomodava tanto porque se bem conhecia Rui alguma coisa ele estava aprontando. Saindo do elevador ele segurou-me pelo braço e eu voltei a olhar para ele.

- Não faça nada que se arrependa depois - e me apertou ainda mais.

- Está me ameaçando? - sussurrei puxando o braço e dando as costas para ele.

- Depois não diga que eu não avisei! - gritou.

 

Entrei na minha sala batendo a porta atrás de mim tentando me acalmar. Respirei fundo. Andava de um lado para o outro. Eu precisava sair dali. Passado alguns minutos resolvi ir embora.


Liguei para Monize no meio do caminho e fui até a sua casa.

- Mô?

Entrei pela porta dos fundos.

- No quarto!

Fui até lá.

- Oi...

- Resolveu aparecer...

Beijou-me no rosto.

- Muitas coisas acontecendo. – disse colocando a bolsa sobre a cama.

- Imagino para você sumir assim. Também ando na correria. Demitiram uma funcionaria e agora tenho que cobrir o horário dela.

E o meu telefone tocou:

- Alô. Oi... ok logo estarei ai. Outro.

- Ive? – ela sorriu no cantinho dos lábios.

- Curiosa.

- Você não perde tempo – sorriu alto. Quer me contar?

- Lembra dos bilhetes?

Ela arregalou os olhos.

- Não me diga loca...! Como você descobriu?

- Recebi um terceiro. Foi meio que um quebra cabeças.

- Então o admirador do bar era uma admiradora.

- Ela estava perto o tempo todo, com certeza viu o meu deslumbre com aquelas duas garotas se beijando aquela noite.

- Ela sacou ai.

- Com certeza.

- E ai como que foi?

- A gente só se beijou. – falei.

- Comeu?

- Mô! – corei de vergonha.

- O que? – ela riu. Normal, o que tem perguntar?

Olhei sem responder para ela com um sorriso.

- Imagino por essa sua cara que ela deve ser boa de cama.

- Não vou responder. – joguei o travesseiro nela.

- Você se identificou né?

- Com mulher? Acho que sim, penso ter me encontrado.

- Quem diria. Você teve tantas chances para ter se casado com um homem.

- É verdade. Parece que flui quando estou com uma.

- Nos nunca nos pegamos...

- Mô... somos amigas!

- Mais uma razão ué! – dobrou o último lençol e guardou.

- Eu não sei explicar... com a Mel foi aquela coisa avassaladora.

- Talvez por essa razão. Nós conhecemos desde criança.

- Exatamente.

- Bom preciso ir, ela quer que eu almoce com ela.

- Já estão tão intimas assim?

- Não sabe o quanto.

- Cuidado para não se machucar, como foi com a Mel.

- Quero viver isso Mô. Eu estava muito insegura com ela, muito confusa do que queria. Com a Ive tem sido diferente. Ela é mais velha, eu estou mais velha.

- Mas isso não quer dizer nada, enfim, apenas tenha cuidado.

- Pode deixar.

E nos abraçamos.

Fim do capítulo


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Comentários para 17 - Capitulo 17:
thays_
thays_

Em: 05/05/2020

Essa Monize é uma figura hahaha "comeu?" Parece até uma amiga minha hahah e esse Rui cada dia mais insuportável! Beijos, autora.


Resposta do autor:

 

É mesmo?  rs

Um dia ele vai achar o dele!

Beijos leitora.

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