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Contradictio por Katherine

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Palavras: 3176
Acessos: 1177   |  Postado em: 18/04/2020

Mausoléu

Contradictio

 

 

"Mausoléu"

 

 

***

 

 

"Ninguém ainda sabe se tudo apenas vive para morrer ou se morre para renascer..."

 

-Marguerite Yourcenar

 

 

***

 

 

**Quinze meses antes**

 

 

Insalubre, inóspito; diz-se de lugares os espaços que não favorecem a existência humana ou de qualquer condição básica para á saúde. Certamente essas palavras classificavam perfeitamente aquele cubículo sem qualquer iluminação ou janelas para o mundo exterior.

O Corpo enfraquecido e pálido estirado ao chão de terra e areia corroborava para essa afirmação. Os movimentos do tórax eram quase imperceptíveis, isso se dava pelo fato de que a respiração na existia, ou existia minimamente.

Choque, está ai outra boa palavra para descrever a situação em que se encontrava aquele fragilizado corpo. Considerada uma condição de risco, as pessoas que passam por Choque séptico devem ser tratadas como maior rapidez possível, pois caso assim não seja feito, a infecção poderá levar a falência de órgãos extremamente importantes para o funcionamento mínimo do corpo.

E ela tinha consciência disso, na verdade sua vida naquele momento dependeria da melhora daquela outra vida beirando a morte.

 

A jovem mulher respirou fundo e mais uma vez levou o pano úmido até a pele febril da testa. Os olhos verdes foram para o ferimento inflamado e pouco cicatrizado, sem sombra de dúvidas, resultante de um procedimento cirúrgico. Precisava limpar-lo e desinfetar o mais rápido possível, talvez assim aquela pobre criatura tivesse uma pequena chance de lutar pela sobrevivência.

 

- Eu vou precisar de antibióticos, gases e soluções estéreis... –A jovem ia ditando a lista – Ah e também precisamos tirar-la daqui e levar para um ambiente mais limpo, caso con...

 

- É para prolongar o sofrimento dela, garota... – Diz o homem interrompendo-a – Não salvar sua vida!

 

A raiva queimou o interior da jovem menina e com um forte suspiro, na tentativa de controlar sua “língua afiada” ela dirigiu um sorriso irônico ao “troglodita” plantado á porta.

 

- Quer que eu faça algum milagre então? – indagou.

 

- Isso é tudo que terá! – respondeu ele atirando uma sacola na jovem – E lembre-se, se ela morrer você também morre!

 

- O que? – levantou-se exasperada – Isso é loucura! – disse o obvio, abrindo os braços como se lembrasse o homem da situação atual da “paciente”.

 

- Faça sua mágica, curandeirazinha metida á médica! – rosnou ele sem dar a mínima para os protestos da menina.

 

- Selvagens!- murmurou indignada, quando ele bateu a porta na sua cara trancando-a por fora.

 

 

***

 

 

 

**Hoje**

 

 

A mulher revirava-se de um lado ao outro na cama, a respiração descompassada denunciavam que o pesadelo parecia mais real do que ela gostaria. 

Umas miscelâneas de imagens rondavam seu sono.

 Ela contorcia-se e se emaranhava ainda mais aos lençóis. Queria acordar, precisava acordar, não queria reviver aquele pesadelo novamente.

 

- KATH! - Em um salto a loira Sentou-se na cama.

 

Respirava profundamente tentando recobrar o equilíbrio de seus pensamentos, mas logo sentiu uma pontada aguda em sua fronte. Levou as mãos vagarosamente até lá e entre algumas caretas, constatou que havia um curativo em seu supercílio esquerdo.

 Olhou ao redor reconhecendo o lugar logo em seguida.

 

Era a cama de Katherine, a casa dela para ser mais exata.

 

“Como foi parar ali?”

 

Havia apenas borrões em sua mente, não se lembrava de como chegara ali. Forçou mais os verdes em direção a cozinha e avistou-a...

 

- Olá, flor do dia! - A ruiva aproximou-se com um sorriso estonteante - Estava me perguntando quando ia acordar! - mirou-a com aquele olhar gentil que lhe era característico e sentou-se á cama, ao lado da Loira.

