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I Want You por Leticia Petra

Ver comentários: 7

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Palavras: 4289
Acessos: 6088   |  Postado em: 02/04/2020

Capitulo 20 - A vida e suas armadilhas

 

22 de setembro de 2019.

 

      O meu corpo era empurrando contra a janela de vidro, enquanto a minha roupa foi praticamente arrancada de meu corpo. Charlotte se ajoelhou a minha frente, colocando uma de minhas pernas sobre o ombro. A arrogante mulher me olhou cinicamente, com um sorrisinho vitorioso antes de abocanhar o meu sex*. Segurei na cabeceira da cama, pois o meu corpo entrou em êxtase total. Fechei meus olhos, segurando os fios negros, enquanto rebol*va feito uma louca contra a deliciosa boca.

 

O ódio e o tesão travavam uma briga em meu interior.

 

    Eu estava a ponto de explodir de prazer, quando Charlotte parou o ato e antes que eu pudesse reclamar de algo, a morena tomou minha boca em um beijo que beirava a selvageria e eu pude sentir o meu gosto na língua que explorava a minha. A Allen arrogante me fez apoiar a perna na beirada da cama e invadiu o meu sex* em um enlouquecedor vai e vem.

 

- Ah... Ah... – o meu coração batia feito louco.

 

Nossas bocas se separaram, buscando ar.

 

- Olha pra mim... – os olhos castanhos se fixaram nos meus, enquanto o meu quadril dançava aquele ritmo frenético. Coloquei minha mão em seu pescoço, o apertando e quase desfaleci quando vi o olhar safado de Charlotte.

 

      Não suportei por muito tempo e me desmanchei em seus dedos, perdendo as minhas forças e sendo ampara pelo corpo tão quente e feminino. Charlotte me abraçou com força e eu me permiti ficar ali, mesmo com a raiva queimando em meu interior.

 

Nos encaramos com fúria e algo mais.

 

      Charlotte buscou pela poltrona e me puxou para sentar em seu colo. Ela cobriu meus seus de uma forma rude, me fazendo fechar os olhos e morder o lábio em excitação. Logo a língua substitui os dedos e eu pude sentir o meu sex* latejar novamente, mas antes que ela prosseguisse com aquela tortura fodidamente deliciosa, a empurrei, ficando ajoelhada em sua frente, vendo um perigoso brilho brincar nos castanhos que se encontravam escuros.

 

      Abri suas pernas, a puxando um pouco para perto e mergulhando naquele pedaço de perdição. Pude ouvir o seu gemido rouco, alto e seus dedos adentrarem os fios de meus cabelos e uma dança se iniciou entre o seu sex* e a minha boca. 

 

- Ah... Não para... - fiz o que a poderosa me pediu, em segundos a prender o fôlego e relaxar em minha boca.

 

      Fiquei de pé, vendo Charlotte de olhos fechados e com a respiração forte. A mulher era a personificação de uma deusa. Eu estava excitada e ainda almejava ser tocada por ela, porém o orgulho voltou ao comando.

 

- Aonde vai? - busquei por minha roupa no quarto e passei a vesti-las. - Luane... Me ouça.

 

- Agora não, Charlotte. Por favor, só quero ir para casa e pensar um pouco. 

 

- Luane... - ela grudou em minhas costas, me abraçando com força. Fechei os olhos, me obrigando a não ceder. - Só me escuta...

 

Mordi meu lábio e respirei fundo.

 

- Só me dê um tempo, por favor... - me virei e encarei a imensidão que continha uma força que me arrastava para ela. 

 

- Não deixa tudo isso acabar assim, por favor... - o meu coração acelerou. Charlotte havia amansado totalmente.

 

- Não vou... - segurei sua face. - Eu só quero pensar um pouco... - fechei meus olhos e beijei os lábios tão perfeito. 

 

A gentileza do ato me fez sentir aquele famoso frio na barriga.

 

- Eu te amo, Charlotte Allen... - vi a mulher ficar muda e paralisada. - Amo mais do que achei que poderia amar... - toquei sua face. - Só me dê uns dias até... Isso passar.

