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Aquele Olhar por Manda Costa 08

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Palavras: 9655
Acessos: 4541   |  Postado em: 01/05/2020

Capitulo 9

- Camila – Rafa entrou e veio em minha direção.

 

- Vai falar que é coisa da minha cabeça também? – falei nervosa – que estou imaginando coisas? – usei o sarcasmo.

 

- Fica calma amor – ela tentou se aproximar – deixa eu te explicar o que aconteceu.

 

- Explicar? explicar o que Rafaela? – voltei a andar de um lado para o outro – que se eu não tivesse entrado naquela sala àquela, sabe lá Deus o que vocês estariam fazendo agora? – debochei.

 

- Me respeita Camila – ela falou seria – eu não sou assim e você está sendo injusta.

 

- Eu estou sendo injusta? - parei e me aproximei dela – fala na minha cara que ela não tentou te beijar – fixei meus olhos nos seus.

 

- Tentou – ela disse sem desviar seus olhos do meu.

 

- Olha aí – falei descontrolada voltando a andar pela sala.

 

- E eu falei pra ela que sou comprometida com você e que se ela quisesse realmente minha ajuda, teria que me respeitar e respeitar você – ela falou e parei novamente a sua frente.

 

- E ela? – perguntei curiosa.

 

 

- Ela me pediu desculpas, disse que estava encantada por mim, mas que não iria voltar a acontecer – ela respondeu chegando perto de mim – o que você viu foi justamente a hora que pedi ela pra se afastar de mim e me respeitar – ela falou e vi verdade nos seus olhos – eu nunca falhei com você e nem com essa empresa Camila, eu te amo tanto que nem consigo olhar pra outra mulher a não ser você – ela colocou a mão no meu rosto – não iria trair a sua confiança, acredita em mim.

 

- Eu avisei você – disse ainda magoada – ela te olhava diferente.

 

- Eu sei meu amor, e eu tive que ver com meus próprios olhos – ela deu um beijo leve nos meus lábios – acredita em mim?

 

- Acredito – disse por fim – mas não quero saber dessa mulher perto de você ou com intimidade – falei enciumada.

 

- Tudo bem, mas me promete que não vai deixar esses seus ciúmes te cegar? – ela falou seria e fiz que sim – Eu não sou a Juliana e nem a Bruna, eu escolhi ficar com você, porque sei que o que sinto é de verdade – ela olhava no fundo dos meus olhos – eu nunca mentiria pra você, pra nós - sorriu e me beijou – eu te amo.

 

- Eu te amo – respondi colando minha testa na dela.

 

Ela não voltou mais pra sala de reuniões. Ficamos dentro da minha sala conversando e trabalhando juntas. Eu confiava na Rafa, não confiava nas pessoas que se aproximavam dela.

 

Mariana evitou cruzar comigo nos corredores e eu sabia que ela ainda espreitava pelos cantos. Rafa continuou auxiliando-a no processo de fiscalização, mas sempre evitava entrar em qualquer assunto que não fosse a empresa. Melhor assim. Bruna tinha me dado uma paz por alguns dias, estava ocupada cuidando do casamento e da gravidez que já estava avançada, mas tudo que é bom dura pouco.

 

 

Meus pais estavam comemorando quarenta anos de casamento e resolveram fazer uma celebração para o momento com amigos íntimos. Fiquei de buscar a Rafa no horário de sempre e já estávamos a caminho da casa deles. Dona Inês havia se juntado a nós e conversava animada dentro do carro.

 

Assim que chegamos, fomos recebidos com abraços animados por eles na porta. Minha mãe estava linda em um vestido creme e os cabelos preso em um coque frouxo, ela estava feliz e meu pai sorria ao seu lado.

 

- Que bom que não me deram o bolo – meu pai falou me abraçando – sua mãe ficaria irritadíssima – sorri com ele.

 

- Não faríamos isso jamais – Rafa respondeu gentil, recebendo o abraço da minha mãe.

 

- Fiquem à vontade Rafaela e Inês – minha mãe falou pra elas – a casa é nossa e tudo que precisarem pode pedir pra qualquer um dos rapazes que estão servindo, que eles providenciam pra vocês, e você – ela veio em minha direção – temos que ter uma conversa séria mocinha.

 

- Não foi eu mãe – levantei os braços em sinal de inocência – deve ter sido a Carol.

 

- Eu o que? – Carol chegou do nada quase me matando de susto, já perceberam que me assusto fácil, né? – está com o rabo preso Camilinha? Assustando assim – ela perguntou debochada.

 

- há há há – debochei também – você é tão engraçadinha, já pensou em ser comediante? – falei sarcástica e ela me mostrou língua.

 

- Preciso levar as duas pra biblioteca? – minha mãe perguntou nos fazendo lembrar dos castigos que ela dava na biblioteca e ficamos serias pra depois sorrirmos juntas – que bom que minhas duas meninas estão em casa.

 

- É bom estar em casa – Carol falou beijando os dois.

 

Deixamos-os conversando e entramos pra cumprimentar os convidados que estavam por ali. Rafa desfilava deslumbrante ao meu lado e eu me sentia a mulher mais privilegiada em tê-la na minha vida. Passamos pelos meus tios e Mauricio sentados em uma mesa no salão conversando animados. Pedro estava ao lado deles em uma conversa com a Bruna, nem ousei parar para cumprimentar.

 

- Rafa e Camila – meu tio acenou pra nós e retribuímos o gesto.

 

Inês se sentou pra conversar com uma das moças que trabalhavam diretamente com meu pai e Rafa resolveu ficar junto com ela, me permitindo falar com todos os parentes presentes. Fiquei um pouco com cada um deles e meu pai me pediu pra buscar um vinho na adega.

 

Desci as escadas que levavam para aquele cômodo e escolhi um vinho antigo que ele mais gostava. Estava me virando pra ir embora e senti meu corpo ser jogado na parede ao lado.

 

- Você está ficando louca Bruna? – falei tentando sair do seu corpo – me larga.

 

- Precisamos conversar Camila – ela disse seria – me escuta por favor.

 

- Escutar o que? Não temos nada pra conversar – falei nervosa.

 

- Me escuta merd* – ela gritou me calando – eu vou te soltar, mas preciso que me escute – fiz que sim com a cabeça e ela me largou. Fiquei a olhando andar de um lado pro outro, parecia perturbada, fiquei com medo do que ela poderia fazer comigo ali naquele lugar só nos duas.

 

- O Maurício está roubando a empresa – ela disparou sem do.

 

- Como sabe? – perguntei querendo saber até onde ela sabia.

 

- Vi alguns erros em uns documentos que ele me passou, sei que ele vai tentar me incriminar se a bomba explodir – ela falou preocupada – eu não tenho nada a ver com isso.

 

- Fica calma – tentei acalma-la – vamos resolver isso e nada vai acontecer com você – só precisamos que você colabore com tudo – ela fez que sim.

 

- Você é tão importante na minha vida – ela caminhou ate mim e senti um frio na espinha – você sempre cuida de mim – ela tentou passar a mão no meu rosto.