 

- O que... - a voz rouca da médica custou a sair - O que aconteceu?- Perguntou uma confusa Iara, tentando associar a presença de ambas no antigo loft de Castiel.

 

- O porteiro ligou ontem de madrugada!- Pôs-se a explicar, Juliana - Disse que havia um estranho invadindo o lugar, portanto vim verificar e qual não foi minha surpresa ao encontrar-la deitada na cama e... - os olhos inquisidores da ruiva assistiam a confusão nos verdes- Com esse curativo horrivelmente mal feito no rosto. Deve pegar bem mal para uma médica conceituada como você! - Pontua tentando descontrair e aliviar a tensão da loira.

 

- Acho que estou perdendo o jeito! -sorriu zombeteira, mais ainda contrariada com o que acabara de ouvir. 

 Não se lembrava de muita coisa da noite passada, apenas dos brutamontes, o tiro.

 

“Espera! Tiro?”

 Iara levantou-se rapidamente da cama e correu até o espelho.

 A investigadora observou curiosa, a mulher perscrutar toda a extensão de seu corpo atrás de alguma coisa.

 

- Vai me dizer o que está acontecendo, Muller? - indagou a ruiva, colocando-se sobre os pés em sinal de preocupação.

 

A mulher parou abruptamente seus movimentos diante do espelho, procurava algum projétil, podia jurar que havia sido baleada.  A agente assistiu a postura de a loira enrijecer, até que ela encarou-a.

 

- Eu... - os verdes carregavam espanto, mas ao mesmo tempo um brilho diferente - Eu a vi, ontem de madrugada!- Sussurrou Iara, voltando a encarar seus olhos no espelho.

 

- Viu quem? - Juliana não queria dar vazão a explosão de teorias que começaram a se formar em sua cabeça - Quem você viu Iara? - perguntou mais uma vez diante do silêncio da loira.

 

- Juliana... - os verdes assustados se voltaram para a ruiva - Eu vi Katherine, acho   que  ela é quem me trouxe para cá!- Iara sentia as lágrimas molharem-lhe a face - Eu estou ficando louca, não é!? - Perguntou com voz tremula.

 

Se a ruiva ainda tinha duvidas, com relação ao que seus olhos viram na noite passada naquela foto de vigilância que Melannie lhe entregou, agora não existia mais.

 

- Não, querida... - Salvatore diz, aproximando-se e envolvendo Iara em um abraço afetuoso - Apenas, está vivendo o luto! - Constatou apertando-a ainda mais em seus abraços.

 

 

***

 

**Quatorze meses antes**

 

 

- Qual é? – Suspirou a jovem, completamente frustrada – Você sobreviveu dois meses nesse buraco infernal, agora precisa acordar! – suplicou limpando o rosto pálido e ressecado com um pano úmido - Vamos lá, o soro está acabando eu duvido que aquele imbe... – parou abruptamente – Por Allah!? – gritou assustada quando as mãos ágeis e frias, em um aperto bruto, impediram-na de continuar sua tarefa.

 

- Quem é você?- A voz rouca, acompanhada de duas orbes azuis, indagou á jovem assustada.

 

- E-eu So-sou uma a-amiga! – gaguejou a menina de cabelos castanhos claros.

 

- Onde é que eu estou? – Voltou a questionar tentando sentar, mas logo percebeu não ser uma boa idéia. Estava extremamente desnutrida e sem força.

 

 

 

***

 

 

**Hoje**

 

 

Havia organizado o guardanapo e os talheres sobre a mesa tantas vezes que perdeu as contas, parecia que iria explodir de ansiedade.

 Os azuis se desviaram da pasta preta sobre a mesa para a grande vidraça, poderia ver o tráfego e os transeuntes que ali circulavam alheios aos seus dissabores, a hora passava como uma tartaruga “velha”.

 

“Será que essa era a melhor decisão?”

 

Sua cabeça fervilhava em questionamentos, mas restava uma opção para salvar  parte de seu Império e negócios. Castiel voltou sua atenção para a entrada do restaurante e pode vislumbra a elegante figura, dona de um rebol*do naturalmente sensual e olhar provocante, aproximando-se lentamente.