 

- Tudo bem... Serei paciente. - ela me acolheu em seus braços. 

 

 

 

       O trajeto até nossa casa foi feito no mais absoluto silêncio. Larissa cochilava ao meu lado, enquanto eu digeria os dizeres de Daniela. Eu me sentia magoada por saber que Charlotte me usaria daquela forma. Sabia que a poderosa havia mudado bastante desde que nos conhecemos, entretanto, por aquele momento, desejava ficar só com os meus pensamentos.

 

- Cheguei, mamãe... - beijei sua testa. - Não precisa levantar...

 

- Tá bom, filha... Vá descansar. - dona Regina sorriu e voltou a se acomodar nas cobertas.

 

      Entrei em meu quarto e Cristian dormia profundamente. Deixei minhas coisas sobre o colchão e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido e deitei para dormir. Antes, busquei por meu celular que havia sido recuperado pela polícia e os pais de Lari haviam ido buscar na delegacia naquele dia.

 

No outro dia eu seria interrogada.

 

      Desbloqueei a tela e havia uma mensagem de Charlotte me dando folga no dia seguinte. Nem ao menos contestei e apenas ignorei, colocando o aparelho embaixo do travesseiro e fechei meus olhos, dormindo quase que de imediato.

 

 

 

- Vamos, filha? - minha mãe me chamava da sala.

 

- Já vou, mamãe... - joguei o celular dentro da mochila e deixei o quarto.

 

- Cris, cuide de tudo meu filho... - meu irmão mexia no celular.

 

- Tudo bem, mamãe... - ele sorriu.

 

      Saímos de casa e encontramos Lari e a sua família nos esperando. Iriamos depor e eu estava muito nervosa, pois não fazia ideia do que diria. O que falaria sobre Pietra? Se dissesse algo errado, poderia coloca-la em apuros.

 

- Lua... - Lari me cutucou. Olhei para onde a ruiva apontava e fiquei surpresa.

 

Um dos carros de Charlotte se aproximava, mas não era ela quem estava na direção.

 

- Senhorita Luane, a minha patroa me pediu pra ficar a sua disposição hoje. - minha face esquentou e os pais de Lari me olharam de forma engraçada. - Entrem, por favor.

 

Ele gentilmente abriu a porta.

 

- Graças a Deus... - Lari entrou sem cerimônia. - Ainda bem que não vamos nos espremer naquela lata de sardinha ambulante. 

 

- Menina... Deixa de ser abusada. - dona Claudia ralhou com Lari, me fazendo rir.

 

- Vamos mãe... - a ruiva se acomodou.

 

      Entramos no carro e Rodrigues logo o colocou em movimento. Ele gentilmente me perguntou sobre meus ferimentos e desejou melhoras. Confesso que parte de mim ficou triste por não ser a minha poderosa no volante, porém deveria ser melhor daquele jeito.

 

Ao menos por enquanto.

 

- Esperarei por vocês aqui fora, senhorita Luane... - Rodrigues sorriu. Ele era sempre muito gentil e agradável. 

 

- Obrigada, Rodrigues... Ah, não toma o café daqui... Disseram que ele é horrível. - o homem gargalhou.

 

- Obrigada pelo aviso, senhorita... - sorri e me afastei.

 

      Quando entramos na recepção, me surpreendi ao ver Pietra. Ela estava com os cabelos escuros e usando cadeira de rodas. Seu pai me olhou com curiosidade. Vi quando ele a cutucou, fazendo-a notar a minha presença. 

 

- Lari... Vou aqui e já volto. - a ruiva apenas fez um sinal de positivo com o polegar.

 

Me aproximei da agora morena.

 

- Como você está? - ela me olhou por vários segundos. 

 

- Estou melhorando... Como está seu pé? - o prefeito se afastou, sem dizer nada. 

 

Não havia imprensa lá fora, pois o acontecido foi totalmente abafado a pedido de Charlotte e o próprio prefeito.

 

- Tá bem melhor... - coloquei a mão sobre a nuca. - O que fez com o cabelo?

