Capitulo 22 - Poderosas
A sessão havia chego ao fim e eu estava trocando de roupa no vestiário. Um extra que seria usado para o tratamento de Cristian. Me agarrei com toda a minha fé nos 52% de chances de cura. Não estava sendo fácil manter a concentração em todas as minhas tarefas diárias, entretanto eu precisava para não sucumbir ao desespero. Seria seis meses para poder sabermos se o tratamento deu certo.
Eu precisava manter a cabeça no lugar.
Charlotte estava sendo a minha base em meio àquela tempestade. Ela me acalmava e me enchia de esperança sem precisar dizer nada. Sentia que havia encontrado a minha metade. Era cedo demais para pensar assim?
- Não... Está sendo muito divertido, na verdade... - parei na porta do vestiário. - Ela é uma deusa... Jamais fiquei tão desejosa de ter alguém em minha cama, como estou agora... - era a Sheron. Ela estava ao celular e ria como se alguém houvesse lhe contado uma piada. - Escreve o que estou te falando, essa mulher vai visitar a minha cama...
Franzi o cenho.
- Conheci sim... Ela é lindíssima. Acho que agora, como sócia, a minha mãe vai poder me colocar diretamente como modelo. Estou animadíssima com a possibilidade. - decidi voltar para os armários e esperar que Sheron fosse embora.
"De quem ela falava? A garota parece ser do tipo que não mede esforço pra conseguir o que quer."
- Ei, vamos... Estamos atrasadas pra faculdade. - Lari já estava com sua bolsa.
- A Sheron já foi? - a ruiva rolou os olhos.
- Já sim... Assim que passei por ela, ela desligou o celular e voltou para o estúdio. Sabe, Lua... Eu não gostei nenhum pouco dessa garota. - Larissa não era o tipo de pessoa que fazia julgamentos precipitados, então se ela não foi com a cara da loira, era porquê de fato sentiu o mesmo que eu.
- Também não gostei... Sei lá, fiquei toda arrepiada quando ela me olhou na sala da Charlotte. - seu olhar sobre mim foi estranho.
- Por falar em pessoas que dão arrepio... O que a Pietra veio fazer aqui? Ela e a Charlotte viraram amigas? - também estranhei aquela visita.
- Não faço ideia, Lari... Mas eu queria que elas pudessem se aproximar. A Pietra não é uma pessoa ruim. - definitivamente não a via como um monstro.
- Espero que você esteja certa, Lua...
Nos despedimos de todos no estúdio e para a minha sorte, Sheron já não estava mais por lá. Mandei uma mensagem para Charlotte, avisando que estava indo para a faculdade. Eu precisava entregar um trabalho, pois em seguida iria para o hospital encontrar a minha mãe e o meu irmão.
Faltava tão pouco para terminar a faculdade.
"Graças a Deus! Só mais dois meses e meio."
Cheguei ao hospital e encontrei minha mãe estava dormindo na poltrona, enquanto Cristian estava em uma transfusão de sangue. Ele estava pálido e com olheiras profundas. O cabelo havia sido raspado, para que o processo de perda não foi tão ruim.
Ele dormia profundamente, pois quase não pregou os olhos essa madrugada.
- Filha... Quando Chegou? - minha mãe ficou de pé e veio até a mim, me abraçando.
Ela estava tão devastada, mas diante de todas se mostrava um touro.
- Agora, mãe. A senhora quer comer algo? - ela sorriu. Eu admirava sua força.
- Quero sim, filha... Ah, hoje a namorada dele veio. Você precisava ver a alegria dele. - olhei para o meu irmão. - Ela parece ser uma boa moça, filha.
- Também acho, mamãe. Ela ama o Cris. - mordi meu lábio.
De repente, senti uma vontade sufocante de chorar.
- Vou comprar algo pra comermos. Também estou faminta. - beijei sua testa e sai do quarto, antes que eu desabasse.
Quando cheguei a recepção, pois iria comprar algo em frente ao hospital, a comida dali era horrível, vi ao longe Pietra. Ela estava no pequeno estacionamento e quando se preparava para entrar em seu carro, seus olhos caíram sobre mim. Acenei e fui até onde ela estava.
- O que faz aqui? - ela estava com roupas simples e um rabo de cavalo.
- Seu irmão está fazendo tratamento aqui? - Pietra fugiu de minha pergunta.
- Sim... É aqui. - eu estava me coçando para perguntar o que ela foi fazer na Allen. - É... O que foi fazer hoje no escritório da Charlotte?
