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Inconstante por LaiM

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Palavras: 4898
Acessos: 1803   |  Postado em: 08/04/2020

17 Implicância

Emme ficou desequilibrada. Cacau ouvia toda a conversa, é claro que ela ouviu a voz de Pattyann, agora como se explicar? Iria ser sincera com a mulher mais velha? 

“Eu gosto de você, sério! É que eu tenho sérios problemas em confiar nas pessoas”. 

Procurava em sua mente um jeito delicado de dizer para a mulher que foi algo sem significância, e que nutria um sentimento por ela ainda um tanto confuso. 

_Sou uma idiota, claro. – Disse e saiu para o banho. Pattyann já estava de malas prontas, logo iria encontrar-se com seu namorado.

Ao sair do banho seu primeiro intuito foi ligar para ela. Se desculparia. E se Cacau não lhe quisesse mais? 

Pegou o telefone, mas Eduardo novamente ligou.

_A Cacau saiu para a casa nova, ela termina a mudança hoje. – Eduardo disse. _Está tudo bem entre vocês? 

_Não sei... o que você iria me dizer? 

E seu agente mãe comunicou que ela ficaria até o final do desfile.  

_Ótimo. – Não gostou, mas era bom para sua carreira.

Após terminar de falar com Eduardo Emme tomou coragem e ligou para a mulher. Cacau estava muito aborrecida, mas não demonstrou sentimentos para ela. Emme era do tipo que não gostava de pessoas disponíveis. 

_Diga Emme... – Estava ela sentada olhando alguns homens que tirava os móveis do caminhão. Não via a hora de finalmente se mudar.

_Oi, como você está? 

_Ocupada, por que? – Ela fumava também, estava relaxada na cadeira.  

_O vôlei foi bom?  

_Relaxante... Tenho que desligar. – E desligou sem a outra lhe dizer tchau. Cacau ficou olhando para o celular, contando os segundo... Emme ligou de novo. _Diga Emme... 

_Desligou na minha cara?  

_Algo que queira me contar que eu ainda não saiba?  

Cacau suspirou. Emme precisava daquele balde de água fria.  

_Eu... ontem, a gente tinha saído do desfile, eu na verdade...

_Sim... 

_Estava tendo uma festa aqui mesmo na pensão, tinha bebida, muito queijo também e algumas ervas.  

_Maconha? 

_Isso, a gente fumou um pouco e naquele momento eu já não sabia mais o que estava fazendo... 

_Tá me dizendo que transou com outra pessoa por culpa da maconha? 

_Não foi cem por cento culpa, mas teve um grande peso. 

Ouviu um silêncio de Cacau.  

_Tá ai ainda? 

_Naquele dia que falei pra você que ia praticar esportes, você faltou gritar alto que estava com ciúmes, sabe? E olha que eu só fui jogar, não paquerei, não fiquei, não beijei, eu somente fui jogar, você se sentiu enciumada, como acha que estou me sentindo agora em? Você não estava praticando esportes, você deixou uma outra mulher enfiar a língua na porr* da tua bucet*.  

Olhando pelo aquele lado Cacau estava coberta de razão. 

_Olha, me perdoa? Eu tentei, eu fiquei aqui... 

_Emme, você é nova e você não tem mesmo que me dar satisfação, você é solteira. Eu estava aqui te esperando porque eu sou uma tola. 

_Você não é tola Cacau, eu quero ficar contigo. 

_A gente não dar certo, não quero viver assim com você ficando comigo e com outras ao mesmo tempo, entende?  

_Tá terminando? 

_A gente nem começou, foi bom, mas passar por isso eu não aceito. Tenha uma boa viagem. – Cacau novamente desligou. A campainha de sua casa tocou, se levantou, passou um lenço no rosto para tirar a marcas de choro e sorriu. _Bom dia, Fernanda. – Beijou a mulher no rosto. 

_Aconteceu alguma coisa querida? Está de olho vermelho.  

_Não foi nada, já já passa. Aceita um cigarro? 

_Não, obrigada. Júlio, por favor, pega aí no carro o vaso murano.  

_Entrem, amanhã já me mudo. Na verdade trago minhas malas. 

_Se quiser o Júlio pode te ajudar.  

_Não, obrigada. – Cacau olhou a mulher, usava uma camisa de argola, uma calça jeans apertada no corpo e abaixo da cintura uma arma. Júlio, seu segurança estava do mesmo jeito. _Está indo para o trabalho? 