 

- Não confunda as coisas Bruna – a repreendi – eu vou te ajudar, mas isso não tem interesse pessoal algum – vi ela fechar o rosto furiosa e me empurrar novamente contra a parede. Sem esperar por esse movimento, meu corpo se chocou com a cerâmica e deixei a garrafa de vinho cair, virando pedaços o chão.

 

- Você vai se arrepender por me rejeitar Camila – ela falou diabólica e senti medo – você vai ser minha, espere e vera – disse isso e saiu me deixando parada sem reação.

 

- Mais que merd* – praguejei assustada. Olhei pra garrafa quebrada e passei as mãos nos cabelos. Bruna estava passando do limite e já estava começando a me preocupar. Escolhi outro vinho e arrumei minha roupa antes de voltar para o salão.

 

Entreguei a garrafa para meu pai que ficou surpreso com a escolha, inventei uma desculpa qualquer e ele concordou. Bruna estava em um canto me olhando, Pedro ao seu lado sorria irônico. Resolvi não dar moral pra eles, bosta quanto mais mexe, mas fede.

 

-O que foi? – Rafa perguntou quando me aproximei dela – seu rosto está pálido.

 

- Estou bem – menti – deve ser só um mal-estar repentino – ela passou a mão no meu rosto preocupada e beijei sua testa, sob o olhar atento das duas víboras.

 

O resto da noite transcorreu tranquila. Evitei ao máximo estar perto ou olhar na direção da Bruna. Jantamos e nos despedimos dos meus pais para irmos pra casa. Dona Inês pediu pra deixa-la em um forro perto do centro e depois segui para deixar a Rafa.

 

- Está tudo bem mesmo? – ela me perguntou assim que paramos de frente ao seu portão.

 

- Esta sim meu amor – beijei sua mão – pode ser só preocupação com tudo que está acontecendo.

 

- Vai descansar então – ela se aproximou e beijou meus lábios – amanhã nos falamos mais – e saiu do carro. Esperei ela entrar e segui para minha casa, pensando no que a Bruna tinha dito.

 

Um dia, eu estava em casa vendo alguns vídeos no celular. Rafa e eu resolvemos nós ver fora da empresa apenas nos fins de semana. O dia do casamento estava chegando, tínhamos combinado de ir com os meninos comprar os presentes e ir para o local da cerimônia juntos. Aproveitei aquela noite tranquila, pra colocar meus estudos em dia. Estava entretida com uns documentários quando minha campainha tocou. Abri a porta e tinha uma moça parada na entrada. Ela me pediu ajuda pra abrir a porta do apartamento, disse que tinha se mudado recentemente e não estava conseguindo destrancar. Seu rosto era familiar, mas não conseguia lembrar de onde. Fechei o meu apartamento e fui em direção a porta do dela. Passei na sua frente e quando coloquei a mão na maçaneta, ela me agarrou por trás colocando alguma coisa no meu nariz, senti meu corpo desfalecer e apaguei.

 

Acordei com alguém chamando meu nome longe. Minha cabeça doida e tudo rodava. Abri meus olhos e voltei a fechar, a claridade do quarto incomodava minhas vistas. Senti alguém bater no meu braço e percebi que era a voz da Carol bem longe. Abri meus olhos novamente e quando fui levantar senti um corpo ao meu lado, me levantei assustada.

 

 

- Que merd* é essa? – disse vendo que estava nua, olhei pra Carol que me olhava sem acreditar e meu coração parou quando vi a Rafaela atrás dela com os olhos lacrimejados – Rafa – eu tentei me explicar mais ela saiu correndo. Me levantei e sai atrás dela, a alcancei na porta – me escuta – segurei seu braço.

 

- Escutar o que Camila? – ela disse com a voz baixa – tem alguma coisa pra explicar?

 

- Eu não sei quem ela é – eu comecei a falar – eu não fiz nada, eu...- eu estava confusa, minha cabeça irá explodir a qualquer hora.

 

- Então, você e ela estão nuas na cama atoa? – ela perguntou com deboche e raiva.

 

- Você tem que acreditar em mim Rafaela – eu segurei em seus dois braços – eu não fiz nada, eu não te trai.

 

- Não me traiu – ela começou a gritar e chorar – sabe que horas são?-  Fiz que não com a cabeça – são quase meio dia Camila, eu vim até aqui, liguei desesperada pra Carol porque você nunca faltou ao trabalho, aí eu encontro você nua com uma garota na cama e você tá me falando que não me traiu?

 

- Eu não te trai – gritei de volta – essa menina veio ontem me pedir ajuda pra poder ajudar ela com a porta e aí eu apaguei – a soltei e comecei a andar de um lado pro outro tentando lembrar o que aconteceu.

 

- Deve ser pelo vinho que vocês tomaram juntas – ela disse e apontou pra mesa de centro com duas taças e uma garrafa vazia – eu nunca pensei que você faria isso comigo, eu acreditei em você – ela chorava, fui em sua direção e ela se afastou – não toca em mim, você prometeu nunca me magoar Camila – parei na sua frente, meu coração estava despedaçado vendo-a chorar – você tinha medo que eu te traísse, mas você me traiu.

 

- Eu não trai você Rafaela – eu estava desesperada, ela retirou a aliança do dedo e colocou em cima do raque – não faz isso, por favor – comecei a chorar também.

 

- Estou terminando o nosso namoro, não me procure ou me ligue – ela disse firme secando as lágrimas nos olhos – não vou sair do trabalho porque não misturo as coisas, mas peço que fale comigo o essencial e indispensável.

 

- Não faz isso – eu deixei meu corpo cair no chão, deixei as lágrimas rolarem pelo meu rosto – acredita em mim.

 

- Eu achei que me amava – ela falou rancorosa.

 

- Não fala isso – falei desesperada.

 

- Até Camila – ela saiu e bateu a porta com força. Meu coração estava quebrado, eu não tinha forças nem pra vestir roupa, chorei de desespero, chorei porque ela não acreditava em mim.

 

- Calma Camila – Carol veio até mim e me levantou, me levou pro quarto – deixa ela ir, depois vocês conversam com calma. Quem é essa garota? – olhei pra cama e a menina ainda estava lá deitada com a cara mais deslavada do mundo nos olhando.

 

- Quem é você ? – eu fui pra cima dela nervosa – o que você tá fazendo aqui ? – eu gritava desesperada, a menina disse que trans*mos a noite toda e eu passei as mãos nos cabelos – é mentira, mentira – eu estava em desespero – eu não transei com você – gritei.

 

- Pega suas roupas e vai embora – Carol falou entre os dentes pra ela. Ela saiu, mas antes me mandou um beijinho, eu queria esganar aquela vagabunda – agora vamos conversar Camila – eu sentei na cama tentando assimilar tudo que estava acontecendo.

 

- Eu não transei com ela Carol – disse já chorando de novo – eu não transei.

 

- Eu acredito em você Cami – ela sentou do meu lado e fez carinho nos meus cabelos – mas me conta tudo que aconteceu – narrei pra ela o que eu lembrava e ela escutou atentamente – eu acredito em você – falou limpando minhas lágrimas.

 

- Mas ela não acreditou – disse magoada.