Ela ergueu a sobrancelha.
- Você é bem indiscreta, não é mesmo? - ela riu.
Acho que era a primeira vez que a via rindo.
- A curiosidade está me consumindo. - confessei e sorri.
- Entra aqui...
Pietra abriu a porta do carro e eu dei a volta, sentando no carona.
- Diz logo... - ela ficou me encarando por alguns segundos e depois sorriu.
- De fato, você é uma mulher bem curiosa e diferente. - franzi o cenho. - Bom, eu vou me candidatar a prefeitura de Belém...
Meu queixo quase foi ao chão.
- É o que? - ela voltou a rir.
- Sim... É isso o que você ouviu. - ela ficou de frente para mim. - Fui pedir a Charlotte que crie toda a parte publicitária e também que você fosse a minha garota propaganda.
- Eu? Por que? - Pietra olhou para o para brisas.
- Porque você me mantém na linha. Sem perceber. - ok! Eu não estava preparada para aquela resposta. - Pedi que a Charlotte me desse uma força além do trabalho de publicidade.
- Ela aceitou? - por que ela não havia me dito nada?
- Sim, mas impôs uma condição e eu vim cumprir minha parte. - se possível, eu estava ainda mais impressionada.
- Posso saber qual foi? - ela me encarou novamente.
- Um dia... - Pietra demorou alguns segundos, até se pronunciar novamente. - O que acha de mim, Luane?
Que pergunta era aquela?
- Como assim? Por que essa pergunta tão repentina? - ela mordeu o lábio.
- Você virou uma espécie de régua moral pra mim... Então. - ela suspirou. - Esquece... É bobagem.
Pensei por alguns segundos.
- Acho que você está no caminho certo, patricinha cabeça de vento. - destravei a porta e a abri. - Eu sei que essa marra toda é pra esconder um coração mole.
Pietra ficou muda e eu fechei a porta, lhe dando "tchau" com a mão.
O veículo deu partida e logo deixou o estacionamento. Ao me virar, dei de cara com Charlotte e o que vi em seus olhos me deixou apreensiva. Me aproximei, pois precisava lhe explicar o que fazia com Pietra.
- Não me olhe assim... - tentei segurar sua mão livre, pois a outra estava ocupada com algumas sacolas, porém o ato foi repudiado.
- Sente algo por ela? Quer que eu deixe o caminho livre pra vocês? - franzi o cenho, não acreditando naquilo.
- Você tá se ouvindo, Charlotte? - respirei fundo. - Você ainda não percebeu que eu te amo?
Ela ficou a me olhar por vários segundos.
- Vamos levar isso pra sua mãe. - sua voz ficou fria e aquilo me preocupou. - Vou levar vocês em casa.
- Charlotte...
- Depois, Luane... Depois...
Ela me cortou e passou a caminhar a minha frente. Passei as minhas mãos, bagunçando os meus cabelos. Parei ao notar que uma senhora me olhava como se eu fosse alguma louca.
"DROGA!"
- Charlotte, filha... - minha mãe abraçou a minha poderosa.
- Oi, dona Regina. Trouxe aquele escondidinho de camarão que a senhora adora. - me mantive distante.
- Ah, minha filha... Obrigada!
- Charlotte, você veio... - Cris estava acordado.
- Oi, meu cunhado lindo. - ela puxou uma cadeira e sentou ao seu lado. - Trouxe isso pra você.
Charlotte tirou de uma sacola uma caixa.
- Tem mais de duzentos jogos. - os olhos de Cristian brilharam.
- Um play portatil... Caramba, Charlotte. Obrigada!
Ele pegou a minha poderosa de surpresa, a abraçando. Charlotte estava emocionada, mas fez de tudo para esconder. Ela me olhou por vários segundos e por um momento me imaginei casada com aquela mulher.
Me assustei com intensidade dos meus pensamentos.
- Filha, você está bem? - voltei a realidade.
- Estou, mamãe... - sorri. - Vou até a administração, falar com o diretor do hospital.
- Há algo errado? - Charlotte finalmente se dirigiu a mim.
- É o que irei descobrir...
- Eu vou com você... - ela ficou de pé. - Preciso falar com ele.
Fomos até a sala do diretor e para a minha surpresa, ele apenas queria agradecer pela iniciativa da campanha. Os bancos de sangue e células tronco haviam aumentando consideravelmente.
- Antes de irmos... Gostaria de saber se este documento é legitimo. - ela entrou alguns papeis para Gustavo, que os leu por alguns segundos.
