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I Want You por Leticia Petra

Ver comentários: 5

Ver lista de capítulos

Palavras: 4115
Acessos: 5517   |  Postado em: 05/04/2020

Capitulo 21 - A prefeita

 

      A minha mãe estava sentada no sofá de nossa casa, sendo consolada por dona Claudia e o meu irmã estava no quarto, descansando. O resultado foi exatamente o que previ e não poderíamos estar mais arrasados. Na semana seguinte, as sessões de quimio iniciariam e o médico nos pediu para voltar dali a dois dias e receber os exames detalhados.

- Toma... Precisa comer algo. - Charlotte colocou a minha frente um prato com sopa. Lari havia preparado e agora a ruiva estava sentada ao meu lado, segurando a minha mão.

- Estou sem fome... - a minha cabeça estava uma confusão.

- Precisa comer, Lua... - Charlotte levou um prato para a minha mãe, sentando ao seu lado e lhe acolhendo. - Ela é incrível e vocês têm sorte de ter uma a outra...

- Tenho sorte de ter vocês... - Lari sorriu. - Obriga por estar aqui, ruiva...

- Precisa ser forte... O Cris é jovem e vai sair dessa. Vamos confiar em Deus... - respirei fundo, sentindo meus olhos queimarem. - Ele tem que ver vocês confiantes pra se sentir confiante... Vem cá.

      A ruiva me puxou para si, me deixando desmoronar ali. Ela tinha razão, Cristian precisava nos ver fortes e seria assim, mesmo que em meu interior não fosse verdade. Não seria nada fácil conciliar tudo, mas daria o meu melhor para que ele se sentisse seguro.

"Eu sou aonde for por você, meu irmão..."

 

- Luane... Sei que não é o momento, mas eu queria conversar. Preciso te dizer algumas coisas. - Charlotte estava em pé no meio do quarto. Cris estava dormindo com a nossa mãe.

Então estávamos sozinhas.

- Tudo bem, Charlotte... - bati no colchão. - Senta aqui... Não precisa ficar em pé.

Ela fez o que pedi e houve um breve silencio.

- Não sou inocente a respeito do que Daniela disse. - ela me encarou. - Realmente, aquele era o meu plano. Eu estava cega, buscando uma forma de fazer ela sentir tudo o que senti. Faria qualquer coisa pra poder alcançar o meu objetivo, inclusive usar você...

Respirei fundo.

- Mas hoje já não penso mais assim, Luane... - vi os seus olhos entristecerem. - Desde que você entrou em minha vida, não me sinto mais a mesma de dois meses. Quando tô perto de você, a única coisa que desejo é dar o meu melhor... - ela riu. - Não acredito que estou aqui, dizendo tudo isso. Eu sempre deixei as pessoas pensarem o que quisessem de mim... Mas agora não é mais assim, não é com você ou sua família, amigos. Me perdoa por ter te magoado e me dá a chance de te mostrar tudo o que sinto... Hoje sei que jamais deveria nem ter cogitado a possibilidade de te usar assim...

Os meus olhos ardiam e não pude segurar as lágrimas.

- Quero cuidar de você, meu amor... Então... - não a deixei terminar e a trouxe para perto, cobrindo seus lábios com os meus.

      O nosso beijo foi uma mistura de lágrimas e saudade. A beijei com toda a gentileza e desejo que habitava em mim. Nos braços de Charlotte, eu sentia que podia enfrentar o mundo se necessário fosse.

- Me abraça forte... Por favor. - ela segurou o meu rosto. - Eu te perdoo, mas não faça nunca mais... Nunca.

- Nunca... Nunca, meu amor... - Charlotte me puxou para si.

      Ela me fez deitar em seu peito, fazendo carinho em meus cabelos e foi como um sonífero forte, certeiro. Dormi, esgotada depois daquele dia tão longo. Naquela madrugada, sonhei com o meu pai.

Ele me dizia que estava comigo o tempo todo.