 

- E você Cami? como reagiria ao achar a Rafaela na cama com outra garota – meu sangue ferveu só de pensar na possibilidade – tá vendo?! Como acha que está a cabeça dela agora?

 

- Que merd* Carol – bati nas pernas com os dois punhos – porque essa garota fez isso comigo?

 

- Tenho uma ideia – ela disse pensativa - mas vamos tomar um banho, comer alguma coisa e aí quando estiver mais calma, nós vamos resolver isso tudo.

 

Fui no automático pro banheiro, a água caia no meu corpo, mas parecia que minha alma nem estava ali. Carol fez um sanduíche pra eu comer, engoli a força. Ela me deitou no seu colo e ficou fazendo carinho nos meus cabelos, chorei baixinho pensando na Rafaela. A vida estava sendo muto injusta comigo. Eu precisava fazer com que ela acreditasse em mim, mas me doía a ideia dela ter duvidado do meu amor. Adormeci no colo da Carol e quando acordei já estava de noite.

 

- Tá melhor? – Carol me perguntou com um copo de leite com açúcar queimada nas mãos – fiz pra você – ela me estendeu – sei que você gosta.

 

- Obrigada, mas estou sem fome – disse abatida – preciso falar com a Rafaela.

 

- Calma Cami – ela sentou do meu lado – eu falei com ela agora, deixa ela ficar mais calma aí vocês conversam tá bem?! – só confirmei com a cabeça – achei esse pano em baixo do raque, pelo cheiro acho que é clorofórmio.

 

- Aquela vagabunda usou isso em mim? – eu fiquei irada – ela podia ter me matado.

 

- Eu sei Cami, isso é uma prova que você está certa, precisamos que ela confesse o que fez com você, já viu ela antes ou sabe onde podemos acha-la? – Carol parecia animada.

 

- O rosto dela não me é estranho, mas eu tô tão confusa que posso estar delirando – disse com as mãos na cabeça.

 

- Calma, tenta puxar na memória de onde conhece ela – Carol parecia animada – se eu estiver certa, tem dedo da Bruna ai – ela falou e eu me lembrei das palavras da Bruna na casa dos meus pais.

 

Fiquei pensando de onde eu poderia conhecer aquela mulher, minha cabeça ainda doida. Tentei lembrar de todas as formas da onde aquela mulher poderia ter saído, mas não conseguia. Fui para o quarto e fiquei olhando o whatsapp da Rafa. Ela entrava online e saia, eu pensei em falar com ela, mas o que adiantaria?! Eu tinha que arrumar as provas que eu era inocente. Abri uma foto nossa e senti a dor da separação ainda mais forte, chorei de saudade olhando pra ela e acabei adormecendo.

 

Acordei às cinco da manhã e fiquei olhando pro teto. Meu celular despertou avisando que era hora de ir pra empresa. Me arrumei como de costume. Meu coração disparava à medida que eu me aproximava do prédio. Dei bom dia pro seu José e fui pro refeitório falar com Inês.

 

- Bom dia Dona Inês – disse sem jeito.

 

- Bom dia Camila – ela me respondeu seca – senhora deseja alguma coisa?

 

- Inês eu queria falar com você – disse com receio – eu não trai a Rafaela – disparei.

 

- Olha Camila, a única coisa que eu te pedi, foi pra não magoar a minha menina – abaixei a cabeça – ontem eu vi a cena mais dolorosa do mundo, minha filha chorar pelo mesmo sentimento que eu chorei um dia, a dor de ser enganada.

 

- Inês – falei desesperada - eu te juro que não trai ela – eu comecei a chorar – eu amo tanto a Rafa que não faria isso com ela nunca.

 

- E o que a moça estava fazendo na sua cama? – ela falava amarga – eu vou te dar a chance de se explicar, porque eu sei que você é uma menina boa, mas não minta pra mim – disse firme – comece.

 

- Eu.. – Fomos interrompidas pela chegada da Rafaela. Ela estava linda como sempre, seus cabelos estavam amarrados em um coque mal feito, sua roupa impecavelmente certinha e seu cheiro inebriante. Achei que meu coração iria sair pela boca.

 

- Depois eu volto – na mesma velocidade que ela entrou ela saiu, me senti um trapo velho.

 

- Comece – Inês falou sem se importar com o que aconteceu. Narrei tudo que lembrava pra ela e tudo que a Carol e eu estávamos suspeitando. Ela ouvia tudo atentamente sem falar nada, sua expressão estava indecifrável. Terminei a narrativa e fiquei esperando sua reação.

 

- E como vai achar essa mulher? – ela perguntou interessada.

 

- Não sei Inês – suspirei – minha esperança é a Carol estar certa sobre as suspeitas dela sobre a Bruna, caso contrário eu tô perdida.

 

- Se você for inocente, a verdade vai aparecer uma hora ou outra, não tem mentira nesse mundo que fique escondida – ela disse confiante – fica calma que eu vou ajudar você.

 

- A senhora acredita em mim? – perguntei esperançosa.

 

- Eu sei que se você tivesse feito algo de errado com a Rafa você não viria aqui, eu acredito em você, mas não sei se poderei ajudar com minha filha – ela disse sincera – aquela lá é cabeça dura igual o pai.

 

Dona Inês me deu uns conselhos e agradeci pela confiança. Fui pra minha sala e minhas pernas tremiam só de saber que eu a veria novamente. Fiquei esperando sua entrada que não demorou muito. Tentei parecer o mais profissional possível, mas a presença dela me desestabilizava.

 

- Vim passar os compromissos de hoje – disse seria sem me olhar – temos uma reunião geral agora as oito, depois vamos fechar os pedidos da semana junto com o financeiro as onze horas, Mariana quer falar conosco, então teremos que achar um momento na sua agenda pra isso.

 

- Ok – disse baixo – cancela meu almoço esse resto de semana com meu pai e tio, por favor.

 

- Os três dias ? – ela enfim me olhou, confirmei com a cabeça – considere-os cancelados – ela voltou sua atenção para a agenda - A tarde o marketing quer apresentar o novo projeto a equipe gestora, marcarei para as duas horas da tarde e por fim o responsável pelos funcionários quer falar com você – ela anotava na agenda – vou marcar as dezessete horas e encerramos o dia. Algo que devo anotar? – ela não parecia a minha Rafa. Aquela mulher a minha frente era fria e objetiva.

 

- Como você está? – vi seus dedos tremerem e ela me olhar com mágoa.

 

- Isso não diz respeito ao nosso trabalho – falou ríspida.

 

- Como não? – fiz de desentendida – preciso saber como estão meus funcionários.

 

- Estou bem-disse e senti um tremor em sua voz – algo mais?

 

- Você não acredita mesmo em mim ?! – disse mais pra mim que pra ela, ela não disse nada apenas me olhava e vi tristeza nos seus olhos, eles eram apenas reflexos dos meus – tudo bem, pode ir obrigada.Ela saiu da sala e deixei meu corpo afundar na cadeira.