- Sim, ela esteve aqui há pouco par assinar os documentos. Foi uma quantia muito generosa. - ele sorriu e eu fiquei sem entender nada.
- Obrigada, Gustavo. E parabéns! O trabalho que vem desenvolvendo aqui é fantástico. - eles deram um aperto de mãos.
- Obrigada, Charlotte. A ajuda de vocês foi muito importante...
- Conte conosco... Sempre que precisar.
Nos despedimos do diretor e voltamos para o quarto de Cris, cada uma presa em seus pensamentos.
Charlotte nos deixou em casa no cair da noite, se despediu de minha mãe e irmão, porém apenas me deu um beijo no rosto. Por qual motivo ela estava achando que eu queria algo com a Pietra? O que deu nela?
Olhei as horas e já se passava das oito.
"Preciso ajeitar isso."
Troquei de roupa, avisei minha mãe que iria sair e chamei um Uber. Acredito que estava na hora de investir em um carro. Logo teria a minha carteira, então precisaria de um veículo.
- Toma cuidado, minha filha... - dona Regina beijou a minha testa. Cristian estava na sala com a namorada.
- Tá bom, mamãe... Qualquer coisa, me liga. Por favor! - lhe abracei e sorri.
Depois de quarenta minutos, cheguei ao condomínio. A minha entrada foi liberada, então o Uber me deixou bem em frente a casa de Charlotte. Dei um nó no sobretudo, sentindo o vento bagunçar os meus cabelos.
Aquela peça havia sido comprada há um tempo para uma festa a fantasia que Lari e eu fomos.
Toquei a campainha e esperei por alguns segundos, até que a porta se abriu e uma deusa surgiu em meu campo de visão. Ela estava linda com um shortinho de moletom e uma regata branca, soltinha. Os cabelos sedosos soltos e de pés descalços.
Charlotte me olhou da cabeça aos pés.
- A senhorita está perdida? - ela perguntou. Sua voz saiu rouca, um tanto quanto sedutora.
- Acabei de achar o que queria... - dei meu melhor sorriso.
Espalmei minha mão sobre o colo de Charlotte, empurrando-a levemente para dentro, fechando a porta em seguida. A segurei pela barra da regata, a puxando até a sala e lhe fazendo sentar no sofá.
O seu olhar me enchia de excitação.
- Vim deixar uma coisa bem clara para você, Charlotte. - desfiz o nó do sobretudo.
- Estou louca pra ver você deixando tudo claro... - mordi meu lábio.
Fiquei de costa para ela, indo até o pequeno aparelho de som e dei play na música. Tirei o sobretudo, ficando apenas de lingerie vermelha e de renda, exatamente a que eu sabia que minha poderosa adorava. Então passei a me mover de forma lenta e virei para olha-la e foi quando percebi que estava no caminho certo.
Os seus olhos se tornaram mais escuros.
- Não sei de onde tirou... - me aproximei, trazendo suas mãos para os meus quadris e a senti o apertar forte. - Que eu queira outra pessoa... Ah...
Senti uma boca tocar levemente em abdômen.
- Mas você está... - lhe empurrei, a montando de frente. - Totalmente enganada.
Puxei seu lábio inferior, ouvindo um gemido rouca sair de sua garganta.
- Estou? - nossos olhos se encontraram. Eu desejava lhe beijar a boca até me faltar o ar, mas precisava dizer o que estava em minha mente.
- Sim... - continuei me movendo sobre ela, no ritmo da canção. - Sou louca... Totalmente louca... Desesperadamente louca por você, Allen arrogante...
Luane tomou a minha boca de uma forma que foi impossível resistir. Tirei o seu sutiã, sentindo os montes nas palmas de minhas mãos. Nosso beijo foi interrompido, pois a loira tirou a minha regata, mas logo voltou a me enlouquecer.
Eu estava em chamas.
Deixei sua boca, quando o ar nos faltou e busquei pelos seios. Os ch*pei, brinquei e deslizei minha língua pela a pele sedosa. Coloquei meus dedos sobre o seu sex* e mesmo com o tecido, eu podia a sentir molhada e quente.
- Aaaah...
Ela se projetou para trás quando a penetrei com um dedo e logo em seguida com dois. Suas unhas cravaram em meu ombro, o seu corpo se movia de uma forma frenética, enquanto os seus seios subiam e desciam.
