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Amor em dose dupla por Maya Silva

Ver comentários: 5

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Palavras: 3460
Acessos: 911   |  Postado em: 06/04/2020

Mahana

 

     Antes do sol nascer minha mente despertou. Tentei procurar posições confortáveis para ver se o sono voltava, porém nada, já estava acordada e meu corpo dava leves sinais das poucas horas dormidas. Coloquei minha roupa de corrida com um moletom por cima e fui praticar trail running que são corridas em trilhas. As pequenas montanhas e vales que compunham a cidade eram o cenário perfeito. Comecei me aquecendo, dando pequenos trotes e alternando com caminhadas pelas ruas, procurando controlar a respiração. O ar entrava rasgando meus pulmões, exigindo que meu cérebro desse atenção às reações físicas e deixasse de lado meus pensamentos, o que foi bom. Por algum tempo segui apenas sentindo, me fundindo às sensações, às trocas com o ambiente, até me tornar parte dele. Quando dei por mim já estava correndo por uma trilha de um morro descampado. Iniciei a playlist do Ipod e aproveitei as batidas rápidas e energizantes para vencer a subida. Cheguei no topo e a visão era de tirar o fôlego. O céu já havia mudado de um azul escuro para um azul mais claro e uma faixa alaranjada ia surgindo timidamente no horizonte. Ao final da colina, havia uma espécie de sítio. A construção que parecia ser a casa principal era totalmente de madeira e pintada em um amarelo ovo levemente gasto pelo tempo, lembrando um sol no meio da escuridão. Sentei e fiquei apreciando aquele espetáculo de cores.

 

- Você tá me seguindo? - Uma voz falou atrás de mim e me assustou.

 

- Ai! Quer me matar de susto? - Me virei olhando-a.

 

- Matar, quem sabe? mas de susto? Definitivamente não - Hannah sentou ao meu lado.

 

- O que faz acordada a essa hora?

 

- O que você faz acordada a essa hora? - Ela devolveu.

 

- Eu perguntei primeiro - Esbocei um sorriso que foi correspondido.

 

- Gosto de assistir o nascer do sol aqui em cima. Tem uma certa magia, você não acha?

 

- Sim, é verdade. Eu entendo seu encanto. Esse lugar é lindo e estar longe da cidade faz ser melhor ainda.

 

- É porque daqui você consegue sentir melhor a conexão de você com a natureza e da natureza com o mundo.

 

Fiquei encarando-a por alguns instantes.

 

- Alguém já disse o quanto você brilha no sol da manhã? Você se encaixa tão bem. - Eu não deveria dizer isso depois da noite passada, mas ela parecia outra pessoa, estava calma e desarmada. Talvez fosse por isso que estivesse brilhando tanto. Ela abaixou a cabeça levemente envergonhada e eu engoli um bolo na garganta. Precisava dizer a ela

 

- Hannah, queria falar sobre o que você viu ontem à noite.

 

- Você não precisa me dizer nada, não me deve satisfações - Ela olhava para o horizonte e ainda que sua voz estivesse serena, queria que ela tivesse certeza do que exatamente acontecera.

 

- Eu sei, mas gostaria que soubesse que não passou dali. Eu não esperava que fosse acontecer daquele jeito, mas a Sam consegue ser...

 

- Seduzente. É eu sei e você não é a única que pensa assim. Ela tem muito jeito com as garotas.

 

- Pelo visto ela teve bastante treino.

 

- Você não faz idéia - Ela me olhou esboçando um sorriso - Acho que vai ser melhor se estabelecermos que entre nós só haja amizade.

 

Ela não estava nem um pouquinho errada nessa proposta, o que não me impediu, entretanto, de sentir o peso de suas palavras. De alguma maneira, não me descia.

 

- Está sugerindo isso porque é sua irmã ou porque não está interessada? - Eu precisava saber ou ao menos que ela confirmasse o que, no fundo, meu instinto já supunha.

 

- O fato de ser minha irmã já não é motivo suficiente?

