Quinze
|Oportunidades chegam com os dias. Mas você pode tentar ir ao encontro delas;|
Caroline
Ver Bruno e Inácio juntos me deixou com várias pulgas atrás da orelha, mas tentei evitar ficar pensando nisso. Nessa noite, evitei de todas as formas possíveis esbarrar com qualquer pessoa que pudesse me tirar a paciência. Fui me trocar no camarim e dei de cara com um sorriso gigantesco no rosto de Melina, a dançarina que tirei das garras do velho. Ela me olhava com um brilho nos olhos e um sorriso tão grande que foi impossível não sorrir de volta.
— Nossa, Caroline, você é tão perfeita dançando. Já é perfeita fora do palco, mas quando sobe nele, brilha ainda mais. Desculpe, não quero parecer com um desses caras que chegam na gente babando, eu só... estou encantada mesmo.
— Obrigada, Melina. Não sei nem o que dizer. Mas... Eu detesto fazer isso.
— Por quê?
— Dançar para esse tipo de plateia não me agrada. É coisa pessoal mesmo. Entendo que tem gente que gosta e lida bem, porque é um trabalho como qualquer outro, mas eu não gosto de me expor assim. Eu queria... Bom, deixa pra lá.
Estávamos apenas nós duas no camarim, as outras dançarinas estavam no palco e as duas maquiadoras que tinha, já haviam ido embora.
— O que você queria? — insistiu.
— Ah, cara, meu sonho é dar aulas de língua portuguesa e escrever livros.
— Nossa, Caroline! Você é mais incrível que eu pensava que fosse. Apesar de não ter terminado o colégio, eu amo ler. Estou lendo “Orgulho e Preconceito”, da Jane Austen. Acho muito legal a forma como ela escreve.
Respondia enquanto tentava tirar a maquiagem do rosto e corpo. Eu só queria voltar para casa logo.
— Jane é incrível. Já li todos os livros dela. Feliz por saber que gosta de ler.
— Sim, gosto. E estou amando essa escritora. E você já escreveu algum livro, Caroline?
— Escrevi um infantil para um trabalho da faculdade. E tenho um romance pela metade. Talvez um dia eu termine.
— Tenho certeza que vai terminar. Já virei tua fã só de te ver dançar, imagina quando te ler.
Melina era uma garota legal, depois que a livrei do assédio, passou a querer me agradar sempre que possível.
— Ixi... — Foi o que respondi, pois ainda tentava retirar a parte de cima do meu figurino, um sutiã brilhante de pérola. Mas o feixe da frente estava emperrado, não saía de jeito nenhum e eu não queria estragá-lo. — Se Sabine ouvir isso, vai ficar com ciúmes.
— Ela que fique — falou sem nenhuma emoção. Já falei que entre eu e ela não rola nada — Deixa que eu te ajudo.
Melina aproximou-se de mim e pôs as mãos entre os meus seios, tentando abrir o feixe sem rasgar o tecido. Achei estranha a aproximação e um tanto incômoda, mas como eu queria ir embora logo, aceitei sua ajuda.
Nicolle me esperava para dormir, já havia mandado mensagens falando que não conseguia dormir sozinha, então não queria fazê-la esperar por muito tempo, ela precisava dormir cedo, ainda estava em recuperação.
— Caralh*, essa porr* emperrou mesmo. Será que vou ter que rasgar o tecido? — perguntei enquanto ela tentava abrir com as duas mãos e eu tentava auxiliar, pressionando os bojos para afrouxar a pressão.
— Tá realmente difícil... — Fazia força.
Eu olhava para o problema do sutiã, pois nem imagina que havia um problema maior bem na minha frente. Só fui notar quando ela se aproximou e beijou meus lábios com sua boca já umedecida pelo desejo. Fiquei em choque por alguns segundos, mas depois a empurrei com toda força que pude. Ela cambaleou, mas não caiu.
— Está louca, garota?! — Fiquei olhando para a cara dela tentando entender a situação, pois estava realmente muito confusa. — Eu tenho namorada e você sabe.
— Desculpe, Caroline. E-eu... Não sei bem porque fiz isso. Acho que não consegui resistir, você é tão linda e...
— Cala a boca! Você se aproveitou da situação, Melina!
— Eu gosto de você e acabei não resistindo. Desculpa. Não deveria.
Fiquei realmente sem saber o que falar, só olhando para a cara de decepção dela, tentando demonstrar com meu olhar que a decepcionada da situação era eu. Acho que ela queria que eu retribuísse o beijo, mas eu jamais faria isso. Por respeito ao meu relacionamento e porque não sentia nem um pingo de atração por ela.
Vesti minha jaqueta por cima do sutiã perolado e fui embora imediatamente.
— Caroline...
— O que é Melina?
— Me desculpe, de verdade.
Eu estava muito puta da vida, a tentativa de não me frustrar essa noite foi absolutamente falha, correu por água a baixo completamente.
— Eu não sinto e nunca senti um pingo de atração por você, ok? Eu amo a minha namorada e espero que isso que você fez não se repita, pois se tentar de novo, eu não vou ter dó de você. Tá avisada.
— Desculpa...
— Deveria ir beijar a Sabine, que te quer, sua sem noção.
Ela abaixou a cabeça e ficou onde estava, no meio do pequeno camarim, sem dizer mais nada. Eu saí furiosa com minha bolsa no ombro e acendi um cigarro dentro do estabelecimento mesmo, ignorando qualquer aviso de que era proibido fumar no local.
— Caroline, não pode fumar aqui dentro! — disse o noivo imbecil do meu chefe.
