Já era de manhã e Janaína ainda continuava dormindo nos braços de Alexia. Ter a delegada ali tão juntinha de seu corpo era uma sensação tão maravilhosa. Sentir a pele nua de Janaína de encontro a sua, fez Alexia perceber que era ali que ela queria passar o resto de sua vida. Mas para que isso acontecesse, a Justiceira precisava contar toda a verdade para Janaína e dizer a ela que elas já haviam se encontrado há alguns anos.

Janaína se remexeu um pouco na cama e acabou acordando.

— Já são que horas? — Perguntou ainda um pouco sonolenta.

—6:30 – Alexia falou e Janaína se sentou na cama. Precisava se arrumar para ir ao trabalho.

—Preciso me arrumar para ir ao trabalho— Janaína tentava esconder o seu corpo nu com o cobertor.

—Não precisa se cobrir— Alexia tirou o cobertor de cima do corpo de Janaína e ficou encarando os belos seios da mulher— Prefiro você assim— Falou ao tocar um dos seios da delegada.

—Preciso ir, Alexia... Tenho muito trabalho para fazer hoje— Janaína falou e sentiu a mão de Alexia tocando seu sex*. Isso a fez suspirar.

—Antes preciso conversar com você— Alexia tirou sua mão do íntimo e Janaína a olhou tentando adivinhar do que se tratava aquela conversa que a Justiceira queria ter.

—Diga— Janaina ficou encarando Alexia.

—Fui eu quem te salvou há uns anos, quando você junto com outros policiais tentaram invadir a favela do Gael— Alexia falou e Janaína a olho surpresa.

—Como assim, Alexia?

Janaína abaixou a cabeça.

— O Gael havia pedido para eu te matar, mas não consegui, pois quando olhei nos seus olhos algo diferente começou a tomar conta de mim...Um dos comparsas do Gael já havia atirado em você. Eu só iria finalizar o serviço— Falou.

—Então foi você quem me levou para aquele matagal?— Janaína indagou.

—Sim— Tocou os seus fios de cabelos que estavam soltos— Sabia que se você ficasse na favela iria acabar morrendo feito os outros.

—Nem todos morreram, Alexia, o Marcelo também sobreviveu— Janaína falou e Alexia começou a ficar nervosa.

—Sobreviveu, pois ele era cúmplice do Gael— Alexia falou e Janaína respirou fundo.

—Alexia, você vai começar a ofender o Marcelo de novo?

—E você vai começar a defende-lo, Janaína? — Alexia ficou nervosa e se levantou da cama. Deixando sua nudez toda a mostra para Janaína— Ele está com você só porque o Gael quer matar o seu pai.

—Mentira!— Janaína falou.

—O que tenho que fazer para você acreditar em mim, Janaína? — Alexia começou a andar pelo quarto— Todos aqui sabem que o Marcelo é um pilantra.

—Alexia, eu já estou com você... Não precisa inventar mentiras a respeito do Marcelo—Janaína falou e Alexia ficou ainda mais irritada.

—O seu pai ainda não contou nada disso a você, pois tem medo de você acabar estragando com tudo Janaína, mas deixa pra lá. Você não acredita em mim— Alexia começou a se vestir.

—Pra aonde você está indo?— Janaína se levanta da cama e Alexia a olha. O corpo de Janaína era lindo. Era difícil conseguir se controlar com aquela mulher ali tão perto, mas naquele momento ela estava magoada.

—Vou para meu quarto— Alexia terminou de se vestir e saiu.

Após Alexia sair, Janaína ficou um pouco pensativa. Será que a Justiceira estava mentindo? Alexia odiava Marcelo, com certeza, estava tentando denegrir a imagem que a delegada tinha dele.

Como já estava atrasada para enfrentar mais um dia de trabalho, Janaína foi para o banheiro, banhou e depois tentou esconder as marcas que Alexia havia deixado em seu corpo. Não poderia mais uma vez aparecer na delegacia toda marcada.

O dia na delegacia foi até tranquilo, mas Janaína estava um pouco tensa, pois sabia que a Justiceira estava chateada com ela.

—Algum problema, Janaína?— Rubens indagou.

Janaína respirou fundo.

— Nada demais, Rubens— Encarou o homem à frente de sua mesa— E você tem algo a me dizer?

—Sim— Sentou na cadeira a sua frente— Quero que você tome muito cuidado... Acho que os homens do Gael estão planejando algo contra você.

—Por que você diz isso?

—Tem dois homens rondando a sua casa, Janaína... Passei em frente à sua casa hoje e vi aqueles mesmos homens... Acho melhor você não ficar sozinha— Rubens disse um pouco temeroso.

—Rubens, desde quando tenho medo de bandido?— Janaína falou e se levantou de sua cadeira.

—Eu sei que você não tem medo, Janaína, só que acho perigoso você ficar sozinha— Deu uma pausa— Está indo pra onde?

—Para casa! — Janaína pegou a bolsa.

Rubens ficou impaciente.

— Janaína, por que você é tão teimosa? Parece que não está acreditando em mim?

—Rubens, eu sei me cuidar muito bem sozinha— Janaína falou e saiu de sua sala, deixando Rubens ali sozinho.

—Preciso segui-la, o Alfredo não irá me perdoar se caso acontecer algo com a filha dele.

 

 

CONTINUA...

Fim do capítulo