 

“Tão bela quanto asquerosa!" - pensou o homem.

 

- Quanto tempo, Senhor presidente! - A morena de olhos cor de avelã, enroupada em um conjunto preto e scarpin de verniz, cumprimenta-o. O sarcasmo dançava perigosamente nos lábios de um vermelho vibrantes - A que devo a honra deste convite tão inusitado? - Indagou-o e foi logo se acomodando na cadeira á frente do homem – Ah, e... – Sorriu-lhe- Também senti saudades, querido!- completou com uma piscadela e tom irônico.

 

- Não pense que esse encontro é de meu agrado! - Respondeu um enraivecido Pedro.

 

 “Como poderia aquela maldita e desprezível mulher ser tão sínica?” - Pensava o homem, com maxilar serrado e os azuis transbordando em raiva.

 

- Seus olhos ainda escurecem, quando está enraivecido, baby!- constatou a mulher retirando as luvas de couro e revelando suas longas mãos vermelhas, logo em seguida o Chapéu cor vinho, sofreu o mesmo tratamento. Absolutamente fria - Igualzinho aos dela, devo admitir! - completou com uma gargalhada, evidenciando os dentes brancos e alinhados.

 

Castiel inclinou-se em direção a mulher, serrou os dentes e proferiu com todo ódio que sentia.

 

- Você não tem o direito de falar da minha filha, Merida! - vociferou, transtornado - Perdeu esse direito há muito tempo, sua vadia! - voltou a posição ereta que ocupava á cadeira.

 

- Ora... - não deixando se abalar pelas palavras do moreno - Cuidou tão bem dela, não é? – Indagou- E agora ela está morta!- completou sorrindo da ironia.

 

- Sua... - o homem preparava-se para agarra-lhe o pescoço, mas foi impedido pelas mãos alvas no ar.

 

- Deixe de hipocrisia, Pedro!- falou, porém agora havia um vislumbre de ódio em suas palavras - Você, dentre todos os homens do mundo, não tem propriedades ou direito para me julgar! – rosnou sem paciência - Me dê logo esse papeis... -  apontou para a pasta preta sobre a mesa - Não tenho mais tempo para desperdiçar com você!

 

- Como pôde mandar matarem sua própria filha? - perguntou desolado. Os azuis nauseados foram para a mulher.

 

- Não me olhe assim, Pedro! - retrucou uma morena enfezada – Ela também tinha meu sangue e mesmo depois de tudo, não sei capaz de algo assim!

 

- Onde está Vithor? - questionou o moreno - Faz tempo que não tenho notícias do meu filho! - inquiriu.

 

- Covarde como é, deve estar em um buraco qualquer, com medo de ser pego por  orquestrar o assassinato da irmã “adotiva”! - Carregou a ultima palavra com todo sarcasmo que pode - Passarei no escritório para fecharmos o negócio. O acordo está do meu agrado! - pontua se levantado e caminhou para longe do campo de visão do homem.

 

 

***

 

Juliana chegou á casa tarde da noite, estava cansada. Trabalhou o dia inteiro em busca de pistas que corroborassem mais com suas teorias, porém nada conseguiu.  

Suspirou fundo fechando a porta e jogou as chaves, assim com a blusa, sobre o sofá. Estava prestes a sair em direção a cozinha- precisava se alimentar urgentemente- quando forçou um pouco mais os olhos para enxergar melhor o cômodo, ainda envolto pela penumbra.

 O perfume embriagante e aquele maldito sorriso zombeteiro nos lábios, apenas confirmavam o que sua intuição dizia-lhe.

 

- Até onde sei, está na moda utilizar a campainha, senhorita! - observou. O tom era neutro, mas o coração estava aos saltos diante da figura

 

- Sentiu saudades, Wild Lady (Dama selvagem)?- A voz melodiosa de Melannie veio acompanhada de um largo sorriso. 

 

- O que quer agora?- Uma resignada Juliana permite-se cair no sofá atrás de si.