_Venho, infelizmente hoje estive na linha de frente, apreendi uma quantidade absurda de drogas na casa de uma senhora, vendia para sustentar os filhos. A mulher está presa e os filhos tive que chamar o conselho tutelar. São coisas tristes que acontece no nosso mundo, mas e você está bem mesmo? 

_Sim, vamos tomar um café. -  o telefone tocou novamente, era Emme. Colocou dessa vez no silencioso. _Ai que vaso lindo Fernanda. 

_Quando vi tua mesa pensei em comprar, lhe presentear. Se em casa tivesse mais mesas colocaria um Murano desses em cada mesa. – A mulher sorriu. Júlio colocou sobre a mesa. 

_Muito obrigada. – Abraçou a mulher. 

_De nada querida, você merece. Espero que goste da nossa cidade.  

_Já estou amando.  

Cacau serviu um café para eles, não falou de Emme. Emme era adulta, logo contaria para a mãe o ocorrido. 

Os dias que se seguiram Emme lhe telefonava sempre no mesmo horário, insistia, mandava mensagem.  

Estava dormindo pela última vez no hotel, logo cedo pagaria toda a despesa e ia finalmente para sua casa. Assistia algo na televisão, Emme já estava a oito dias longe. O telefone tocava, ela colocou no silencioso. Não atenderia mais Emme, ela já devia ter notado isso. 

Ouviu um bipe no celular anunciando uma mensagem. “Eu fiquei com ela pensando em você, não me orgulho do que fiz, me perdoa”. 

Emme era maluca. Como dizer aquilo? 

Não respondeu, não visualizou. Tinha deixado Emme no passado, aquilo era demais, Cacau merecia mais do que isso.

Viu Fernanda no dia seguinte, ela tinha levado Ana para dar uma ajuda. A casa estava suja, ela daria uma faxina geral.  

_Obrigada Ana.  

_A Emme está sofrendo... – Foi o que a mulher disse._ Emme não é de se queixar pela ausência de uma pessoa, mas ela sempre pergunta por você. 

Fernanda já gostava da mulher, Cacau era mulher integra difícil de hoje em dia alguém ser assim. Mas não queria ver sua filha sofrendo e nem queria ver Cacau no estado em que ela estava, apesar do pouco tempo que lhe conhecia via que seu humor estava alterado. Não poderia meter-se na vida das duas, mas poderia lhe dar umas alfinetadas boas. 

_Diga que estou bem. – Foi a única coisa que disse.  

Ana deu um geral na casa, terminou tarde da noite. Cacau pagou a mulher e agradeceu muito aquela ajuda. Ligou para Laura, mandou fotos da casa nova. 

_Olha que casa linda filha.  

_É verdade mamãe. A vovó já está dizendo aqui que vai lhe visitar. – A menina sorriu, estava brincando. 

_Pois pare ela, diga que só recebo visita no final do ano, no último dia do ano, no ano novo. Tem acompanhado ainda o desfile? 

_Sim, vi uma modelo, o nome dela é Emme Cristian, se destacou.  

_Se destacou como? 

_O Carson a escolheu para vestir a última roupa, amanhã quero ver essa roupa. Se eu gostar até comprarei com a mesada do papai.  

_Ela é nossa agenciada filha, quando estiver aqui vai poder conhecê-la pessoalmente. 

_Serio mãe? Olha que legal. Vou adorar. Comecei a seguir ela aqui. 

Cacau sorriu. Sua filha gostava mais de moda do que ela.  

Ao final da ligação a morena foi dormir. Um dia na casa nova, casa organizada. Esqueceu somente de uma coisa, de fazer compras. Ligou para Larissa e lhe convidou para ir ao supermercado.  

_Serio? Mas você sabe fazer comida? 

_Um pouco, meu ex-marido é chefe de cozinha e me passou alguns truques, quer me ajudar?  

_Vou adorar. Me pega em casa?  

Cacau lhe pegou e seguiu com a mulher para o supermercado.  

_Amanhã vai ter vôlei a tarde, espero que vá. 

_E eu vou. – Pensou em Emme, ela chegaria no dia seguinte também só que pela manhã.  

