Novos Caminhos por bobbi
Capitulo 14 - Uma manhã quase tranquila
Ouvi o alarme tocando e coloquei no soneca, hoje era domingo eu merecia um pouco mais de tempo na cama. Me revirei na cama várias vezes tentando dormir novamente, mas quem eu estava enganando não ia mais conseguir então levantei vesti uma roupa e fui para a varanda. O dia estava lindo um sol gostoso, entrei no quarto peguei o tapete de Yoga estiquei no chão coloquei os fones de ouvido e comecei me alongar. Não pratico todo dia, mas achei na prática do yoga uma forma bem efetiva de relaxar já que era bem normal eu estar estressada por conta dos estresse de gerenciar uma oficina.
Terminei voltei para o quarto e guardei o tapete, fiquei um tempinho admirando a Dominique espalhada na cama com o lençol cobrindo apenas da cintura para baixo. Lembrei de quando liguei para ela e falei que comprei uma cama nova porque tava cansada de ser jogada para fora por ela, ela riu e me chamou de exagerada. Exagerada ou não, hoje não caio mais da cama, mas ela mesmo assim ainda o ocupa quase todo espaço da cama.
Sai do quarto e pelo silêncio da casa Letícia também não tinha acordado, já que estavam todo dormindo ia aproveitar para arrumar logo o chuveiro do banheiro social. As sacola com o chuveiro novo estava na sala, quando olhei para o sofá soltei um sorriso, ela dormindo era o exato oposto da Dominique. Ela estava agarrada ao travesseiro ocupando um espaço mínimo no sofá. Peguei o chuveiro e fui para o banheiro instalar, após terminar dei uma limpada rápida no banheiro e olhei as horas...9h30 da manhã ainda. Fui no quarto peguei meus tênis e saí para correr um pouco no Parque Sabiá, o parque estava lotado.
Depois da corrida parei para tomar uma água de coco, fiquei um pouco ali sentada perdida nos meus pensamentos.
– Você é mãe de alguma delas? - sentou uma moça do meu lado e perguntou.
– Como? - Me virei para a garota
– Ah me desculpe não quis ser mal educada, ou intrometida. Só estava querendo puxar assunto mesmo. - E sorriu. - Sou Alex. - E estendeu a mão.
– Oi...Felippa...Respondendo sua pergunta não sou mãe de nenhuma, só estava perdida nos meus pensamentos.
– Desculpe não quis atrapalhar.
– Não atrapalha, mas vem cá, sua mãe não te ensinou a não falar com estranhos.- Brinquei.
– Boa.- Ela sorriu. – Acho que não obedeci isso nem na época que minha mãe mandava em mim.
– E você é mãe de alguma? - Dei um gole na água de coco
– Na verdade sou tia daqueles 2 meninos de azul. - E apontou para duas crianças. Quando as crianças viram ela apontando acenaram para ela e a mulher que estava com as crianças acenou também. - E aquela com eles é minha irmã.
– E porque está aqui e não lá brincando com eles?
– Eu ia embora, mas meu carro nao esta funcionando, então estou esperando meu cunhado voltar para buscar minha irmã e ele vai tentar fazer funcionar, senão só amanhã.
Comecei a sorrir, minha vida poderia ser roteirizada por hollywood porque so em filmes essas coincidências acontece. “Uma donzela em perigo numa versao gay moderna.”.
– Eh eu sei patético eu ter que esperar um homem para resolver meus problemas, pode sorrir. - Ela fez uma cara de chateada.
– Nãooooo...não é isso, me desculpe não estava rindo de você. Onde está seu carro?
– Porque? Vai chamar alguém para arrumar?
– Algo do tipo, vamos lá?- Terminei de tomar meu coco e joguei no lixo. - Vamos?
– Sério que você conhece alguém para vir num domingo de manhã arrumar meu carro? - Perguntou caminhando comigo. Assim que saímos do parque ela apontou para um carro preto. - É aquele preto entre o vermelho e o prata.
– Ok, me espera lá que eu ja volto.
Fui até meu carro buscar as ferramentas que sempre levava comigo no bagageiro do carro para necessidades. “Minha vida é sem dúvida uma comédia romântica de baixo custo, em vez de um cavalo branco e espada lá to indo eu ajudar uma donzela com uma caixa de ferramenta”. Cheguei no carro da Alex ainda sorrindo só com os meu pensamentos bobos. Ela vendo eu chegar só com a caixa de ferramenta ficou olhando para os lados procurando alguém. “La vamos nos surpreender mais uma pessoa quando eu falar que vou arrumar o carro”. Foi o tempo de finalizar meu pensamento ela perguntou.
– Ele já está vindo?
– Ele quem?- Ela ficou me olhando com uma cara de confusa, achei engraçado. - Eu vou arrumar seu carro.
– E você entende alguma coisa de carro.
– Sei umas coisinhas. - entrei no carro dela, tentei ligar e nao pegava, abri o capô. - Alex qual foi a última vez que você levou o cara para revisão?
– Ah...dá ultima vez que quebrou...uns 2 anos atrás eu acho. - Sorriu. - Uai ta tao ruim assim?
– Nuhh 2 anos? Você precisa fazer uma urgente então.
– Mas você vai conseguir fazer ele funcionar hoje?
– Quando eu falar você dá a partida. - O problema era só o cabo da bateria, mas o carro realmente precisava de uma revisão. - Pronto...pode ligar.
– Olha num é que você entende mesmo. - disse ela desligando o carro e saído dele.
– Como falei entendo um tico, mas para evitar um problema maior é bom fazer uma revisão.
– E você indica algum lugar? - Falou chegando mais perto.
