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Amor em dose dupla por Maya Silva

Ver comentários: 4

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Palavras: 3263
Acessos: 827   |  Postado em: 03/04/2020

O Baile

 

Os dias pareceram demorar uma eternidade, apesar de faltar apenas dois dias para a festa desde que encontrei Hannah. Daquele dia em diante, felizmente ou não, não a encontrei mais e nem vi Samantha. É claro que evitei passar por lugares onde fosse possível encontrá-las, como o restaurante e o parque, por exemplo. Pode parecer que eu estivesse  fugindo e eu realmente estava. Queria tirar um tempo para entender a dualidade de sentimentos que me dominava e a conclusão que cheguei é que dois dias não são suficientes para concluir nada, apenas que eu estava muito ferrada. Talvez fosse melhor desistir de tudo e ficar em casa.

-       Não senhora, nada disso. Pode ir colocando o Lou que te quero pronta em meia hora. - Pedro avaliava as roupas que eu havia separado um pouco mais cedo.

-       Lou?

-       O louboutin, gata. O senhor dos saltos. Anda logo - falou saindo pela porta.

Ao menos ele não falou nada sobre as opções de vestimenta que eu escolhi. Sorte a minha, evitei um "Pedroblema". Com muito custo, levantei da cama e fui me arrumar. Acabei optando por algo mais discreto, pelo menos até sair dos holofotes da cidade. Coloquei um jeans escuro, uma blusa branca bem básica juntamente com a jaqueta de couro e as botas que havia adquirido. Me olhei no espelho e tentei dar um jeito nos cabelos passando uma pomada modeladora. Sabia que no fundo estava me arrumando mais do que eu gostaria, mas não procurei encontrar porquês, simplesmente não pensei e fui fazendo, no final das contas, o que me dava na telha. Finalizei com uma maquiagem básica, só para dar um avivada na cara pálida. Dei uma última olhada e me agradei com o que vi.

-       Todos prontos? - Leo levantou do sofá enquanto eu aparecia na sala. - Nossa Ali, tá gata!

-       Ahh, obrigada! Já estou pronta.

-       Quase pronta amiga, falta algo nesse visual - Pedro me olhava de cima a baixo com a mão no queixo feito um crítico de moda. - Precisa de uma Echarpe, é isso! Eu tenho uma perfeita.

Ele sumiu e reapareceu com um lenço de estampa étnica bem lindo.

-       Toma, coloca essa.- Fiz o que ele pediu - Agora sim, perfeita! - Me segurou pela mão e fez eu dar uma voltinha.

-       Vai arrasar corações hoje - Leo comentou. - Bem, vamos então?

-       Só um minuto - Voltei para o quarto, quase esqueci da toalha de Samantha.

A cidade, apesar de pequena, tinha muita vida noturna e as atividades culturais pareciam ter muita força. Nos poucos dias que estava ali já havia visto clubes de leitura, saraus, barzinhos, peças e filmes transmitidos ao ar livre. A presença artística era bem forte e parecia haver não só apoio, mas interesse das pessoas em consumir esse tipo de coisa. Um exemplo disso era esse  festival finlandês que parece ser uma grande atração da cidade, já que todos comentavam sobre isso no decorrer dos dias. Era uma surpresa agradável presenciar essa diferença cultural em um estado pertinho de casa.

-       Acho que todas essas pessoas não vão caber no bistrô - Reparei na quantidade de pessoas que andavam conosco na mesma direção.

-       E não cabe mesmo, só que um pedaço da rua é fechada, então as pessoas ficam transitando por ali e a dança, por exemplo, é do lado de fora por ter mais espaço - Saia uma leve fumaça da boca de Leo quando ele falava.

-       Por que aqui tem justamente um festival Finlandês? Não faz muito sentido pra mim. - Indaguei.

-       Sinceramente também não sei, mas depois de tanto festival maluco que aparece aqui, você para de tentar entender os porquês, mas a sua dúvida é pertinente, já que pelo que eu sei, a cidade não tem nenhuma influência finlandesa

-       Talvez seja bom perguntar diretamente na fonte - Pedro apontou para Dona Laura ao longe recebendo o pagamento de alguma coisa e autorizando Aninha a entregar as fichinhas para a pessoa. Tão espertinha que eu suspeito nunca me acostumar com essa pequena.

