JOIAS RARAS por Aureapp
Olá gurias...
Capitulo 31 Lances da vida... o passado bate a porta
-O que foi Safira? Esta mais calada do que o normal. –Rubi foi logo perguntando assim que Paloma se despediu com um belo beijo e subiu para seu apartamento para se arrumar pro trabalho.
-Nada não Ruiva, impressão sua. – Não quis render muito o assunto e foi logo entrando no estúdio assim que ele foi aberto.
-Como foi o jantar na casa da trombadinha ontem?
-Não fale assim de Leandra.
Rubi riu da cara de brava que a chaveirinho fez.
-Está bem, como foi na casa de Leandra?
-Tudo bem.
-Não parece desde que chegou ontem esta diferente, nem foi um pouco na casa da Jade. E agora esse tom grosseiro. Você não é assim Safira. Somos irmãs estou aqui para o que der e vier esta bem?
A ruiva esperou um pouco mais como a outra não disse nada e ficou mexendo nas agendas, deu de ombros e decidiu dar um tempo para ela. Já ia para sua sala quando ouviu.
-Leandra me beijou ontem e disse que esta gostando de mim.
Olhou nos olhos da irmã e viu que para ela aquele assunto era serio então conteve uma reação extrapolada e foi para junto dela.
-Te agarrou a força? –sondou.
-Não na verdade foi bem natural.
-Mas?
-Disse para ela se continuar com essas atitudes não vamos mais ser amigas. Não quero nada com ela. –Falou de forma grosseira novamente.
-Por ela ser mulher?
-Não, esta fazendo a mesma pergunta que Leandra. Eu apenas não estou preparada para nenhum tipo de relacionamento agora, tanto com homem ou mulher entendeu.
-Sei... Só mais uma pergunta, o que sentiu quando ela te beijou? –A ruiva viu a irmã mais nova passar as mãos pelo rosto e suspirar, mais nada dizer. –Olha chaveirinho vou te falar uma coisa e se não gostar deleta ok? É o seguinte, acho que você tem que começar a tomar umas atitudes mais adultas para sua vida, pelo que pude perceber de você sempre foi direcionada pela sua mãe, e infelizmente ela não esta mais aqui e por mais que agora você tenha varias irmãs a ultima decisão sempre será sua. Você fez a escolha de não voltar mais para o convento, então encare a vida que escolheu de frente, comece a dar um rumo em sua vida e mesmo não querendo um relacionamento serio agora a garota não te pediu em casamento apenas te beijou e disse que gosta de você e sinceramente não te ouvi falando que desceu a mão nela, então ruim também você não achou. Comece a repensar as formas que vê a vida Safira, não esta mais cercada pelos muros do convento. Você é nova tem muito a ver e conhecer ainda não se feche numa redoma querida e apenas permita-se.
A chaveirinho olhava com os olhos arregalados para a irmã sem nada a dizer. Ficaram se encarando e a ruiva deu de ombros entrando em sua sala e dizendo apenas.
-Assim que o primeiro cliente chegar pode trazê-lo ok!
Safira balançou a cabeça inconformada pela bronca e ouviu mais uma vez seu celular apitando anunciando uma nova mensagem. Nem se daria ao trabalho de olhar sabia de quem era. Leandra já lhe mandara pelo menos umas trinta mensagens se desculpando, pedindo para conversar. Será que estava sendo mesmo imatura como a ruiva dissera?Droga nunca estivera tão confusa na vida.
Valentina olhava para o celular a mensagem que a grandona tinha lhe mandado. Deu uma risadinha sacana pensando que era hoje que sua amiga conseguia o que tanto queria. Espreguiçou-se na cama de Jade e se levantou indo para o banheiro. A china já tinha acordado e o guri também pelo barulho que ouvia vindo da cozinha. Riu de si mesma pensando na grande ironia da vida, quem diria que ela Valentina, estaria de quatro por uma mãe e que estaria adorando e sorrindo feito boba pelos cantos.
Depois de um tempo entrou na cozinha olhando Jade dar algo para Túlio comer, esse assim que a viu começou uma gritaria que só querendo colo.
-Esse menino não te pode ver que fica assim. –Jade falou rindo enquanto ganhava um beijo rápido de Val que foi logo pegar seu filho no colo.
-Esse guri é esperto isso sim NE carinha. –Valentina fez umas gracinhas com ele o jogando para o alto e o pegando de volta, e ouvindo altas gargalhadas.
Depois o colocou novamente na cadeirinha para que ele pudesse acabar seu café da manhã. E foi logo se servindo de uma xícara de café.
-Que cara é essa em Val? –Jade notou os sorrisinhos da outra.
-Cara de quem comeu e foi bem comida querida, tive uma ótima noite. Você é demais.
-Palhaça. –a china riu encabulada pelas palavras da outra mais mesmo assim continuou. –Tem mais ai te conheço, vai conta o que é? –Ela também se serviu de uma xícara de café e foi se sentar ao lado da maior.