 

Balancei a cabeça afirmativamente, afinal, o que eu poderia dizer? Ela estava certa, mas meu ego gostaria que ela ao menos se importasse um pouquinho que fosse por estar abrindo mão de mim, de nós, que na verdade ainda nem existia. Já dizia um filósofo contemporâneo: Saudades do que gente ainda não viveu.

 

- Sem cara feia, o dia só está começando. Que tal uma corrida, espertinha? - Ela levantou e iniciou um aquecimento de pernas - Ou já está cansadinha?

 

- Fique você sabendo que eu era conhecida como a Usain Bolt do Rio de Janeiro. - Respondi imitando seu aquecimento.

 

- Isso na sua terrinha. Aqui vai ter que mostrar o que sabe. - Hannah começou a correr - Se for capaz.

 

- Ei, espera ai! Você nem deu a largada direito - Corri em sua direção.

 

Fomos descendo as colinas, ela mais a frente, oferecendo uma boa visão de suas curvas bem femininas naquele moletom justo, os quadris levemente mais largos, provavelmente por causa da gravidez, os cabelos castanhos compridos dançavam em suas costas. Linda! Vez ou outra ela virava me olhando com uma cara marota e percebi que seu brilho se dava pelo simples fato dela estar com a guarda baixa, me deixando ainda mais desejosa por conhecê-la melhor e entender suas razões para viver atrás dessas muralhas.

 

- Achei que você seria um desafio mais instigante, Srtª Bolt.

 

- Eu ainda não usei o meu especial.

 

- Então é bom usar logo, porque já estamos chegando - Continuou em disparada.

 

Aumentei a velocidade e aproveitei a descida para ultrapassá-la e realmente consegui por alguns segundos, antes de escorregar na grama úmida e ir rolando pelo matagal até chegar em algum lugar plano.

 

- Você está bem? Se machucou? - Ela me olhou preocupada fazendo uma varredura pelo meu corpo.

 

- Exceto pelo meu ego ferido, estou bem.

 

- Então esse era o seu especial - Seu ar preocupado deu lugar ao deboche.

 

- Especial é especial, de um jeito ou de outro - cuspi um pedacinho de grama da minha boca.

 

- Seu especial deixou você coberta de mato. Vem, me dá sua mão.

 

Quando fiz menção de levantar, senti meu pé dar uma fisgada e gemi de dor.

 

- Tá sentindo o pé?

 

- Sim, acho que dei mal jeito na queda.

 

- Não é pra menos. - Ela me fez passar um braço pelo seu pescoço enquanto a outra mão me segurava pela cintura, me puxando pra ela. Seu toque era muito delicado, quase como se ela tivesse medo de me quebrar e, ao mesmo tempo, era seguro, como quem sabe exatamente o que quer. Dei um suspiro.

 

- Sem resmungar - “Ainda bem que ela interpretou dessa forma” - Já tomou café?

 

Foi só ela falar que meu estômago resmungou exigindo atenção.

 

- Ainda não.

 

- Por isso tá caindo que nem fruta podre. Vamos te alimentar. Acho que ninguém levantou ainda.

 

- Suas costas não doem?

 

- Você não é tão pesada quanto parece.

 

- Não é por isso e sim porque você tá carregando toda essa sensatez nas costas - Dei um sorriso pra ela - Agora que você falou, estou morrendo de fome.

 

- Idiota - Tentou inutilmente não devolver o sorriso - Você não cansa de fazer piada ruim?

 

- Por que é ruim se você tá rindo?

 

- Vamos logo, antes que eu desista e te largue aqui.

 

Ledo engano pensar que a casa estaria silenciosa. As duas Lauras já estavam de pé e a Laura avó fazia o café da manhã da Laura neta. Esta, por sua vez, estava na cadeirinha brincando silenciosamente, com os cabelinhos bagunçados e uma carinha ainda sonolenta.

 

- O que houve com todas as moradoras dessa casa?