 

4 de outubro de 2019.

      Cristian já havia iniciado o tratamento, pois Charlotte intercedeu e estava nos ajudando com os valores do hospital e remédios. O meu irmão estava fraco e não podia mais frequentar a escola. O médico deu 52% de chances de cura, então minha mãe e eu estávamos nos agarrando àqueles números.

- Luane, chame todos os funcionários e peça que se reúnam no salão principal. Por favor. - Charlotte digitava algo em seu notebook.

- Mais alguma coisa, chefinha? - ela me olhou e sorriu de uma forma cafajeste.

- Que tal uns amassos ali? - ela apontou para o sofá, me fazendo erguer a sobrancelha.

- Estamos em horário de trabalho... - pisquei para ela e saí de sua sala.

      Fazia mais de duas semanas que Charlotte e eu não fazíamos amor. Ela estava sendo uma verdadeira dama, respeitando o momento e me dando tanta força. Minha mãe vivia a lhe elogiar e Cristian via a minha poderosa como uma segunda irmã.

"Não consigo mais viver sem ela... Que loucura, meu Deus. Faz tão pouco tempo..."

- Ei, vamos tomar café? - Larissa me tirou de meus pensamentos.

- Vamos ter uma reunião com a Charlotte... Me ajuda a ligar para os setores. - a ruiva me seguiu.

      Fiz o que Charlotte mandou e minutos depois estavamos no salão, a vendo subir no pequeno palco. Ela não parecia feliz, me dando certeza de qual seria o pronunciamento. A minha poderosa estava decidida, porém eu sabia que parte sua ficaria ali.

- Bom dia, meus queridos colegas de trabalho... - a resposta veio em coro. - É com muita tristeza que anúncio a minha saída da presidência da Allen... Assim como a saída de minha Vice Helena Brinite. - olhei para as pessoas ao meu redor e o descontentamento era visível. Um burburinho se iniciou. - Em breve, meu irmão William Mitchell Allen assumirá.

Charlotte estava com uma expressão séria, porém eu sabia que em seu interior o coração doía.

- Quero que saibam que foi um enorme prazer trabalhar junto a vocês. Tudo que a Allen é hoje, se deve a dedicação de todos vocês e é por isso que a edição desse fim de semana de nossa revista será toda dedicada a vocês... - olhei para aquela mulher tão segura de si naquele palco e me senti aquecer por dentro. Os seus olhos encontraram os meus e então fui presenteada com um lindo sorriso. - Peço que cada setor se dirija ao estúdio um de cada vez... Não levará mais que vinte minutos. Essa é a minha forma de agradecer a todos. Obrigada por tudo.

      Os funcionários ficaram perplexos com o pronunciamento. Alguns comentavam que a Allen jamais seria a mesma. E de fato, eles tinham razão, a empresa nunca mais teria uma gestão tão eficiente quanto a de Charlotte.

O que era uma pena.

      Apesar de todos os desaforos que a minha digníssima sogra disse a Charlotte, eu não almejava o declínio da Allen. Lembrei da conversa que tive com William e de como via em seus olhos o pavor pelo mundo dos negócios. Eu torcia para que ele obtivesse sucesso.

 

      Larissa e eu ficamos encarregadas de levar cada setor para o estúdio. Quando relógio marcava onze e meia, a sessão havia chego ao fim. Helena e Charlotte iriam a faculdade aquela tarde para a palestra, então pegamos carona.

O carro foi estacionado nas vagas atrás da faculdade, para não sermos vistas com elas.

- Nos vemos daqui a pouco, meu amor... - beijei os lábios avermelhados. - Eu te amo e você foi muito forte hoje.

Os olhos castanhos brilharam.

- Eu te amo, meu amor... Obrigada por estar comigo. Mesmo sem perceber, você me dá paz... - meu coração acelerou.

Era impressionante o poder que ela tinha de me fazer ficar apaixonada a cada segundo.