Fizeram as compras, comprou algumas bebidas para decorar a adega que tinha na sala e voltaram para a casa. Larissa ficou encantada com o luxo daquele ambiente. Piscina bem limpa, jardim bem cuidado. 

_Acho que me perco aqui dentro. – Disse lhe ajudando com as compras. 

_Tive a ajuda da mãe da Emme, a mulher é excelente em arrumar casa. 

_E a Emme volta quando? Já está lá há dez dias não é? 

_Sim, volta amanhã. Depois acho que vai tirar uns dias de descanso, o Eduardo quem cuida dela, não sei bem como vai ser. Que tal uma Carbonara?  

_Ótimo.  

_Você faz o macarrão, eu só não acerto o ponto.  

_Faço. – E sorriu. Ajudou a mulher, gostava dela.  

_E a Isa em? Vi que ela te olha.

_Não sei, não gosto dela Cacau, só a vejo como amiga.  

Cacau pegou o bacon e cortou-o, colocou para fritar.  

_Ela é uma ótima pessoa.  

_Quem é essa mulher que você gosta? Nunca me falou dela. Imagino quem seja, mas eu não sei.  

_Terminamos. – Cacau disse. Sentia muito por aquilo. Larissa lhe olhou.  

_Já terminaram? Hum...  

_Mas ainda estou presa a ela. Quem você acha que é? 

_A Emme, claro. No dia do meu aniversário não foi à toa que ela foi atrás de você e você logo me despachou.  

_Eu fui sincera contigo.  

_É complicado Cacau. A Emme ela é uma mulher muito bonita. Não deu certo por quê?  

_Difícil dizer, a idade talvez? A nossa incompatibilidade, queremos coisas diferentes. É isso. – Estava triste e também estava zangada.

Logo que o prato estava feito passaram a saboreá-lo acompanhado por um vinho. Ao término da refeição lavaram as louças, ficaram sentadas, tomando o vinho e ouvindo músicas. Logo em seguida Larissa se levantou, tirou a roupa ficando apenas com a lingerie e caiu na piscina.  

_Vem. – Cacau também fez o mesmo, caiu na piscina. _Caralh*, que tatuagem foda, de sagitário?  

_É... Um dia eu estava no Studio fazendo uma pequena, e aí vi o rapaz mostrando todos os trabalhos e lá tinha tatuagens de todos os signos, eu adorei.

_Colorida, deve ter doído pra caramba.  

_Demais. Mas foi uma dor gostosa. – E sorriu para a ruiva. 

_Já te disseram que tem um sorriso muito bonito? 

_Na verdade já! Sabe nadar?  

_Sei.  

_Vamos então. Um bom exercício em?  

Cacau começou a nadar, Larissa ficou a lhe olhar. Como queria conquistá-la. Como fazer? Que corpo. Que pecado. Ela era atraente.  

Ficaram a brincar na piscina, ao saírem Cacau lhe emprestou uma roupa e logo foi secar o cabelo.

_Que blusão gigante. – Cacau sorriu.  

_Só por enquanto que tua roupa seca. Quer comer alguma coisa ou descansar um pouco?  

_Acho bom eu ir para a casa. Já está tarde, estou muito tempo fora já. Ainda preciso fazer uns trabalhos da faculdade. 

_Tudo bem então. Leva o blusão, depois me devolve. 

Cacau chamou um táxi, a menina foi embora, iria vê-la no dia seguinte no vôlei.  Foi para o quarto, passou a ler um livro até cair no sono.  

Ao acordar tomou café, ouviu música, voltou a deitar, era domingo, não teria nada para fazer. Ligou para Laura, a menina estava com o pai, passaria o dia com ele. Ela então fez o almoço, carbonara novamente, era sua especialidade, ao terminar jogou a louça na pia, mas lembrou-se que ninguém iria lavar a não ser ela mesma, lavou, nesse tempo recebeu a ligação de Fernanda.  

_Oi Fernanda, tudo bem? - As duas tinham criado um laço de amizade.  

_Oi Cacau, tudo bem sim e você? 

_Bem...  

_Bom, na verdade queria saber se quer tomar um café da tarde. O voo da Emme se atrasou, ela vai chegar somente na parte da noite. – Emme, ela não tinha tido mais contato, tinha ignorado todas as suas ligações, mas sabia que logo a veria. 

_Ah Fernanda, obrigada pelo convite, mas eu já tinha combinado de jogar uma partida de vôlei, você não quer ir comigo?  