Luane é a perdição em pessoa e eu amava-lhe ver goz*ndo em meus dedos. O meu corpo pedia para ser tocado também. Eu a queria em todas as partes possíveis e inimagináveis.
- Eu te amo, Charlotte Allen... - ela estava tremula, ofegante e com a testa grudada na minha.
- Eu te amo... Amo muito. - beijei seus lábios com delicadeza.
- Não duvide disso... Por favor. - ela segurava minha face, me olhando nos olhos.
- Eu enlouqueço quando se trata de você... - toquei sua face.
O interfone tocou.
"Quem poderia ser àquela hora?"
- Deixa toca... - Luane riu.
- Você precisa atender, amor... - rolei os olhos.
- Preciso mesmo? - ela me beijou os lábios.
- Vai logo... - a contra gosto, levantei e coloquei minha regata e Luane passou a se vestir.
Jamais perdoaria quem ousou interromper aquele momento.
- Pois não? - franzi o cenho. - Quem?
"Era tudo o que faltava."
- Sim... Deixe-a passar. - droga!
Voltei para a sala e Luane estava com o sobretudo outra vez.
- Quem é? - respirei fundo.
- Sheron... A filha da Renata. - Luane franziu o cenho.
- O que ela faz aqui, Charlotte? - passei a mão em meus fios. - Não me diga que... - a campainha tocou.
Luane arrumou o sobretudo e foi até a porta. Fiquei a observar o que ela faria, então apenas me aproximei. Ao abrir a porta, o olhar de Sheron caiu sobre ela. A garota estava com uma garrafa de vinho.
- Luane... O que faz por aqui? - me coloquei ao lado da loira.
- Estava pensando o mesmo sobre você. Boa noite, Sheron. - Luane mudou o tom de voz.
- Boa noite, Sheron. Entre, por favor. - ela ficou em silêncio, nos encarando.
- Acho que cheguei em um momento ruim. - a loira ergueu a sobrancelha. - Volto em outro momento.
E sem dizer mais nada, Sheron nos deu as costas e foi embora. Luane fechou a porta e me olhou, esperando uma explicação. Sua cara de zangada elevou a minha excitação. A puxei para mim, beijando sua boca com fome. A loira tentou barrar as minhas tentativas, porém fui mais insistente até que ela permitiu minha língua encontrar a sua. Um rastro com nossas roupas foram ficando pelo caminho até o sofá. Me deitei sobre aquele corpo tão perfeito e encaixei nossos sex*s, gem*ndo pelo contato tão delicioso.
Luane cravou as unhas em minha cintura, enquanto nossos corpos estavam dançando, se conectando. Procurei sua boca, pois era assim que desejava derramar meu mel. O ritmo ficou mais rápido, exigente, até ambas chegamos ao ponto mais alto do prazer.
Eu podia sentir seu coração bater contra o meu.
- Se quiser brigar comigo... - procurei seus olhos. - Faça enquanto me ama de todas as formas. - ch*pei seu lábio. - Depois eu digo tudo o que você quiser...
Não lhe dei tempo de protestar e voltei a beija-la. Nos amamos até a exaustão e satisfação de nossos corpos. Agora, ela dormia sobre meu corpo de um jeito jogado, enquanto eu velava o seu sono. Joguei uma coberta que eu sempre deixava para enfeitar o sofá, sobre nós.
Sorri, desejando que aquele momento durasse para o resto de nossas vidas.
Fechei os olhos, me entregando ao sono sem protestar. Eu estava feliz, relaxada, então aquela seria uma ótima noite de sono.
9 de outubro.
Acordei um pouco antes que Luane e fui para a cozinha preparar algo para comermos. Eu não era nenhuma chefe de cozinha, confesso, entretanto sabia fazer algumas coisas. Deixei a mesa pronta e já estava vestida para trabalhar. Fui até a sala e Luane estava acordada, se despreguiçando.
- Bom dia, meu amor... - lhe abracei pelas costas. Ela estava usando o roupão que eu havia deixado para ela. - Não quis te acordar. Você estava linda e serena.
Ela se virou, me envolvendo pela cintura.
- Bom dia, meu amor... - ela sorriu e eu tive certeza que era aquilo que eu desejava ver todas as manhãs. - Você está linda e cheirosa... - seu nariz passeou por meu pescoço, arrepiando a minha pele. A boca bem feita colocou na minha em um selinho longo. - Que horas são?
- Sete e meia... - Luane arregalou os olhos.
- Meu Deus, Charlotte... - a loira me soltou e passou a procurar por suas roupas.