 

 As oito horas e encontrei com todos na sala de reuniões. Como de costume Rafaela sentou ao meu lado e começou a escrever em sua agenda. Bruna estava sentada algumas cadeiras longe de mim, mas vi que ela exibia uma felicidade incomum aquele dia. Não prestei atenção em nada que eles falavam, minha atenção estava toda voltada pra Rafaela que acompanhava o decorrer daquela conversa com a caneta na boca, ela era linda demais, meu peito doeu por não poder toca-la.

 

Mariana olhava atentamente pra mim e as vezes pra Rafaela. Percebi que ela escreveu alguma coisa no celular e ouvi o apito do telefone da Rafa. Senti um choque percorrer meu corpo, eu senti uma raiva crescer dentro de mim, mas não faria nada que eu pudesse me arrepender no futuro.

 

- O que acha Camila? – meu pai me perguntou.

 

- Oi? – disse voltando minha atenção pra ele – me desculpem, mas eu não estou com cabeça pra nada hoje – me levantei – a Rafaela vai cuidar de tudo e o que ela decidir eu assino, com licença – sai da sala e fui atrás da dona Inês.

 

Chorei em seus braços enquanto ela cantarolava uma música baixinho no meu ouvido. Quando eu estava bem, quando eu estava feliz alguma coisa tinha que estragar. Fiquei naquele abraço até me acalmar, sequei minhas lágrimas e agradeci mais uma vez ela por confiar em mim. Entrei na minha sala e a Bruna estava sentada na minha cadeira me esperando.

 

- Problemas? – ela perguntou cínica.

 

- Sai da minha cadeira agora – eu explodi, toda a raiva que eu estava sentindo, dominou meu corpo quando olhei pra cara dela. A segurei pelo braço e fui retirando-a da minha sala – nunca mais entre na minha sala sem a minha autorização – abri a porta e a coloquei pra fora. Rafaela estava saindo da sua sala e ficou parada me olhando incrédula – Letícia, está permanentemente proibida a entrada da Bruna na minha sala quando eu não estiver e quero ser comunicada antes sobre sua presença aqui – entrei pra minha sala e bati a porta.

 

Tomei um pouco de agua para tentar me acalmar. Peguei meu celular e fui olhar as mensagens do Lucas, ele havia me mandado algumas fotos da nossa notada. Rafaela bateu na porta e autorizei sua entrada. Ela me olhou curiosa, mas não comentou nada.

 

- Vou te repassar o que foi dito na reunião – ela ia começar a falar quando levantei a mão ainda olhando pra tela do celular. Não estava com paciência pra nada.

 

- Me passe apenas o que foi concluído e o que tenho que assinar – falei indiferente e ela suspirou sem paciência. Eu estava vendo as fotos, quando uma me chamou mais atenção. Na foto estavam Rafa e eu abraçadas sorridentes e ao fundo a DJ que tocou na boate aquele dia, meu coração congelou, ela era, era aquela cretina, vagabunda e mentirosa – meu Deus – falei alto e a Rafa assustou com a minha atitude.

 

- O que? – perguntou sem entender.

 

- Não adianta te falar, você não vai acreditar – falei magoada.

 

- Sente- se e vamos terminar de passar o que realmente importa – ela falava irredutível.

 

- Como consegue? – perguntei sem conseguir entender ela – como consegue trabalhar tão tranquila assim? Como se fossemos duas estranhas?

 

- Sou paga pra isso – ela disse seria – eu não posso me dar ao luxo de ficar em casa chorando o chifre que levei.

 

- Eu não trai você Rafaela – eu falei sincera.

 

- Eu não quero mais falar sobre isso – ela me cortou e suspirei derrotada.

 

 

- Eu vou te provar que não fiz nada e espero que você não se arrependa de não ter acreditado em mim – falei com raiva – preciso sair, desmarque todos os meus compromissos de agora em diante, caso queira pode ir pra casa, não voltarei a empresa hoje – sai da sala deixando ela lá estarrecida.

 

Fui em direção da garagem. Entrei no carro e liguei pra Carol, precisava contar pra ela o que tinha descoberto.

 

- Carol – gritei assim que ela atendeu.

 

- Tá doida garota – ela disse brava – quer me deixar surda?

 

- Desculpa, mas eu tenho uma pista – disse animada – aonde você está?

 

- Tô na casa do Ian – ela parecia que tinha acordado agora.

 

- Estava dando uma hora dessas Carol – falei divertida.

 

- Desde quando tem hora pra dar querida? – ela debochou – anda, me conta logo.

 

- Eu sei onde encontrar a menina que armou pra mim – disparei já virando o carro pra ir pra casa do Ian.

 

Peguei a Carol e fomos em sentido a boate daquele dia. Se eles tivessem algumas informações da golpista, conseguiríamos arrancar dela a verdade e eu poderia mostrar pra Rafa. Sorri animada com a possibilidade de tê-la de volta. O lugar estava fechado, mas alguns funcionários entravam e saiam do local carregando bebidas. Entramos na sala de recepção e uma garota veio nos atender.

 

- Oi gatas – ela falou simpática – o que precisam?

 

- Olá – Carol disse toda simpática também – nós somos de uma casa noturna de São Paulo e queríamos saber sobre uma DJ que tocou aqui esses dias a atrás.

 

- Ixe gata, você vai ter que ser mais específica – a garota disse pra Carol – passam muitas Djs por aqui, tem alguma foto ou descrição dela?

 

- Então, ela é loirinha, tem uma tatto de cobra no braço direito – ela pegou o meu celular e mostrou pra recepcionista – essa aqui.

 

- Ah, você tá falando da Jack – ela pegou um cartão – ela toca aqui as vezes, toma – Carol pegou o papel da mão dela – dá uma força pra guria e se quiser pode me ligar também pra gente fazer algo – ela falou cantando a Carol.

 

- Obrigada, as vezes posso precisar da sua ajuda – Carol disse flertando com a menina. Saímos da boate eufóricas.

 

- Você estava dando moral pra aquela mulher?

 

- Claro que não Cami – ela disse ajeitando o batom – fazia parte do meu papel.

 

- Que papel? – perguntei abismada.

 

- De detetive – ela fez uma cara misteriosa e eu gargalhei – agora só temos que marcar com essa aqui e descobrir quem foi quem foi que mandou ela armar pra você.

 

- E como vamos fazer isso? – perguntei curiosa.

 

- Tenho uma ideia – ela falou empolgada e eu sabia que lá vinha chumbo.

 

- Tenho medo das suas ideias Carol – falei preocupada.

 

- Onde Será que podemos conseguir uma arma? – ela ficou pensativa. Quase bati o carro ao escutar essa possibilidade.

 

- Carolina, tá ficando doida? – perguntei perplexa – não vamos fazer nada ilegal – ela gargalhou – vamos pensar em outra possibilidade sem armas de fogo.

 

- Podemos levar uma faca – ela falou divertida com minha cara.

 

- Carolina não me tira a paciência – ela deu de ombro e fiquei pensando - Geralmente esse povo faz essas coisas por dinheiro.

 

- Acha que se oferecermos uma quantia x ela vai falar? – ela me perguntou.

 

- Não sei, mas podemos tentar.

 

- Você pode ficar nua pra ela – ela disse e a olhei pasma – está bom, parei.

 

- Não sei o que faço com você, sinceramente – falei seria.