 

- Voltei para o meu tom natural... - ela tocou em seus fios. - Luane... Peço que não mencione o nome do meu pai...

 

Franzi o cenho.

 

- Não quero que eles investiguem e descubram... Nada. - ela olhou para algum ponto qualquer. - Por favor... Eu direi o que se passou, sem cita-lo.

 

Cruzei os meus braços.

 

- Vai se encrencar por ele? - ela me encarou.

 

- Você se importa com isso? Se importa se eu me encrencar? Por quê? - ela me pegou desprevenida.

 

- Porque no fundo, acredito que tem mais que uma Pietra coração de gelo ai... - então ela sorriu.

 

Era a primeira vez que a via sorrindo daquela forma.

 

- Atrapalho? - meu coração acelerou no mesmo momento. Era incrível como todos os meus sentidos reagiam a ela.

 

- De forma alguma... - Pietra respondeu e Charlotte se colocou ao meu lado. 

 

- Senhorita Luane... - franzi o cenho com o tratamento. - Bom dia...

 

- Bom dia... - Charlotte me olhou por alguns segundos e depois se afastou, indo até minha mãe e os pais de Larissa.

 

Fui colocada para escanteio.

 

- Parece que a toda poderosa ficou com ciúmes... - encarei Pietra. 

 

- Senhorita Cavalcante? Entre, por favor... - o delegado a chamou.

 

- Pensa no que te pedi, loirinha... - o prefeito se colocou atrás da cadeira de rodas.

 

Os dois entraram na sala do delegado e Larissa se aproximou.

 

- A briga entre vocês foi realmente feia, né? Charlotte apenas falou conosco e disse que tinha algumas reuniões.

 

Olhei para onde minha mãe estava e Charlotte não estava mais lá.

 

- Ela se foi sem se despedir... - respirei fundo, me sentindo frustrada.

 

- Acho que ela ficou com ciúmes de te ver falando com a barbie latina... - Lari torceu o beiço. - Quando vão se acertar?

 

- Quando a magoa que estou sentindo passar... - puxei a ruiva para sentarmos.

 

      Pietra saiu da sala do delegado meia hora depois, se despediu e foi embora com o pai, Lari entrou e logo chegou a minha vez. A tal investigadora estava presente e me olhava com muito desdém.

 

- Senhorita Oliveira... Me conte exatamente tudo o que aconteceu desde o princípio. - o que eu diria?

 

- Estávamos do lado de fora da faculdade, quando...

 

      Fiz o que Pietra me pediu e não contei sobre o envolvimento de Álvaro. A investigadora Suzana tentou me por conta a parede, jogando muitas indiretas. Parecia que ela sabia de algo e estava deixando subentendido.

 

- Por enquanto é isso, senhorita Oliveira... - fiquei de pé.

 

- Tenham um bom dia... - saí daquela sala e respirei fundo.

 

      Fui até o banheiro, jogar um pouco de água em meu rosto. O meu pé estava dolorido e a cabeça latejando. Baixei o olhar, mirando um ponto qualquer. Eu queria mais que tudo que aquela história toda terminasse o mais breve possível.

 

- Não vai durar muito e tudo virá à tona... - virei-me, dando de cara com a investigadora.

 

- Se sabe de algo, vá em frente... - ela sorriu.

 

- Irei derrubar essa elite que você faz parte, senhorita Oliveira. - ergui a sobrancelha. - Aquele prefeito, a filha e sua chefe vão todos pra cadeia.

 

- Com base em que, investigadora? - cruzei meus braços.

 

- Espere e verá, minha cara... Vai arrastar sua família e a adorável ruiva lá fora para uma grande confusão. Esteja preparada... - a mulher deixou o banheiro, me fazendo trincar os dentes.

 

"Inferno!"

 

      Quando cheguei em casa, desabei na cama, pensando em tudo o que havia ocorrido naquela manhã. Senti um desejo enorme de correr para os braços de Charlotte, ama-la até a exaustão e dormir em seus braços, sem pensar em mais nada.

 

Quando eu percebi, chorava se parar.