-       Vamos falar com elas e fazer os pedidos, já estou morto de fome - Leo informou.

-       Você comeu não tem nem 1 hora, pra onde vai toda essa comida que você ingere?

Leo comia muito e, por incrível que pareça, tinha um corpo bem atlético, também pudera, o cara corria e gostava de uma comida saudável. A combinação desses elementos explicava tudo.

-       E você acha que dá tempo de chegar em algum lugar? Ele malha de noite e o personal trainer sou eu - Pedro piscou pra mim.

-       Boa noite queridos, que bom rever vocês - Dona Laura falou nos dando o seu típico abraço apertado.

-       Oi Aninha, tudo bem? - Falei dando-lhe um abraço bem Dona Laura de ser.

-       Sim, estou ajudando a vovó - Mostrou as fichas de entrada que tinha na mão.

-       Estou vendo e você está indo muito bem, princesa. - Falei passando a mão em seus cabelinhos lisos. Hoje ela estava toda arrumadinha e vestia uma botinha azul bebê.

-       Eu mesma escolhi. - Disse toda orgulhosa.

-       Faço idéia - Respondi sorrindo. A bota em nada combinava com o resto da roupa que Hannah havia escolhido, mas o que importava mesmo é que ela estava gostando.

-       Ali, o que está achando da cidade? - Dona Laura me perguntou.

-       Bem fria - Respondi esfregando as mãos - Mas estou gostando, é um lugar muito bonito.

-       E as pessoas, estão sendo receptivas?

-       Bom..er..até demais.

A senhora soltou uma gargalhada audível.

-       Eu não esperava menos, inclusive de Sam - Me olhou por cima dos óculos.

Eu dei uma tossida tentando disfarçar o meu embaraço.

-       A senhora soube, então?

-       Querida, sem senhora, por favor. Sei que já estou velha, mas me permita ser enganada. - Todos rimos - E pelo visto as minhas suspeitas se confirmaram já que Sam comentou que encontrou um anjo vestindo legging no parque.

Será que ela sabia de todo o resto? Se soube, nada comentou.

-       Elas já estão ai? - Leo perguntou me salvando do assunto.

-       É claro, as coitadinhas estão trabalhando desde cedo e Hannah está prestes a entrar em colapso. Espero continuar com duas filhas até o final dessa festa.

-       Seria bom ela fazer algumas pausas para respirar - Comentou Leo.

-       Dúvido muito, a não ser que seja por livre e espontânea pressão.

-       Você poderia ir falar com ela Ali. - Pedro falou de repente.

Encarei ele com a minha cara de : “ Tá louco, viado?”, o que ele me respondeu com um “Até parece que não quer.”, ou pelo menos foi o que me pareceu. Tínhamos esse tipo de diálogo.

-       É Ali, suspeito que elas iriam gostar de ver você - Dona Laura me olhou.

-       A mamãe sorri - Aninha soltou e todos a olhamos estupefatos com tamanha inocência e sem saber de fato o quão reveladora era a sua fala.

-       Tudo bem - Disse por fim. - Vou procurar por elas.

Paguei a minha entrada e rumei Bistrô adentro, o que não foi uma tarefa fácil já que o lugar estava lotado. Entrar e sair se tornava uma tarefa para loucos ou corajosos e, no meu caso, uma sem noção. Driblava as pessoas e tentava lembrar do caminho que havia feito com Aninha, mas era muito difícil reconhecer os espaços com o lugar cheio do jeito que estava. Quando finalmente achei a cozinha, não só o ambiente como a temperatura eram outros. Estava bem mais quente e não encontro uma expressão melhor para o que encontrei: uma bagunça organizada. Ao mesmo tempo que tudo estava espalhado, os cozinheiros se estreitavam entre os poucos espaços que existiam entre fogões e bancadas, executando as suas tarefas na mais perfeita sincronia. Eram barulhos de panelas, de coisas fritando, da faca encontrando a tábua no momento do corte e os cheiros eram misturados, formando uma sintonia maravilhosa. No meio de todo esse caos, Hannah e Samantha se destacavam, não pelo avental diferenciado e sim pela destreza com a qual coordenavam os demais. Todos estavam tão conectados que não repararam que tinha alguém ali, o que me deu alguns minutos para observar Hannah alinhando todos, falando e cortando ao mesmo tempo, enquanto Samantha finalizava os pratos. Atitudes simples, mas que me permitiam ter uma noção do tipo de pessoas que eram.