Gargalhei, vendo sua afobação.
- Calma, amor... Vai tomar banho, troca de roupa e vamos juntas pra empresa. - a segurei e a fiz me olhar. - Eu te amo... - colei minha boca na dela.
Ganhei outro sorriso.
- Eu te amo, minha Allen arrogante...
Luane foi tomar banho e eu voltei para a cozinha, ligando meu notebook. Iria ver as primeiras notícias do dia, quando me deparei com uma manchete em uma revista concorrente de fofocas.
- Betânia Simões foi traída pela noiva... - franzi o cenho.
Movida pela curiosidade, abri a manchete e minha surpresa foi tamanha. Daniela estava sendo acusada de trair a empresária e um vídeo íntimo seu estava sendo exposto. Cliquei no link e fui direcionada para outra aba.
Dei play no vídeo e ri do que via.
- Quem diria... - respirei fundo. - Caiu sozinha... Nem precisei fazer nada. - sai do site.
- O que houve, amor? - Luane se sentou em meu colo.
- Veja, amor...
- Betânia Simões, magnata dos hotéis de luxo, teve o seu casamento cancelado depois que um vídeo de sua noiva, Daniela Carvalho, foi exposto nessa madrugada. Sua acessória publicou uma nota há uma hora e exigiu a retirada do conteúdo das redes... Caramba! - a loira me encarou. - Que vagabunda...
Aquilo me fez rir.
- Você nem precisou se vingar, Charlotte. - ela franziu o cenho. - Como se sente?
- Sinto que quero beijar você. É assim que me sinto...
Alguns minutos depois, chegávamos à empresa. Durante o trajeto, contei a Luane sobre as coisas que Sheron havia me dito durante a visita as instalações da The Future. A loira me disse que havia escutado uma conversa de Sheron ao telefone.
Não tinha um bom pressentimento sobre aquilo.
Luane contou o que Pietra e ela haviam conversado e me pediu para tentar ser mais próxima a ela, pois notou que a minha "irmã" de fato almejava mudar. Preferi não dizer a loira que Pietra estava interessada nela.
Resolvi apenas confiar nos sentimentos que nos unia.
- Não gostei dessa frase... Ela não parece real. - analisei as fotografias sobre a minha mesa. - Luane, o que acha dessas aqui? - separei quatro.
- Se encaixa perfeitamente. Acrescenta mais essa e pronto. - olhei com mais atenção e amei o resultado.
- Perfeito! São essas, Daniel. Passe com o diretor do RH. - ele me olhou sem entender nada. - Você está oficialmente contratado.
- É sério, senhorita Allen? - o rapaz sorriu. Era um excelente profissional e de um talento ímpar.
- Vá logo... Já tem um espaço preparado pra você no estúdio. Seja bem-vindo a Allen. - apertei sua mão.
- Deus... Minha esposa não vai acreditar. Obrigada pela oportunidade, senhorita Charlotte... Obrigada!
Ele deixou minha sala.
- Você é incrível, senhorita Allen... - Luane me abraçou pelo pescoço, me deixando arrepiada.
- E por que? - sua boca se aproximou de meu ouvido e eu senti o corpo inteiro acender.
Perdi o raciocínio.
- A senhorita não pode entrar... - Luane se afastou. Olhamos para a porta.
- Eu preciso falar com você. - Daniela estava descabelada e parecia furiosa.
- Desculpe, Charlotte... Ela foi entrando. - Paola olhava com desagrado para ela.
- Tudo bem, Paola... Pode ir.
Ela fechou a porta.
- SAÍA VOCÊ TAMBÉM! - ela teve a ousadia de gritar com Luane.
- Baixa o volume, Daniela. Você não manda em nada aqui. - fui até o telefone. - Vou chamar a segurança e pedir pra te acompanhar.
- Eu não vou sair daqui sua vagabunda! - ergui a sobrancelha. - Foi você, Charlotte... Você quem contratou aquela mulher pra me seduzir e fazer aquele vídeo. Sua infeliz, você acabou com o meu noivado...
Ela tentou vir para cima de mim, mas foi barrada por Luane.
- Você tá maluca? - a loira a afastou.
- Não toca em mim! - Daniela acertou o rosto de Luane.
- TÁ LOUCA? - a empurrei, me controlando para não agredi-la. - Nunca mais toque com essas mãos imundas na minha mulher. Não sei o que você acha que fiz, mas também não me interessa. Saía daqui agora mesmo... E agradeça por eu não enfiar a mão na sua cara.