 

- Confia em mim? – ela me perguntou e eu fiquei com medo daquela pergunta.

 

- Confio – respondia receosa.

 

-  Ótimo, então entra na minha - Ela pegou o celular e ligou pra tal da Jack, ela atendeu e a Carol se fingiu de contratante do seu show pra poder marcar um encontro – pronto, daqui a pouco vamos saber a verdade.

 

 

Ela marcou em um bar de um amigo de escola dela. Ainda estava fechado, mas ela disse que seria o lugar perfeito. Chegamos lá e ela pediu pra falar com o dono. Quando voltou ela me disse que tinha um plano, mas eu tinha que ficar escondida e com a câmera ligada. Depois de esquematizar tudo com os funcionários, ficamos esperando a pilantra chegar.

 

- Entra na minha Cami e não surta – ela falou me alertando e fiquei com medo.

 

Um dos rapazes que trabalhava lá, avisou que havia chegado alguém e eu me escondi atrás de umas cadeiras empilhadas. De onde eu estava, tinha uma visão privilegiada do local em que a Carol estava. A mulher passou pela portaria e foi ao encontro da Carol, assim que ela a reconheceu virou pra ir embora, mas o barmen entrou na frente impedido sua dispersão.

 

- Onde pensa que vai meu bem? – Carol perguntou irônica – senta essa bunda na cadeira que nós temos que ter uma longa conversa – a mulher sentou com cara de poucos amigos - vai abrindo o bico, quem te mandou dopar minha irmã e fingir que dormiu com ela?

 

- Ninguém mandou nada, eu e sua irmã tivemos uma festinha particular – ela falava debochada – e ela estava gostando muito.

 

- Vamos parar com essa história furada e partir pra verdade, porque pra mim tempo é dinheiro. Entendeu? – a mulher deu um sorrisinho, parecia que se divertia com aquilo tudo.

 

- Vai me dar quanto? – ela perguntou gananciosa – vai que sei de alguma coisa, não é?

 

- Jordan – Carol fez sinal pro cara que trabalhava ali , que veio com uma faca com a ponta vermelha, daquelas que ficam no fogo um bom tempo – podemos começar assim – Carol falou calmamente - minha família é poderosa e milionária, nada me aconteceria, por exemplo – ela pegou a faca da mão do rapaz, vi que a mulher se mexeu na cadeira – se eu arrancasse seu olho agora – ela brincava com a faca perto da mulher - você nem sangraria de tão quente que essa faca está – ela fez que ia passar a faca no braço da mulher que afastou bruscamente, Carol riu – eu imagino que o olho seja muito importante na sua profissão.

 

- Você não teria coragem – ela disparou e minha irmã gargalhou sinistra, confesso que eu já estava ficando com medo daquilo tudo – eu? Jordan – o rapaz segurou os braços da mulher e a Carol a olhou com um olhar macabro – abre bem os olhos meu bem, se não você não vê o show – ela foi aproximando a faca da mulher que gritava pedindo ajuda.

 

- Para sua doida – ela tentava se soltar a todo custo – me larga, escuta não faz isso pelo amor de Deus, me solta.

 

- Quem te mandou fazer aquilo – Carol aproximou mais e a mulher virou o rosto – gosta mais difícil certo? Luís – outro rapaz apareceu e segurou a cabeça da Jack impedido que ela virasse o rosto – não vai doer nada ou vai doer muito – Carol gargalhou e eu tremi de medo do que poderia acontecer.

 

- Tá bom – ela gritou desesperada – eu falo, eu falo, só coloca essa faca pra lá – ela disse e a Carol pediu os meninos pra soltarem – Jordan coloca a faca no fogo de novo, caso nossa amiga resolva mentir – os meninos saíram e a Carol fez sinal pra que eu fosse até elas.

 

- Olá Jack – falei tentando conter a raiva que eu sentia daquela mulher – voltamos a nós ver, que maravilha.

 

- Vocês duas são doidas – ela cuspiu as palavras.

 

- Quem pagou você pra me apagar e fingir que trans*mos? – perguntei com a câmera do celular ligada pra ela.

 

- Não sei o nome deles – ela passou a mão no cabelo – eu os conheci um dia na boate em que toco as vezes, eles me ofereceram dinheiro pra fingir que tinha trans*do com você – ela parecia estar dizendo a verdade – eles me mostraram a sua foto e me deram seu endereço, bati campainha e te pedi ajuda.

 

- O que tinha naquele lenço que colocou na boca dela? – Carol perguntou.

 

- Clorofórmio – ela disse com desdém – foi fácil pegar você. Depois que desmaiou, te levei pro seu quarto, tirei suas roupas e fui pra cozinha beber um vinho e preparar a cena, depois foi só deitar do seu lado e esperar o show – riu debochada.

 

- Qual o nome das pessoas que te contrataram? – Carol insistiu – quanto te deram?

 

- Eu não sou dedo duro patricinha – falou com deboche, Carol levantou da cadeira e foi até ela.

 

- Dedo duro não sei se você é, mas se não abrir essa boca linda – Ela fala com o rosto bem perto do da Jack – vai virar um ciclope agorinha – a mulher arregalou os olhos com a ameaça.

 

- Bruna – ela gritou - o nome dela – ela falou desesperada e com medo – o cara era um moreno alto, meio bombado – eu não podia acreditar no que ela estava me falando – só guardei o nome da menina porque dei uns beijos nela, é só isso que sei.

 

 

Cai na cadeira. Pedro e a Bruna realmente armaram pra me separar da Rafa. Carol ameaçou a mulher de novo caso ela falasse alguma coisa e a deixou ir embora. Agradecemos os rapazes pela ajuda e deixamos uma gorjeta generosa na caixinha deles. Carol estava empolgada falando sobre como era uma ótima atriz, eu estava decepcionada com tudo isso. Não me lembro quando eu e o Pedro ficamos tão distantes, quando crianças nós éramos tão amigos. Bruna estava com o casamento chegando, não entendia que amor doente era esse que ela sentia a ponto de fazer uma coisa dessas. Não estava com ânimo pra voltar pra empresa, mas a Letícia me ligou avisando que eu tinha uma reunião que não poderia ser adiada com os presidentes.

 

- O que faremos com essa gravação? – Carol perguntou quando paramos de frente pro prédio comercial.

 

- Manda no meu celular e deixa guardado no seu pra não ter o risco de perdemos – dei um beijo no seu rosto e fui em direção a empresa.

 

Estacionei o carro e fui em direção a minha sala. Passei pelo refeitório e vi Rafa sorrindo de alguma coisa que a Mariana falava. Não fui até elas, estava decepcionada demais e ainda ver aquela cena só ajudou a piorar ainda mais meu animo.

 

Decidi ir para a sala de reuniões pensar na vida. Rafa entrou com a mariana ao seu encalço. Elas ainda sorriam e ao me verem Rafa ficou sem graça. Apenas me limitei a olhar para as duas sem falar nada.

 

A reunião demorou duas horas, meu pai e meu tio passaram todo o levantamento dos anos que estavam à frente da Bacceli Motors, eles explicaram todo o funcionamento dos projetos ao longo das décadas. Contaram a história de como começaram até os dias de hoje. Eu adorava escutar aquela história, eu via o orgulho deles em ver o patrimônio que tinham construído juntos. Maurício soltava algumas piadas que logo eram cortadas pelo meu tio.

