Capitulo 5
- Sim – Bruna gritou pra ela – não está vendo que eu estou conversando com a Camila?
- Tá tudo bem amor? – ela ignorou o que a Bruna disse, fiz que não com a cabeça. Minha enxaqueca já estava me matando e a Bruna gritando na minha orelha, só estava piorando.
- Minha cabeça – disse me sentando na cadeira. Ela entrou de vez na sala e colocou o copo com água e um comprimido na mesa, passou a mão na minha cabeça e encostou minha testa na lateral do seu corpo.
- Bruna – ela disse tentando desmontar uma calma que não parecia estar sentido – em primeiro lugar, essa empresa não é lugar pra escândalos, porque ninguém tem nada haver com seus problemas pessoas – Bruna ia falar alguma coisa mas ela fez sinal com a mão pra que ela ficasse calada – em segundo lugar você está gritando com a sua chefe e ela pode te demitir a qualquer momento, então coloque-se em seu devido lugar e em terceiro eu não sou vagabunda e nem lhe dou o direito de me chamar assim porque, eu nunca fiz nada que desrespeitasse meu compromisso dentro dessa empresa, trabalho todos os dias como todo mundo e não fico por aí matando o tempo atoa – se eu não estivesse com tanta dor de cabeça eu teria aplaudido de pé.
- Quando você estiver sozinha, nós voltaremos a conversar – Bruna disse e saiu pisando duro da sala.
- O que aconteceu aqui? E cadê sua blusa? – ela perguntou irritada, seu eu não conhecesse ela falaria que era ciúmes o que ela estava sentindo – tome o remédio vai melhorar sua dor.
- Hoje meu dia está sendo de cão – tomei o remédio e fiquei fazendo massagem na têmpora – de manhã perdi minhas chaves, meu pneu furou e ainda tive que ficar escutando a Bruna gritar que não quer ficar junto com o Maurício.
- Não entendi – ela falou confusa.
- Transferi ela para o financeiro e peguei a secretária dele – disse fechando os olhos.
- Acha que assim vai ser mais fácil? – ela fechou as cortinas da sala – pega sua cadeira e vem aqui – ela disse e empurrei minha cadeira até perto da dela. Ela me deitou no seu corpo e ficou fazendo massagem na minha cabeça, a dor foi diminuindo. Seu perfume entrava pelo meu nariz e seus toques delicados me acalmaram.
- Isso tá muito bom – disse baixo.
- Que bom – ela deu um sorriso – minha mãe costumava ter enxaquecas e tinha que ficar deitada no escuro pra ver se melhorava, aprendi a cuidar dela quando meu pai foi embora.
- Você sente falta dele? – perguntei.
- Hoje não sinto mais, antes era ruim ver minha mãe chorando, mas com o tempo ela aprendeu a ser forte e eu aprendi com ela – ela parou de fazer a massagem e passou a fazer carinho na minha cabeça – tá melhor?
- Tá sim – mesmo com a minha confirmação ela não parou o carinho – obrigada pela massagem e me desculpa por aquilo lá.
- O que? – perguntou.
- A Bruna te xingando, se você não tivesse chegado eu acho que teria voado no pescoço dela – eu disse – não aceito que ninguém te ofenda.
- Porque? – ela quis saber – me levantei do seu colo e fiquei de frente pra ela.
- Por que você não merece que ninguém te humilhe ou te falte com o respeito – eu disse olhando dentro dos olhos dela – e eu nunca vou permitir isso vindo de ninguém.
Ela sorriu e passou a mão pelo meu rosto, sua mão tinha o poder de me acalmar. Fui em direção ao seu rosto e ela colocou a mão no meu peito.
- Melhor não – disse se levantando e me deixando com cara de besta – eu não quero ser sua válvula de escape quando brigar com a Bruna.
- Eu.. me desculpa se pareceu isso – disse sem graça.
- Tudo bem – ela foi até minha mesa e pegou o telefone – bom dia, gostaria que me enviasse uma camisa branca da senhorita Camila Bacceli que deixei aí ontem, sim por favor – fique aqui.
Ela saiu da sala e depois de quinze minutos a vi com uma camisa limpa, pra ela eles entregam rápido né. Me vesti e fui trabalhar. Não vi a Bruna mais depois daquele incidente. Sempre que podia, evitava sair da sala pra não correr o risco de topar com ela no corredor. Rafa e eu tínhamos marcado uma reunião com o financeiro a tarde e não teria como eu correr disso, ela estaria lá.
