Laços
- Papaiii - Laurinha gritou.
- Dylan.
Hannah ainda manteve a voz vidrada e só saiu do transe quando sua filha saiu do colo da avó e correu em direção ao homem que pelo visto era seu pai. Fiquei de queixo caído e acho que todos também. Não sei se pelos mesmos motivos. Ele era, digamos, másculo. Tinha um corpo visualmente atlético e um certo charme, apesar de eu ter achado sua beleza comum.
Como Hannah, linda de morrer, foi capaz de fazer uma filha linda com esse cara? Certamente que Ana ela não puxou o pai.
Com exceção de mim, as pessoas não se encontravam muito felizes com aquela chegada, principalmente quando viram abraçando a filha amorosamente e a rodando no ar. Ajudei Hannah com os cacos de vidro e a indiferença com a qual me tratou mais cedo pareceu ter sido esquecida. Por breves segundos nos encaramos e seus olhos tinham certa escuridão.
- Ai estão vocês - Ele estava com Aninha no colo e sorriu simpático para todos.
- O que faz aqui, Dylan?
Samantha estava de braços cruzados e com uma expressão dura no rosto.
- Sam.. - Hannah a repreendeu.
- Não tem problema, Hannah. - Ele não havia se abalado - Estou aqui para ver a minha princesa, afinal de contas, ela também é minha filha.
Frisou bem a palavra minha.
- Deveria ter avisado que viria. Não estávamos te esperando - Dona Laura falou pausadamente.
- Eu quis fazer uma surpresa.
- Uma negativa. - Pedro recebeu uma cotovelada de Leo.
- Na verdade a surpresa é para a minha princesa - Falou se virando para a filha no colo - Papai vai ficar na cidade.
Ela abriu um grande sorriso batendo as mãozinhas em felicidade.
- Não pode estar falando sério - Sam manifestou.
- Por que não falaria?
- Preciso te lembrar do por quê? Seu..
- Samantha - Dona Laura a encarou seriamente.
- Não acha melhor conversarmos a sós? Tem gente demais por aqui - Falou olhando as pessoas ao redor e me encarou por mais segundos do que eu gostaria.
A simpatia era notoriamente falsa e não fazia match com sua expressão corporal naquele momento. Mal o conhecia e já tinha algo nele que não me agradava. Talvez fosse aquele cabelo raspado na máquina 2 ou aquela barba por fazer que deve atrapalhar fazer oral ou quem sabe por ser pai daquela coisinha linda e por ter ciência de que em algum momento Hannah foi dele. Era o que mais me dava um leve desconforto. Como sentir ciúmes de algo que até então nunca me pertenceu? Não nos pertencemos... ainda.
- Não temos nada para conversar.
- Está dizendo que nossa filha não é nada?
Essa fala pareceu ter quebrado ela, porque ficou em silêncio encarando ele por alguns momentos e soltou um suspiro resiliente.
- Ok, vamos para a sala.
- Hannah...tem certeza? - Sam parecia preocupada.
- Deixa ela filha. - A mãe colocou a mão em seu ombro calmamente - Vamos estar aqui fora caso precise de alguma coisa.
Hannah concordou silenciosamente enquanto o outro descia com a filha do colo.
- Não papai - Ela faz um biquinho estendendo os braços. Era visível o fascínio que a criança nutria por ele.
- Já venho. Vou conversar com a mamãe.
Aninha não parecia convencida e começou a mexer os beiçinhos como quem ia chorar.
- Vamos brincar no parquinho enquanto isso - Agachei em sua frente - Logo eles voltam.
A pequena gostou da ideia e passou os bracinhos pelo meu pescoço querendo colo. Assim que a peguei, encostou a cabeçinha no meu ombro e acariciou algumas mexas do meu cabelo em um claro sinal de que logo iria dormir. Trouxe seu corpinho para mais perto de mim e fui caminhar pela propriedade.
Passando por uma grande Janela aberta, ouvi as vozes de Hannah e do ex. Felizmente a cortina cobria a visão de ambos os lados.
- Por que voltou, sério? Sabemos muito bem que não é apenas por causa da Laurinha. - A voz dela soava impaciente.
- Eu cansei de ficar longe, quero a minha família de volta.
Gelei e senti minhas mãos trazendo mais de Aninha para o meu peito.