 

A Reunião terminou e me despedi de todos. Não fui atrás da Rafa e nem ela de mim, não ousei olhar em sua direção, primeiro eu iria resolver isso tudo com aqueles dois babacas e depois eu tentaria falar com ela.

 

Os dias passaram feitos tartarugas. Minha rotina era ir trabalhar e voltar pra casa chorar um pouco. Tentei falar com a Rafaela, mas escutei alguns comentários que ela estaria saindo com a Mariana. Naquele dia chorei mais que o normal. Eu havia perdido o amor da minha vida.

 

 

Carol e eu planejamos desmascarar a Bruna. No dia que marcamos a reunião com ela e o Maurício, recebemos a ligação do meu pai avisando que ela havia sido internada com suspeitas de aborto espontâneo. Eu não era crápula como ela, respeitaria esse momento deles, mas aguardaria o dia certo para jogar tudo em sua cara. Ela se recuperou bem. Havia voltado pra casa e já voltaria a rotina normal. Recebi notícias dela através do meu primo, que estava infeliz com a perda do filho.

 

Um dia antes de partimos para a fazenda para o casamento deles, meu pai e meu tio nos convocaram pra uma reunião extraordinária. Maurício resolveu continuar com os planos do casamento, mesmo com os acontecimentos recentes. Fui a primeira a chegar na sala de reuniões, me sentei na minha cadeira e logo a Bruna chegou também.

 

- Boa tarde meu bem-disse irônica. A pessoa passa uma situação ruim e ainda não aprende. Eu senti pena dela. – Que bom vê-la.

 

- Vê se me erra Bruna – disse mal-humorada – não tô com paciência pra você e suas graças e acho que não é um bom momento pra eu quebrar a sua cara.

 

- Nossa, quanta violência – falou com deboche - achei que você estaria mais sensível – ela veio chegando mais perto de mim – eu posso te ajudar a afogar suas mágoas, podemos fazer um amor gostoso pra relembrar os velhos tempos, o que acha ? – ela se inclinou pra me beijar e segurei seu braço com força me levantando.

 

- Escuta aqui sua vagabunda – meus olhos estavam vermelhos de ódio daquela mulher, ela olhou assustada com a minha reação – você acha que eu não sei o que você e aquele troglodita fizeram ? – eu apertava seu braço – eu só não acabo com a sua raça agora, porque você acabou de sair do hospital, porque se não..

 

- Larga ela Camila – Rafaela falou assim que entrou na sala e viu a cena – você tá machucando ela – ela veio até nós e retirou minha mão dos braços da Bruna.

 

- Fica longe de mim – gritei com fúria, Rafaela me olhou assustada – inferno – Bati na mesa com os punhos e me sentei. Antes que ela pudesse falar qualquer coisa meu pai entrou na sala.

 

Bruna sentou no seu lugar enquanto massageava os braços onde eu havia segurado, meu pai conversava com a Rafaela que de vez em quando me olhava confusa. Logo o resto do pessoal chegou à sala de reuniões. Mariana se sentou ao lado da Rafaela e seus olhos brilhavam quando olhavam em sua direção. Sorri amarga vendo aquela cena.

 

- Bem já que estão todos os diretores aqui, sentem-se – meu pai fez o gesto pra que nos sentássemos – eu não sou de enrolar então vamos direto ao assunto – meu tio entregou uma pasta para cada um de nós -   Emanoel e eu fizemos um levantamento com os funcionários e decidimos através daí escolher os novos presidentes dessa empresa – eu me mexi na cadeira, meu pai não havia me avisado que estava se aposentando.

 

- Quero comunicar a vocês que eu e seu tio iremos nos aposentar e de acordo com esse relatório apresentados a vocês, escolhemos você Camila como a presidente dessa empresa e a Rafaela assumirá a vice presidência ao seu lado – eu fiquei em choque, não conseguia pronunciar uma palavra  – mas temos uma condição – vendo que permanecemos calados eles prosseguiram – eu sempre acreditei que a família foi a base pra termos construído isso tudo, então como sei que vocês duas se amam e vão dirigir essa empresa muito bem juntas – deixou frisado o juntas – temos uma clausula na contrato – ele falou vitorioso - caso o namoro de vocês acabe antes do tempo determinado no contrato, vocês terão que passar a presidência para o Maurício e a Bruna.

 

- Que merd* de escolha foi essa? – Maurício esbravejou – não é nada com você Camila, mas como vocês escolhem a Rafaela pra ser a vice-presidente quando eu estou aqui dentro e sou o herdeiro também?

 

- Não escolhemos por laços familiares – meu tio falava calmo – foram os empregados da matriz e filiais que fizeram a votação e elegeram as duas para o cargo, o relatório está a sua frente, leia.

 

- Isso é um absurdo, vocês colocaram na mão de empregados o futuro da empresa? – ele estava enfurecido.

 

 

- O futuro dessa empresa sempre esteve nas mãos deles Maurício, ou você que fica na produção fazendo as peças? Ou nos escritórios organizando pilhas de papeladas? – meu tio disse firme e ele se calou – você nunca visita as fábricas, mau fala bom dia para os funcionários e queria que eles escolhessem você? – falou ríspido - Nós apenas administramos o que eles produzem, você deveria valorizar isso.

 

- Eu agradeço, Pai e tio pelo voto de confiança – interrompi a discussão deles - mas eu e a Rafa não... –  senti meus dedos serem apertados com tanta força que achei que iriam ser quebrados, não a vi se aproximar de mim pra isso.

 

- Nós aceitamos senhores Bacceli – Rafa sorriu pra eles - Eu e a Camila não temos palavras pra descrever o quanto estamos honradas por esse voto de confiança no nosso trabalho, queremos agradecer também a todos os diretores que acreditam que podemos dar continuidade a esse império que vocês dois construíram. Obrigada – eu não falei nada, apenas forcei o sorriso.

 

- Se ninguém não tem mais nenhuma objeção...- meu pai continuou.

 

- Mas elas não podem ser as presidentes, nem estão namorando – Bruna cortou a fala do meu pai que nos olhou interrogativo.

 

- Engano seu Bruna – Rafaela pegou minha mão – tivemos uma briga boba, mas já nos resolvemos – ela disse fuzilando a Bruna com os olhos – senhor sabe como é a fofoca aqui dentro, quem te informou esqueceu de te dizer isso – Mariana a olhou sem entender, na verdade nem eu estava entendendo muita coisa.

 

- Eu sei minha filha – meu pai riu – as paredes tem ouvidos e as vezes escutam muito errado, então estamos acertados.

 

O pessoal veio nos abraçar e desejar parabéns pela promoção. Bruna fechou a cara e Maurício no fim não se importou em perder a presidência. Rafaela sorria animada para as pessoas. Terminamos as felicitações e sai dali em disparada pra minha sala.

 

- Fica longe da Rafaela – Mariana segurou meu braço me virando em sua direção, antes que eu entrasse na minha sala.