 

- Vejo que ainda está descrente das informações que lhe passei! - Os avelãs não desgrudavam um momento se que dos amendoados da ruiva, que por sua vez assistia o movimento calmo de Melannie ao cruzar as pernas.

 

- Por que é impossível! – replicou July.

 

A investigadora assistiu d’Angelis se levantas graciosamente da poltrona e cortar calmamente o espaço entre elas.

 

- Tudo é possível ao que crer, Wild Lady (dama selvagem)! - Disse Melannie estendendo uma das mãos para a ruiva, como um olhar galanteador.

 

- Italiana dos infernos! - resmungou Salvatore pondo-se sobre os pés e seguindo em direção a porta por onde passou minutos antes, tendo uma Melannie de sorriso vitorioso em seu encalço.

 

 

 

***

 

 

- Você “feiz” dodói, “qui”? - Manu indagada levando as mãozinhas gordas ao curativo no rosto da loira.

 

Estavam deitadas na cama da maior. Angeline aninhada nos braços da mãe, como sempre, insistia em permanecer acordada.

 

- Sim! - Iara resmungou sem abrir os olhos, estava amando sentir o corpinho da filha contra o seu. O cheirinho das madeixas negras lhe provoca a sensação maravilhosa de bem estar - Mas a mamãe está bem! – pontua.

 

A pequena continuou seus movimentos, brincando com o contato das rechonchudas mãos pelo rosto fino.

 

- Mamãe? - chamou a pequena, ainda mirando a face da maior.

 

- Fala baby girl... –sussurrou em resposta.

 

A menina parecia pensar se o que estava prestes a dizer seria uma boa idéia.

 

- "Tô” com Saudades da Mamma! - confessou inocente. 

 

Iara abriu os olhos e encontrou o biquinho nos avermelhados lábios da filha. 

Sentiu o embolar de suas entranhas ao constatar os azuis de Manu rasos, prestes a desembocarem em lágrimas.

 

- Eu também, meu anjo! - fora tudo que conseguiu dizer. Não queria chorar na frente da filha - Eu também! - depositou um beijo afetuoso no topo da cabeça de Emanuella e apertando-a ainda mais contra seu corpo.

 

 

***

 

 

- Pode me dizer por que “raios” estamos em um cemitério, no meio da madrugada, senhorita d’Angelis? - Juliana começava a irritar-se com a outra.

 

- Tem medo de fantasma, Wild Lady (Dama selvagem)? - Melannie jocosa, pergunta e ver a ruiva revirar os olhos, ao passo que se aproximavam do mausoléu que abrigava toda uma linhagem de Castiel's - Por favor! - sorriu-lhe, indicando com a cabeça a porta do lugar e entregando-lhe o “pé de cabra” que trazia nas mãos.

 

- Nem fodendo! - Respondeu prontamente Juliana - É um tumulo, não deveria ser profanado!- disse indignada, enquanto fazia um sinal da cruz sobre o peito.

 

- Não seja por isso! - A italiana disse e já se preparava para arrombar a porta.

 

- ESPERA! – July em um quase que em um grito - Parece que alguém teve  a brilhante idéia antes! - constatou mostrando a fechadura danificada.

 

As mulheres se entre olharam, sacando de suas armas quase em sincronia, antes de acenarem uma para a outra e a ruiva passar primeiro pela porta.

O lugar estava mergulhado na escuridão e o cheiro de morte misturado á poeira davam-lhe uma áurea fúnebre. 

 

Estava prestes á chegar a uma lápide que ficava bem no centro do espaço, quando sentiu o braço empurrando sua armar e em seguida puxado com extrema força o revolver de sua mão. Não teve tempo de impedir o movimento da figura que a atirou de costa no chão em seguida.

 

Melannie partiu para socorrer a agente, porém a figura fora mais rápida e aplicou um golpe certeiro em sua face, fazendo-a recuar.

 Juliana se levantou pronta desferir um chute na altura da face do encapuzado, mas ele defendeu-se com maestria e a ruiva foi ao chão mais uma vez.

 O embate preparava-se para reiniciar, porém, em fração de minutos, mas as mulheres saltaram do chão com velocidade invejável. 

