- Estava me esperando pra te ensaboar? – ela disse mordendo minha orelha.

 

- Estava te esperando pra passar o sabonete líquido em mim – respondi com um fio de voz.

 

- Seu desejo é uma ordem – ela pegou o líquido do tubo e colocou nas mãos. Deslizou o sabonete pelos meus seios e barriga. Ela beijava minha nuca e arranhava minha pele. Meu corpo já estava pegando fogo por ela – você é uma tentação garota – ela me empurrou contra a parede fria e me fez levantar uma perna. Senti seus dedos me penetrando sem nenhuma delicadeza. Seus movimentos ágeis e experientes estavam me levando ao delírio. Ela me estimulava com palavras no meu ouvido e eu pude perceber o quão excitada ela estava, só por estar me comendo.

 

- Ai...amor – gemi de prazer.

 

- Você é gostosa demais Camila – ela falava no meu ouvido com a voz rouca – goz* pra mim amor, vai... goz* nos meus dedos – ela aumentou a velocidade das estocadas, à medida que eu aumentava meus gemidos. Sua boca sugava meu pescoço e sua outra mão estava firme no meu abdômen me segurando forte.

 

- Eu vou.. eu vou – eu não conseguia concluir minha frase – vai... Assim amor – meu corpo tremeu e senti minhas pernas fraquejarem, eu estava em êxtase com aquele turbilhão de sensações que ela me provocava. G*zei demoradamente em seus dedos. Ela sorria satisfeita e me segurava junto ao seu corpo para que eu não caísse.

 

- Puta que pariu Rafaela – ela me virou pra ela sorrindo com meu comentário – você ainda me mata.

 

- Só se for de prazer – ela se ajoelhou com o sorriso malicioso ainda na face – vou terminar o que eu comecei.

 

Ela me ch*pou até meu corpo não aguentar mais as ondas de prazer que ela me proporcionava e goz*r novamente em sua boca. Saímos do banho apenas para cairmos na cama e continuarmos o que começamos no banheiro. Nem me lembro que horas fomos dormir, depois de saciáramos nossos corpos e cairmos exaustas pelos orgasmos que tivemos.

 

Acordei com o celular da Rafa vibrando no criado mudo, olhei na tela e era o telefone da mãe dela, a acordei delicadamente pra que ela não assustasse e fui para o banho.

 

- Minha mãe está nos esperando pro almoço – ela disse assim que sai do banheiro secando os cabelos – falei que vamos levar dois convidados.

 

- Tem que ver se eles vão querer ir – disse indo até ela e lhe dando um beijo – Bom dia meu amor.

 

- Bom dia meu amor – ela disse e me deu outro beijo – vou ver com eles.

 

- Cuidado ao abrir a porta pra, duas rolas não pularem na sua cara – disse fazendo cara de nojo, ela riu.

 

- Existe telefone hoje em dia meu amor – ela me mostrou o aparelho – é só fazer uma ligação que tudo estará resolvido.

 

Fiquei olhando-a ligar pro Lucas que estava a duas paredes de nós. Eles conversavam enquanto eu terminava de me vestir. Saímos de casa rumo a casa da Rafa. Já passava do meio dia, não sei como, mas ela havia convencido os meninos a irem conosco. Resolvi chamar a Carol e o Iam, assim a festa estaria completa.

 

- Bom dia minha querida – falei assim que ela atendeu.

 

- Bom dia é o caralh* Camila – ela fingiu estar brava e rimos.

 

- Vixe, não deu ontem não? – escutei sua gargalhada.

 

- Vai se ferrar Camila – ela respondeu rindo – que foi?

 

- Vem almoçar conosco, os meninos também estão aqui – olhei pra eles que conversavam animados – chama o Ian.

 

- Deixa eu perguntar ele, aguarde na linda que já iremos transferir a sua ligação – ela falou com aquelas vozes formais de atendente de telemarketing – nos iremos, mande a localixção.

 

- Fechado, até agorinha – desliguei a ligação – Vamos então – os chamei pra irmos.

 

No caminho, Rafa avisou a mãe que levaríamos alguns amigos. Passamos no mercado pra comprar algumas coisas que ela pediu. Fiquei olhando o Lucas e o Daniel interagindo no mercado, meu primo parecia bem à vontade com o rapaz. Rafa estava escolhendo algumas verduras e um expositor. Eu não me cansava de admirar essa mulher.