_A gente deixa pra próxima, vou descansar então e mais tarde vou pegar minha filha. Abraço.  

_Grande abraço.  

Cacau se arrumou, ia ser vôlei de areia. Ao chegar às meninas já se aqueciam.  

_Ei Cacau, mais tarde vai ter banda ao vivo, o que acha?  

Larissa se aproximou lhe deu um beijo na bochecha. 

_Hoje é domingo Isa, amanhã vou acordar cedo, não vou ficar. 

_Vai perder, a banda é muito boa.  

_Dessa vez não, deixamos para a próxima. Solzinho esse que ta em?  

_Já já melhora. Vamos esperar só as outras chegar. Se aquece aí.  

Se aqueceram. Começaram a jogar. O relógio marcava cinco da noite, era a vez da morena sacar, a banda já começava a tocar.  

_Ei Cacau, olha aquela gata ali. – Cacau olhou, era Emme, estava ali sentada, o cabelo solto, usava um vestido solto decotado de alças finas, estava sem sutiã, Emme sorriu ao ver que a morena já tinha notado sua presença.  

Depois das inúmeras ligações ignoradas pela mulher, Emme decidiu que precisava ir atrás dela. Precisava se explicar, sentia falta de conversar e de sorrir com ela, além da falta dos seus beijos. Tinha passado sua viagem ansiosa, queria sair dali o quanto antes, ao terminar todo o trabalho foi logo para o aeroporto precisava desembarcar. Não prometia um namoro, não queria, mas queria Cacau. A mulher estava lhe tirando a paz.

Assim que chegou logo pela manhã dormiu, teve que descansar, curtiu sua mãe no almoço e pediu para que ela ligasse para a morena perguntando onde ela estava. Assim Fernanda fez.  

_Vôlei? Eu sei onde é... eu vou.  

Ela não pensou duas vezes, queria encontrá-la e pedir perdão pelo feito. Queria abraçar aquela mulher, sentir seu cheiro. Cacau estava cheia de areia quando lhe olhou. Emme sorriu e acenou com a mão.  

_O que ela faz aqui? – Cacau perguntou, coração acelerou.  

_Conhece ela? Que mulher linda. Vamos jogar anda, tua vez.  

Cacau voltou à atenção no jogo, sacou, errou o saque.  

_Droga Cacau, agora elas tão na frente. – Uma reclamou.  

_Calma, é só um ponto, não vamos se estressar. 

Cacau ficou jogando sem dar atenção para a menina dos olhos claros, já estava anoitecendo, Emme permanecia ali, pediu uma água de coco, cruzou as pernas e quando Cacau fez um ponto aplaudiu.  

_Menina maluca. – A mais velha disse. _Agora deu...  

Ao término do jogo Cacau se aproximou junto às outras meninas. Estava com sede. 

_O que faz aqui? – Perguntou, estava suada, cheia de areia.

_Vim te ver. 

_Pra quê? 

_Pra gente conversar, é claro. 

_Conversar o que?  

_Sobre nós.  

_Nós? Não tem nós. – Pegou uma toalha fina e passou no seu rosto.  

_Claro que tem, vamos?  

Cacau sorriu.  

_Não vou a lugar nenhum. – Pegou a toalha e jogou em seu colo. Emme tirou a toalha que caiu sobre si de propósito e colocou no canto.  

_Terminou o jogo, você precisa de um banho. – Se levantou e lhe abraçou. Cacau fechou o olho para sentir seu cheiro, já ela, estava lindíssima, pele hidratada. 

_Emme, me solta. Eu tô suja. 

_Estava com saudades, não me importo. – E agarrou-a mais forte. Ao sair do abraço voltou a se sentar. 

_É melhor você ir embora.  

O garçom apareceu para receber o dinheiro do coco.  

_Coloca na conta dela. – Emme disse.  

_Não coloca não. Pague com seu dinheiro. 

_Na conta dela, por favor. Já que não vai pra casa vai pra onde?  

_Ficar aqui, está tendo banda ao vivo, já tinha combinado com as meninas, não é meninas? 

_Mas hoje é domingo.  

_Não me importo. Domingo também é dia... 

_Você disse que não bebia aos domingos. – Emme lhe lembrou. Uma vez conversando, Cacau disse que reservava o domingo para ir à missa com a mãe em San Caetano, assim aproveitava e levava Laura, Maurílio também ia de intrometido.  