 

- Ela não quis voltar a dormir até você chegar, filha - Laura apontou para a pequena que coçava os olhos, lutando contra o sono. - Meu Deus, o que aconteceu com você Ali? Parece que voltou de uma guerra.

 

- Ela caiu enquanto corria. Vem, senta aqui - Puxou uma cadeira próxima.

 

- Meu Deus, Ali - Dona Laura me ajudava a tirar os matos da minha roupa e do cabelo.

 

- Estou bem, foi só um susto - Tentei passar confiança.

 

- Deixa-me ver o seu pé - Sentou no chão e me ajudou a tirar o tênis - Parece ter sido só um mau jeito, felizmente não está torcido. Vamos colocar um gelo nisso ai que vai estar nova em folha.

 

- Quer ajuda pra levantar? - Hannah estava com Aninha em seu colo.

 

- Por favor - Ela estendeu a mão.

 

- Deixa que eu seguro a Aninha - Falei apontando pro pacotinho em seus braços.

 

Nesse meio tempo ela abriu os olhinhos e achei que pediria por Hannah. Deve imaginar a minha surpresa quando ela ficou mexendo na cordinha do meu moletom, encontrando uma posição confortável em meu corpo. Poucos minutos antes de adormecer, ela me ofereceu a mãozinha, que prontamente segurei e fiquei acariciando. Admirei seus pequenos detalhes infantis e os pensamentos voaram, voaram para longe, para as memórias que evitava acessar. Um ardor subiu pelo meu nariz, então procurei me concentrar nos detalhes do ambiente. A decoração como um todo era rústica e passava uma grande sensação de acolhimento. Nada diferente das pessoas que compunham aquele espaço. Olhei para Dona Laura se dividindo entre o fogão e a pia, terminando de preparar algo para o café da manhã e Hannah estava sentada ao chão, literalmente aos meus pés, colocando um saco de gelo no inchaço. Só agora notei que ela estava me notando enquanto eu notava a casa dela. Nossos olhares se encontraram e sorrimos. Aninha se mexeu no meu colo, fazendo menção de acordar. Observei seus olhinhos abrindo preguiçosamente e sua mãozinha pedindo pela minha. Abaixei para dar-lhe um beijinho e cheirar seus cabelinhos.

 

- O café está na mesa meninas, venham antes que esfrie.

 

- Vamos comer, filha? - Ela concordou silenciosamente. - Vem escovar os dentinhos primeiro.

 

Hannah estendeu os braços para puxá-la, mas ela negou.

 

- Ali, vem?

 

Laura e Hannah ficaram surpresas e eu então, nem se fala.

 

- Ali não pode amor, ela machucou o pé.

 

Ela fez uma carinha triste e não, eu não podia machucar ou dizer não pra essa criaturinha. Fiz força com o pé e ele ainda estava dolorido. Será que conseguiria levantar?

 

- Não Ali, não força o pé.

 

- Tudo bem, eu consigo - Me apoiei na mesa. - Então, vamos escovar os dentes?

 

Ela deu um sorriso feliz e me estendeu a mão.

 

- Vou te ajudar.

 

Aquela criança era fofa demais, como pode? Tudo bem. Eu consigo. Apoiei o pé no chão e não, eu não consigo. Olhei pra Hannah claramente pedindo socorro. Apoiei meu braço em seu ombro e com o outro livre segurei Aninha. Quando paramos ao pé da escada Hannah me deu um olhar condolente.

 

- Ainda tem certeza que quer fazer isso?

 

- Tenho - Respondi firmemente - vou subir sentada, é melhor.

 

- Ali, não tem que fazer isso.

 

- Mas eu quero - Sustentei o seu olhar - É sério, tudo bem!

 

Hannah suspirou se dando por vencida e foi me ajudando.

 

- Esse andar são só os quartos - Explicou.

 

- Cada uma tem o seu?

 

- Sim, mas essa daqui - apontou pra Aninha - Prefere ficar no meu.

 

- Como dizer não pra essa carinha?