- Boa palestra... E não dá confiança para as meninas daqui. - rolei os olhos.

Charlotte gargalhou e era divino ouvir o som de rua risada.

- Deixa de ser ciumenta e vamos, Luane... - Larissa beijou Helena e saiu me puxando do carro. Estávamos muito atrasadas. - Até depois, mulheres das nossas vidas...

Acabei rindo da bobagem da ruiva.

      Chegamos a sala e a primeira aula já havia iniciado. A palestra seria no segundo tempo e aberta a todos. Olhei para o lado e Will estava anotando algumas coisas, o que era bem raro de acontecer. Senti vontade de lhe perguntar como ele se sentia. Charlotte havia dito o que tinha se passado e eu me recusava a acreditar que ele andava usando drogas.

- Estão liberados para a palestra... Sem perguntas levianas, por favor. - o professor pediu.

- Ei, como você está? - Will me encarou por vários segundos, sem dizer nada.

Me senti uma idiota por ter perguntado.

- Ficou sabendo, não é? - Larissa me esperava na porta.

- Sim... - ele riu.

- Charlotte não perde tempo... Me deixe em paz. Vai aproveitar a sua vidinha de conto de fadas com a minha irmã. - ele levantou e me deixou com cara de idiota.

- Não deveria falar assim com ela, seu imbecil. - olhei espantada para Lair. - A culpa não é dela se você é um moleque mimado e não sabe lidar com os problemas da vida. Luane tá cheia de problemas, o irmão dela tá doente e nem por isso tá tratando os outros com arrogância. Ela se preocupa com você... Deveria ser menos babaca.

A minha boca abriu levemente.

- Seu irmão está doente, suburbana? - franzi o cenho ao ouvir aquela voz. O que ela fazia ali?

- Pietra, agora não. Isso é verdade, Luane? - Will parecia arrependido do que disse.

Olhei para os dois, que me encaravam esperando a minha resposta.

- Ele tem leucemia... - olhei para o chão. - Preciso ir...

      Saí da sala, me sentindo um pouco desorientada. Aqueles dias estavam sendo difíceis, pois ver o meu irmão sofrendo com os efeitos colaterais da quimio me quebrava por dentro. Minha mãe tentava passar segurança em suas atitudes, porém assim como eu, ela chorava escondida em seu quarto.

Entrei no banheiro e Lari entrou logo atrás, sendo seguida por Pietra que usava muletas.

- Desculpe, Lua... Eu não deveria ter dito nada. - Lari estava com uma expressão de culpa.

- Ei... - Pietra me fez olha-la. Ela se aproximou, ficando a poucos centímetros de mim. - Você é forte e sei que sua família vai superar isso tudo. Você é a mulher mais corajosa que já conheci. - franzi o cenho. Logo atrás, Lari estava de olhos arregalados. - Se Deus realmente existe, ele não vai te deixar só... Posso te abraçar? Não sei bem como se faz isso, mas acredito que seja assim que as pessoas fazem... Não é? - a morena fez uma cara confusa.

- Pode sim... - Pietra me abraçou. Dava para perceber que aquilo não era um habito.

      Lari abriu a boca, ficando perplexa com o ato tão inesperado. Ela apertou o contato, me fazendo sentir uma estranha familiaridade. Fechei meus olhos, me permitindo ficar ali por algum tempo.

 

      Quando chegamos ao auditório, a palestra já havia iniciado. Sentei na mesma fileira que William, que me encarou por alguns segundos. Lari segurou a minha mão, como se quisesse dizer que estava ali, depois daquele momento estranho com Pietra no banheiro. A morena já havia ido embora.

- Senhorita Allen, há rumores que a senhorita está deixando a Allen, isso é verídico? - um dos alunos perguntou.

- Sim, essa informação é verídica, porém em breve teremos uma nova empresa de publicidade em nossa cidade. Estejam convidados para conhecer as nossas futuras instalações... - houve um burburinho.