Esperei Rafa voltar da logística pra irmos pra sala de reuniões. Estávamos conversando sobre algumas banalidades e quando abrimos a porta vimos que meu primo e a Bruna estavam quase trans*ndo na mesa daquele escritório. Eu não consegui sair do lugar, por mais que eu soubesse de tudo ainda me doía ver cenas como aquela, esperei sentir várias coisas como raiva, ciúmes, mas senti nojo e repulsa. Rafa pigarreou e eles se assustaram quando nos viram paradas na porta olhando incrédulas.
- Me desculpem – meu primo disse retirando a Bruna da mesa – nós estávamos conversando e ai..
- Não tenho nada haver com a vida sexual de vocês dois – Rafa disse – mas acho que aqui não é um bom lugar pra isso, ainda mais sabendo que teríamos uma reunião – sempre absoluta em suas palavras.
- Você tem razão – Maurício disse ajeitando a roupa, sua ereç*o era visível – vou buscar os papéis e já volto – disse disfarçando.
Ele saiu em disparada da sala. Rafa ficou olhando-me, sentei no meu respectivo lugar e ela fez a mesma coisa, no fundo eu sabia que ela estava observando minha reação diante daquela cena, acho que aquela decepção toda tinha me mostrado que não era amor o que eu sentia pela Bruna, podia ser apenas um encantamento. Fiquei olhando a Bruna que passava a mão tentando arrumar os cabelos que estavam bagunçados, ela não exercia mais aquele fascínio sobre mim, parecia ter perdido aquele brilho e desejo louco que eu sentia quando simplesmente a olhava, acho que minha reação não poderia ter sido melhor em vista de tudo.
Observei Rafa ajeitar os documentos organizadamente sobre a mesa, atentamente ela olhava um a um para que não cometesse qualquer erro durante a reunião. Sorri quando ela aparentou raiva pelo lápis ter caído no chão e ela me olhou.
- O que foi? – Rafa quis saber.
- Nada – continuei sorrindo – eu gosto de ver sua organização.
- Você está rindo porque sou organizada? – ela levantou a sobrancelha e confirmei com a cabeça – você que é desorganizada, mas vamos ajeitando isso com o tempo – permaneci olhando pra ela, que também não desviou os olhos dos meus.
- Era só o que me faltava – Bruna reclamou. Não damos moral pra ela, os olhos da Rafa nos meus não permitiam dispersão, eu não me importei com a Bruna falando pelos cantos, não me importei se o Maurício demorava ou não, eu só queria ficar ali presa naqueles olhos. Ela desviou seu olhar para o papel, mas manteve o sorriso nos lábios.
- Desculpem a demora – Maurício disse sentando na cadeira. Por mim ele poderia ter demorado uma eternidade – meninas quero dizer a vocês que promovi a Bruna como minha assistente executiva, então ela participará conosco hoje e quando eu não puder comparecer ela me representará - Concordamos e ela se sentou a minha frente.
A reunião começou e a Rafa iniciou sua palestra. Hora ou outra a Bruna a interrompia para questionar alguma coisa totalmente sem fundamento, com muita paciência a Rafa explicava e voltava ao assunto principal. Eu permanecia calada e concordava com tudo que ela falava, ela era tão categórica em sua fala que eu sou assinava em baixo.
- Alguém tem alguma objeção quanto aos dados apresentados? – ela perguntou eu balancei a cabeça em negativa – Ótimo, então..
- Esses dados não deveriam ser apresentados aos presidentes antes de darmos um aval? – Bruna perguntou interrompendo-a.
- Todos eles já possuem as assinaturas presidências como podemos ver na página oito – Rafa disse segura – agora falta apenas aos diretores assinarem.
- Bem, se terminamos por hoje, eu vou voltar pra minha sala – eu disse já me levantando – Vamos Rafa? – disse estendendo minha mão a ela.
- Ah Camila – meu primo me chamou – hoje eu e a Bruna vamos dar um jantar em casa, nada grande – ele disse envolvendo a cintura dela em um abraço – apenas para família e gostaria que você e a Rafa fossem.
- Obrigada pelo convite Maurício – Rafa sempre estava a um passo na minha frente – se caso a Camila e eu formos, te avisamos com antecedência.