 

Aninha segurou a minha mão e entrou em uma das portas que supus ser de Hannah já que o cheiro dela estava em toda parte. Fui sendo conduzida até o banheiro e adorei o que encontrei: calcinhas de renda penduradas no box.

 

Hannah tentou auxiliar Aninha, mas ela quis fazer sozinha, quis mostrar que sabia fazer direitinho e realmente fez. Subiu no banquinho ao lado da pia e se pôs a escovar os dentinhos com sua escova de alguma princesa da Disney. Vez ou outra ela me olhava para constatar que eu a estava observando e sempre que seus olhinhos castanhos me encontravam, eu respondia com um sorriso e um elogio. Eu sempre gostei de crianças, mas aquela pequena definitivamente havia me encantado desde a primeira vez que a vi. Ela parecia uma mini Hannah, mas alguns traços de seu rosto eram desconhecidos. Seriam eles de seu pai? Quem seria ele? Será que morava perto? Será que ele e Hannah tiveram algum envolvimento ou apenas uma noite quente? Perguntas que eu adoraria saber a resposta.

 

- Acabei, olha – Mostrou os dentes.

 

- Perfeito! Bate aqui - Estendi a mão – Agora vamos tomar café?

 

- Vamos – Hannah voltou trazendo uma bandeja e colocando na cama – Achei que seria melhor comermos aqui em cima e não forçar o seu pé.

 

- Sua mãe não vai se importar?

 

- Não, ela já tomou o dela e agora está na horta. – Apontou a janela.

 

- É lindo.

 

Os fundos da casa era composto de várias pequenas plantações. Uma olhada rápida e consegui identificar alfaces, acelgas e pequenos morangos ganhando vida nas calhas de PVC.

 

- É sim. Nós amamos esse lugar, foi aqui que crescemos e por mais que eu já tenha visitado muitos lugares, é só aqui que me sinto verdadeiramente em casa. É a nossa Mahana.

 

- O que isso significa?

 

- Significa aconchego em Havaiano. É o nome do nosso sítio e não teria um nome melhor pra definir o nosso lar.

 

- Já percebi que vocês adoram culturas diferentes.

 

- Nós adoramos. Foi algo que aprendemos com o nosso pai. Ele amava explorar o mundo e até juntou dinheiro para a sua primeira expedição, mas acabou que nunca ultrapassou os limites do Brasil.

 

- Aconteceu alguma coisa?

 

- Nós acontecemos. Minha mãe ficou grávida e eles decidiram se mudar da capital para nos dar uma qualidade de vida melhor. Ele acabou se apaixonando por esse lugar e chamava de seu pequeno paraíso. Conforme íamos crescendo, ele ia nos mostrando livros de viagens, aprendia novas línguas sozinho para nos ensinar e sempre falava com muita riqueza de detalhes de locais que jamais havia estado. A paixão dele acabou passando para a gente e se tornou a nossa coisa especial. Eu e minha irmã íamos juntando dinheiro das mesadas, dos pequenos trabalhos que fazíamos e, quando fizemos dezoito anos, fomos conhecer pessoalmente alguns dos infinitos lugares que a nossa imaginação já havia estado.

 

- Ele nunca quis ir com vocês?

 

- Ele quis, mas faleceu um pouco depois de termos completado dezessete anos.

 

- Eu sinto muito – Toquei sua mão livre e a senti um pouco fria.

 

- Obrigada. Agora deve entender porquê amo esse lugar.

 

- São as suas raízes. Deve ter sido maravilhoso crescer no meio de toda essa natureza.

 

- Foi e ainda é, mas desde que me tornei mãe muitas percepções mudaram e sinto que diariamente reaprendo muitas coisas. – Suspirava enquanto admirava sua filha entretida com a comida e já totalmente lambuzada de mamão.

 

- Deve ser difícil ser mãe solteira – Talvez a minha fala fosse invasiva, mas eu queria muito saber algo sobre esse assunto.

 

- Nem tanto, minha mãe e a Sam me dão muito suporte. E eu dei sorte dessa pitucha ser tranquila. – Deixou um beijo em sua testa - Tá bom o café, meu amor?