_Pois eu fico com vocês. Posso? 

_Claro que pode. – Isa disse.  

_Claro que não pode.

_Pois eu fico.  

_Ah você que sabe só não me enche a paciência. De você estou cheia. – Cacau disse indo ao banheiro.  

Vera que estava ao lado de Isa comentou: _Uma menina linda dessas veio atrás de uma racha?  

_O poder da xoxota meu amor.  

_Podia está indo atrás de um homem, bonita, boa de se casar com um homem bom.  

_E por acaso é preciso ser feia para ser lésbica?  

_Não disse isso.  

_Um p*nis enlouquece tanto quanto uma vagin* Vera. Não ver Larissa? 

_Ah por Deus, Larissa pega o que convém.  

_Não diga isso da Larissa. Larissa é perfeita.  

_Está apaixonada nela?  

_Sou louca por ruiva, agora deixa de preconceito, não é porque você é hetero que tem que ter esses comentários maldosos, certo minha irmã?  

_Ok, está certo. Mas que é estranho é.  

Isa não deu mais ouvidos a sua irmã, chamou Emme pra irem sentar-se, foi ao banheiro e logo Cacau retornou, tinha jogado uma água no corpo sem molhar o cabelo, viu Emme, a garota estava sentada com outra água de coco. 

_Não vai beber?  

_Não! Senta do meu lado. – Pediu. A banda era boa. _Preciso falar com você. – Cacau sentou, se não fizesse isso Emme daria um jeito de estar perto. _Senti tua falta Cacau. 

_É? Em que momento? Quando estava usando maconha ou quando estava na cama com outra?

_Ah Cacau, por favor. Ali foi só sex*. Sem significância nenhuma.  

_E aí? O que esse sex* lhe acrescentou na vida?  

_Orgasmos?  

Cacau se levantou e foi para o outro canto, pediu uma cerveja. Larissa logo veio e sentou entre as duas.  

_Oi Emme.  – Disse seca.

_Oi Larissa.  – Seca da mesma forma.

_E então, como foi o desfile da grife Carson?  

_Tudo lindo, o cara é genial.  

_Deve está cansada não é? 

_Não, antes de eu chegar descansei um pouco. – As outras meninas chegaram do banho.  

_Vamos comer o que?  

_Um tira-gosto, em? Estou faminta. – Cacau disse já com o cardápio na mão. 

_Eu gostei daqui e eu amo vôlei. – A morena lhe olhou quando ouviu Emme dizer aquilo. Ela não gostava de vôlei.

_Serio? Será bem vinda. – Isa disse. Larissa olhou para a mulher séria.  

_A Emme não é de perder tempo com um esporte desses. 

_Por que não Larissa? Movimenta os braços e as pernas, eu não era excelente, mas eu sei segurar uma bola.  

_Só que a gente não segura à bola Emme, a gente passa para o outro lado. – Cacau disse e sorriu.

_Sei disso.  

_Parece que não. 

Emme se levantou, pegou a cadeira e pediu para Larissa se afastar.  

_Quero sentar perto da Cacau, pode se afastar? Por favor...? 

Larissa a contra gosto se afastou e Emme se encaixou ali perto da mulher mais velha.  

_Por acaso pensa que nunca joguei vôlei na vida? – Disse irritada. _Pois jogava muito, se duvidar sei mais do que você. 

_Ah é? Pois o que é um bloqueio?  

_Quando o adversário joga a bola e o outro time fica na rede e impede a bola de passar caindo no chão.  

_Estudou na teoria quero ver na prática. – Disse também irritada. _Coloca ela no próximo time, mas não quero uma magrela dessas no meu.  

_Magrela? Ora, não seja rude. Traga um drink para mim e coloque tudo na conta dessa mulher. – Emme bateu a mão na mesa ao pedir para o garçom que fazia o pedido de Vera, ela prestava atenção em toda a conversa. 

_Vocês tem muita química sabiam? – Vera disse olhando-as curiosa. 

_Química com essa daqui? Cê tá louca. – A mais velha disse. Estava chateada com Emme. Ganhou orgasmos? Orgasmos. 

A discussão parou. Cacau abriu a bolsa e pegou um cigarro. Onde estavam era cheio de árvores, tudo iluminado, começava a fazer frio. O acendeu. Primeira vez que fumava perto de Emme.  