 

"Por que tudo aquilo tinha que ser tão complicado?"

 

      Sequei minha face, sentando em minha cama e peguei meu celular. Estava disposta a ligar para Charlotte e lhe pedi que viesse até minha casa para conversarmos. 

 

- Lua? - Cris entrou em nosso quarto e parecia muito apavorado.

 

- Ei, o que houve? - levantei, ficando preocupada. 

 

- Olha... - ele me mostrou um lenço sujo de sangue.

 

- O que foi isso? Se machucou? - minhas mãos começaram a tremer.

 

- Faz uma semana que tá saindo sangue do meu nariz, Lua... Eu tô com medo. - senti como se um raio atravessasse meu corpo.

 

Não poderia ser aquilo.

 

"Deus, por favor... Não!"

 

- Vamos no médico... - o abracei. - Não fica assim. Vai ficar tudo bem... Por que não me disse antes?

 

- Achei que não era nada demais... Pensei que fosse parar.

 

- Cris...

 

- Tô com medo, Lua... - ele passou a chorar.

 

- Espera aqui... Eu vou me vestir e vamos em um hospital. 

 

      Saí tropeçando, em busca da minha bolsa e de minha mãe. Ela ficou assustada ao me ver entrando no quarto. Busquei pelos documentos de meu irmão e pedi para ela se vestir.

 

- Filha... Você tá me assustando... - ela me segurou pelo braço.

 

- Mãe... A gente precisa ir no hospital. 

 

- Mas, o que houve? - levei as mãos à cabeça.

 

- O Cristian tá doente...

 

 

 

 

 

      A cidade parecia um pouco mais cinza naquele dia nublado. Helena havia saído para almoçar e ainda não tinha voltado. Ela estava contente por sua relação com Lari finalmente ter se concretizado. 

 

Respirei fundo.

 

      Dali a uma hora, Renata viria para conhecer as instalações de nossa futura empresa. A empresária havia chegado no dia anterior. Sua animação por nossos negócios em conjunto era visível. Eu não queria deixar a minha pequena briga com Luane afeta o meu trabalho, porém estava sendo inevitavel.

 

Eu queria lhe pedir desculpas.

 

"Ela também me ama..."

 

- Você me deixa louca, garota insolente. - mordi meu lábio.

 

      Ela fazia tanta falta e não vê-la trabalhando ali, ao meu lado, estava me deixando com uma sensação de vazio enorme.

 

- Vamos nos preparar para a reunião? - Helena entrou em minha sala.

 

- Vamos sim... - virei-me. - Renata chega daqui a pouco...

 

- Charlotte... Me dói te ver assim. - franzi o cenho.

 

- Vai ficar tudo bem, Helena... - fiquei de pé.

 

- Elas fazem falta aqui... - ri.

 

- Acho que somos duas idiotas apaixonadas. - Helena sorriu.

 

- Você nem de longe parece a Charlotte de dois meses atrás. - ergui a sobrancelha.

 

O telefone tocou.

 

- Sim, Paola? Ah, sim... Leve-as para a sala de reuniões. Obrigada! - desliguei.

 

- Já chegaram? - Helena estranhou.

 

- Acho que encontramos uma parceria tão empolgada quanto nós... - coloquei meu blazer.

 

      Helena e eu fomos para a sala de reuniões certas de que aquele seria o passo mais importante que já demos em nossas carreiras. Deixar a Allen não seria tão simples, havia um apego emocional por aquela empresa, entretanto as circunstância me forçavam a bater asas.

 

- Renata... Sheron... Bem-vindas! - cumprimentei a mulher elegante e mirei sua filha, que me encarava com um sorriso.

 

- Obrigada, Charlotte. Helena... - foquei minha atenção na mais velha novamente.

 

- É um prazer estar aqui... - Sheron apertou nossas mãos e somente naquele momento notei o que Helena havia me alertado outro dia. - Podemos conhecer a Allen principal antes de irmos para a outra empresa? 

 

- Claro... Será um prazer. Vamos?