-       Eu vou buscar mais tomate na despensa - Hannah disse se virando para a porta - Alisson?

No momento em que o meu nome foi pronunciado, Samantha levantou os olhos e nos encaramos. Ela me deu um dos seus sorrisos abertos o qual eu correspondi juntamente com um aceno.

-       Oi, espero não estar incomodando, apesar de ter praticamente certeza que estou, mas saiba que venho em paz - Falei sorrindo.

Ela abriu um sorriso.

-       Tudo bem, isso aqui sempre é um caos mesmo. Posso te ajudar em alguma coisa?

-       Me mandaram aqui para uma missão de resgate - Encostei no batente da porta.

-       Missão? - Arregalou uma sobrancelha

-       Sim, Dona Laura quer garantir que a filha não tenha um colapso até o final da festa.

-       Sério que ela disse isso? Eu já falei que não vou entrar em colapso. Ela exagera muito - Começou a limpar as mãos apressadamente no avental.

-       Talvez seja bom você fazer uma pausa - Samantha se aproximou.

-       Até você com isso? - Hannah colocou as mãos na cintura.

-       Quase todos já deram uma parada.

-       Falou bem, quase…

-       Isso não é um pedido, Hannah, vai descansar.

Hannah deu uma bufada se sentindo vencida.

-       Tá, mas vou buscar os tomates primeiro - Me olhou e eu balancei a cabeça em concordância.

-       Ela é sempre assim agitada? - Vimos ela sumir no corredor.

-       Não, geralmente ela é pior - Rimos. - Que bom que veio loira misteriosa, que já não é tão misteriosa assim. Alisson, não é?

-       Isso mesmo e eu vim porque não se deve recusar comida.

-       Então veio apenas pela comida?

-       Deveria existir outro motivo?

-       Não sei, temos até o final da noite para descobrir - Me deu um meio sorriso.

-       Eu trouxe a sua toalha - Falei abrindo a sacola.

-       Então é você que anda roubando as minhas toalhas? - Hannah carregava uma caixa maior do que ela. “Onde que essa mulher tirava força para fazer isso?”

Samantha pareceu adivinhar o meu pensamento.

-       Ela é movida pela força do ódio - Brincou.

-       Sem gracinhas vocês duas - Hannah tentou parecer séria, mesmo com o sorriso tentando se formar - Espero que não esteja roubando as minhas toalhas para secar aquele seu cachorro pulguento.

-       E eu nem quero pensar que me deu uma toalha de cachorro para secar.

-       Ei, calma vocês duas. Primeiro, eu não peguei a toalha para ele, foi para mim mesma - Falou olhando para Hannah. Em seguida, me olhou e completou - Jamais daria uma toalha de cachorro para você se secar. Entre uma toalha de cachorro e deixar você molhada, eu tiro a minha roupa e te entrego - Tentou fazer graça.

-       Se isso é uma cantada, é bom saber que foi péssima - Hannah revirou os olhos - Sinceramente...

Sam deu uma gargalhada e abraçou a irmã.

-       Vem cá num abraço estressadinha.

-       Para, sua idiota. Pensa que esqueci o lance da toalha? Não vai sair barato. E sabe qual foi o pior? Eu estava usando ela, então, se for para  roubar, roupa direito.

Chocada devia ser o meu sobrenome. Então a toalha era de Hannah e estava usada, ainda por cima?

-       Então, vamos ou prefere ficar aí criando raízes? - Ela me olhava.

-       Ah, claro, vamos. Você primeiro - Dei espaço para ela passar.

-       Se quer ser mesmo “cavalheira”, é melhor ir na frente para abrir o espaço nessa multidão - Hannah e seus humores ácidos.

-       Do jeito que você carregou aquela caixa, eu que faço questão que abra o caminho. É mais proteção pessoal do que cavalheirismo.

