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The dark side of Hilton por luana darlling

Ver comentários: 1

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Palavras: 1862
Acessos: 3738   |  Postado em: 08/04/2020

Capitulo 1 - Quimeria

A primeira pedra atirada no lago afundou direto. Podia-se ver a pedrinha sumir rapidamente entre as águas claras do lago Bluehills, localizado ao redor da pequena cidade chamada Hilton, situada no interior do estado de New Hampshire. 

 

 Ao longe, Charlotte Sanders podia contemplar as cordilheiras White Moutains,  seu avô as chamava de crystal hills porque durante todo o inverno, o gelo proveniente das fortes nevascas se concentrava no topo das montanhas e formavam estruturas que, àquela distância, pareciam cristais, tudo isso era explicado enquanto o velho lhe ensinava a arremessar pedras que quicavam pelo lago.

 

De acordo com o seu avô, William Sanders, um aposentado da ferrovia de trem Hilton Railway, um homem reservado e de olhos azuis, dono da coluna mais ereta já vista naquele município, com seus cabelos grisalhos sempre bem penteados, conhecido por toda cidade como Will, o segredo para o lançamento perfeito era dividido em quatro etapas:  

 

Águas calmas. 

Essa etapa se consistia em escolher o melhor momento para realizar o lançamento. Esta fase necessitava de paciência e poder de observação. Eles ficavam minutos inteiros em silêncio observando o movimento do lago, no início era entediante para Charlotte, porém, com o passar dos anos, ela passou a ansiar por aqueles raros momentos de quietude. 

 

O segundo passo era a velocidade de lançamento. Ele sempre dizia que garota precisava ser mais rápida e mais certeira com as mãos. Era preciso ser ágil e escolher o ângulo preciso de 45° graus na hora do lançamento.  

 

O que nos levava ao terceiro passo: rotação da pedra. A ordem era clara, agarrar o mineral e o lançar de forma que ele rodasse suavemente no ar. O quarto e último passo, era apenas a consequência de todas as outras etapas bem realizadas: Primeiramente, a borda da pedra cairia no lago, formando um ângulo agudo perfeito. A borda do mineral empurraria a água pra cima e criaria uma rampa na superfície. E então ela deslizaria por cima da rampa e seguiria em direção ao ar causando a impressão de que a pedra estaria dando pulinhos no lago.  

 

Mas Charlotte havia perdido a pratica, já faziam dez anos que não pisava os pés em Hilton. E depois de pegar um avião por 6 horas até Boston, de enfrentar a estrada por mais 2 horas até aquela pequenina cidade, ela não tinha mais ânimo para continuar tentando. Enquanto jogava as últimas pedras que estavam em suas mãos de forma desleixada no lago, sentiu o celular vibrar no bolso da calça de tecido azul marinho. 

 

Cassie Sanders, a irmã mais velha estava a sua procura já havia algumas horas, mas só resolveu atender depois que checou as várias mensagens deixadas por Cassie, algumas eram com um tom bem desesperadas.  

 

Essa era Cassie Sanders, uma mulher de 38 anos cuja a beleza lhe perseguia desde a adolescência, ela era magra e fissurada em manter a forma, já estava casada com o Victorio Giuseppe há 6 anos, ele era um italiano e eles se conheceram quando Cassie ainda trabalhava como garçonete em New York.  

 

Foi amor à primeira briga, e logo se mudaram para California onde Victorio dirigia o restaurante italiano da família. Cassie virou sua melhor aliada em tocar o negócio pra frente, depois das mudanças sugeridas pela Sanders mais velha, o Mamma Mia Restaurant teve um crescimento exponencial nos últimos anos, isso acalmou a senhora Giulia Giuseppe, a sogra da Cassie que nunca concordou com o matrimônio devido as diferenças culturais. Entretanto, todas as divergências foram por água abaixo quando os gêmeos Lily e Liam nasceram. 

 

- Oi Cassie... - Charlotte falou depois de rolar o dedo sobre o touch do celular. 