- Você foi capa de uma concorrente, que elevou a sua genialidade no mundo da publicidade. Há uma dica que possa dar a nós, senhorita Allen? - Charlotte olhou em minha direção.

Ela estava parecendo uma rainha em seu habitat natural.

- Dedicação, trabalho duro, respeito com o seu próximo, seu colega de trabalho... E amor a essa profissão. Esse é o segredo. - sorri, me sentido tão bem em apenas lhe olhar de longe. - Sei que essas palavras parecem um clichê, entretanto são a base de uma empresa de sucesso e prosperidade.

Houve uma salva de palmas.

      Sim, Charlotte é uma empresária de sucesso, milionária, porém trata todos os funcionários da Allen com respeito. Algo que percebi ao seu respeito: Charlotte sabia o nome de todos os colaboradores da empresa. E eu podia ver que o respeito era mutuo.

Minha poderosa é uma mulher maravilhosa, mas acho que sou suspeita para falar.

- Minha pergunta é para a Helena...

Mateus, um dos mais promissores da turma ficou de pé.

      A palestra se seguiu por mais uma hora, todos os alunos tiveram uma oportunidade de saciar suas curiosidades. As duas eram referência a todos ali, desejosos de alcançar os feitos de Charlotte e Helena.

- Não consigo acreditar que essa mulher está mesmo apaixonada por mim... - a ruiva comentou ao meu lado, me fazendo rir.

 

 

5 de outubro de 2019.

      Os móveis já estavam espalhados por minha casa e alguns em seus devidos lugares. Minha sogra pediu para trazer Luane, pois a loira andava muito deprimida. Foi difícil tira-la de casa, pois a sua vontade era de ficar e cuidar do irmão.

- Larissa, para de pular no colchão. - pude ouvir a loira reclamar com a mais nova, me fazendo rir.

- Charlotte, que tal pararmos e pedirmos algo para comer? - a morena estava suada. Foi ela a decoradora de minha sala, que estava impecável.

Helena era dona de um bom gosto invejável.

- Vou perguntar o que as meninas querem comer. - ela saiu da cozinha, indo para o andar de cima.

       Olhei para a janela, com vista para o jardim bem cuidado e colorido. Tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Por noites, acolhi Luane em meus braços, ouvindo seu choro. Em frente ao irmão e a mãe, ela se mostrava forte e destemida, mas quando estávamos sozinhas, a mulher que eu amo desabava em meu colo.

Eu queria tanto fazer algo.

- O que faz aqui sozinha? - seus braços me envolveram pela costa e o seu queixo descansou em meu ombro.

Respirei fundo, amando as sensações que ela me despertava.

- Apenas pensando em você... - me virei, a abraçando pela cintura. - Já disse o quanto te amo hoje?

Ela sorriu e em meu interior um fogo de grandes proporções passou a queimar.

- Já... Porém diga mais vezes, eu amo ouvir essa frase vinda da sua boca. - mordi meu lábio.

- Eu te amo, minha garota insolente... - Luane gargalhou, me fazendo sentir coisas inimagináveis.

- Insolente, é? - sua boca grudou na minha e o beijo foi provocante, fodidamente provocante.

- Já querem a sobremesa? - nos afastamos. - Tem mais pessoas aqui, sabiam?

Lari nos olhou com irônia. Helena estava ao seu lado, a abraçando.

- Vocês fazem um casal bem bonito... - Helena ficou sem jeito. - Ora, a senhorita vice presidente corou?

- Amor, deixa a Helena... - Luane ralhou.

- Ela é bem pior que isso, Lua... - a morena comentou. - Implicante...

Acabei rindo.

- Larissa, a cama está sendo interessante?

- Charlotte! - Luane e Helena disseram juntas.

- Ainda não chegamos a esse momento... - a ruiva encarou minha amiga. - Mas espero que seja tão intenso quanto os beijos e amassos. - Lari respondeu sem a menor vergonha, me fazendo gargalhar com a reação de Helena.