- Tínhamos marcado um jantar hoje também – eu menti – mas obrigada pelo convite. Saímos da sala e entramos no elevador. Apertei o andar do meu escritório e fiquei olhando pra frente. Eu sentia o olhar dela em mim, mas evitei olhar em sua direção.
- Que horas você vai me buscar em casa meu amor? – ela me perguntou sarcástica – para o nosso jantar?
- Falei a primeira coisa que me veio a mente – falei no automático.
- Percebi mesmo – ficamos em silêncio até chegar a minha sala. Olhei no relógio e já eram quase dezoito horas, pensei rápido.
- Quer jantar comigo? – disparei.
- Ir no jantar do seu primo? – ela me perguntou enquanto colocava os papéis em sua pasta.
- Não. Eu estou te chamando pra sair comigo – ela parou de arrumar suas coisas e olhou pra mim – não precisa ser um jantar, se você não quiser.
- E onde iríamos? – ela não tinha aceitado, mas seu interesse em saber já confirmava que ela iria.
- Confia em mim? – perguntei sentindo-me eufórica.
- Confio – ela disse me encarando – quero ir sim.
- Ótimo – peguei o telefone e liguei para meu pai – Pai quero avisar que amanhã eu não virei para a empresa, isso, ela também não vira – continuei a conversa sendo acompanhada pelo olhar incrédulo dela – pronto.
- Como assim não viremos trabalhar amanhã? -ela questionou abismada.
- Você disse que confiava em mim – disse sorridente saindo da sala sendo acompanhada por ela – te pego daqui a.. – Olhei o relógio – quarenta minutos.
- Não podemos faltar amanhã Camila – ela me avisou, não dei moral – temos vários compromissos.
- Rafaela – parei de frente pra ela – você tem que parar de trabalhar tanto e disse que confiava em mim – sorri vendo que tinha vencido essa disputa.
Fui pra casa e peguei algumas roupas. Meu pai tinha um rancho que ficava em uma cidade vizinha. Faziam alguns anos que não ia lá, mas liguei pro caseiro pedindo pra arrumar tudo. Queria que ela conhecesse o rancho como eu conhecia. Era um dos lugares mais especiais pra mim, a lembrança dos meus avos estava impregnada em todo o ambiente e me ajudava a matar um pouco da saudade que eu sentia deles. Cheguei à casa da Rafa e ela estava pronta como eu imaginava. Ajudei a colocar sua bolsa no banco de trás sob seu olhar atento.
- Então – ela disse colocando o cinto – onde iremos?
- Você não gosta de perder o controle, não é? – falei ligando o carro – você vai ver.
Saímos em direção ao rancho. Não demorou muito e chegamos à entrada do lugar. Meus avós moraram lá a muito tempo atrás e hoje era um refúgio quando eu queria ficar sozinha. Vi que a Rafa não estava entendendo muita coisa.
- Esse é o rancho da minha família – disse parando o carro na entrada da casa – espero que goste do lugar – retirei nossas coisas do carro e entramos.
- Que lugar lindo Camila – ela ficou maravilhada – realmente seus avós tinham um ótimo gosto.
- Meus pais mantêm esse lugar da mesma forma que meus avós deixaram, sempre reformam os móveis pra que não percam a integridade e a beleza.
- Eu adoro coisas rústicas e antigas – pelo pouco que eu sabia dela, imaginei que ela iria gostar daquele lugar.
Mostrei a ela o quarto que ela ficaria. Ao fundo do rancho tinha um lago e naquele quarto ela teria a vista mais bonita do lugar. Combinamos de jantar fora e esperei que ela terminasse de se arrumar. A cidade não era grande e ainda possuía aquele ar de interior.
Ela estava usava um vestido florido e uma rasteirinha, estava linda demais naquelas roupas simples, eu sempre a via tão sofisticada e poderosa, aquela Rafaela a minha frente era uma pessoa totalmente nova. Resolvemos comer em uma feirinha que estava tendo na cidade, percebi que ela gostava daquele tipo de ambiente.
- Espero que você tenha gostado de estar aqui – disse meio sem jeito – não é um restaurante de fato, mas o ambiente é agradável.
- Eu adorei estar aqui – ela disse e colocou a mão na minha – eu adoro esse ar do campo, cresci em uma cidade assim, obrigada por me proporcionar isso novamente.