-Acho que finalmente Sua amiga vai se render aos encantos de Ágata se é que me entendi, a grandona acabou de me mandar se virar com o trabalho hoje e que não queria ser incomodada de jeito nenhum.
Jade deu uma risadinha com as palavras da outra.
-Bem então apenas posso de dizer que a partir de hoje minha irmã nunca mais será a mesma.
-Acho que se Helena decidiu dar corda para Ágata ela só tem que abrir o olho. Conheço a grandona por que eu era como ela. Só quem em doses menores. Ela é extrema no que se diz relacionamento e não assume nada. Tomara que sua amiga mantenha os pés no chão depois de hoje. –falou seria.
Jade deu outra risadinha olhando para a mulher a sua frente que levava a xícara aos lábios para outro cole de café e soltou do nada.
-Eu te amo Valentina.
A maior engasgou feio ao escutar aquelas palavras. Tossiu e ficou vermelha chamando a atenção de Túlio que achou que era uma nova brincadeira. Jade se levantou para ajudá-la e logo Valentina voltava a respirar novamente.
-Isso é lá jeito de falar que ama as pessoas china, quase me mata. –Val falou ainda um pouco ofegante de aproximando da menor e a abraçando.
-Apenas quis que soubesse como me sinto.
-A única coisa que tenho para dizer é obrigada, obrigada por me dar uma chance mesmo eu sendo uma burra no começo, você foi à melhor coisa que me aconteceu pode ter certeza e ainda veio com brinde. –falou indicando Túlio que estava entretido com um biscoito. –Quero você como minha namorada, você aceita?
-Claro que aceito. –Jade pulou nos braços da maior feliz demais.
-Eu também te amo muito. –Val confessou a olhando nos olhos.
Sorrindo uma para a outra se beijaram selando aquele compromisso entre elas. Logo o celular de Val começou a tocar, olhando no visor deu um suspiro.
-Trabalho linda, vou ter que ir.
-Esta bem. –Jade deu um ultimo beijo nela que foi de despedir de Túlio.
-Não sei como será hoje china, pois tudo ta por minha conta, mais volto a noite com certeza esta bem.
-Estarei te esperando.
Assim que a maior saiu Jade ficou olhando perdida pensando em quanto à vida estava lhe dando de presente. Irmãs, um amor, estabilidade, um lugar seguro e fez uma pequena oração em agradecimento.
Voltou a arrumar as coisas e riu sozinha lembrando-se das palavras de Valentina.
-Coitada é da minha irmã isso sim, não vai ver o que a atingiu. – falou para as paredes.
Leandra fingia que tomava café ao lado de sua mãe. Otavia que não era boba logo percebeu que ali tinha.
-Então vai ou não me dizer por que esta assim desde que Safira foi embora ontem?
Leandra passou as mãos pelos cabelos curtos bagunçando-os ainda mais. E decidiu se abrir com a mais velha.
-Disse à Safira que estou gostando dela e a beijei.
-Sei e como ela reagiu? –perguntou sondando a filha.
-Me falou para esquecer essa historia que não quer um relacionamento agora e se não parar nem minha amiga vai ser mais.
-E você esta gostando dela de verdade filha?
-Claro NE mãe senão nem teria a beijado, na verdade nem devia ter feito isso, já mandei varias mensagem me desculpando e pedindo para conversar mais ela nem responde. –falou inconformada.
Otavia bebia seu café pensativa. Já tinha notado os olhares que Safira lançava para sua filha quando estavam no mesmo ambiente sem perceber.
-Bem queria então pare de ligar.
-Como assim mãe? –Leandra não entendeu.
-Talvez ela esteja confusa, de um tempo a ela e faça um pouco de falta querida. Vamos ver como ela vai reagir.
-Acho que não vai dar em nada ela foi bem decidida ontem chegou a ser um pouco grossa.
Otavia riu da cegueira da filha.
-Bem querida penso o seguinte se ela quisesse apenas sua amizade teria apenas lhe falado e não surtado e a tratado mal. Acho que ela esta um pouco perdida ainda, insegura. De tempo a ela. Negação demais às vezes é dificuldade em aceitação.
-Você acha. –Leandra perguntou esperançosa.
-Bem não custa nada pagar pra ver ne?
Um pouco mais animada depois das palavras da mãe voltou a tomar seu café com mais entusiasmo. Talvez tivesse uma chance com sua marrentinha pensou sorrindo.
O dia passou rápido para todas e a noite chegou acordando uma pessoa bem dorminhoca.
Ágata acordou se espreguiçando e cassando o corpo que deveria estar ao seu lado mais não estava. Sentou na cama olhando ao redor do quarto e aguçando o ouvido para ver se ouvia algo vindo do banheiro, nada. Uma olhada mais minuciosa e notou que as coisas de Helena não estavam ali.
-Helena? –ainda arriscou mais somente o silencio.