 

Dona Inês sempre muito simpática nós recebeu feliz e sorridente. Carol se juntou a nós e passamos a tarde toda lá conversando potocas. Ficamos sabendo que Inês estava namorando, Rafa a interrogou o quanto pode pra descobrir quem era, mas ela é escorregadia e esperta igual a filha. Me despedi da Rafa pra ir embora, já eram quase nove da noite. fomos pra casa sobe os protestos da Inês para que ficássemos mais.

 

- Tem certeza que não quer ficar mais? – ela me mandou uma mensagem no app.

 

- Eu quero sempre ficar mais com você – respondi – mas, acho que sua mae quer ficar um pouco com a filha dela.

 

- Tudo bem, Boa noite amor – ela me mandou – assim que chegar me liga.

 

- tá certo moça. Te amo – mandei apaixonada.

 

- Te amo – ela respondeu.

 

Fiquei olhando igual uma tapada a tela do celular. Ela me fazia um bem danado. Carol estacionou o carro e subimos exaustas para o apartamento.

 

- Que fim de semana Hem irmã – Carol disse assim que chegamos, se jogando no sofá – meu Deus.

 

- Você tá com cara que não dormiu – eu disse zombando-a – deve ter dado muito.

 

- Dei mesmo – ela disse empolgada – um homem daquele não se acha todo dia, você tá falando, mais deve tá até assada – não aguentei e gargalhei.

 

- Uma mulher como a Rafaela não se acha todo dia – falei rindo.

 

- Terei que concordar – ela respondeu – aliás, que que foi aquilo do Pedro? – ela se sentou e me sentei na cadeira a sua frente.

 

- Ele dava dando em cima dela descaradamente – falei revoltada – e não fez questão alguma irmã de esconder.

 

- Percebi, até o Ian que é amigo dele comentou.

 

- E pra completar – falei ainda mais indignada – ele veio me falar que mulheres como ela não ficam com pessoas como eu.

 

- Aquele idiota falou isso? – Carol levantou enfurecida – eu vou matar aquele pau na beira.

 

- Calma que tem mais – ela me olhou – ele falou que ‘’pega’’ ela fácil, queria ate apostar.

 

- E você? – perguntou curiosa – falou o que?

 

- Fiquei brava oras – falei zangada – ele se acha o gostoso.

 

- Ele é gostoso.

 

- Carol – gritei e ela deu de ombro – ta do lado errado?

 

- Calma irmã, só to confirmando um fato – ela riu safada – contou pra Rafa?

 

- Contei e ela disse que eu não a perco pra ninguém – falei confiante – eu amo aquela mulher.

 

- Visivelmente – Carol falou – que noite meus amigos, que noite – ela levantou – vou tomar um banho pra dormir.

 

- Vai descansar – falei dando um beijo no rosto dela.

 

- Ah – ela se virou pra mim já perto da porta – fica esperta com a ch*pa uber, ela vai aprontar.

 

- Carol você não existe – ri do apelido que ela deu pra Bruna – pode deixar.

 

Fui pro quarto tomar um banho pra relaxar meu corpo. O cheiro da Rafa estava por aquele cômodo todo. Escutei Carol cantando no chuveiro, ruim demais, mais não contem pra ela. Ela saiu do banho e veio até meu quarto pra contar alguma fofoca que lembrou, era sempre assim. Conversei mais um pouco com minha irmã e ela foi pro seu quarto. Tomei meu banho e deitei na cama, senti o cheiro da Rafa nos lençóis. Peguei o telefone e liguei pra ela.

 

- Oi – eu adorava o som da sua voz.

 

- Oi meu amor, desculpa não ter ligado antes – me desculpei – estava falando com a Carol.

 

- Tudo bem – escutei ela mexer na cama – já está deitada.

 

- Já sim, só esperando meu amor pra vir dormir comigo – ela sorriu do outro lado. Fiquei conversando mais um pouco com ela e desligamos. Teríamos que acordar cedo no outro dia e ela precisava descansar.