- Lua... Me salve dessa, por favor...

 

      Já era noite quando terminamos de colocar tudo no lugar. Seria a minha primeira noite em minha casa e eu desejava que fosse ao lado de Luane, mas a loira não estava no melhor momento de sua vida e seria egoísmo pedir que ficasse.

- Luane é uma mulher tão forte... - Helena comentou e levou a taça de vinho a boca.

Já se passava da meia noite, mas o sono não vinha.

- Ela é sim...  Fico impressionada com sua determinação. - aspirei o ar. A noite estava fria e uma fina garoa caia sobre a cidade.

- Queria poder fazer algo... - Helena lamentou.

- Aquele hospital... Na última sessão que fui com Cris, vi que há muitas crianças na fila de espera... Podemos fazer algo por eles. - deitei no chão gelado. - Uma campanha de doação de medula... Eu só...

Helena colocou a sua mão sobre a minha, deitando ao meu lado.

- Charlotte, não se desespere... - somente naquele momento notei que chorava. - Ele é jovem e sei que vai conseguir. Temos que ter fé...

Helena tinha razão.

- Sei que não é hora, mas queria te dar uma boa notícia. - tombei minha cabeça para o lado.

- O que? - Helena me olhou e sorriu.

- A edição de hoje foi um sucesso. Nunca vendemos tantos exemplares. - de repente uma ideia surgiu.

- Helena... Já sei como vamos trazer doadores. - fiquei de pé.

- Ei, calma... - ela fez o mesmo. - Como?

- Vamos adiantar a edição para segunda e na capa pedir por doadores. - ela sorriu. - Em destaque...

- É uma ótima ideia!

 

8 de outubro de 2019.

      Desde que foi publicado o pedido de doação de medula, o hospital recebeu inúmeras pessoas e dentre elas, uma foi compatível com o Cristian. A notícia deixou Luane e sua mãe mais esperançosas. Não era uma certeza, porém havia grandes possibilidades de dar certo.

- Senhorita Charlotte?

- Sim, Paola...

- A senhorita Renata e sua filha já estão aqui...

- Peça para elas entrarem, por favor. - desliguei a chamada.

- É a sua sócia? - Luane perguntou. Ela estava em sua mesa, fazendo alguns relatórios.

- Sim... Quero que as conheça. - sorri.

- Bom dia, Charlotte... - Renata entrou, seguida de Sheron.

- Bom dia, Renata, Sheron... Essa é a Luane Oliveira. - os olhos de ambas caíram sobre a loira, que ficou de pé.

- É um prazer conhece-las. - o olhar de Sheron sobre Luane foi de admiração.

- Finalmente pude conhece-la. - Sheron se aproximou, abraçando Luane de surpresa. - Você é ainda mais bela pessoalmente.

Ergui a sobrancelha.

- Olha, mamãe... Nos parecemos bastante. - Luane ficou sem graça.

- É um prazer, Luane... - as duas deram um aperto de mão. - Sheron estava doida para conhecer você.

- Sério? E por qual motivo? - passei a observar.

- Vi sua foto na filial de São Paulo... Fui imediatamente com a sua cara. - Luane sorriu.

Max entrou em minha sala.

- Minha poderosa, vim buscar a minha modelo. Ora, quem são essas beldades?

                Ouve uma pequena apresentação e passamos a conversar sobre o trabalhos de Max, que já havia dito que me seguiria até The Future. Renata e ele ficaram empolgados com a parceria.

- Venham... Acompanhem a sessão da minha diva suprema. - ele convidou.

- Não seria incomodo? - Renata perguntou. Luane me olhou e sorriu.

- De forma alguma... Venham!

- Vá, Renata... Foi justamente por isso que as convidei aqui. - completei.

    Os quatro saíram de minha sala e quando sentei, pronta para voltar ao trabalho, a porta foi aberta e Luane veio até a mim, me dando um selinho e novamente deixou meu escritório. Fiquei com cara de boba, sorrindo com o dedo sobre meus lábios.