 

Aninha confirmou e continuou a comer a bisnaguinha caseira encostada entre nós duas.

 

- Ela é um amor – Falei observando a sua iteração com a comida.

 

- Eu sei – A pequena respondeu se levantando e pedindo meu colo.

 

Um sorriso admirado se formou em meus lábios e podia jurar que se alguém olhasse bem, veria meus olhos brilhando.

 

- Que doce você andou dando pra ela gostar de você assim?

 

- Tá insinuando que a sua filha é interesseira? – Arqueei uma sobrancelha.

 

- Você não sabe o poder que um danoninho faz nessa criança – Comentou divertida.

 

- Danoninhoooooooo.

 

- Não fala de boca cheia, meu amor. Vai engasgar.

 

- Mamãe, quer danoninho. – Fez um biquinho.

 

Hannah me olhou pesarosa.

 

- Não me olha assim, foi você quem despertou o monstrinho interior da sua filha.

 

- Eu não sou monstrinho – Continuava com o biquinho e agora cruzava os bracinhos em protesto. Eu podia com uma coisa dessas? Não, eu não poderia. Eu não estava preparada para a fascinação que surgia por aquela versão em miniatura de Hannah.

 

- Tem razão, você não é! Isso é coisa que se fale pra sua filhinha? – Imitei suas expressões e olhávamos pra Hannah, ambas bicudas e de braços cruzados.

 

Hannah aparentava querer rir, mas ela entrou na brincadeira, tentando mostrar seriedade.

 

- Ora, ora, agora o complô é contra mim? – Colocou as mãos na cintura.

 

A pequena puxou o meu casaco, querendo falar algo no meu ouvido.

 

- O que é compro? – Sussurrou.

 

Eu olhava a mulher na minha frente e ela estava com ciúmes? Ri por dentro e também cobri as mãos para responder em seu ouvido.

 

- Agora vocês duas vão ficar de segredinhos? Uma pena, porque eu vou buscar danoninho apenas pra mim - Se levantou indo em direção à porta.

 

- Não mamããããããeeeee... – Aninha rapidamente se levantou e foi abraçá-la.

 

- Então me dá um abraço forte, forte – Ela falava enquanto Aninha a apertava com o máximo de força que seus poucos anos de vida permitiam.

 

Seu olhar encontrou com o meu e ela me deu um sorriso lindo. “Que dentes brilhantes eram esses minha Nossa Senhora dos dentistas?”. Correspondi me sentindo tímida pela provável cara embasbacada que se formava em mim.

 

- Vou buscar a nossa sobremesa do café da manhã. Fica aqui e cuida da Ali pra mamãe, tá bom? – Ela piscou pra mim informando que na verdade era pra eu ficar de olho nela.

 

- Tá bom.

 

Ela sentou-se de frente pra mim e ficou LITERALMENTE me olhando. Realmente estava cuidado de mim pra mãe dela. “Cuidando de mim pra mãe dela...que pensamento perigoso”. Minha imaginação voou nas maneiras que a mãe dela poderia cuidar de mim.

 

- Que tal se vermos algum desenho? – Tentei despistar o calor que me assolou de repente.

 

Rapidamente um sorriso se formou nela e ficamos escolhendo algum filme da sua coleção de DVDs. Um tempo depois Hannah voltou com três danoninhos, bem inhos mesmo. Aqueles pequenos pra criança que não fazia nem cosquinha no estômago de adulto, mas eram deliciosos.

 

- Tá com calor? Suas bochechas estão meio rosadas.

 

Se eu falasse o motivo do meu calor, com certeza iria gaguejar, então apenas dava colheradas no meu iogurte e neguei.

 

- Vamos ver esse. – Aninha apontou o DVD do irmão urso.

 

- Você se importaria? – Perguntei a Hannah, afinal, ela era a mãe.

 

- A pergunta certa é: Você se importaria?

 

- De maneira alguma. Eu adoro desenhos, mas acho melhor avisar aos meninos que estou aqui.