 

- Quem você pensa que é pra me dizer o que devo ou não fazer? – perguntei desafiadoramente.

 

- Nós estamos namorando – ouvir aquilo fez meu coração errar a batida – eu não quero que você chegue perto dela, entendeu?

 

- Desculpa, mas não sei se você é surda ou não entendeu – debochei – mas acho que ela namora comigo – Mariana soltou meu braço e virou as costas me deixando sozinha rindo da sua cara. Respirei fundo e entrei na sala. Escutei a porta se fechando nas minhas costas.

 

- Tá doida Rafaela – eu falei ainda de costas pra ela – não estamos mais juntas, não podemos assumir a presidência.

 

- Eu sei – ela disse firme.

 

- Então porque fez isso? – eu não estava entendendo mais nada.

 

- Porque eu sei o quanto você ama essa empresa e vejo sua dedicação pra isso tudo funcionar direito – ela disse seria – não vai ser esse detalhe que vai impedir sua posse.

 

 -  Esse detalhe é muito importante, não podemos fazer isso – eu falava andando de um lado pro outro – não posso mentir assim pra eles, confiaram em mim.

 

- Você quer deixar essa empresa nas mãos do Maurício e da Bruna? – ela falava com firmeza e decisão – eles vão falir isso tudo em uma semana e já mentimos uma vez, não sei se você se lembra, mas tudo começou assim.

 

- Você não tinha namorada na época – falei amarga

- E não tenho agora – falou me olhando confusa.

 

- Não é o que eu fiquei sabendo – respondi.

 

- E o que ficou sabendo? – perguntou com curiosidade

 

- Que você namora a Mariana – falei contrariada.

 

- Quem te falou isso? – ela me perguntou surpresa.

 

- A própria mariana veio me dar esse brilhante noticia – debochei.

 

- Isso não é verdade – ela falou seria – ela não podia falar isso – sorri por dentro, meu coração disparou de felicidade.

 

- Isso não me importa agora, vamos falar da posse – disse confusa – Era tudo diferente antes quando fingiamos.

 

- Diferente porque Camila? Mentira é mentira.

 

- Porque antes eu não amava você – disparei – antes eu não te desejava assim, eu podia ficar perto de você sem querer te beijar – passei às mãos no cabelo – não consigo fazer isso.

 

- Podemos tentar – ela disse e eu olhei pra ela sem acreditar.

 

- Você quer tentar? – eu queria ver até onde ela conseguiria ‘’tentar’’ – então vamos tentar – me aproximei dela – me beija.

 

- O que? – ela assustou, mas se recompôs rápido – para de usar isso pra conseguir que te beije.

 

- Você não quer tentar? – disse decidida a provoca-la – vamos ficar quinze dias com minha família, eles vão querer ver um beijo pra provar que realmente estamos juntas, então vamos, me beija – senti meu coração pular no meu peito quando fui me aproximando dela. Meus lábios encostaram nós seus e percebi o quanto eu estava sentindo saudade deles. Ela entreabriu a boca permitindo um contato mais íntimo, senti seus braços envolverem meu pescoço. Minha língua enlaçou a sua e o beijo foi ficando cada vez mais selvagem. Ela mordia minha boca e eu apertava seu corpo junto ao meu, eu a queria e sabia que ela também me queria. A empurrei em direção a mesa e joguei tudo que estava lá em cima no chão. Coloquei ela sentada e me enfiei no meio das suas pernas. Subi sua saia sem interromper o nosso beijo. Afastei sua calcinha e sem muita cerimônia a penetrei com dois dedos, ela gem*u nos meus lábios. Suas mãos entraram na minha camisa e arranhavam minhas costas, ela rebol*va nos meus dedos e jogou sua cabeça pra trás, beijei e lambi seu pescoço como eu quis.

 

Ela me olhou e pude ver o desejo em seus olhos. Aumentei a velocidade dos meus dedos a penetrando cada vez mais fundo, senti minhas costas arderem pelo contato do suor com os arranhados que ela estava deixando na minha carne, não me importei. Senti seu corpo dar os primeiros espasmos do orgasmo que ela estava começando a sentir. Beijei sua boca para a abafar o som dos seus gemidos, a parede não permitia a dispersão do som, mas era melhor evitar. Ch*pei sua língua enquanto seu corpo relaxava nos meus braços. Permiti que sua respiração voltasse ao normal e subi ainda mais sua saia sob seu olhar safado, entendendo o que eu queria. Arranquei sua calcinha e afastei suas pernas o suficiente para contemplar seu sex* todo molhado me esperando. Avancei e ch*pei aquele ponto máximo de sua excitação. Ela segurava em meus cabelos e empurrava minha boca ainda mais em direção ao seu sex* entumecido de prazer. Enfiei meus dedos nela e continuei minha exploração em seu sex*. Ela gemia e pedia mais. Não demorou e seu corpo explodiu em uma onda de prazer, fiquei ali sugando até a última gota dela.

 

Me afastei o suficiente pra olha-la ali sentada na minha mesa, cansada e sexy após ter tido um orgasmo. Ela riu pervertida e saiu de cima da mesa. Fui em sua direção para beija-la e ela colocou a mão no meu peito.

 

- Não – ela disse se afastando arrumando suas roupas – não confunda o que houve aqui com uma reconciliação.

 

- Mas eu – eu estava confusa, ela correspondeu com ou mais desejo que eu – eu sinto tanto a sua falta Rafaela.

 

- Eu sinto a sua Camila, mas eu não posso mudar o que aconteceu – ela disse voltando a postura seria – você traiu a minha confiança e fez a única coisa que te pedi pra não fazer, você mentiu pra mim.

 

- Você não acredita em mim? – eu disse tão magoada.

 

- Infelizmente a situação não te favorece – escutamos batidas na porta – espera - ela terminou de organizar a sua roupa, retirou um desodorante da minha gaveta e jogou no ar – pode abrir.

 

Letícia entrou na sala e me passou os documentos que eu precisaria assinar para assumir a presidência da empresa, olhou disfarçadamente para os objetos no chão e não falou nada, disfarçou muito bem. Assim que ela saiu, Rafa veio até minha mesa e me ajudou a colocar as coisas em cima.

 

- Eu vou te provar que não te trai – disse olhando fixamente dentro dos seus olhos – e você vai ter que me pedir desculpas.

 

- Se estiver realmente certa, não terei problema em fazer isso – ela terminou e pegou uma caneta para assinar a parte dela – por enquanto o que aconteceu aqui não irá se repetir – virou as costas e me deixou ali. Ela até podia fingir que não sentia nada, mas seu corpo não metia, seu coração batia na mesma sintonia do meu e eu ainda a teria de volta.

 

 

Sábado chegou e o casamento também. O escritório não funcionária naquele fim de semana, todos os empregados haviam sido convidados para a cerimônia. Carol era a cerimonialista e teria que chegar mais cedo. Rafaela ficou pra ir junto com a mãe e a Mariana. Aquela lá grudou e não soltava mais. Pegamos a estrada não eram nem sete da manhã, o trânsito não estava pesado e não demoramos a chegar.