 

- Charlotte Sanders, até que enfim! - Ela estava eufórica – Por Deus! Onde você se meteu? 

 

- Resolvi descansar em Boston, e acabei demorando mais que o previsto para chegar em Hilton. - Mentiu. 

 

- Você deveria ter avisado! E o Victorio poderia ter ido lhe buscar! 

 

- Não precisamos de todo esse drama, Cassie, vocês dois tem os gêmeos e eu aposto que a viagem que fizeram foi muito mais cansativa do que a minha. 

 

- Nós chegamos há uma semana atrás Charlie. - Charlie era a forma carinhosa que todos a chamavam, isso fez Charlotte deduzir, erroneamente, que a irmã já estava mais calma. Cassie era assim, ia de um furacão à calmaria em segundos. - E você já deveria estar aqui... Você está atrasada há exatamente... - Ela fez uma pausa – Uma semana. 

 

- É difícil achar Hellton no mapa. - Hellton, era uma forma amistosa de se referir aquela cidade. Logicamente, Hilton era bem pior que qualquer inferno. - E agora eu estou aqui. Como estão Lily e Liam? - Completou por fim, optando por focar na saudade que sentia dos sobrinhos. 

 

-  Porque sempre tem que ser complicado com você? - Cassie voltava a sua euforia anterior, ignorando até mesmo a pergunta sobre os gêmeos, era evidente o toque de impaciência na sua voz. - Você não pode simplesmente aparecer como uma pessoa normal e ficar ao lado da sua família em um momento complicado?  

 

- Já estou em Hilton, Cass. Eu vou para o hotel e... 

 

Obviamente, sempre que estava irritada, Cassie não deixava ninguém completar as sentenças. 

 

- Você vai ficar em um hotel?! - Ela praticamente gritou, como se o que tivesse sido dito fosse um pecado.   

 

Charlie revirou os olhos diante do drama que se formava. 

 

- Eu prefiro assim. - Ela disse por fim e começou a caminhar até o lugar em que tinha estacionado o carro. 

 

- Viu? Com você é sempre complicado Charlotte! Eu quero ver como você vai explicar para vovó Anna, ela vai adorar saber que você está na cidade depois de tanto tempo e vai ficar hospedada em um hotel! 

 

- Você sabe que é melhor assim. - Ela abriu a porta da BMW preta e entrou. Respirou fundo e recostou no banco de couro confortável. 

 

- Se você quer se iludir achando que as coisas estão melhores desse jeito, tudo bem, só não me inclua nessa. - Cassie a repreendeu - Onde você está agora? 

 

- Estou esperando você terminar o seu sermão para ir me instalar no hotel. 

 

Cass soltou um suspiro baixo. E a irmã mais nova podia imaginá-la revirando os olhos. 

 

- Como ela está? - Perguntou se referindo a avó. Mas sem vontade alguma de entrar naquele assunto, não agora.  

 

- Mal. Muito mal. E precisando de você. 

 

Charlie pigarreou. 

 

- Todos nós estamos precisamos de você Charlie, e principalmente a vovó e... - Ela fez uma pausa sem saber se queria entrar naquele assunto também. - O vovô Will iria querer sua presença aqui. 

 

De acordo com a irmã mais velha, assim como os vivos, os mortos também tinham suas exigências. Mas haviam tantas coisas que Charlotte queria naquele exato momento e que não poderia ter, era uma quimera*, e pensar nos gostos do seu avô Will lhe fazia rir com tamanha ironia. O vovô queria a presença dela em casa, e Charlie desejava que ele ainda estivesse vivo. E assim se fechava um balanço igualitário e bizarro na matemática da cabeça dela. Ninguém devia nada pra ninguém. 

 

E no fim, a verdade é que Charlotte não queria estar em Hilton. Tudo o que ela precisava era ir o mais longe possível daquele lugar, porque estar ali significava apenas duas coisas: Iria enterrar o senhor William Sanders e, como se isso já não fosse dolorido o bastante, seria obrigada a desenterrar todos os dramas que havia vivido anos atrás naquela pacata cidade.  