Levantou-se da cama e foi direto para o banheiro tomar um banho, estava pregando. Enquanto a água lhe caia pelo corpo cansado e saciado pensava no dia que tivera com a morena. Ela lhe surpreendera com certeza, deu uma risada safada ao lembrar-se das coisas que tinham feito. E por incrível que parecesse queria mais. Ainda não tinha tudo que queria dela. Não conseguia entender esse fascínio, essa vontade por Helena, com ela tudo era pouco e nunca suficiente. Era a primeira vez que durante o sex* goz*ra tão ou mais que a parceira. Sempre tivera dificuldades de alcançar o próprio prazer, mais quando era Helena tinha que se controlar para não parecer uma adolescente precoce. Helena era um enigma que ira com todo prazer desvendar pois depois do que tinham tido ela não poderia de jeito nenhum ficar lhe recusando como antes. Sentira que ela também gostara e muito. Ao sair do banheiro observou o quarto que ainda fechado mantinha o cheiro inconfundível de sex* e se lembrou dos brinquedos. Não via nenhum. Foi ate a estante onde os guardava e a abriu e sem conseguir se conter riu as gargalhadas da ousadia da morena. Enquanto se vestia voltou a cogitar a fazer novamente a proposta de ficassem apenas entre elas enquanto durasse, já que sabia que ela não aceitaria que se relacionasse com outras e ela ao mesmo tempo. Deu de ombros sem achar a idéia totalmente ruim. Por enquanto outras não lhe interessavam, então por que não juntar o útil ao agradável. E quando ela, ou melhor, as duas não estivessem mais interesse mutuo ia cada uma pro seu canto. Como se tivesse resolvido tudo sorriu ao se olhar no espelho e ajeitar o cabelo. Mais uma coisa a morena tinha que entender quem acordava sozinha no outro dia não era ela...
Num lugar da cidade uma campainha tocava sem cessar.
Mesmo super cansada Helena se obrigou a levantar-se da cama e ver quem era o filho de uma boa mãe que estava usando sua campainha de instrumento musical. Mais assim que abriu a porta sentiu que seu chão sumia ao ver seu pior pesadelo na sua frente.
-Não vai me convidar para entrar?
Tentando ser mais rápida tentou fechar a porta mais ele esperto a emburrou entrando no pequeno espaço.
-Então é aqui que você se esconde hem vadia... Achou mesmo que ao fugir do morro sem permissão ficaria por isso mesmo... Estava bem enganada.
Para Helena restava apenas o pavor que a paralisava e sem conseguir esboçar nenhuma reação apenas fechou os olhos quando o primeiro tapa veio e depois outros... O demônio a tinha achado.
Fim do capítulo
E ai...as coisas vão ficar um pouco perigosas daqui para frente galera...
PS: Se cuidem não saiam de casa...
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keique
Em: 20/05/2020
Boa tarde autora, espero que esteja bem assim como todos diante dessa pandemia.
Não gosto e não costumava ler histórias em andamento, mas a sua eu fui dar uma espiadinha e li tudo de uma vez só! Estou amando sua criatividade principalmente em relação às personagens, são muito bem trabalhadas e fortes, o que me faz pensar que essa história vai longe! Sei como é difícil criar personagens de impacto e você tem seis nas mãos; só posso torcer para que sua criatividade continue em alta e meus parabéns! Por causa dessas jóias raras vou começar a ler essas outras inacabadas, quem sabe eu não me surpreenda e não passe tanta ansiedade quando as postagens ficarem escassas, mas por favor nos faça continuar empolgadas e adorando sua escrita! Muita luz em seu caminho. Abraço.
Resposta do autor:
Olá tudo bem.
estava meio sem inspiração para a continuação e termino de joias raras. Outro dia relendo os comentarios me deparei com o seu. e pensei que talvez Ágata e suas irmãs mereçam um final e vi que não poderia deixa-las. Elas são minhas ... kkkk Quando comecei essa historia a tinha certinho na minha cabeça, mais nossa mente é uma caixinha de surpresa e me vi colocando varias coisas fora do texto original. Acho que foi ai que me perdi um pouco. Então fui reler desde o comecinho a historia dessas quatro irmas e vi que estava tudo no seu devido lugar e que minha mente apenas abriu um novo leque de possibilidades. Então novamente ela se encheu de ideias e estou aqui novamente para continuar... Obrigada. tenho que falar que seu comentario ajudou bastante. Obrigada.
Jaciara Albuquerque
Em: 16/04/2020
Ansiedade nesse capítulo me consome
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Master
Em: 15/04/2020
Meu deus quem será esse demônio mesmo que chegue logo alguém pra ajudar a helena, ele já a agrediu fisicamente por favor que ele não abuse dela, quando ágata ficar sabendo vai querer matar essa pessoa com as proprias mãos eu acho.
Que ela fique bem.
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Anny Grazielly
Em: 15/04/2020
Caracaaaaaaaa.... aiaiaiai.. preocupada com Helena... nao quero vê-la sofrendo... aliás, não quero ninguém delas sofrendo....
volta logo autora... saudades dessa história...
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