 

- PARADO ! - Uníssonas, a Italiana e Ruiva gritam.

 

 

Bem meus caros, o embate agora se resumia a: Melannie e Juliana, ofegantes pela luta corporal, apontando suas armas para a figura encapuzada, parada entre elas. Essa por sua vez , matinha os braços abertos, munida de dois revolveres- Um em cada mão- com uma mira perfeita em direção as duas, porém o capuz ainda cobria a face.

 

- Somos duas!- Pronunciou a ruiva - A desvantagem está com você! – observou vitoriosa.

 

A gargalhada ecoou no ambiente...

 

 Juliana sentiu o frio percorre toda a extensão da espinha, ao passo que seus olhos esbugalhados, sem crer  no timbre familiar que preenchera o lugar, assistia-a inclinar a cabeça lentamente em sua direção.  O capuz ainda cobria parcialmente o rosto misterioso.

 

- Não é o que vejo, senhorita! – disse quebrando o silencio sepulcral. O meio sorriso torto e jocoso, desenhou-se sob os avermelhados lábios.

 

- C-Como? – indagou inaudível Salvatore.

 

***

 

 

 

**Quatorze meses antes**

 

 

- Está me pedindo para ficar á beira do coma outra vez? – Indagou a de olhos azuis sem entender.

 

- Não seja tola! – repreendeu a menina – Estou pedindo para fingir ainda estar debilitada, assim não preciso voltar para aquele lugar! – os verdes envergonhados se desviaram dos azuis.

 

- Eu sinto muito que tenha que passar por isso! – compartilhou a morena realmente tocada pela tristeza da mais jovem.

 

- Falou a mulher que foi deixada para morrer em um buraco no meio do deserto da Arábia! – Revirou os olhos jocosos.

 

- É... – Sorriu a outra com dificuldade. Seu corpo estava fraco- Você tem um ponto!

 

- Eu sou uma “gênia”, querida!- gargalhou debochada, enrugando o nariz fino.

 

A morena escorada á parede, na tentativa de manter o corpo desnutrido sentado, enrugou a testa guiando os azuis opacos na direção dos verdes.

 

- Você me lembra alguém muito importante! – sussurrou tomada pela dor.

 

- Sinto muito por isso! – respendeu- Esse não é um bom lugar para ter lembranças!-murmurou a outra.

 

-Toché, senhorita sabe tudo! – desviou os azuis da menina adiante.

 

- Como veio parar aqui?- indagou a jovem quebrando o silêncio.

 

- Eu não sei! – suspirou, sentindo a garganta seca - E você?- Devolveu.

 

- Eu não lembro! – revelou tristemente – Minha mãe morreu quando tinha três anos e fui adotada por um casal paquistanês, mas quando fiz quinze anos eles me deram á um sultão, para saldarem uma divida. Desde então vivo como escrava em seu “arem”!- encolhendo-se ainda mais contra a parede, aparentando os joelhos contra o peito.

 

- Qual seu nome?- A voz rouca chamou a atenção da menor.

 

- Tandara! – responde com mínimo sorriso- Tandara Lazzari, mas por aqui eles me chamam de “curandeira”! – apanhou uma pequena garrafa descartável com água– E o seu?- indagou, aproximou-se um pouco mais.

 

- Seu nome... – ignorando a pergunta da garota– Foi sua mãe quem escolheu?- questionou a morena maior, com os azuis intrigados.

 

- Sim, meus pais adotivos disseram que foi a única exigência da minha mãe... – explicou, dando-lhe um pouco de água nos lábios opacos e ressecados – Que eu tivesse o sobrenome de minha avó paterna! – disse ela com os verdes cheios de alegria e orgulho– De vagar, você esta muito desidratada! - repreendeu, quando a maior atacou com gula a garrafinha - Agora responda minha pergunta!

 

- Pode me chamar de Kath... – disse com dificuldade. A garganta queimava como um inferno – Katherine Emanuella Castiel! – completou.

Fim do capítulo


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Comentários para 23 - Mausoléu:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 18/04/2020

Legal Kath esta viva

 

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