- Senhorita Charlotte? - Paola estava na porta e me olhava com divertimento.

- Sim, Paola? - tentei me recompor.

- Pietra Cavalcante deseja vê-la. - franzi o cenho.

O que ela queria?

- Peça para ela entrar, Paola... Vá comer algo. Seu filho deve estar com fome. - ela sorriu.

- É pra já, chefinha...

Poucos segundos depois, minha... Irmã adentrava o meu escritório.

- Oi, irmãzinha... - trinquei os dentes com o tratamento.

- Senta aqui, Pietra. - apontei para a cadeira a minha frente.

Ela fez o que pedi e me olhava sorrindo.

- O que se deve a sua visita? - tentei ser profissional. – Em que posso te ajudar.

- Meu assunto é totalmente profissional, maninha. - algo nela estava diferente.

- Estou à disposição... – limpei a garganta.

- Bom, vou direto ao ponto... Me filiei a um partido que me lançará como candidata a prefeitura nas eleições de dois mil e vinte. – ergui a sobrancelha. – Quero contratar os serviços da Allen e desejo que a minha garota propaganda principal seja a Luane...

- E o seu pai? Você está louca? – Pietra sorriu. – O que ele disse sobre isso?

Ela apenas virou o rosto, mirando em algum ponto.

- Ele me expulsou de casa depois que eu disse que estava fora dos esquemas de desvio de verbas da prefeitura. – ela me encarou. – Estou novamente só nessa vida, querida Charlotte.

- Então vai se candidatar à prefeitura só para afronta-lo? – o que aquela garota tinha na cabeça?

- Não... Pra livrar essa cidade dele. – franzi o cenho. – Queria o seu apoio, pois a sua imagem é a personificação da seriedade.

- Acha que vou me meter em política? Acha que vou dar minha cara a tapa sabendo que você ajudava o Álvaro com os desvios? Você só pode estar louca. – fiquei de pé.

- Não tenho planos de enriquecer com esquemas, Charlotte. – a encarei. – Quero recomeçar... Quer que eu prove isso?

- Não quero que me prove nada, Pietra. Você não me deve satisfação alguma. – fiquei de frente a janela. – Não acredito nessa mudança de um dia para o outro...

- Não foi de um dia pro outro... – ela respirou profundamente. Aquele gesto mostrava a sua impaciência. – Ainda não mudei totalmente. Depois do sequestro, muita coisa mudou. Nunca achei que existia pessoas boas de verdade, até conhecer aquela suburbana...

Virei para olha-la.

- Se apaixonou por ela, não é mesmo? – ela sorriu.

- Sim, estou apaixonada por ela, mas não se preocupe, não tenho a intenção de interferir no relacionamento de vocês. Luane te ama e eu sei meu lugar. – respirei fundo. – Ela é uma mulher especial, irmãzinha... Cuide bem dela. – Pietra ficou de pé. – Já que não vai me ajudar, procurarei outra empresa...

Ela passou a caminhar até a porta.

“Não acredito que vou mesmo fazer isso.”

- Eu aceito o contrato, mas com uma condição. – Pietra se virou e me encarou.

- Qual?

- Que de alguma forma você devolva tudo o que já roubou com o Álvaro... – ela ficou muda por alguns segundos.

- Tudo bem... Ainda hoje te mando um documento comprovando o meu desligamento de tudo... – ela sorriu. – Volto no fim da semana para discutirmos estratégias de campanha. Até mais, minha irmã.

Pietra saiu de minha sala, me fazendo respirar fundo.

- Shit... – olhei para a janela. – Espero não me arrepender de nada disso.

- Falando sozinha? – Helena saiu de onde?

- Você quer me matar do coração? – ela sorriu.

- Vamos até o estúdio, o Max pediu pra te chamar. – Helena franziu o cenho. – O que ela queria aqui?

- Se eu te disser, você não vai acreditar....