 

Como toda segunda-feira de lei, eu estava atrasada procurando minhas chaves novamente. Eu xinguei, chutei um móvel e elas estava bem guardadinhas dentro da minha pasta. Carol acordou cedo e disse que também iria sair. Ela estava cuidando dos detalhes do casamento do ano.

 

Cheguei na empresa e fui direto pra sala da Rafa matar a saudade que eu estava sentindo. Ela estava sentada lendo uns papéis e vou confessar pra vocês, meu fetiche era ch*pa- lá naquela mesa organizada que ela tinha, vestida com aquela roupa e de óculos como ela estava agora. Ela me olhou, como que se estivesse lendo meus pensamentos, sorriu safada.

 

- Nem pense nisso moça – ela disse cortando meu barato – hoje é dia de visitar alguns fornecedores e ver como andam as produções – me sentei a sua frente – seu primo chegou?

 

- Não sei – dei de ombro – vim direto pra sua sala.

 

- Porque chegou arrasada? – ela disse colocando os óculos na mesa.

 

- Coloca – falei e ela ficou sem entender – coloca os óculos de novo, você fica sexy demais.

 

- Gosta do que vê? – ela perguntou colando os óculos lentamente de forma sensual.

 

- Vou trancar a porta – falei babando por ela.

 

- Você não tem jeito mesmo – ela sorriu.

 

- Perfeita – eu elogiei – perdi minhas chaves – falei já esperando a bronca.

 

- De novo? – ela perguntou incrédula.

 

- Ela foge de mim – fiz cara de inocente – te juro.

 

- Para de jurar em falso Camila – ela disse seria – arruma um lugar pra por sempre que chegar, assim elas não vão “fugir de você “.

 

- Engraçadinha – respondi e ela riu – vamos atrás do Maurício pra podermos ir logo.

 

- Vamos, mas antes – ela disse retirando um envelope da gaveta – nossos convites de madrinha chegaram – ela me entregou e abri. Dentro tinha a foto do Maurício e da Bruna sorridentes em um campo de girassóis com a data do casamento e o convite para ser madrinha. Percebi outra folha junto e abri.

 

- Achei que iríamos entrar juntas – disse confusa ao ver meu nome junto com o do Lucas no itinerante – você vai entrar com quem?

 

- Pedro – ela disse fazendo uma careta.

 

- O queeee ?- eu disse incrédula, aquela safada tinha feito isso – Bruna me paga.

 

- Relaxa amor – ela disse tranquila – é só entrar na igreja, eu não vou me casar com ele.

 

- Mas ele não vai perder a oportunidade de dar em cima de você – eu estava enfurecida só de pensar naquele babaca perto da Rafaela – todo cheio de mãos pro seu lado.

 

- Também não é assim – ela falou tranquila.

 

- Você não viu como ele quase te comeu com os olhos na boate? – eu andava de um lado pro outro.

 

-Ele pode comer com os olhos o quanto ele quiser – ela disse e olhei enfurecida pra ela que riu cínica – mas quem come de fato é você.

 

- Garota, não me provoca – falei me esquecendo porque estava tão brava – você consegue me tirar do sério.

 

- Camila, calma – ela veio até mim e pegou na minha mão – o que eu tenho que fazer pra você entender que não existe ninguém no mundo que me interesse a não ser você ? – ela me fez olhar pra ela e eu não tive como fugir daquele olhar – eu amo você Camila, entende isso – ela falava e seus olhos me confirmavam – eu quero só você – a abracei e ela retribuiu, ficamos assim um tempo e logo ela tomou a sua postura novamente.

 

- Estamos bem? – ela perguntou antes de voltar pro seu lugar?

 

- Estamos – lhe sorri.

 

Saímos da sua sala em direção a sala do Maurício, não havia ninguém no seu escritório. Liguei pro seu celular e deu direto na caixa. Não tínhamos como esperar sua chegada e resolvemos cumprir os compromissos sem sua presença. Rafa fez todos os relatórios e deixou tudo muito bem explicado para que meu primo apenas assinasse.

 

Eu estava terminando de revisar um contrato, quando meu pai entrou na minha sala. Esperei ele se sentar. Parecia um pouco pensativo. Ele colocou algumas folhas em cima da mesa.