Dessa vez ela me deu um sorriso verdadeiro, o primeiro daquela noite.

-       Deveria sorrir assim mais vezes, você tem um sorriso bonito.

-       A Sam já sorri o suficiente por nós duas. - Ela fazia um caminho diferente do que eu havia feito e parou quando chegamos em uma porta fechada. - Sair pelos fundos é bem mais tranquilo.

-       Me sinto idiota por não ter pensado nisso. - Haviam poucas pessoas ali.

-       Não tinha como você saber. - Esfregou as mãos e soprou-as para aquecê-las. - Droga, acabei esquecendo de pegar o casaco.

-       Aqui, toma o meu - Fiz menção de tirar a jaqueta.

-       Não, não se incomode. Você com certeza vai sentir mais frio do que eu.

-       É verdade, mas podemos unir o útil ao agradável. - Me aproximei dela.

-       Como assim?

Peguei seus braços e a puxei para um abraço, aninhando suas mãos ao redor das minhas costas, por dentro da jaqueta. No começo ela estranhou, mas depois pareceu entender o que eu queria fazer e relaxou levemente.

-       Pode relaxar mais , eu não irei tentar nada. - Sussurrei.

-       Como se fosse possível você fazer algo sem o meu consentimento.

-       Você é sempre tão arisca?

-       Sim e costumo arranhar - Respondeu me encarando seriamente.

-       Então não me arranhe, por favor - Pedi sentindo um meio sorriso se formar.

-       Eu cortei as unhas.

-       Sorte a minha então. Te abraçar sem perigos melhora a experiência - Comentei colando mais os nossos corpos. Por sorte ela não se opôs.

-       E quem disse que você tá fora de perigo? As palavras conseguem ser ainda mais perigosas do que só arranhar. - Ela provocou.

-       Eu gosto de viver perigosamente - Devolvi.

-       Você sempre tem uma resposta para tudo.

-       E você fala como se também não tivesse - Rebati. Era engraçado porque parecíamos estar nos desentendendo ou provocando, dependendo do ponto de vista, mas nossos corpos pareciam em perfeito alinhamento. Ela tinha aquele cheiro bom da toalha que me sequei. Bom, na verdade, a toalha que tinha o seu cheiro.

-       É o meu modo de defesa, qual é a sua desculpa?

-       Estou tentando manter uma conversa acalorada. Tá frio aqui, sabia?

Ela soltou uma risadinha e ficou balançando a cabeça em negativo. Alguns metros à frente, as pessoas batiam palmas para a dança que havia acabado de se encerrar.

-       Vem, tive uma ideia. - Hannah puxou o meu braço e ia andando apressadamente em direção ao grupo de dança.

-       Para onde estamos indo? - A possibilidade de ser aquilo que eu estava imaginando começou a me apavorar.

-       Já que você tá com frio, dançar é um ótimo modo de esquentar.

É, eu tinha razão, era exatamente o que eu estava imaginando.

-       Então essa é uma boa hora para eu dizer que danço mal.

-       É mais fácil do que parece, você vai gostar. - Ela me olhou e deu um sorriso sincero.

-       Tudo bem então, mas eu não me responsabilizo pelos pés que vou pisar.

-       Você não vai pisar, confia em mim.

Eu confiei. Nos juntamos à nova roda que se formava.

-       Os passos são repetitivos, dá pra ir pegando aos poucos.

-       Tudo bem. - "Não está nada bem, nos tire daqui!" Gritava o medo dentro da sala de controle do meu cérebro.