 

- Para um defunto, o vovô anda muito desejoso. - Respondeu quando ouviu um grito fino e distante vindo da ligação. Era Lily, no auge dos seus 4 anos, ela amava gritar pela casa. 

 

Não obteve respostas, apenas escutou a voz de Victorio chamando a Cassie, e as crianças correndo para lhe abraçar. Ela era uma mãe e uma esposa e tanto. Entre risos, beijos e gritos da Lily, ouviu também o Liam comentar sobre patos e passeios de pedalhinhos. 

 

- Lily e Liam acabaram de chegar, Charlie... - Cassie disse mais descontraída e Charlie enfim relaxou - O Victorio os levou para conhecer o The loon center.  

 

Pode-se escutar oVictorio perguntando onde Charlotte estava e se oferecendo para ir lhe buscar. Mas a Cass foi rápida  chamar a irmã mais nova de cabeça dura e avisar que ela iria ficar no hotel, mas apenas por aquela noite. E daí era notável que o drama só estava começando. 

 

- O Loon Center é incrível... - Era um parque enorme, localizado as redondezas de Hilton, possuía várias atrações para crianças e adultos, e contava com um uma pequena bacia do lago bluehill. Por muito tempo, aquele lugar fora considerado a Disneylândia para Charlie. Ela suspirou ao recordar daquela época. - Bom Cassie, eu tenho que ir, preciso realmente descansar um pouco.  

 

Ela estava cansada, fisicamente e emocionalmente, necessitava de uma noite de sono para poder encarar tudo que viria a seguir. 

 

- Amanhã pela manhã eu estarei aí... Então, eu acho melhor você não avisar para a vovó Anna que estou na cidade, digo, não ainda. - Cass deu um longo suspiro do outro lado. 

 

- Tudo bem, Charlie. - Disse derrotada - Mas assim que você chegar e se instalar no hotel, me mande suas coordenadas e eu quero você aqui amanhã de manhã no máximo até às 10 horas. Caso contrário, eu mesmo vou lhe buscar pelos cabelos! 

 

- Existe apenas um hotel em Hilton, Cass... Não tenho pra onde fugir – Respondeu divertida. 

 

 - O Grand Hilton Hotel... - Ela falou como se fosse algo obvio. E acredite, era. 

 

- Eu estarei aí amanhã... Estou com saudade dos meus sobrinhos. 

 

- E a família inteira sente sua falta. 

 

Charlie sorriu e pode jurar que Cass fez o mesmo do outro lado.  

 

- Até amanhã, magricela. - Era assim que costumava a chamar a irmã mais velha quando eram pequenas, Cassie odiava. Mas de uns anos pra cá, esses apelidos as faziam lembrar de uma época em que tudo era mais fácil.  

 

  - Até amanhã, Charlie! 

 

Charlotte ouviu antes de desligar o celular e dar partida no carro. Olhou mais uma vez para o lago Bluehills e respirou fundo. Começava uma chuva fina fora do carro, e felizmente ela já estava seca e aquecida dentro da BMW. 

 

 Apertou os dedos no volante quando passou pela segunda placa verde, tinha um desenho de uma família com dentes brancos e sorridentes, nela podia-se ler em letras grandes e brancas:  

 

WELCOME TO HILTON CITY 

 

"The friendly town that loves you"* 

 

 

 

 

- Merda! Quando foi que esses caipiras ficaram tão irônicos? 

 

*

 

1*BEM VINDOS A HILTON: a cidade amigável que ama você. 

 

2* Quimera: Sonho que não é possível realizar.

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capitulo 1 - Quimeria:
Brescia
Brescia

Em: 16/04/2020

           Bom dia mocinha.

 

Comecei agora a ler e me pareceu estar lendo um livro , o qual vc diz: deixa eu ver onde isso vai dar e é isso que entendo fazer,rs.

 

          Bravissima piccola.

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