Capitulo 2
Fechei os olhos e sentir meu corpo afundar na agua gelada da noite, tudo tão rápido que logo bati meus pés no fundo da piscina e emergi, quando fiquei de pé , vi pares de olhos me analisando, o do meu namorado com uma nítida preocupação, quase entrando na agua e indo ao meu encontro, os da minha tia estava transparecendo diversão, o que me deixou bastante irritada.
-meu amor está tudo bem?
Um Rafael desesperado me perguntava.
- ta sim, só perdi o equilíbrio.
Disse indo em direção a borda da piscina e subindo as escadinhas, completamente encharcada. Estava muito irritada, afinal a culpa era toda dela, e a mesma ainda parecia se divertir com toda a situação. Assim que já me encontrava fora da água, Rafael veio ao meu encontro e me analisava agoniado, parecendo procurar algo fora do lugar, se certificando que não havia quebrado nada. Em seguida uma toalha se estendeu a mim e vi que vinha da minha tia, que ainda estava com a merd* do sorriso no rosto, senti todo o sangue do meu corpo gelado se concertar no rosto, a vontade que tive foi de mandar ela enfiar naquele lugar, mas o simples fato de ignorar seu gesto e voltar sua atenção para meu namorado me pareceu suficiente.
-Mas que diabos estava acontecendo aqui?
Abri a boca para falar mas fui interrompida por titia.
-Ela virou dois copos de vinho, ficou tonta e desequilibrou, tentei ajudar, mas você a assustou.
Um Rafael transtornado virou para a mesma.
- E quem é você?
-Rafael essa é minha tia, Amanda.
Mais uma vez a simples menção dessa palavra fez seus olhos brilharem, mas logo em seguida os mesmos se estreitaram ameaçadoramente, para meu namorado.
-Nossa, perdão, disse o mesmo, passando uma das mãos no cabelo bagunçado propositalmente em seu corte moderno.
-ta tudo bem, anda sobrinha, pegue a toalha, seu estado está, deplorável.
Disse a mesma com um sorriso sínico no rosto. Aquilo me deixou furiosa, então um vento frio me fez lembrar que estava congelando, retirei a toalha da sua mão com certa brutalidade e sai com passos firme atravessando o jardim e dando a volta pela casa para que nenhum convidado visse meu estado, Rafael veio atrás, falando palavras que não dei muita atenção. Só sentia raiva, vergonha e irritação por ela ter rido de mim.
-Mas o que aconteceu?
Sai dos devaneios, quando entrei na cozinha e dei de cara com minha mãe
-Mãe longa história, essa noite pra mim deu, preciso trocar de roupa.
-Eu te explico.
Rafael sempre solicito, deixei os dois sozinhos e fui para meu quarto me arrumar novamente. Dessa vez coloquei uma roupa mais simples, um terninho, conjunto de short e blusa social e uma sapatinha, sequei meus cabelos e fiquei pensando se retornaria ou não para a recepção.
-meu amor, ta melhor?
-to sim, preciso mesmo voltar?
-acredito que da tempo de ficarmos mais um pouquinho.
Meu namorado se aproximou de mim com um sorriso malicioso brincando em seus lábios e envolvendo seus braços grandes em minha cintura e indo de encontro com a minha boca, gesto esse que retribui mas logo o afastei pois ele estava ficando animado.
-Precisamos descer Rafa.
Eu disse com um falso pesar, que nem eu sabia o por quer.
-Vamos ficar só mais um pouquinho.
-não Rafa é serio, minha mãe vai pirar.
-porr* Melissa sempre assim, você anda me afastando, seu amor por mim acabou?
Então ele me afastou brutalmente, apertando meu braço e me fazendo olhar nos olhos, era a segunda vez que ele tinha um ataque desses, e me dava medo.
-rafa por favor, me solta.
Ele me largou e logo em seguida foi para perto da minha escrivaria, respirando pesado de costas para mim.
-estou morrendo de vontade, já tem mais de um mês que não te toco, e você tem que entender que sou homem e tenho minhas necessidades.
-Rafa me entenda, não é o momento.
-e quando é o momento para namorados foderem melissa.
Disse esbravejando e se virando e com ele sua mão se arrastando e derrubando tudo que estava na minha mesinha. O olhei assustada mas tentando me manter firme.
-você está fazendo de novo, você me prometeu que iria se controlar, esta agressivo.
-você me deixa assim.