– Na verdade tenho sim. Anota meu número, que te envio a localização pelo whatsapp.- Ela pegou o telefone e entregou na minha mão. - Pronto só me chamar no whatsapp que te envio o endereço.
– Pode deixar que vou chamar sim. - Piscou e entrou no carro. - Obrigada
Ela saiu bem devagar, e de novo piscou e mandou um beijo. Não resisti e comecei a sorrir. Quando eu contasse isso para a Domi eu ia ouvir mil perguntas, e não duvido nada ela vim de novo com essa conversa de ménage.
Quando estava voltando passei em uma padaria e comprei algumas coisas para o café da manhã, conhecendo Domi ainda ia estar dormindo. Abri a porta devagar, porque se Letícia estivesse dormindo não queria acordar ela. Quando entrei ela se virou um pouco no sofá a blusa do pijama subiu um pouco, dava para ver parte de uma tatuagem que descia pela lateral da coxa. Atiçou minha curiosidade mas ela vestida de calça comprida não dava para ver mais nada.
Fui para a cozinha preparei o café, arrumei a mesa e estava pegando o queijo e mais algumas coisas na geladeira quando sinto alguém me enlaçou pela cintura.
– Minha nossa senhora do infarto, você quer me matar do coração mulher.- Quase deixei tudo cair, se tivesse problema de coração tinha morrido ali.
– Não resistir ver você nesse short minúsculo.- Me beijou e se virou para falar com Leticia. - Na verdade estávamos eu e Leticia admirando sua beleza.
Leticia ficou me encarando, ficou toda vermelha. Não vou mentir que ela daquele jeito com vergonha me deixava com vontade de agarrar ela. “Que pensamento mais macho escroto ein, Dona Felippa”. Pensei. Já ia mudar de assunto porque ela parecia mundo sem graça, quando respondeu.
– É verdade eu estava admirando mesmo, você tem pernas lindas Fê. - Encarei ela ainda sem acreditar no que tinha ouvido. Ela se virou pegou se serviu de café e tomou um gole sem tirar os olhos de mim e disse- O café também está bem gostoso.
– Ahh, obrigada...eh eu acho.- Foi a minha vez de ficar sem graça, mas atiçou minha curiosidade aquela versão da ruivinha.
– Gostei mais dessa versão da ruivinha. - Domi fez o mesmo que ela e depois de experimentar o café- E ela ta realmente certa o café tá tão gostoso como quem preparou.
– Uai as duas se juntaram hoje para tentar me deixar sem graça.- Coloquei o resto das coisas na mesa, e decidir entrar na brincadeira.- Servidas...E quer saber eu concordo sou gostosa mesmo.
O café seguiu com muitas frases de duplo sentido e de risadas. Meu celular começou a tocar e por um instante pensei que fosse a Alex. Quando olhei o visor TOM GUERRA.
– Oi, sim.
– Oi Pippa, o Luca veio aqui ontem, ficou de verificar umas coisas para mim e hoje voltou com algumas informações sobre a mulher e o bebê. - Tom falava tão rápido que era capaz de se engasgar.
– E o que o Luca falou?
– A mulher se chama Bruna Mariano, e parece que tem uma ordem de restrição contra o namorado. O Luca acha que ela deveria estar fugindo dele. Ela ainda não acordou e o bebê já recebeu alta, pedi o Luca conseguir uma custódia temporária para mim do Bebê. E quando eu receber alta posso levar o bebê para casa comigo.
– E quando você recebe alta? - Meu irmão só podia estar sobre efeito de medicamentos ainda para ter uma ideia dessas.
– Você ouviu o que eu disse? eu vou tentar pegar a custódia de uma criança, mas pra conseguir isso vou precisar da sua ajuda.
– Okey Tom, estou indo e quando chegar ai resolvemos isso, me espera antes de decidir qualquer coisa.- Desligou o telefone. Quando a vida ia me dar uma trégua, precisava ir para o hospital - Vou tomar um banho e vou ao hospital.
Entrei no quarto, e logo depois Domi entra.
– O que houve meu amor. - Perguntou me abraçando. - Aconteceu alguma coisa com o Tom?
– Não, nada ainda, preciso ir para conversar com ele e resolver isso.
– Tem certeza meu amor?
– Tenho sim Paixão na volta conto tudo, agora tenho que tomar banho porque tô fedendo. - Disse deu um beijo nela e entrei no banheiro.
Tomei um banho rápido, estava terminando de me arrumar o celular começa a tocar de novo, no visor Ana.
– Oi Ana, aconteceu alguma coisa?
– Bom dia minha filha, não aconteceu nada. Só liguei para avisar que como ontem não consegui arrumar o quarto e mais tarde vou para o hospital de novo com seu pai, entao nao vou poder ir arrumar o quarto para a menina Letícia. Então pensei em mandar minha sobrinha.
– Ana não se preocupe com isso, a Dominique está aqui eu converso com ela e damos um jeito de arrumar tudo nos três. Estou indo agora para o hospital ver como o Tom está, a gente deve se encontrar lá.
– Tem certeza minha filha.
– Tenho sim, deixa ela curtir o domingo dela. Nos vemos no hospital.
– Uai então tá bom. Vou avisar ela. Nos vemos no hospital.
Quando estava saindo Domi perguntou novamente se eu queria ajuda, “Ajuda so se for para terminar de quebrar a cabeça do tom para ele deixar de ideia de doido.” pensei, mas preferi não falar nada agora. Expliquei sobre o quarto. Letícia lembrou ter visto uma caixas na garagem. Quando estava saindo parei na guarita e chamei o Pedro, pedi para ele verificar se as caixas ainda estavam lá e se tivesse que levasse ao apartamento. Dei uma gorjeta para ele e sai em direção ao hospital.
Fim do capítulo
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