_Aguenta o cheiro de um baseado, então aguente meu cigarro. Se te incomodar que você saia de perto de mim.  

_Não estou falando nada.  

A carteira estava sobre a mesa, Cacau era bem experiente, tragava e ao mesmo tempo falava. Aquele cigarro, Emme o olhou. 

_Vai morrer de câncer, amanhã vai acordar dez anos mais envelhecida, vai ficar com os dentes amarelos, ficar com mau hálito, vai entupir todas as tuas veias e vai ter um infarto bonito.  

Cacau lhe olhou.  

_E o que você usa vai tirar o pouco da inteligência que você tem.

_Eu não uso maconha, é uma vez na vida pra relaxar.  

_Sei bem.  

_Duvida de mim por quê? Olha que fumaça feia.  

_Olha que menina irritante. Fumo, fumo e fumo, quem paga sou eu. 

_Claro, paga mau por sinal. Tem dinheiro mais não sabe usar.  

_Falou a pessoa que certamente gastou todo o dinheiro com roupas.  

_Para de fumar. Apaga esse cigarro Cacau.  

_Não. Quem vai morrer sou eu, quem vai ficar com as veias entupidas é quem? Sou eu. Quem vai envelhecer aqui em? Sou eu minha princesa. 

_Por favor, apaga. – Segurou em sua mão. _Eu gosto de você demais pra te ver te matando aos poucos, por favor. – Emme lhe olhou séria. As meninas pararam para ver aquele pedido carinhoso.

Cacau aproximou dela e falou baixinho em seu ouvido: _Gosta tanto de mim que fudeu com outra. – E bruscamente se afastou e foi para seu segundo cigarro. Emme a olhou. Não ia dar piti ali, na frente das meninas, seria muito feio.  

Ficou ali pacientemente esperando Cacau, sorriu para as meninas, mas por dentro estava sofrendo tanto quanto a mulher mais velha. Entendia bem o motivo de Cacau está brava, sabia o que tinha feito, e estava sendo punida por aquilo.  

Gostava de Cacau, tanto que aguentou ver ela dançar com Larissa depois de um tempo, depois ela dançou com outra e depois dançou com um rapaz que a convidou. Cacau sorria, dançava, conversava com as meninas e ela ali sentada, olhando cada passo que a outra dava. Mas chegou uma hora que o rapaz que dançava com ela estava muito perto de seu corpo, segurava a cintura da mulher com gosto. Foi um suspiro. Cacau saiu da dança e se sentou, não esperava por aquelas investidas. O homem se aproximou.  

_Boa noite senhoritas. – E todas responderam, menos Emme. _Posso me sentar?  

_Claro. – Cacau respondeu.  

Isa já estava paquerando Larissa. A ruiva lhe dava um pouco de atenção, enquanto Vera, era casada, só gostava mesmo do esporte, estava atenta também a conversa e achava aquilo muito hilário. Duas mulheres que se gostavam não conseguiam se entender.  

_O que fez para ela? – Vera perguntou para Emme.  

_Ela é uma louca. Agora olha lá conversando com o homem para me provocar.  

_Será se é provocação? Ela não é bissexual?  

De fato Cacau era sim bissexual, já tinha sido casada, já tinha tido uma filha.  

Emme não estava gostando daquilo.  

O homem a convidou novamente para dançar, o clube estava lotado, era normal haver danças. Ele girou-a, ela era boa na dança. Corpo mole. Sorria e se divertia. Ele chegou perto de seu corpo novamente, dançavam, giravam, ela se soltava, ele lhe beijou. Emme sentiu uma dor no peito ao ver aquilo. Agora entendia bem o que Cacau sentiu quando soube que ela estava com outra. Gostava sempre de se colocar no lugar do outro e aquilo não foi diferente. E foi só um beijo, um beijo de língua. Aquele beijo que um dia ela lhe deu. Sua vontade era de chorar, Emme era muito chorona.  

Vera surpresa já estava surpresa mais ainda ficou. Larissa deu um beijo em Isa, mas não gostou muito, parou para olhar o beijaço de Cacau com o homem. Surpresas todas estavam, Larissa sorriu da cara de Emme.  

_Aêw, pegar bissexual é dureza em Emme? 

_Não enche Larissa. 