Em apenas dois passos ele se reaproximou de mim me abraçando com tanta força que sentir o ar falhar em meus pulmões. Não consegui sentir raiva dele, conhecia rafa desde que me conhecia por gente e sabia que ele não era assim, poderia ser a pressão que o pai tava fazendo para ele assumir os negócios da famila.
-tudo bem meu amor. Olha temos que descer porque a filha de um dos novos investidores do meu pai chegou ou vai chegar e minha mãe me fez prometer que iria da atenção pra ela, mas prometo te recompensar depois, ok?
-Ok meu amor, me desculpa.
Ele pediu olhando para meu braço, o mesmo que ele apertou e ficou bem vermelho.
-está tudo bem, isso não foi nada.
Voltamos para a sala, e logo em seguida o jantar foi servido, fiquei o tempo todo de olhos baixos, tudo rodava entorno da minha nova tia e seus gostos e seus negócios, pelo o que entendi a mesma era dona de um empresa de arquitetura inovadora, que agora se encontrava em Madri e ela queria trazer para o Brasil.
O jantar foi incomodo, sempre que me permitia olhar para algum lugar, meus olhos iriam diretamente para os dela e sempre a pegava me analisando.
-O que foi isso no seu braço mel?
Meu pai me fez despender meu olhar dos olhos da minha tia e toda a mesa se voltou para mim.
-Não foi nada.
Eu disse retirando meu braço da mesa o escondendo embaixo da mesma. Sentindo meu rosto pegar fogo. Logo o assunto se redirecionou para outro lugar, e eu senti minha garganta seca, precisava beber, quando todos já podiam sair da mesa, fui para a cozinha e lá peguei uma garrafa de vinho branco e comecei a virar, no gargalho mesmo.
-Não é muito inteligente misturar vinhos sobrinha.
Me virei mais uma vez assustada, aquela noite estava me tirando do sério, estava me sentindo um bicho acuado e eu nem sabia o porque, porém eu ainda estava irritada com a mesma e devido ao álcool estava afiada muito afiada.
-E porque isso seria da sua conta?
Um sorriso diabólico brincou em seus lábios e ela veio se aproximando de mim, dessa vez não sai do lugar.
-eu, sou sua tia, me preocupo com você.
-Pois não deveria, titia.
Disse a ultima palavra com certo desdém e amargura, mas isso não a fez vacilar, seus olhos se estreitaram e ela avançou em mim diante dos meus olhos, pousou a mão em meu ombro e desceu o mesmo em um gesto, totalmente perturbador, seus olhos fixos na minha boca, então senti ela retirar a garrafa da minha mão e se afastar e em um gesto vergonhoso dei um suspiro, alto de mais.
- acredito que você seja um poço de desastre e não confio em ti com uma garrafa na mão. Não depois da sua ultima cena.
Ela me me fez pegar fogo, fogo de raiva, e de mais um sentimento que estava me deixando louca e eu nunca iria admitir para mim mesma.
-hora sua...
-amor me leva ate a saída, já vou pra casa, todos já foram embora.
Rafael apareceu, e eu agradeci pois ia falar poucas e boas para ela, quem ela pensa que é, a culpa daquilo tudo era dela, se ela não tivesse aparecido nada disso teria acontecido, nem essa recepção idiota.
-claro vida vamos.
Disse ainda a olhando fixamente, lhe direcionando meu olhar mais ameaçador.
Peguei na mão do meu namorado e o levei ate o seu carro, estava irritada e com um fogo dentro de mim inexplicável, então avancei encima dele e o beijei, o beijei como nunca tinha feito antes, envolvi minha perna em sua cintura e o mesmo me jogou contra o capo do carro, podia sentir um par de olhos na gente, sua presença e abri os olhos para me certificar e lá estava ela, o que me deixou com mais raiva.
Depois disso rafa foi embora e eu retornei para casa, descalça pois tinha esquecido minha sapatilha dentro do carro dele, uma vez que fomos parar em um motel.
Fui para a área da piscina e como uma boa lerda que era cortei o pé no próprio copo que quebrei, nada estravagante, fui para a cozinha limpar o ferimento e minha tia se encontrava lá com um copo de whisky na mão.
-chegou tarde.
Por algum motivo estava envergonhada e nada saia da minha boca.
-o que aconteceu, esta mancando.
Ela disse indo até a mim, perto de mais, cheirosa de mais.
-não foi nada, só cortei o pé.
Então logo ela se ajoelhou aos meus pés e colocou em suas mão o pé que sangrava e quase como uma devoção passou a mão sobre o corte enquanto a outra subia pela parte interna da minha perna, fechei os olhos e juro que molhei a calcinha.
Fim do capítulo
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