Algumas pessoas na roda estavam vestidas num estilo mais colonial. Enquanto os homens vestiam um colete vermelho por cima de uma blusa comprida branca, calça preta e um gorro vermelho, as mulheres estavam com aventais brancos sobrepondo o marrom da saia comprida e do pequeno colete. Elas também usavam uma blusa branca até os pulsos. Pelo canto do olho vi que Hannah me analisava penosa, na certa deve ter percebido meu ar de desespero. Quando a música começou, todos da roda deram as mãos e balançavam sincronizadamente os braços pra frente e para trás. O som da sanfona e do violino davam um ar divertido para a música. As pessoas estavam com sorrisos estampados no rosto e muitos estavam errando os passos, me fazendo relaxar e apenas aproveitar o momento. Procurei imitar os passos e eles realmente não eram difíceis já que a música inicialmente ia em um ritmo mais lento. Várias vezes a roda se desfazia e as pessoas dançavam em grupos de 6,4 e 2. Em todos eles Hannah não desfez a mão da minha como forma de apoio e com o transcorrer dos minutos, quando a música começou a tocar em um ritmo mais acelerado, já lembrava grande parte dos passos e os que errava, fazia uma careta e continuava. A atmosfera estava divertida, as pessoas sorriam e se divertiam. Ao final todos batiam palmas exaustos, contagiando os que apenas assistiam. Me virei sorrindo para Hannah e ela estava igualmente agitada, com as bochechas e o nariz completamente vermelhos. Não resisti e dei-lhe um beijo na bochecha.

-       Obrigada pela dança. - Falei alto para transpor o barulho.

Seu sorriso aumentou e ela também me deu um beijo na bochecha.

-       Uí, será que estamos atrapalhando alguma coisa? - Pedro apareceu com Ana Laura no colo.

-       Mamãeeee, você foi demais! - Ela dizia animadamente - também quero.

-       Então vamos - Num impulso, peguei ela no colo com uma mão e na outra puxei Hannah para voltarmos até a roda.

-       Cadê a pessoa que estava morrendo de medo? - Ela me encarou surpresa.

-       Quem disse que ainda não estou? Se eu errar é porque estou sendo condolente com a Aninha - Gargalhamos.

-       O que é condolente? - A pequena me encarou.

-       É ser solidário - Hannah explicou.

-       E o que é ser solidário? - Ela continuava com uma carinha confusa.

-       É ajudar as pessoas - Expliquei - Vai me ajudar nos passos? Eu não sei dançar.

Ela fez uma carinha de sapeca e fez que sim.

A dança que se seguiu foi tão divertida quanto a outra. Hannah e eu procuramos seguir os passos de forma mais despretensiosa, mas Laurinha parecia determinada a fazer direitinho e muitos ela acertou com maestria. Diversas vezes meu olhar se cruzava com o de Hannah e ela não economizava nos sorrisos.

-       Preciso voltar para a cozinha - Ela me informou depois de algumas danças - Obrigada pela dança e por ter sido linda com a minha filha.

Ela me lançou um olhar emocionado, grato, eu diria.

-       Não é esforço algum. Obrigada, eu me diverti muito.

-       Eu também.

-       Ei Hannah - Ela se virou para mim - Por que baile finlandês?

-       Porque é bom celebrar as diferenças. Qual é a graça em ser convencional? - Respondeu levantando os ombros.

Quando elas se afastaram Pedro se aproximou.

-       Nem uma palavra. - Falei já imaginando o que viria.

-       Eu não ia dizer nada, sua maluca - Fez uma cara de ofendido.

-       Caraca Ali, você tá com tudo eih - Leo se aproximou com uma porção de batatas.

-       Viu, eu disse que eu não falaria nada.

Enchi a mão de batatas e enfiei algumas na boca dele.

-       Nem que você queira vai conseguir falar.

Ele tentou jogar na minha boca o resto que ainda estava na minha mão.

-       Parem com isso, se matem mas não estraguem a comida.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá! Estou de volta. Espero que tenham gostado do capítulo de hoje e estejam curtindo a história.

Se puder deixa um comentário pra me fazer feliz. Até a próxima!!


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Comentários para 5 - O Baile:
SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 05/04/2020

Hannah, a pequena e Alisson juntas são maravilhosas. Eita que abraço mais gostoso pra espantar o frio, delícia.

Amo está história.

Bjs

Responder

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Mille
Mille

Em: 04/04/2020

Ola Maya

E que momento lindo delas e com a Laurinha passaria a imagem de família unida. 

Bjus e até o próximo capítulo 

Responder

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 04/04/2020

Amando esse momento de Hannah e Ali.... São lindas juntas... e quando juntou a pequena.... ficou mais que perfeitinho... uma verdadeira família...

Responder

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Rose_anne
Rose_anne

Em: 04/04/2020

Ameeeiiiiii...... Esse capítulo foi tudo😍😍

 

Responder

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