- Fico muito feliz – disse apertando a mão dela.
Comemos um pouco em cada barraquinha, haviam várias comidas diferentes e ela me surpreendeu em não ficar regrando comida por causa do corpo. Tomamos sorvete como sobremesa e decidimos conhecer a balada local. Um rapaz que trabalhava em uma das barraquinhas nos informou sobre uma festa alternativa que estava tendo na cidade, perguntei se ela queria conhecer e ela disse que sim. Chegamos ao local indicado e tinham várias pessoas na fila. Entramos no lugar. A balada era bem eclética mesmo, na frente do palco tinha um poli dance onde as pessoas podiam dançar se quisessem, as mesas eram improvisadas com latões virados de boca para baixo e tinham vários sofás espalhados pelo lugar.
- Vamos achar um lugar pra ficar – falei no ouvido dela devido a música alta. A conduzi a um canto onde estava vazio. Pedimos uns drinks e ficamos acompanhando o movimento da festa. Ela dançava timidamente ouvindo a batida da música e ao longe pude ver que uma garota olhava atentamente pra ela, me aproximei um pouco mais do seu corpo e coloquei minha mão na sua cintura. Ela não aplicou resistência alguma a minha atitude, até posso dizer que vi um meio sorriso em seus lábios.
- Marcando território? – ela me perguntou divertida.
- Não – disse bem perto dela – só estou garantindo que você não se perca.
- Entendo – ela disse debochada.
O DJ avisou que teria um show especial naquela noite e todos viramos em direção ao palco. Como a casa estava cheia, puxei seu corpo para ficar colado ao meu, impedindo que ela se afastasse e outra pessoa chegasse perto dela. Passei meus braços envolta da sua cintura e ela entrelaçou nossos dedos encostando sua cabeça no meu ombro. Eu estava adorando a sensação boa de tê-la nos meus braços.
Ficamos acompanhando as atrações e dançávamos juntas o ritmo da música. O perfume dela e seu corpo roçando levemente no meu, aquele clima de sedução no ar e a bebida começaram a aflorar minha libido. Dei um beijo no seu pescoço e escutei ela sorrir.
- Eu adoro o seu perfume já te disse? – falei em seu ouvido influenciada pela bebiba.
- Já – ela confirmou sedutora.
- Eu adoro a sua prepotência – falei divertida e ela sorriu
Peguei em sua mão e a levei em direção a nossa mesa. Estávamos quase chegando quando senti um solavanco. Me virei pra ver o que estava acontecendo e vi que uma mulher estava segurando seu braço. Aparentemente eu achei que elas se conheciam, mas percebi que a mulher estava bêbada e tentava beijar a Rafaela a força.
- Ei – disse entrando na frente dela – tá querendo beijar minha namorada?
- Desculpa aí – ela disse enrolado por conta da bebida em exagero – sua namorada é gostosa demais.
- Ela é gostosa mesmo, mas é minha mulher – disse irritada – vem Rafa – paguei o que tínhamos consumido dentro do local e fomos em direção ao rancho. Eu estava irritada com a atitude daquela mulher, como ela tem coragem de dar em cima de uma pessoa que estava acompanhada? Eu estava tão irritada que nem ouvi a Rafa falando comigo.
- Camila – ela quase gritou.
- Oi – disse olhando pra ela – desculpa, eu estava aqui pensando.
- Bem longe na verdade – ela disse – o que foi? Tá brava com alguma coisa? – ela se fez de desentendida.
- Não – disse já estacionando o carro de frente pro rancho – na verdade eu fico pensando onde está o respeito das pessoas.
Eu tentava falar pra mim mesma que eu estava irritada pela falta de senso das pessoas, pra não aceitar que na verdade eu estava com ciúmes da Rafaela. Fui caminhando na frente resmungando baixinho, Rafa fechou a porta e alarmou o carro que eu havia esquecido.
- Camila você está com ciúmes de mim? – ela não dormia no ponto mesmo, já foi logo disparando certeira – tá nervosa porque a mulher me chamou de gostosa?
- Claro que não – eu disfarcei – tô nervosa porque as pessoas não tem vergonha na cara, só isso.
- Você então não está com ciúmes? – ela me questionou divertida.
- óbvio que não Rafaela – eu estava sim, mas eu não assumiria.