 

- Não se preocupe Ali – Laura entrou trazendo algumas roupas – Já falei com eles. Vamos aproveitar e fazer um churrasco em família.

 

A palavra família me deu um bolo na garganta e trouxe uma emoção que não passou despercebida por olhos atentos.

 

- Sempre os tratamos como parte da família e isso inclui você desde que botou os pés nesta cidade. – Me deu um olhar amoroso.

 

- Cuidado mãe que essa gente é folgada – Hannah dando início aos deboches do dia.

 

- Minha querida, estamos no final de semana. Mau humor apenas no horário comercial, tudo bem? – Dona Laura abraçou Hannah amorosamente – Agora ajude Alisson a tomar banho e empreste algumas roupas suas porque as dela estão sujas.

 

Hannah e eu olhamos a olhamos assustadas. Senti minha nuca queimar e pude ver Hannah bem chocada com o que lhe fora pedido.

 

- Agora vão crianças, andem logo porque a minha netinha quer ver filme com vocês – Dona Laura piscou pra mim e saiu sem nos dar chance de uma revanche.

 

Um banho, com a ajuda de Hannah? Que desastre.

 

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi pessoal, tudo bem? mais um capítulo. Espero que curtam e compartilhem comigo suas impressões aqui nos comentários.

Tenho lido o que vocês postam e às vezes tenho medo de responder e dar algum spoiler. Vejo muitas dizendo o seu team favorito. Só posso dizer que ainda tem personagens pra entrar na história.

Agradeço muito o carinho e o tempo que vocês disponibilizam pra ler e comentar. Essa interação deixa a escrita mais prazerosa e fico na expectativa de poder ver a reação de vocês.

Até a próxima!

bjosss


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Comentários para 7 - Mahana:
Mille
Mille

Em: 07/04/2020

Ola Maya 

Ali tento momento bom com a Hannah. Laurinha conquistou mesmo a loira e a pequena lembra do passado dela estou curiosa para saber.

E esse banho será que vai pegar fogo.

Bjus e até o próximo capítulo 

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SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 07/04/2020

Amo está história, amo este trio apaixonante, Alisson, Hannah e Laurinha, gosto da Sam, mas arruma outra pra ela, que Ali já tem donas.

O passado da Ali com certeza tem perdas bem tristes, a cena dela com a Laurinha indica isso.

Melhor capítulo até agora, e se tivesse um por dia seria maravilhoso.

Bjs

 

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 07/04/2020

Louca para ler o próximo capítulo com esse banho de Hannah em Ali... e com certeza Ali vai ficar doidinha usando as roupas de Hannah... ja ficou com uma simples toalha de rosto, imagine agora com roupa completa... kkkk... Ali eh safada... a primeira coisa qie olhou no banheiro foram as calcinhas da outra... kkkkkk... amo essas duas... kkkkk

Responder

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 06/04/2020

Louca para ler o próximo capítulo com esse banho de Hannah em Ali... e com certeza Ali vai ficar doidinha usando as roupas de Hannah... ja ficou com uma simples toalha de rosto, imagine agora com roupa completa... kkkk... Ali eh safada... a primeira coisa qie olhou no banheiro foram as calcinhas da outra... kkkkkk... amo essas duas... kkkkk

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 06/04/2020

Cara... que capítulo gostoso de ler... eh impressionante como essas duas são lindas juntas e quando se junta a elas a pequena pituchinha fica mais linda ainda essa "familia - Ali-Hanna e a pequena" rsrsrs...

Serio, adoro Sam... ela tem pegada e tudo, mas aquele sentimento de pertença a gente consegue perceber entre Ali e Hanna... eh como almas que se encontram...

Percebi tb, se nao me engano, talvez Ali tenha perdido a esposa e filha em algum acidente... 

Autoraaaaa... que Sam seja só uma louca amiga ... pleaseeeeeeee.... que ela encontre uma gatinha bem linda para viajar com ela nesse mundão de meu Deus....

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