 

      Saímos da sala de reuniões e fomos fazer um pequeno tour pela empresa. Sheron parou em frente a imagem de Luane. Ela parecia admirada com a loira, despertando uma certa curiosidade em mim.

 

O que essa garota estava pensando?

 

- Quando poderei conhece-la? - Sheron se virou para nós.

 

- Amanhã... Luane está de folga, porém amanhã estará de volta. - Helena respondeu.

 

- Vamos continuar? - me monitorei para não soar rude.

 

       Finalmente saímos da Allen e seguimos para a The Future. Renata ficou impressionada com a estrutura. Faltava muito pouco para tudo estar em seus devidos lugares. Helena e eu já havíamos fechado com algumas empresas para gerenciar a publicidade de seus produtos. 

 

- Eu adorei tudo... Tá maravilhoso. - Renata nos olhou com satisfação.

 

O meu celular tocou, mas decidi ignorar e nem ao menos olhei de quem se tratava.

 

- Helena, leve a Renata e Sheron para conhecer a sala que será dela. - a morena concordou.

 

- Tenho certeza que irá gostar. A vista é ótima. - as três entraram no elevador.

 

      Peguei o celular, desbloqueando a tela. Havia várias ligações de Joanne e James, o que estranhei bastante. Decidi não retornar, mas quando iria guardar o aparelho, ele passou a tocar novamente.

 

Era Joanne.

 

- Merda... - atendi.

 

- Charlotte, você precisa vir até o hospital. - ergui as sobrancelhas.

 

- O que se passa? - ela parecia nervosa.

 

- O seu irmão teve uma overdose... - levei as mãos a cabeça, respirando fundo.

 

Olhei para o teto, buscando uma resposta e não veio. Coloquei o celular novamente no ouvido.

 

- Estou indo ai... - desliguei a chamada.

 

- O que se passa? - franzi o cenho ao encarar Sheron.

 

Nem havia notado sua aproximação.

 

- Problemas familiares... - a garota me olhou da cabeça aos pés.

 

Aquilo me incomodou bastante. Será que eu teria problemas com aquela fedelha?

 

- Você de fato é uma mulher muito interessante, Charlotte Allen. - um brilho perigoso estava escancarado nos olhos da garota. - Vai ser bem divertida a estada aqui...

 

- Ao que se refere? - ela sorriu.

 

- Não se faça de boba, porque sei que não é. - não era possível.

 

- Acho que uma criança não deveria brincar com quem não conhece. - ela não baixou a cabeça.

 

- Criança? Veja só... - eu não tinha tempo para aquilo. - Quem desdenha... Quer comprar. Não é assim o ditado?

 

- A única coisa que sei é que você não deveria misturar as coisas, criança. Coloque-se no seu lugar.

 

O olhar abusado não foi cessado. Não estava acreditando na audácia daquela menina.

 

- Charlotte? - Helena e Renata surgiram em meu campo de visão.

 

- Helena, preciso sair agora... - olhei para o relógio em meu pulso. - Pode leva-las ao hotel?

 

- Aconteceu algo? - me aproximei.

 

- Sim, mas não se preocupe. Depois te ligo e explico tudo. Renata, Sheron, estejam convidadas para um jantar em minha casa assim que eu me mudar. - tentei sorrir. - Desculpem sair assim...

 

- Tudo bem, Charlotte. Aceitamos seu convite. Vai ser muito bom conhecer um pouco mais de minhas sócias. - Renata sorriu.

 

       Me despedi e logo estava a caminho do hospital. Durante o caminho, não pude deixar de constatar que teria sérios problemas com a filha de Renata. Jamais reclamei de ser desejada ou cercada por mulher alguma, porém naquele momento eu não queria mais ninguém em minha vida. Já havia encontrado o que nem sabia que procurava. A loira esquentada estava totalmente no controle dos meus sentimentos.

 

Então cortaria toda e qualquer investida por parte de Sheron.

 

      Ao chegar, fui direcionada para o quarto que William e quando entrei, meus pais ficaram de pé. Era a primeira vez que os via depois de dias. Desviei o olhar e encarei o meu irmão, que baixou a cabeça.

 

- Filha... 