_Acho que você também é bissexual. 

_E você cisca pra todo lado.  

_Quem cisca é galinha.  

_Peço desculpa as galinhas então. – Emme estava irritadíssima. Larissa falou numa hora errada. Pegou a carteira de cigarros e afundou no copo que Cacau tinha deixado sobre a mesa.

_A caso me chamou de galinha? – Larissa quis saber. 

_Não, como te falei, desrespeitei as galinhas, elas valem mais. 

_Como ousa? Acaso ficou louca? – Nisso Larissa pegou seu copo de bebida e jogou na roupa da outra.  

Emme rebateu pegou seu drink e jogou em seu rosto. A briga logo começou. Larissa puxou em seu cabelo e Emme fizera o mesmo. A banda parou. Cacau saiu do beijo assustada com a movimentação e os gritos que estavam fazendo. Emme e Larissa brigando. Vera e Isa as separaram.  

_Acalmem garotas. Vamos ser expulsas do local. 

_Vera, ela quem começou. Ninguém chamou essa garota para cá.  

Cacau se aproximou. Olhando as duas, que feio aquilo tudo. Onde estavam com a cabeça?  

_Ficaram loucas? Aqui é um ambiente de diversão.  

_Vai se fuder Cacau. – As duas disseram juntas.  

_Ok, não estou mais aqui. – O homem, dono do estabelecimento apareceu e pediu para se comportar, senão iriam ser expulsas do ambiente. 

_Brigas aqui não, vão brigar lá fora, por favor. – Ele disse com educação.  

Emme tinha ficado ferida, a unha de Larissa era grande, ficou com um pequeno corte no rosto. Ela também tinha ficado com um pouco de arranhão.  

Cacau viu o seu cigarro afundado no copo.  

_Porr* Emme, meu cigarro? Ele é caro pra caralh*. 

_Vai te custar caro é um tapa na cara que você merece. – Disse ainda irritada. 

_Acabou a diversão, vamos todas pra casa. – Disse por fim, e todas concordaram. A conta foi dividida. _Tua parte aqui Emme. – Cacau disse, queria sorrir, mas se controlou ao máximo. 

_Pague e pague o da Larissa também. Faz assim, ninguém paga hoje, tudo é por tua conta. – E lhe olhou muito zangada, um olhar que antes Cacau não tinha visto. 

_Tá, tudo é por minha conta, ela tá mandando.  

_Te espero no carro.  

_Nem pensar que você vai comigo, vá embora como você veio.  

Emme segurava a chave de seu carro na mão. 

_Onde pegou a chave do meu carro doida?

_Vem comigo ou vai de carona. – E saiu apertando o alarme para encontrar o carro da mulher.  

Cacau pagou a conta, pediu desculpa e saiu, ao chegar no carro Emme já estava no comando.  

_Poucas coisas eu tenho ciúmes, mas eu tenho muito ciúmes desse meu carro Emme. Você estanca teu carro muitas vezes, não faz isso com o meu, me entrega a chave, por favor.  

Emme o ligou, dirigiu em silêncio o caminho todo. Estava arrasada. A pele estava machucada e ardia. Tudo por causa de Cacau.  

_Abre o portão. – Emme pediu quando pararam na porta da casa. Cacau abriu e ela entrou. Sentia-se esgotada. Seus pensamentos vagaram pela boca de Cacau passeando a língua do homem. _Que ridículo. – Pensou em voz alta, logo se voltou para a mulher mais velha e lhe deu um tapa forte nas pernas.  

_Agressão não Emme, não fode. – Saiu do carro e Emme ao sair bateu a porta com força.  

_Que horrível, que baixaria você me fez passar.  

_Eu te obriguei a brigar com a Larissa? Eu te obriguei a ir onde eu estava?  

_Praticamente. Ignorar minhas ligações me fez automaticamente vir atrás de você.  

_E fuder com outra me fez automaticamente me afastar de você.  

_Transei, fodi gostoso, é isso que quer ouvir? Fui ch*pada com gosto. – E sorriu. _E daí? Acaso sai daqui com um contrato contigo dizendo que eu era exclusividade tua? Assinamos algum acordo Cacau? 

_Vai embora, você é do tipo que não tem consideração pelas pessoas, que não tem respeito. Eu disse que ficaria te esperando, o que é aguentar cinco ou sete dias para me ter? Ia morrer sem ter esse maldito gozo? – Cacau segurou forte em sua mão, estava lhe machucando. _Ia morrer Emme? Responde?  