- Virei até Rafaela agora – ela estava se divertindo mesmo – então deixa eu ver- ela falou tranquila - você está nervosa porque a mulher me abordou ou porque ela me chamou de gostosa e ia me beijar?
- Nenhum, nem outro – menti.
- Esta nervosa porque então? – ela me olhava atenta – porque ela puxou meu braço?
- Ela poderia ter chegado de outra forma – disse irritada – ela poderia ter te machucado.
- Entendi, mas eu gostei da abordagem dela – eu não podia acreditar no que estava escutando, me aproximei dela ameaçadoramente.
- Você gostou daquela troglodita ter te abordado daquele jeito? – ela estava testando minha paciência só podia.
- Gostei dela ter falado que eu era gostosa – ela disse me provocando mais – eu sei que sou gostosa, mas é bom escutar de vez em quando – ela disse de forma sensual – aumenta nosso ego.
- Você gosta de ser chamada de gostosa por estranhos? – perguntei e vi seu sorriso cínico.
- E outras coisas mais – ela me provocou – vai que rola alguma coisa.
- Então eu atrapalhei a senhora? – meu ciúme foi lá no topo, ela estava me falando que eu empatei ela? Era isso mesmo?
- Eu poderia estar trans*ndo agora – não sei como, quando vi já estava a um dedo do rosto dela, minha face exibia irá e a dela diversão – você empatou a minha foda.
- Repete isso – disse olhando pra ela, meus olhos me traíram e desceram pra boca dela que estava entreaberta, num convite sensual para ser beijada. Ela percebeu minha luta interna e sorriu maliciosamente vitoriosa.
- O que? – se fez de sonsa.
- Que poderia estar trans*ndo agora – falei desafiadoramente pra ela – que você quer trans*r com aquela estranha.
- Eu quero trans*r com você – ela disse de forma tão sensual que senti um choque no meu corpo todo. Não pensei e avancei sobre sua boca em um beijo cheio de desejo reprimido. Ela enfiou a mão no meu cabelo e me trazia ainda mais pra junto dela. Minha língua e a sua se enrolavam em uma dança de prazer. A puxei para o meu colo e caminhei com ela para a mesa de jantar que estava mais perto naquele momento. A coloquei sentada no móvel, sem desgrudar minha boca da sua, levantei seu vestido e me encaixei no meio de suas pernas.
- Gostosa – falei pra ela – eu quero te ch*par toda – ela gem*u baixinho e fui em direção ao seu pescoço, beijei e lambi como eu quis. Retirei seu vestido e fui presenteada com aquele belo par de seios, eles foram feitos pra minha mão. Ch*pei o bico do seio direito dela, enquanto minha mão brincava com o outro, ela puxava meu cabelo e dava gemidos baixinhos e sensuais. Voltei a beijar aquela boca deliciosa, enquanto minha mão passeava pelo seu corpo. A deitei na mesa e devagar fui retirando sua calcinha, cada centímetro que ela descia eu sentia um aperto no meio das minhas pernas.
Eu estava maravilhada com a visão, ela estava nua na mesa de jantar da minha avó, que pecado não provar dela. Beijei sua barriga e passei meus dedos levemente sobre seu ponto de prazer, ela rebolou aumentando o contato da minha mão com sua pele. Seus gemidos foram tomando forma e à medida que ela gemia mais alto, mais eu estimulava seu clit*ris. A penetrei com dois dedos e ela levantou seu corpo novamente, ficando de frente pra mim.
- Me come gostoso, vai – ela ordenava e eu obedecia – mete em mim.
Eu a penetrei com força, aumentei as estocadas e ela aumentou os seus movimentos. Ela rebol*va nos meus dedos e eu estava adorando. Rafa parecia uma gata no cio, ela era a pura face da luxuria. Retirei meus dedos e ela me deu um tapa no ombro. A deitei mais uma vez e abri suas pernas, tento a visão total do seu sex* convidativo. Passei a língua e ela soltou um gemido alto. Enfiei minha língua nela e a puxei pela bunda para aumentar meu contato com aquele lugar delicioso. Eu a ch*pava e seus gemidos me estimulavam a continuar. Senti seu corpo tremer e ao mesmo tempo em que ela goz*va eu goz*va também só por ter proporcionado aquele prazer a ela. Deixei seu corpo relaxar e os meus batimentos voltarem ao normal também.