- Nós nunca fomos uma família nem nunca seríamos. Nem namorávamos mais quando Ana aconteceu.
- Para você não, mas para mim, eu não tinha deixado de namorar você. Sempre fui louco por você, Hannah e ainda sou. Vamos esquecer o passado e recomeçar do zero. Nossa filha ainda é pequena.
- Você nunca entendeu, não é? Nem agora e nem quando terminamos.
- Entendi o que? Aqueles seus motivos?
- Não são motivos. É o que eu sou.
Eu fechei olhos para me concentrar melhor no que ouvia e sentia que minha testa estava completamente enrugada em modo de concentração.
- Até quando você vai continuar insistindo nisso? Tentando me enganar?
- É você que está se enganando.
- Pois você parecia gostar muito bem do meu "engano", principalmente quando ele estava dentro de você.
Era sério aquilo? Fiz uma cara de nojo e por pouco não vomitei o vinho. Me segurei tentando acalmar as emoções. Para começar não era nem para eu estar ali. A conversa só dizia respeito a eles. Preferi me convencer de que estava ali apenas em caso de Hannah precisar de proteção.
- Eu não preciso ficar ouvindo isso. Você claramente já mostrou que continua o mesmo. Eu não tenho que ficar lhe dando satisfações.
- Eu sei, eu sei, desculpe. Podemos tentar dar um jeito nisso e voltar a ser uma família. A Ana precisa do pai perto, ela precisa dos pais juntos.
- A Ana precisa de amor e de suporte da família, principalmente dos pais. Se quer estar próximo, apenas esteja, mas por ela. Não pense que isso nos torna um casal porque não acontecerá. A nossa história já acabou há muito tempo.
Um silêncio se fez dentro da sala e cheguei a pensar que a conversa tivesse se encerrado. Disfarçadamente tentei afastar um pouco da cortina e ver o que acontecia. Pela brecha pude ver que Dylan andava de um lado para o outro com as mãos na cabeça e Hannah se mantinha séria, mas atenta aos seus movimentos.
- É aquela loira lá fora? - Ele parou de repente e meus olhos arregalaram. Será que havia me visto?
- O que? Do que está falando?
- Da mulher lá fora. Pensa que não reparei?
- Reparou errado então, porque não há nada.
- Eu espero que não - Ele falou se aproximando dela e senti calafrios - porque ela é muito bonita para ser como você. Seria mais um enorme desperdício.
- Você está louco? Olha o que está saindo da sua boca.
- Prefiro ser louco mesmo, porque se for verdade, serei obrigado a dar um trato nela também como fiz com você, mas pelo visto não foi o suficiente, já que você continua com estas ideias.
Ele já estava atrás de Hannah, mais próximo dela do que eu gostaria e falando em seu ouvido. Um leão rugia dentro de mim, querendo voar no pescoço daquele sem noção. Aninha se mexeu nos meus braços e torci para que não acordasse. Comecei a realmente temer pela segurança dela.
- Não ouse tocar nela ou eu...
- Ou você vai o que? Denunciar pra polícia? EU sou a polícia e você sabe disso. Não preciso te lembrar quem é meu pai, ou preciso?
Hannah se manteve em silêncio, segurando um choro de raiva e impotência.
- Vai embora - Ela disse com a voz mais controlada que pôde. - Você não tem o direito de vir na minha casa e fazer ameaças.
- Não é ameaça, é apenas um aviso - Ele falou passando aquela mão peluda no braço dela.
Não aguentei mais ficar de expectadora, já estava me sufocando. Andei silenciosamente e evitando barulhos. Virei a casa e tomei um susto quando vi Pedro espirando na janela seguinte.
- Ai bicha, você quase me mata de susto. - Ele sussurrou com a mão no peito.
- Você não tem vergonha de ficar espiando os outros? - Falei na cara de pau.
- E você muito menos né. Pensa que não te vi na janela ao lado?- Fiz uma cara assustada, será que eles tinham me visto também?- Fica tranquila, eles não te viram, senão aquele macho escroto teria dado um show.
- Menos mal.
- Vamos voltar antes que eles percebam nossa ausência. - Ele disse e concordei.
Seguimos lado a lado em silêncio. Meus questionamentos quase se fazendo ouvidos dentro de mim. Diversos trechos martelavam na minha mente, criando as mais tenebrosas conclusões e eu gostaria muito de estar errada.