- Você acabou com a minha vida, Charlotte... - do que aquela louca estava falando?
- Vá embora! Não fiz nada... Sua vida já não me interessa há tempos. - peguei o telefone e chamei os seguranças.
- Isso não vai terminar assim, Charlotte. Grave minhas palavras. - dois seguranças entraram em minha sala. - Me soltem!
- Acompanhem essa mulher até a saída e não a deixem entrar na Allen nunca mais. - respirei fundo.
- Sim, senhorita Allen...
Daniela saiu de minha sala, me deixando uma grande interrogação.
- Você está bem, meu amor? - segurei em sua face.
- Sim, eu estou... Do que ela falava? - levei a mão a nuca.
- Não faço ideia... - fui até o sofá e desabei.
- Charlotte, ela te acusou de divulgar o vídeo. Amor, você precisa esclarecer isso tudo ou aquela mulher pode prejudicar a sua imagem. Lembre que semana que vem a sua empresa abrirá as portas. - ela tinha razão.
- Vou ligar para o meu advogado e me informar de que medidas tomar. - fechei meus olhos. - Estou cansada de tudo isso... Queria apenas que Daniela ficasse no passado e não voltasse nunca mais...
Luane sentou ao meu lado, me fazendo deitar em seu peito. A loira passou a fazer carinho em meus fios. Aquilo sempre me acalmava de uma forma eficaz. Me permiti ficar ali e esquecer que o mundo lá fora era um caos.
Naquele mesmo dia, falei com meu advogado e ele sugeriu que eu iniciasse um processo de calunia e difamação. Primeiro, iria até Daniela saber a fundo de onde surgiu a ideia de que era eu a idealizadora de tudo aquilo.
Algo em mim dizia que havia muito mais por trás daquela história.
Cheguei ao estacionamento e o meu carro não era o único ali, o que estranhei bastante e ao abrir a porta do meu carro, meu coração veio a boca quando senti uma mão em meu ombro.
Me virei.
- O que... O que faz aqui? Quer me matar do coração?
- Preciso falar com você...
Respirei fundo.
- Segue o meu carro... - Pietra não deu espaço para diálogos e entrou em seu veículo.
- O que é agora? - mordi meu lábio. - Droga...
Entrei em meu carro, seguindo o AUDI preto, me perguntando o que viria agora, pois nada mais me surpreendia. Eu só queria que tudo aquilo chegasse ao fim. Minha vida havia se tornado uma montanha-russa.
- Preciso me manter no controle... Mantenha a calma, Charlotte...
Fim do capítulo
o que será que vem por ai?
hahahahahahaa
coitada da Allen... um problema puxando o outro.
até sábado amores...
aaaaaaah e muito amor no coração de vocês...
Comentar este capítulo:
Andreia
Em: 18/01/2021
Nossa quando a Charlotte vai ter paz um pouco confusão em cima de confusão.
Uqndo não é um e outro no meio delas ou e levando problemas p uma ou p outra ou senão o destino aprontando p elas o que mais falta acontecer com as duas.
O prefeito tá muito quietinho demais viu ele deve ta aprontando alguma p as duas ou tbm p Pietra.
Bjs
Master
Em: 09/04/2020
Pra onde a pietra vai levar a Charlotte heim curiosa aqui, amo demais essas duas, quando vamos ter uns de larissa e helena heim autora louca pra elas juntinhas também.
Resposta do autor:
aaaaaaaaaaaaah sobre a lari e a helena, falaremos nas notas finais do prox cap...
já temos um novo...
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Anny Grazielly
Em: 08/04/2020
Caraaaa... ainda vou pirar com essas duas.... estou com medo da Pietra ta usando da confiança da Lua e Charlotte para acabar com elas... meu coração agora ficou pequenino...
Espero que tanto Lua como Charlotte nunca deixem de falar o que acontece uma com a outra... que exista sempre a confiança nesse amor das duas... pq so o que tem eh gente querendo acabar com elas...
Estou realmente com medo delas se separarem... :(
Resposta do autor:
nãooooooo pira antes do tempo...
elas vão ter que tirar força uma da outra, porque o que vem por ai é porrada e bomba...
esse vinculo está sendo fortalecido... se ambas resistirem as provas da vida, certeza que nada mais será capaz de separa-las...
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Marta Andrade dos Santos
Em: 08/04/2020
Eita lá vem confusão.
Resposta do autor:
muita confusão... ;(
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