- Que delícia ch*par você – disse sensualmente pra ela que sorriu com minha frase.
- O que aconteceu com a Camila tímida? – ela perguntou e se sentou enlaçando minha cintura com suas pernas – confesso que gostei mais dessa.
Segurei seu corpo junto ao meu e caminhei assim com ela até o quarto. Eu a queria de todas as formas e ela não estava disposta a me contrariar. Transamos a noite toda e já era de manhã quando pegamos no sono.
Acordei sentindo o peso do corpo dela sobre o meu. Seus cabelos caiam no meu rosto e seu cheiro estava marcado em minha pele. Sai da cama sem acorda-la e fui tomar banho. As marcas da unha dela estavam por toda minha pele e denunciavam a noite de prazer que tivemos.
Sai do rancho e fui comprar algumas coisas para fazer o nosso desjejum. Eu não era um mestre cuca na cozinha, mas consegui não queimei nada.
- Bom dia – ela disse entrando no ambiente – que cheiro bom é esse?
- Fiz seu café – ela veio até mim e me deu um beijo rápido nos lábios – espero que goste.
- Eu sei que vou gostar – disse gentilmente – linda a vista daquele quarto.
- Linda é você – ela não esperava aquele elogio e sorriu tímida.
- Obrigada – disse e me deu outro beijo.
- Eu adoro ficar lá olhando o lago, meu lugar preferido.
- Esse lugar é todo lindo, desde a entrada já me apaixonei – ela comeu os sanduiches que fiz pra ela e eu fiquei só no café mesmo.
Fui mexer no celular enquanto esperava ela terminar, abri minhas redes sociais e vi fotos do jantar do meu primo. Não tinha nem lembrado da existência da Bruna naquelas horas em que estava com a Rafa, ela conseguia me preencher de uma maneira tão intensa que não dava espaço pra mais nada. Cogitei realmente dar uma chance aquele namoro falso.
- O que faremos hoje? – ela perguntou levantando-se.
- Quero te levar pra conhecer a cachoeira que tem aqui – disse animada.
- Aqui dentro tem uma cachoeira? – perguntou encantada.
- Tem sim, vou arrumar algumas coisas que comprei pra levarmos e nós descemos pra lá.
- Não trouxe biquíni – ela disse sensualmente – vou ter que tomar banho nua?
- Eu iria adorar ver isso – falei indo até ela – acha que não avisei atoa? – ela riu e a beijei.
A trilha que levava a cachoeira não era longa, fomos de mãos dadas e eu sempre dava um jeito de puxar ela pra junto de mim com a desculpa que ela poderia cair e ela também fingia perder o equilíbrio pra se agarrar no meu corpo. Ficamos nesse jogo de sedução até chegar ao local final.
A cachoeira caia serena em um poço de águas cristalinas. Meus avós haviam feito uma cabaninha quando ainda éramos crianças, para que ficássemos lá quando fossemos tomar banho. Coloquei nossas coisas em cima da mesa que tinha e fui estender uma rede que havia trago na mochila.
- Quer água? – perguntei preocupada com ela pela caminhada.
- Não. Obrigada – ela começou a tirar a blusa e o short e ficou só de calcinha e sutiã. Fiquei olhando pra ela em conjunto com aquela vista toda, queria guardar cada detalhe daquela paisagem na memória.
- Você é um pecado – disse com desejo.
- Pecado é você ficar aí só olhando – ela falou sugestiva e eu não perdi tempo. Fui até ela e beijei seus lábios sem qualquer pressa. Ela enlaçou seus braços no meu pescoço e a empurrei até uma coluna que tinha ali. Ela dava leves mordidas na minha boca e minhas mãos passeavam pelo seu corpo.
Afastei sua calcinha e sem qualquer cerimônia a penetrei. Segurei uma de suas pernas no nível da minha cintura, enquanto a outra entrava e sai de dentro dela. Ela me estimulava a continuar com palavras obscenas no meu ouvido. Senti seu corpo dar sinais que iria goz*r e aumentei ainda mais o ritmo dos movimentos. Ela gozou demoradamente nos meus dedos e fiquei dando beijos no seu ombro até sentir sua respiração voltar ao normal.
- Quero mais de você – eu disse excitada.