 

- O que se passa? Como chegou a isso? - interrompi James.

 

- Ele anda muito nervoso... - Joanne respondeu. - Não imaginávamos que...

 

- Saíam daqui... Por favor. - ele nos olhou e seu rosto estava banhado em lágrimas. - Não quero que me vejam assim...

 

- Por que fez isso, William? Você jamais chegou a ser irresponsável a esse ponto. - ele olhou para a janela.

 

- Desde quando se importa? Quem te chamou aqui? - passei a mão em meus cabelos.

 

- Deixa de ser mimado... Podem sair, por favor? - encarei meus "pais". Joanne e James deixaram o quarto, sem questionamentos. - Deveria começar a ser homem, William. Sua fase de adolescente já deveria ter passado.

 

Ele me encarou.

 

- Cresce... Você terá grandes responsabilidades em breve. - retirei meu blazer. - Para de querer chamar a atenção.

 

- Você não sabe nada a meu respeito, Charlotte... Sempre a perfeita em tudo. - fui obrigada a rir. - A queridinha, a empresária de sucesso... A gênia dos negócios. A menina de ouro da família Allen. A preferida dos nossos avós... E o que me sobrou?

 

- Você é mais egocêntrico que imaginei... Nunca notou nada além do próprio umbigo, não é mesmo? Espero que um dia perceba que não é o único com problemas. Se fosse menos moleque, veria que quem é o amado e querido filho é você. Eu não passo de um erro na vida deles. - William me olhou surpreso. - Pensei que isso tinha ficado claro naquela noite quando soube que não sou filha do James. Quer comparar as nossas vidas? Então lá vai: eu sou filha de um político corrupto que está louco pra destruir os Allen. A minha mãe me odeia e me queria morta. - me aproximei da porta. - Ainda acha que só você é o injustiçado? Melhoras e um pouco de juízo também.

 

Saí do quarto, dando de cara com Joanne e James.

 

      Eu não queria fazer o papel de coitada, mas há tempos aquelas coisas estavam presas em meu peito. Sempre guardei tudo para mim, porém sempre tem um limite e o meu foi alcançado.

 

- Não precisava ser tão cruel... - Joanne segurou meu braço, quando tentei lhe dar as costas. - Ainda é a minha filha e me deve respeito.

 

- Parem, por favor... Não é o momento. - James a fez me soltar. - Chega, Joanne... Já não basta o mal que fizemos pra ela? Nada disso é culpa dela. Charlotte sempre se esforçou ao máximo pra ser uma boa filha. Chega de culpa-la por tudo... Por nossos erros!

 

Olhei para ele com surpresa.

 

- Obrigada por ter vindo, mesmo depois de tudo. - engoli um nó que se formou em minha garganta.

 

- Prepare ele para o mundo dos negócios... - diminui meu tom de voz. - Dia quinze de outubro entrego a Allen... Passem bem.

 

      Eu não queria demonstrar franqueza, então saí da presença dos dois o mais rápido que pude. Queria me manter imune a eles, mas estava muito difícil, meus sentimentos estavam confusos. Lembrei de Luane pela milésima vez naquele dia e senti uma necessidade esmagadora de estar em sua presença.

 

      Peguei o celular para ligar para ela, mas ao entrar em uma recepção, meu coração perdeu o ritmo. Luane estava sentada em um pequeno sofá. Ela parecia estar perdida, desorientada. Me aproximei com cautela e quando ela notou minha presença, a loira se jogou em meus braços e passou a chorar.

 

A envolvi em meus braços, sentindo meu peito ficar apertado.

 

- Estou aqui... - falei baixinho. Algumas pessoas nos olhavam em curiosidade. Vi uma registrar uma foto em seu celular.

 

Mas não dei importância.

 

- Vem... Me explica o que está acontecendo. - segurei sua mão.

 

      Levei Luane para o último andar do hospital, onde havia uma recepção vazia e exclusiva para os clientes. Sentei ao seu lado, secando suas lágrimas. A loira estava com uma agonia no olhar.

 

- O que aconteceu? - segurei seu queixo.