      Saímos de minha sala e durante o trajeto até o estúdio, contei a ela sobre a nossa futura candidata à prefeitura. Helena chegou a questionar sobre uma suposta tentativa de golpe envolvendo Pietra e Álvaro, mas algo em mim dizia que ela de fato queria mudar.

Eu desejava que sim.

      Chegamos ao estúdio e Luane gravava mais um comercial para o Adrian. Fiquei feliz por ela, assim a loira estaria mais perto do sonho de reformar a sua. Me ofereci a ajuda-la, porém recebi uma recusa.

Ela queria conquistar sozinha e eu me sentia orgulhosa em ter aquela mulher na minha vida.

- Quem é aquela moça? – Renata se aproximou de nós. Ela apontava para a ruiva, que auxiliava o diretor.

- É a Larissa, trabalha conosco e também minha amiga. – Renata sorriu.

- Como ela é bela... Aqueles cabelos são naturais? Por que ela não está no catalogo de modelos? – percebi que Helena não gostou da admiração que nossa sócia estava demonstrando.

- Ela quer ser publicitária... – a morena respondeu. – Minha namorada é muito criativa e logo será uma profissional conceituada.

Renata olhou com espanto para Helena.

- Sua namorada? Não sabia que...

- Foi amor à primeira vista...

Helena estava marcando território e perceber isso me fez querer rir, porém me mantive séria.

“Isso vai ser engraçado.”

 

 

 

                                              

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

hiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

aqui... mais um.

Até sexta.

Comemorando porque meu word tá novinho em folha :)


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Comentários para 21 - Capitulo 21 - A prefeita:
rhina
rhina

Em: 17/06/2020

 

Aaah vai

Vai mesmo

Ser muito interessante.

Rhina

Responder

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fabsales
fabsales

Em: 06/04/2020

Meus casais são lindas.. Amoo! 

Eii, vc bem q poderia fazer Pietra e Sharon se esbarrar e ter aquela briga e depois acabar se apaixonando, uma opinião bb que ia amar se vc criasse mais um novo casal lésbico.. Amo histórias assim com vários casais lésbico kk <3 Continua logo por favor


Resposta do autor:

Ah... Pietra está em processo de limpeza na alma... Acho que alguém como a Sheron não faria bem para a sua jornada. Luane está sendo um importante ponto de equilibrio para ela.

Tá com medo de shippar Pietra e Luane, não é? kkkkkkkkkk

vou postar daqui a pouco S2

Responder

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Aurelia
Aurelia

Em: 06/04/2020

Se Helena marcou território nessa velocidade e sem terem feito amor ainda, não quero nem vê o que a Luane ou Charlotte vai fazer quando essa Sheron mostrar as asinhas. Vai ficar depenada, e vou achar é pouco. Da um alívio danada as duas juntas e em paz, gosto não delas separadas. Luane garota propaganda da Pietra, isso vai ser louco. Imagina a revolta do prefeito contra as duas filhas. Poxa sexta está longe demais, volta antes. Bjos 


Resposta do autor:

Aaah... Helena viu que a Renata ficou admirada até demais e não  pensou duas vezes...

Charlotte e Luane não serão um casal ping pong... Elas são maduras. Acho que dialogos serão muito utilizados. 

Mas, é talvez...

Luane entrou em um espaço dentro de Pietra que ninguém jamais o fez... 

aaaaah eu escrevi o dia errado... era para ser ontem, porém só ficou pronto hoje kkkk

daqui a pouco vou postar.. beijos meu amor...

Responder

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Naty24
Naty24

Em: 06/04/2020

Kkkk guerra de titãs 

Vai ser interessante kkk


Resposta do autor:

queeee começe os jogos haha

Responder

[Faça o login para poder comentar]

lis
lis

Em: 05/04/2020

Uau quantas coisas novas hein


Resposta do autor:

Um pouco de emoção nessa metade da nossa jornada 

Responder

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