 

- O que é isso? – perguntei olhando os papeis – são os balanços financeiros? – ele fez que sim – porque o senhor imprimiu isso?

 

- Porque eu estava suspeitando de fraude – ele disse preocupado – tem alguém desviando dinheiro da empresa – tomei um choque quando meu pai disse isso – não quero acusar ninguém, mas sabemos quem é o diretor.

 

- Mostrou pro meu tio? – perguntei analisando cada folha – pai, é muita coisa – falei surpresa.

 

- Sim Camila, eu não sei como falar isso pro Emanoel sem acusar o filho dele – meu pai estava aflito – mas não posso deixar passar.

 

- Isso é muito sério – falei colocando os papeis na mesa – vamos fazer assim, vou chamar a Rafaela e vamos analisar esses dados – ele pareceu mais tranquilo – faremos um relatório e apresentamos para todo o corpo administrativo.

 

- Isso irá adiantar? – ele perguntou.

 

- Se ele for culpado pai, ele vai se entregar sem precisarmos fazer muito esforço – falei sabendo que meu primo não aguentava pressão.

 

 

Faltava poucos dias para o casamento. Eu estava deitada no sofá do escritório e fiquei pensando em tudo que tinha acontecido naqueles quase um ano no meu relacionamento com a Bruna e agora com a Rafa, na minha mudança de postura diante de tudo que estava acontecendo e eu devia isso a ajuda da Carol. Todo mal vem pra algum aprendizado e toda a mágoa que senti da Bruna estava sendo preenchido pelo amor que eu sentia pela Rafaela, eu estava completa e feliz com ela.  

 

Passamos a analisar todos os balanços anuais. Rafaela era muito competente e logo identificou aonde estava acontecendo o rombo. Mauricio andava pela empresa alheio a investigação interna que nós estávamos fazendo no setor dele. Tivemos que contratar uma fiscal para nos ajudar a arrumar toda a bagunça que tinha sido formada por aquele ato indisciplinar.

 

- Ela já deve estar chegando meninas – meu pai falou sentado em sua cadeira na sala de reuniões – escutamos batidas na porta. Ele caminhou até lá e a abriu– entre Mariana.

 

Meu pai deu passagem pra uma mulher morena entrar na sala. Ela parecia ter uns trinta e poucos anos. Estava vestida com um terninho azul escuro muito bem alinhado. Seu corpo era bem desenhado, provavelmente ela praticava algum tipo de esporte, porque suas pernas eram bem torneadas e definidas. Ela era uma mulher muito bonita e atraente, um prato cheio pro Maurício dar em cima. Ela entrou e sorriu pra nos.

 

- Bom dia a todos – ela saudou simpática – Me chamo Mariana Ribeiro e sou analista financeira.

 

- Mariana ira nos ajudar nessa tarefa – meu pai falou – nós já conversamos e ela terá descrição total sobre esse caso. Mariana a Luísa não vira?

 

- Luísa teve um imprevisto, mas acredito que a tarde ela estará conosco.

 

- Luísa é a programadora que havia comentado com você Camila – fiz que sim com a cabeça. A mulher me olhou e depois olhou pra Rafaela ao meu lado. Se tem uma coisa que eu me orgulho em mim é o meu sexto sentido, esse não falha nunca. Percebi que seu sorriso aumentou mais um pouco quando ela olhou discretamente pra nossas mãos.

 

- Ótimo – meu pai disse animado – iniciaremos então.

 

- Rafa tem todos os detalhes – falei e ela se levantou. Entregou os relatórios para a mulher que sorriu pra ela e pro meu pai. Ela começou a explicar pra eles os itens que continham ali e vi que a Mariana estava a olhando de cima em baixo, senti um incomodo e um alerta. Mariana disse que tinha uma duvida em um item e a Rafa se inclinou pra explicar pra ela, vi que a mulher deu um sorriso discretamente.

 

- Excelente – ela falou e sorriu novamente pra Rafaela – já posso começar com esses dados que me apresentaram.

 

- Que bom – meu pai falou levantando-se – bom trabalho então, e qualquer coisa as meninas estão aqui pra te ajudar.

 

- Deixaremos você trabalhar em paz – falei já querendo sair o mais rápido possível dali – vamos rafa?