 

- O Cristian... - franzi o cenho. - Ele... Ele... 

 

- Respira devagar, meu amor... - me matava vê-la daquela forma. - Isso... Agora fale.

 

- O meu irmão sangrou pelo nariz, Charlotte... - arregalei os olhos. - Faz uma semana que o Cris anda sangrando e tendo desmaios... Mas só hoje ele veio me contar.

 

Senti um soco no estomago.

 

- Não me diga que... - ela me olhou em desespero.

 

- Pelos sintomas, ele pode ter leucemia, Charlotte... - Luane escondeu o rosto em meu peito, chorando.

 

Fechei meus olhos, não conseguindo acreditar naquela piada de mal gosto da vida.

 

- Calma, Luane... Primeiro vamos ter a resposta de um médico especializado. - envolvi sua cintura e beijei o topo de sua cabeça. - Amor, você precisa ser forte...

 

- Eu sei, amor... Mas, eu não tô conseguindo. Eu não posso perder meu irmão assim... É injusto! Ele não merece nada disso!

 

      Luane soluçava contra minha pele e em toda a minha vida jamais me senti tão impotente. A mulher que eu amava estava chorando em meus braços e eu não podia fazer nada, além de lhe abraçar de volta.

 

"Deus..."

 

- Vou ajudar em tudo que precisar, meu amor... - palavras não iriam resolver, mas eu precisava que ela me ouvisse. - Você e sua família não estão só... Me ouviu? Estamos juntas nessa.

 

      A loira me encarou, grudando sua testa na minha. Ficamos naquela posição por alguns segundos. Somente o som da sua respiração podia ser ouvido. Segurei em suas mãos, elas tremiam. 

 

- Vou estar com você...

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

olá, bonitas...

ontem não deu para postar, pois o meu word deu pau e estou sem.

tô usando um app muito básico pra escrever até poder instalar o word novamente...

beijos e se cuidem.

 

ps... me avisem se encontrarem algo de anormal, por favor.

o app é bem ruinzinho... agradeço desde já nenas...


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Comentários para 20 - Capitulo 20 - A vida e suas armadilhas:
Andreia
Andreia

Em: 18/01/2021

Mais está para elas passar já não chega  os problemas que elas tem ai da tbm vem filha da sócia delas p piorar mais um pouco  mais elas vão conseguiu resolver todas e juntas e precisam conversar e colocar os pingos nos is.

Bjs

Responder

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rhina
rhina

Em: 17/06/2020

 

Boa noite

Mais esta.

Rhina

Responder

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Pim
Pim

Em: 03/04/2020

Muito linda a relação delas né!!!


Resposta do autor:

aaaaaaaaaaaaaah

uma novata... que legl ;)

Responder

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jakerj2709
jakerj2709

Em: 02/04/2020

Olá autora que bom q está de volta

Amando as ia história pf vote logo

Um grande beijo...

Queria que a Pietra  mudasse

Este Pref podia morrer assim ela ficaria livre pra viver e ser feliz

Obrigada ....

Parabéns


Resposta do autor:

Tava sendo bem difícil de escrever... Esses dias além do computador, ainda tive que lidar com problemas familiares e foi aquela coisa, porém arrumei um jeitinho de tá aqui, honrando o tempo que vocês tiram para acompanhar meu trabalho ❤️

Em breve estarei de volta, meu amor ❤️

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 02/04/2020

Poxa.


Resposta do autor:

😕😕💔

Responder

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Master
Master

Em: 02/04/2020

Tadinha da lua essa investigadora no pé dela agora o cristian doente.

E ainda também tem essa sheron será que ela vai causar problemas pra Charlotte espero que não desde que elas fiquem juntas vão superar todas essas adversidades.


Resposta do autor:

Olha... Nossas meninas vão enfrentar uma barra... Mas acredito que vá fortalecer esse lanço tão forte que as uni.

Sheron já levou seu primeiro chega pra lá. Vai ser um Deus nos acuda...

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 02/04/2020

Nossas Leucemia.


Resposta do autor:

Um tema complicado 😕

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