- E você terá – ela disse fugindo de mim e indo em direção ao lago – mas na hora certa - Corri atrás dela e entrei com roupa e tudo. Ela nadou mais para o fundo e me chamou, mas a água estava gelada demais. Fiquei na beirada olhando-a se mover lindamente na água, parecia uma sereia de água doce.
Permaneci mais um tempo vendo-a se divertir na água, meu coração estava em paz, eu estava me permitindo conhecer aquela mulher misteriosa e estava me apaixonando por ela, isso estava tão natural que sorri ao perceber. Ela era uma pessoa incrível demais e queria poder estar do lado dela daqui pra frente.
- Tá rindo de que? – ela me perguntou vindo até a beirada.
- De quanto você consegue ser linda – disse com sinceridade – e de como me faz bem – ela sorriu e me deu um longo beijo. Levantei e peguei uma toalha pra ela. Enrolei seu corpo na toalha e comecei a esfregar para poder tirar o excesso de água.
- Tá me alisando de propósito – fiquei vermelha na hora.
- Não, claro que não – eu disse sem graça, ela gargalhou e percebi que ela estava tirando uma com minha cara – larga de ser chata garota – ri junto com ela.
Fiz alguns sanduíches enquanto ela trocava de roupa, quase cortei o dedo quando olhei na sua direção e ela estava nua passando creme no corpo. Ela sabia o poder que exercia sobre mim, seu corpo exalava sensualidade naturalmente e era como se ela me enfeitiçasse só pelo fato de existir. Me dei conta que realmente eu poderia já estar apaixonada por ela a muito tempo, só não tinha me dado conta ainda.
Comemos e resolvi deitar na rede pra descansar. Ela tomou um pouco de água e veio e se deitou comigo, ficamos assim deitadas e fazendo carinho uma na outra.
- Como será que está a empresa? – ela perguntou quebrando o silêncio.
- Você não para nunca de trabalhar? – perguntei.
- Acho que me acostumei – ela disse entrelaçando nossos dedos e se encaixando mais a mim – me lembro o dia que entrei lá e fiz a entrevista, estava com tanto medo de não passar, e precisava daquele emprego.
- Quem foi que fez sua entrevista? – perguntei tentando me lembrar se havia sido eu.
- Maurício – ela disse me fazendo carinho – acho que ele nem leu meu curriculum.
- Conhecendo-o como conheço, acho que só olhou pros seus peitos – disse mal-humorada – aquele lá só contratava quem ele queria comer.
- Deu com os burros na água comigo – disse sapeca – eu estava mais interessada na prima dele.
- Me conta essa história – perguntei curiosa.
- Eu já tinha te visto algumas vezes ali perto, aí quando a Jordana me disse que tinha aberto uma vaga eu logo mandei meu currículo – ela se virou pra mim – no dia que fui chamada na empresa eu vi você passando com alguns papéis e imaginei que seria você a me entrevistar.
-Mas foi o tarado – ri.
- Exatamente – ela riu junto – confesso que fiquei desapontada, mas ele me contratou pra ficar na recepção e eu via você todos os dias.
- Então você estava afim de mim? – meu coração bateu forte – porque nunca me contou?
- Eu não estava afim de você – ela cortou minha animação – eu te achava competente e inteligente, Jordana falava maravilhas de você, eu até achei que vocês tinham alguma coisa.
- Não – disse rápido – ela ficava com um amigo meu.
- Eu sei, ela me contou depois – ela disse e passou o dedo no meu rosto – eu sempre admirei a dedicação que você teve por aquela empresa, e quando me promoveu eu jurei que sempre faria o possível pra nunca te decepcionar.
- Nem que você quisesse – beijei seu dedo – você sempre me surpreendeu.
- Quando eu suspeitei que você estava apaixonada pela Bruna resolvi me afastar de vez – ela retirou o dedo do meu rosto – e eu via que ela e o Maurício ficava muito tempo na sala dele e que você poderia se magoar se soubesse, mas não gosto de me envolver em fofocas.
- Podia ter me contado – disse surpresa por ela saber – teria evitado muita coisa.
- E você acreditaria? – ela estava certa mais uma vez - você só veria o que ela quisesse que você visse – ela continuou - Como te disse, tudo tem seu tempo.
- Aquele dia no pub, você queria beijar quem? – perguntei me lembrando do que ela tinha dito alguns dias antes – você disse que beijou o Renato porque quem queria beijar não podia.
- Disso você lembra – ela fingiu estar brava – de assinar contratos e pegar suas roupas você não lembra.