- Tudo bem? Você tá com uma cara estranha.
- Só estou tentando digerir as informações.
- Desce melhor com vinho - Ele falou quando alcançamos a cozinha.
Dona Laura e Leo ainda tentavam acalmar uma versão hardcore de Sam e ninguém podia culpá-la, não depois de tudo o que ouvi. Entreguei Laura para a avó e felizmente ela não acordou. Pelas nossas caras, elas deviam suspeitar que havíamos espreitado em algum canto da casa.
- O que está acontecendo lá dentro? - Sam tomou coragem de fazer a pergunta.
- Toma, bebe um vinho pra acalmar - Pedro estendeu-lhe uma taça.
- Mais fácil eu ficar bêbada do que me acalmar - Respondeu com um humor melhor.
- Viu? Já está mais calma - Pedro a abraçou e deu uma leve bagunçada nos cabelos.
Pouco tempo depois Hannah apareceu com Dylan logo atrás. Ela estava com a cara amarrada, mas ele parecia satisfeito, quiçá, feliz. Virou-se pra mim, me fazendo uma nítida análise visual e Hannah se mostrou um pouco constrangida. Apesar do ódio que havia me tomado, eu procurei demonstrar indiferença quanto ao seu olhar.
- Ainda não tivemos a oportunidade de ser devidamente apresentados. - Ele tentou me dar um sorriso charmoso, que eu não correspondi. - Sou Dylan, pai da Ana, como pôde perceber.
Ele estendeu a mão e aceitei por educação.
- Sou Alisson.
- É a nova namorada da minha ex-esposa?
O tom que ele usou não me agradou nem um pouquinho. Meu ego adoraria confirmar só para ver sua cara desmanchando de raiva, entretanto, em razão de toda a conversa anterior, não era o correto e muito menos seguro a se fazer. Deveria manter a mente fria.
- Não, sou amiga do Pedro, acabei de chegar na cidade.
O que não era mentira. Olhei para Hannah e ela me retornava o olhar com certo alívio.
- Seja bem-vinda. Espero que você e seu marido tenham uma boa estadia.
Sério que ele soltou essa? Vergonha alheia me definia.
- Obrigada.
Era melhor não me alongar muito nesse assunto esquisito. Ele respondeu com um sorriso, fez um carinho em Aninha, se despediu de todos com um aceno, que não foi correspondido, nem por Argos que estava muito mais feliz deitado e espremido debaixo da cadeira.
- Hannah, minha querida - Laura afagou seus cabelos.
Hannah tremia, não sei se de raiva ou de medo. Leo apareceu com um copo de água com açúcar e a fez se sentar. Ela deu algumas bicadas e encarava um ponto fixo. Suas mãos tremelicantes se esforçavam para segurar o copo. Aproximei-me e cobri cada uma delas com as minhas. A minha pele quente chocou-se com a sua fria e, em uma prece muda, torci para que isso também lhe transmitisse algum conforto. Queria abraçá-la, colocá-la em meus braços e dizer que tudo ficaria bem, mas tive medo que Dylan retornasse ou estivesse à espreita.
Contrariando minhas expectativas, ela retirou suas mãos e as enlaçou em meu pescoço. Quase cai de surpresa por estar agachada e despreparada para aquele peso repentino. E o abraço dela...nossa, era vibrante, ainda que seu corpo estivesse tenso. O cheio dela me deixava intoxicada, afogada, viciada. Era a mais pura adrenalina e eu nem a tinha beijado.
Hannah me deixava nesse infinito particular.
Fechei os olhos sentindo sua respiração batendo em minha nuca e terminando nos cabelos. O peito antes acelerado, aos poucos ia seguindo um ritmo mais lento. Eu poderia passar horas naquela posição, nem meu pé que já dava sinais de dor me impediria de desfazer aquele abraço.
Ouvi uma tosse.
- Vocês querem que a gente saia? - Pedro indagou.
Ao meu contragosto, suavemente desfizemos o abraço e recebi um doce sorriso.
- Obrigada - Ela disse.
Devolvi-o e pisquei um dos olhos em sinal de cumplicidade.
- O que faremos agora que ele voltou? - Sam encarava a própria taça.
- Sinceramente não sei. - Hannah aparentava cansaço - Ele como pai tem direitos sobre a filha.