 

O lugar já estava cheio de pessoas carregando flores e cadeiras, Carol saltou do carro e foi em direção ao salão. Ela queria tudo como havia sido planejado, mesmo que fosse pra cobra da Bruna.

 

Deixei minhas coisas no meu quarto, muitos dos convidados ficariam em uma pousada que meu tio havia alugado para o casamento. Como eu não ajudaria em nada e só iria para o salão a tarde, resolvi tomar um banho de Rio. Pedi a um dos peões para selar um cavalo pra mim e cavalguei até um riacho que passava no fundo da fazenda vizinha a nossa. Tinha boas lembranças daquele lugar, minha infância toda eu brinquei naquele pedaço de terra com meus primos e não tínhamos preocupação com nada. Entrei na água e fiquei nadando por um tempo até sentir meu corpo cansado e apenas boiar olha do para o céu.

 

Já estava quase na hora de ir para o salão com as outras madrinhas quando cavalguei voltando para a fazenda. Entrei correndo para o quarto para não molhar o chão com a água que pingava do meu corpo. Tomei um banho quente e lavei meus cabelos para diminuir o trabalho que as cabeleiras teriam.  

 

Sai do banho e percebi que não tinha levado minha roupa para o banheiro, abri a porta e as vi dobradas em cima da cama. Segurei uma toalha em volta do corpo e fui em direção a elas e nem percebi que não estava mais sozinha no quarto, só me dei conta quando escutei a porta do quarto batendo.

 

- Puta que pariu – disse com a mão no peito assustada, deixando a toalha cair revelando minha nudes – quer me matar? – Falei percebendo que era a Rafaela.

 

 

- Eu.. – ela não completou o que iria dizer, ficou parada me olhando e só aí lembrei que estava nua – não queria te assustar – ela disse e seus olhos passearam pelo meu corpo. Senti um arrepio na espinha, conhecia aquele olhar de desejo que vinha dela - vou deixar você se trocar – disse sem tirar seus olhos de mim.

 

- Não precisa sair – disse fingindo indiferença com sua presença – vou me trocar no banheiro.

 

Caminhei lentamente até minhas roupas, sentia seus olhos no meu corpo e sorri por dentro, fiz o percurso até o banheiro na mesma velocidade, se ela gostava de me provocar eu faria ela provar do próprio veneno. Me vesti rápido e a encontrei sentada na cama com as pernas cruzadas me esperando.

 

- Vou ter que ficar aqui com você, teremos que dormir na mesma cama caso você deixe a porta destrancada ou então eu durmo no chão e a trancamos – ela tinha uma facilidade de resolver as coisas que me assustava as vezes – qual vai ser ? – ela voltou a perguntar vendo meu silêncio.

 

- Eu não gosto de dormir com a porta trancada – menti – é um hábito- não perderia a oportunidade de dormir junto com ela.

 

- Engraçado – ela falou com ironia – na sua casa você dorme com a porta trancada, hábito estranho esse agora, não acha?

 

- Não, não acho – falei seria, mas por dentro ria – mania que meus avós né ensinaram aqui, mas se você quiser posso dormir em outro quarto.

 

- Seria ótimo, aí vão perguntar porque duas namoradas que estão juntas a tanto tempo dormem separadas? Qual a resposta? – ela perguntou sarcástica.

 

- Você fala que eu ronco – ri da cara que ela fez, sabia que ela estava perdendo a paciência.

 

- Menos Camila – ela levantou e colocou a mala na cama – dormirei aqui, e espero que você me respeite como sempre respeitou – sorri e me aproximei dela.

 

- Sua namorada não deve estar nada feliz – zombei e ela virou os olhos.

 

- Não começa com essa história – falou já retirando suas coisas da mala – e vê se não fica me assediando – sorri e me aproximei dela, que ficou estática.

 

- O seu desejo – falei encostando meus lábios no seu ouvido – é uma ordem – vi os pelos dos seus braços arrepiarem, sorri de canto ao ver seu corpo reagir a minha provocação. Sai do quarto a procura da Carolina.

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá Amoras.

 

Me perdoem o sumiço esses ultimos dias, estou mexendo com obra e ta tudo muito corrido. Prometo tentar postar o mais rapido possive. Não desistam de mim.

 

 

Boa leitura.

 

Bjokas


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Comentários para 9 - Capitulo 9:
rhina
rhina

Em: 09/06/2020

 

Oi

Boa noite

Caracas....este foi como?????

Cheio de tretas

Rhina


Resposta do autor:

Oi Rhina. Bom dia!

 

Que bom que voce esta gostando e comentando, isso me deixa bem animada, boa leitura.

 

 

 

Bjokas.

Responder

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jaiflores
jaiflores

Em: 24/05/2020

Gente, tenho esse auto controle não. To adorando a história! 


Resposta do autor:

Olá Jaiflores.

 

Obrigada pelo comentario e por estar lendo, fico feliz que esteja gostando.

 

Boa leitura!

 

 

Bjokas.

Responder

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bicaf
bicaf

Em: 05/05/2020

KkkÄ·kk, quero ver quanto tempo é que a Rafaela vai conseguir resistir. Não passa dessa noite. Vão partir a cama daquele quarto e vão ter de dormir as duas no chão kkkkk. Beijo. 


Resposta do autor:

Oi Bicaf.

 

 

kkkkkkkkkk Adorei seu comentario. Essas duas sao fogo kkk

 

Boa leitura.

 

Bjokas

Responder

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Brescia
Brescia

Em: 03/05/2020

         Boa noite mocinha.

 

A Cami sendo injustiçada, eu seu que a Rafa tem razão de ficar magoada pela cena que viu, mas poderia dar um voto de confiança para Cami, ela sabendo do que a Bruna é capaz, deveria escutar a Cami.

 

        Baci piccola.


Resposta do autor:

Oi Baci.

 

Nossa, mas era uma situação muito complicada. Se fosse eu no lugar da Rafaela tinha pagado de doida ali mesmo kkkk, sou escorpiana aí o peteco é grande. 

Mas tudo se resolve com o tempo, nenhuma mentira fica escondida por muito tempo.

 

Boa leitura

 

 

Bjokas

Responder

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Aurelia
Aurelia

Em: 02/05/2020

Eita que o peteco foi grande dessa vez, Rafaela está me decepcionando pq se essa Marina está dizendo que elas são namoradas é pq ela está dando abertura e ainda fica levando ela para os lugares. Sendo a Camila eu mostrava a verdade e ainda fazia a Rafaela cortar um dobrado pelo pedido de desculpa, tenho um problema sério com de a pessoa pedir  desculpas e achar que está tudo resolvido. Cobrar confiança e não confiar também é foda. Num demora não mulher, já estava aqui agoniada esperando essa atualização. Abraços 


Resposta do autor:

Ola Aurélia.

 

Mariana estava criando coisas na cabeça, graças a Deus tudo foi resolvido. Você é das minhas kkkkkk

 

 

OObrigada por ler.

 

 

BBjokas.

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 01/05/2020

Eita barril.


Resposta do autor:

Oiê Marta.

 

Eita lasqueira ok

 

Bjokas

 

Responder

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josi08
josi08

Em: 01/05/2020

No Review

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