- Era uma desculpa pra te ver naquelas roupas apertadas que você ia – falei com safadeza.
- Eu percebia mesmo – ela riu e beijei sua boca – e eu gostava de saber que me olhava.
- Mas me responde, quem você queria beijar? – insisti.
- Você – ela disse olhando dentro dos meus olhos – eu estava morrendo de vontade de beijar você, mas eu percebi seu interesse na Bruna, então – ela parou de falar.
- Resolveu beijar o Renato – eu completei – eu nunca imaginaria, você nunca me deu qualquer abertura.
- Eu queria te conhecer melhor, mas não dentro da empresa e você também sempre estava fechada, não aceitava as vezes que pedi o ele pra te chamar pra ir pro pub com a gente – confessou.
- Você que falava pra ele me chamar? – perguntei surpresa.
- Foi. E no dia que aceitou, foi justo o dia que ela foi – senti um tom chateado na sua voz – então falei pra mim mesma que afastaria meu interesse.
- Mas porque então aceitou ser minha “ namorada”? – fiz as aspas com as mãos.
- Porque eu não gostei de te ver chorando – ela voltou a passar a mão no meu rosto – você é tão linda Camila, e ela te diminuía tanto que estava me dando raiva. Quando seu tio falou que namorávamos eu fiquei feliz em imaginar como seria, mas depois eu sabia que sofreria se aceitasse tal papel para que você a esquecesse.
- Eu entendo – disse concordando.
- No dia da festa eu vi que ela foi atrás de você no banheiro – eu fiquei espantada, nada fugia da sua percepção – sim, não precisa ficar espantada – ela deu um sorriso - Esperei você sair pra saber se valeria a pena ceder suas investidas ou não.
- E qual o resultado? – quis saber.
- Você saiu de lá nervosa e ela com cara de bunda – ela disse zombando – então vi que você tinha dado um fora nela.
- Você não deixa escapar nada.
- Nada do que me interessa – ela riu confiante.
- Por isso você vestiu aquela micro roupa o dia que dormi na sua casa?
- Não – disse safada – eu durmo nua, mas achei melhor vestir alguma coisa com você lá – eu abri e fechei a boca e ela riu – não sei como você reagiria ao me ver nua.
- Acho que teria goz*do na hora – ela gargalhou gostoso – você ri, mas não sabe o desespero que me deu quando você andava na minha frente.
- Eu imaginei, era o que eu queria – ela era muito esperta.
- Porque disse que não teríamos envolvimento sexual, se você queria ficar comigo? – perguntei curiosa.
- Porque eu queria que você me desejasse, não que fosse afogar as mágoas – ela sempre racional – eu estava muito excitada aquele dia, mas e depois? Você me pediria desculpas, que não era aquilo que queria e eu ficaria lá devastada.
- Você tem razão – concordei novamente – não era a hora certa.
- Tudo no tempo certo – ela me deu um beijo – agora sei que você deseja somente a mim – me deu outro beijo – como sei ? – ela perguntou e esperei sua resposta – naquele dia na sala de reuniões, você olhou pra ela diferente de todos os dias e quando seus olhos pararam nos meus eu vi que era correspondida.
- Você está correta de novo – dei vários beijos nos seus lábios – eu desejo somente você – parei e a olhei intensamente – eu estou me apaixonando por você Rafaela – ela abriu o sorriso mais lindo de todos e me beijou.
Fim do capítulo
Olá amoras.
Essa semana foi uma loucura, mas consegui postar pra vocês e espero que gostem.
Me perdoem pela demora, mas a pessoa aqui esqueceu o computador no trabalho e fiquei sem ter como postar pra vocês ontem. Mil desculpas.
Boa leitura.
Bjokas.
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bicaf
Em: 20/04/2020
Olá olá. Ainda bem que essas duas se resolveram. E essa Rafa se fazendo de difícil hem? Kkkkk , vi logo que tava doidinha kkkk.
Resposta do autor:
Olá Bicaf.
Ja tava passando da hora delas tirarem o pe da janta ne kkk, Rafa gosta de fazer um charme.
Boa leitura.
Bjokas
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Marta Andrade dos Santos
Em: 18/04/2020
Eita o amor.
Resposta do autor:
Oie Marta.
Eita lasqueira, agora vai ;]
Bjokas.
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