- Mas não tem direitos sobre a ex-mulher - Dona Laura levantou-se com uma Aninha profundamente adormecida - lembre-se sempre disso. Ele nunca poderá impedir você de viver ou escolher a quem você deve pertencer. Só você pode fazer isso. Promete que não vai esquecer isso?
Hannah fez que sim com a cabeça e eu esperava sinceramente que ela não se esquecesse disso. Na conversa já deu pra ver o nível de preconceito que Dylan nutre em relação a muitas coisas.
Quando as coisas se acalmaram resolvemos ir embora e no dia seguinte, aproveitei para organizar algumas coisas pendentes. Ainda haviam algumas caixas fechadas da mudança que eu não tinha pretensão de abrir. Na verdade ficar na casa de Pedro é para ser momentâneo, só até eu me organizar, juntar dinheiro e procurar um espaço com calma. Embora eu soubesse que ele me abrigaria pelo tempo que fosse, eu queria ter meu próprio espaço e ter mais liberdade.
- Qual? Porque nós já vimos tudo que tá ai.
- Eu sei, mas você entende que preciso do meu cantinho? Por mais que vocês sejam excelentes, ainda assim é a casa de vocês.
- Sei...quer um espaço para levar as garotas...
Eu ri com sua resposta. De certa maneira isso também fazia parte dos meus prós em morar sozinha, mas só havia uma pessoa que eu tinha vontade de levar para lá e essa mesma pessoa estava com o celular desligado. Como sei? Liguei algumas vezes durante o dia para saber como ela estava e nada, só caia na caixa de mensagens. Até considerei pedir para Pedro ou Leo ligarem para ela, mas acho que ela precisava se desligar um pouco das coisas depois do dia anterior.
Na segunda-feira tentei contato novamente e desta vez a chamada era feita até a ligação cair. Será que alguma coisa tinha acontecido ou ela estava claramente me ignorando? Na terça esse sentimento ficou mais forte quando mandei mensagem de manhã e ao longo do dia ela ficou online diversas vezes e não respondeu. Talvez estivesse ocupada e não havia dado tempo ainda. A noite chegou e nada, nenhum sinal de vida. Tudo bem, não queria retornar? Pois eu que não iria correr mais atrás. A quarta-feira foi diferente, acordei mais cedo para correr e lá vinha ela na cabeça. Não Alisson! Sem pensar e foi o que eu fiz, corri sem pensar, tomei banho sem pensar, fui para o trabalho sem pensar e quando fui atender um paciente e vi que quase apliquei uma medicação errada, precisei admitir que estava pensando e igualmente preocupada.
- Doutora, está tudo bem? - A dona do imenso coelho que eu segurava em um dos braços me deu um olhar temeroso.
- Sim, tudo bem. Segura ele aqui pra mim por uns instantes?
Ela assim o fez e eu discretamente sai para trocar a medicação, voltando com um copo de água.
- Desculpe, eu esqueci que tinha um remédio para tomar. - Procurei disfarçar.
Felizmente o medo movimentou a consciência para que minha mente voltasse a se atentar, pelo menos naquelas horas antes do almoço. Que droga! Por que ela não retornava? Nada incomodava mais do que essa dúvida. Poucos minutos antes do almoço tomei a decisão de ir no bistrô.
- Mas veja só quem deu o ar da graça? Veio buscar mais Mingau de aveia? - Sam colocava uma caixa na caçamba.
- Talvez mais tarde, prefiro comer algo mais consistente na hora do almoço. - Retruquei lhe dando um sorriso.
- Quem sabe eu possa te ajudar nisso - Ela piscou cheia de charme.
- Acho que você pode me ajudar em uma coisa sim - Me aproximei - Hannah está bem? Vocês estão bem?
Na verdade eu queria questionar o porquê de Hannah não me dar uma resposta. Tinha que me controlar, não queria parecer desesperada.
- Estamos todas bem. - Ela disse mais séria para logo em seguida me dar um sorriso acolhedor - Hannah saiu para uma reunião com um dos nossos fornecedores.
- Ali, querida! Que bom que veio, preciso muito de uma ajuda. - Laura nos interrompeu.
- Claro, do que precisa?
- Pode cuidar da Laurinha por algumas horas? As meninas estão externas hoje e logo virá um fornecedor de vinhos aqui para uma reunião. A babá que costuma nos ajudar nessas horas teve alguns problemas essa manhã.