Soltou-a. Seguiu para dentro da casa.  

_Eu errei, na hora eu não esta pensando bem. – Seguiu-a. _Me escuta Cacau. Você estava aos beijos com um cara. Um cara.  

_Gostou? Espero que tenha gostado. Beijo bom o dele viu. – Emme lhe alcançou e lhe empurrou. _Ah, senti o pau dele também, estava duro. – Lhe provocou sorrindo.  

_Vadia, sua cachorra.  

_Você ficou com outra, transou com outra, agora me diz quem foi à vadia aqui primeiro, eu ou você? – Emme novamente lhe empurrou, agora com mais força. _Ah, e sabe o Carson, aquele homem que você tanto elogiou, dizendo que ele é garanhão? Ele já me comeu gostoso e trans* muito bem se quer saber.   

Emme sentiu uma raiva grande ao ouvir aquilo, estava ardida de ciúmes, seu impulso foi acertar o rosto da mulher mais velha. Cacau fizera o mesmo. 

_Vai embora Emme. – Disse depois do feito. Estava fora de si, Emme também.  

_Quem mais te comeu Cacau?  

_Muito bom sair por aí trepando não é, sem pensar nas consequências? Não te interessa com quem transei ou deixei. Vai embora da minha casa.  

_Não vou. – Emme começou a chorar. Tantas brigas, para quê?  

_Ah por Deus, não chora.  

_Sua insensível. – Gritou e foi para cima lhe batendo _Não ver que eu estou apaixonada por ti merd*. Porr* Cacau.  

Cacau lhe segurou. Emme era descontrolada.  

_Eu também estou apaixonada Emme, mas eu não consigo te entender.

_Me desculpa? – Pediu ainda chorando. Queria tanto Cacau, queria ficar de bem com a mulher.

_Vem cá, não chora. – Cacau lhe abraçou e Emme ainda lhe deu dois tapas em suas costas. _Eu tenho mais força que você, só pra constar.  

_Idiota. Não quero ver aquelas mulheres nunca mais na vida. 

_Elas entendem, todo mundo briga Emme. O que você fez não foi o certo. Você transou com outra. Se tivesse sido só um beijo como a outra lá que você me falou eu tinha entendido, mas você transou, tem ideia de como eu me sentir? 

_Eu sei... também não me sentir bem depois. Você beijou um cara.  

_Estava chateada com você e ainda estou.  

_Me desculpa? Vou tentar não fazer novamente.  

_Tentar? – Cacau saiu do abraço.  

_Tô brincando. – Emme sorriu e voltou a lhe abraçar. _É verdade que transou com Carson?  

Cacau ficou calada. Não tinha sido só um beijo como ela tinha dito a sua mãe, teve uma noite um tanto agitada com Carson.  

_Danada você viu. Desculpa pelos tapas e pelo tapa na cara.  

_Desculpa também, vem cá. – Ficaram ali se abraçando, se recompondo.  

_Agora você precisa urgentemente de um banho, ok?  

_Nós precisamos. – Cacau tirou a roupa finalmente expondo sua tatuagem para a mais nova. _Vamos banhar, somente banhar ok? Eu preparo uma carbonara para nós duas. Está ferida, vou cuidar de você. – Tocou em seu rosto. _Tô com mau hálito? Posso te beijar? 

_Claro que pode, mas está fedendo só a cigarro. – Sorriu e beija-a.

_e você tomou um banho de cerveja, tira tua roupa que eu coloco na maquina para lavar. Sou louca por você viu, mas você é muito inconstante.

_Eu sou bipolar, não sabia?  

Cacau lhe olhou.

_Serio?  

Emme tirou sua roupa, estava só de calcinha. _Quer mesmo só banhar?  

_Por enquanto você precisa dos meus carinhos, depois eu dou o meu amor.  

_Tudo bem. – As duas saíram.  

Fim do capítulo


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Comentários para 17 - 17 Implicância :
Lea
Lea

Em: 13/11/2021

Eita que discursão calorosa. 

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Rose_anne
Rose_anne

Em: 08/04/2020

Kkkkkk

Essas duas entre tapas e beijos


Resposta do autor:

Então... kkkk acho que elas vão se resolver! 

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