 

- Na verdade – a mulher começou a falar – a eu queria a ajuda da senhorita Santiago, se não for atrapalhar é claro.

 

- Posso ajudar sim – rafa respondeu prontamente e a Mariana sorriu animada – o que precisa?

 

Não era impressão minha. Sabemos quando alguém tem interesse por outra pessoa. Mariana ficou olhando pra Rafa de uma forma diferente, pode ser ciúmes da minha parte? pode, mas eu não tive tanto receio com o Pedro, como estava tendo agora com aquela mulher.

 

Rafa passou a semana inteira ajudando-a a recuperar o financeiro da empresa. Maurício estava tão alheio a tudo, que nem fez questão de descobrir quem era aquela mulher. Bruna não gostou muito de ser mandada por ela. Rafa me falava dela animada com seu profissionalismo, eu escutava atenta tentando ver se tinha sinal de alguma outra coisa, mas ela sempre me falava pra tirar essas ideias da cabeça, que tudo era apenas admiração pelo trabalho.

 

- Que gata é essa mulher prima – Mauricio me disse um dia em que estávamos tomando café na cantina – está de parabéns.

 

- Você achou? – falei com desdém – não achei isso tudo – menti.

 

- Você tem a Rafaela, não precisa achar mesmo não – ele falou encarando a mulher – deixa que eu acho.

 

Rafa entrou na cantina e veio até nós. Mauricio disse que precisava conversar alguns detalhes do casamento com a Bruna e se retirou deixando nos duas sozinhas.

 

- Podíamos chamar a Mariana pra sentar com a gente – ela falou olhando pra mulher que tomava café tranquilamente – ela está comendo sozinha.

 

- As vezes ela quer ficar sozinha – falei com desdém e ela me olhou – o que? Se quiser ir, pode sentar com ela então – falei azeda.

 

- Que isso Camila? – ela me perguntou sem entender. Mariana levantou e caminhou ate o lixo pra jogar os restos no cesto, passou por nos e deu um sorriso na nossa direção.

 

- Te espero na sala de reuniões, Rafa – disse e saiu dali.

 

- Quanta intimidade, Rafa – falei frisando o Rafa – o que aconteceu com o senhorita Santiago?

 

- Não começa Camila – ela disse sem paciência – eu que falei que ela poderia me chamar assim.

 

- Ta certo – falei brava – todo mundo da empresa te trata formal, mas a mulher que chegou agora e que dá em Cima de você pode te tratar com intimidade?!

 

- Já disse que é coisa da sua cabeça – ela falou se levantando – ta imaginando coisas.

 

- Você está certa – falei com ironia e ela revirou os olhos – não demora, a dona intimidade esta te esperando – ela bufou de raiva e saiu me deixando ali sozinha.

 

- Cuidado Camila, rafa odeia injustiça – Inês me falou recolhendo os copos das mesas – não seja injusta com ela.

 

Ajudei a Inês a arrumar a cozinha. Fiquei pensando no que ela me falou. Eu não queria deixar os ciúmes tomar conta de mim a ponto de me deixar irracional. Conversei mais um pouco com ela e subi sentindo a minha sala. No caminho decidi comprar um chocolate pra dar pra ela em forma de um pedido de desculpas. Voltei pra empresa e fui pra sala de reuniões.

 

Abri a porta pra poder entregar o presente da Rafa e vi a Mariana segurando sua mão em cima da mesa. Elas estava muito perto uma da outra e quando escutaram o barulho Mariana se afastou bruscamente. Senti a raiva subindo meu corpo. Eu não podia acreditar no que tinha visto. E se eu não tivesse entrado o que teria acontecido? Senti vontade de partir pra cima daquela mulher, mas eu estava dentro da empresa da minha família.

 

- Camila – Rafa falou vindo em minha direção, fiz sinal pra ela parar.

 

- Não queria atrapalhar o trabalho – frisei o trabalho – só vim deixar isso pra você – me virei e sai da sala deixando as duas lá. Entrei no escritório e fiquei andando de um lado pro outro nervosa.

 

 

- Eu sabia, eu sabia – falei pra mim mesma – aquela mulher está dando em cima da Rafaela o tempo todo embaixo do meu nariz – escutei a porta abrindo e parei.

 

Fim do capítulo