- Sim, claro! Será um prazer.
- Tem certeza que não irá atrapalhar querida? Estamos uma bagunça hoje.
- De maneira alguma.
- Vou arrumar algumas coisinhas dela então. Na volta a Hannah deve ir buscá-la.
Excelente! Se fosse combinado não teria dado tão certo. Esperei pelo projetinho de serumaninho e receber seus mini-abraços eram maravilhosos. Perguntei sobre o que ela havia feito aqueles dias e disparou a contar sobre as brincadeiras com Argos, os desenhos, sobre um quebra-cabeças bem difícil que estava ajudando a tia Sam a montar e sobre o pai que apareceu para vê-la. Com exceção da última coisa, todas as outras me alegravam. Para todos os efeitos, Dylan era o pai dela e parecia tratá-la bem, mas não descia, simplesmente não descia.
Tivemos uma tarde ótima e ela se empolgou com todos os bichinhos que havia visto. Desde os cachorros até os lagartos. Foi uma excelente assistente, ficando quietinha enquanto eu realizava as consultas. Arrumei um jaleco para ela usar e todos morreram de rir porque ele ficou gigante nela. A secretária se ofereceu para fazer alguns ajustes e no final até que ficou muito bom. Aninha parecia uma doutora em miniatura. Tirei uma foto dela sentada na minha mesa e quando ia enviar para Hannah, acabei lembrando que ela estava me ignorando. Suspirei e guardei o telefone.
Quando fiquei sem pacientes fomos lanchar na varanda e ela folheava um livro infantil de lindas gravuras.
- Quer que eu leia para você?
Ela sorriu e veio para o meu colo me entregando o livro intitulado de: Vamos dar a volta ao mundo?
A história contava sobre a viagem de uma família ao redor do mundo e todos os bichinhos e ambientes que encontravam. Ana mantinha seus olhos compenetrados nas figuras do livro enquanto eu o lia.
O tempo passou e não senti o anoitecer.
- Alisson, desculpe interromper. Precisa de mais alguma coisa?
- Não Julia, muito obrigada! Pode ir. Tem notícias do Pedro?
- Ele ainda está terminando uma cirurgia, mas que você pode se adiantar já que ele está sem hora hoje.
- Certo, muito obrigada. Até amanhã!
Aproveitei que o horário do expediente havia acabado e fui em direção ao bistrô. Caso as meninas ainda estivessem ocupadas, não fazia mal, poderia cuidar da Aninha por lá ou levá-la para casa de Pedro.
Caminhávamos de mãos dadas e ela sempre fazia comentários sobre alguma plantinha, gostava de pular pequenas poças e tinha o sorrisinho mais fofo do mundo.
Próximo ao Bistrô um carro parado me chamou atenção. Pisquei duas vezes para confirmar o que eu havia visto e pareceu ser alarme falso. Quando chegamos mais perto, o homem do carro chamou pela mulher conforme ela ia andando em direção à entrada. Ele chamou mais uma vez e ela virou-se tendo a cintura puxada e recebendo um beijo nada indiscreto. Só percebi que havia me aproximado demais quando falei e ela me ouviu.
- Hannah?
Fim do capítulo
Oi gente, tudo bem? Desculpa a demora para postar o capítulo. Espero que gostem.
Obrigada pela leitura e pelas meninas que sempre deixam comentários. Fico muito feliz.
Bjos no coração
Comentar este capítulo:
Mille
Em: 01/05/2020
Oi Maísa
Que capítulo heim, está ai um personagem que pode ficar fora o pai da Aninha e pelo pouco apresentado é um ser dispensável que usar o medo e da autoridade para ter o poder. Esse cara merece um bom corretivo.
Ali e a cheff terá grandes problemas com esse fdp.
E esse final de capítulo partiu nossos corações..
Bjus e até o próximo capítulo
Anny Grazielly
Em: 30/04/2020
Aiiiii genteeeeee!!!! Ja posso matar esse Dylan?!?! Pq ja quero... pelo visto ele abusou de Hanna no passado...
Poxaaaaa... meu maior medo eh Hanna voltar pra ele por medo dele fazer algo com Ali...
Fiquei muito triste com esse capítulo... pq Hanna vai dar bola fora e jogar Ali pra longe dela... raiva me define agora...
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