— Já tô saindo. — falei e passei reto.
— Acendesse o cigarro lá fora.
— Não enche você também! Se quiser me demitir, fique à vontade. Foda-se.
Saí e peguei um carro de aplicativo para ir embora, que, graças aos céus, não demorou quase nada para chegar.
— Estou indo, amor. Estou dentro do carro já.
— Te esperando. Estou realmente sem sono.
— Chegando para te pôr para dormir.
— Na verdade eu quero outra coisa antes de dormir.
— Safada...
— (Emoticons de diabinho e coração).
“Como eu amo essa mulher, meu Deus!”— pensei sorrindo, esquecendo-me de todos os meus problemas. “Não deixe nada nos atrapalhar, por favor, Deus.”
Decidi não contar sobre o beijo que Melina tentou me roubar. Não queria preocupá-la, deixá-la com ciúmes ou desconfiando de mim. Por mais que não reclamasse, eu sabia que ela também não gostava que eu dançasse ali, pois sabia que quem me assistia, me desejava, então achei melhor não dar mais motivos para aborrecimentos. Além do mais, eu precisava juntar a grana para levá-la para viajar. Seguraria o emprego até conseguir o dinheiro. Realmente, achei que a melhor decisão seria não contar. Não naquele momento. Mas Nicolle me conhecia melhor do que eu mesma.
— Oi, amor. — disse quando entrei. Aproximei-me e beijei seus lábios. Era quase quatro da manhã, ela estava sentada na mesa do computador mexendo em seu notebook.
— Oi. Como foi hoje?
— Como sempre... E você, está bem, comeu?
— Estou. Comi.
Tirei a jaqueta e o shorts jeans e peguei uma blusa para dormir.
— Esse troço emperrou e não quer abrir de jeito nenhum. Não quero rasgar...
— Venha aqui para eu tentar tirar.
Aproximei-me e fiquei entre suas pernas. Ela segurou primeiro em minha cintura, com as duas mãos e beijou minha barriga algumas vezes.
— Linda.
— É você, meu amor — falei e coloquei meus dedos entre seus cabelos soltos. Ela ficou tentando tirar meu sutiã.
— Pronto! Era só questão de jeito.
— Caramba! Que espécie de criatura você é, uma Jessica Jones? Eu tentei com toda a minha força.
— Era só jeito, amor. Esse feixe emperra se colocar muita pressão nele, então tem que tirar com delicadeza.
— Entendi. Caralh*, me frustrei à toa. Que porr*!
— Relaxa, baby meu — falou, colocando as mãos em meus ombros. Meus seios estavam à mostra e bem perto de seu rosto sorridente. — Lindinhos... — disse e os beijou. Beijou cada um deles. Mas antes que continuasse, eu me apressei:
— Vou tomar banho antes, estou me sentindo um nojo.
— Vai lá.
Fui, quieta, não conseguia saber o que dizer, pois só ficava pensando que estava escondendo algo dela. E por mais que eu não tivesse culpa do que havia acontecido, o fato de esconder dela qualquer coisa que fosse já me torturava.
— Algum chato te encheu hoje? — perguntou do quarto. Eu já estava entrando no boxe e ligando o chuveiro.
— Hoje não, amor. E você, comeu?
— Já me perguntou isso três vezes, Caroline. Por mensagem, quando chegou e agora. Você bebeu?
— Não. Só fico preocupada mesmo.
— Sei...
— Não bebi mesmo. Só fumei meus cigarros.
— Tá bom. Que bom.
Ficamos quietas. Saí do banheiro e ela digitava algo no computador.
— Estou respondendo umas perguntas a respeito de terapia comportamental para alguns alunos da USP. Estão fazendo uma pesquisa com os melhores psicólogos do país e fui uma das selecionadas.
— Nossa, que bacana, amor! Você é mesmo ótima. A melhor. A Rainha.
— Achei legal o projeto deles. Vão atender pessoas carentes baseando-se em meus métodos de trabalho. Depois me retornam informando os resultados. É como se eu pudesse atender mesmo não estando presente, sabe?
— É bom, assim ajuda mais pessoas.
Enquanto ela falava eu penteava os cabelos. Tentava prestar atenção no que dizia, mas quase não conseguia.
— Que cara de cu é essa, Caroline?
— Quê cara de cu, Nicolle, tá doida?
— Eu estou falando com você e você está aérea. O que houve?
— Estou cansada, com sono...
— Não é só isso, eu te conheço. Está preocupada com algo. O que foi?
— Não foi nada. Só estou... sei lá — Suspirei para ganhar tempo de pensar em uma resposta convincente. Não queria contar, ela ficaria muito puta da vida com o que aconteceu e com o fato de eu sequer cogitar em esconder — Cansada.
— Cansada sei que está, mas também está estranha. Mas enfim... Vamos dormir. Amanhã termino isso aqui. E você me conta.
— Te contar? Mas não é nada, amor... — Minha intenção era acalmá-la. Fui até ela e a beijei nos lábios.
Ela retribuiu o beijo, mas depois se afastou e olhou em meus olhos. Ficou assim por algum tempo.
— Que foi?
— Primeiro, tá desviando o olhar por nervoso, segundo, quando eu pergunto você mexe os ombros, terceiro, suas respostas estão monossilábicas e quarto, seu tom de voz está mais fino. Esses são vários sinais de que está mentindo para mim. Ou escondendo algo. Eu não sou idiota, então sei que está mesmo escondendo algo.
— Uma garota do meu trabalho tentou me beijar enquanto me ajudava com o sutiã emperrado.
— Pois é... Eu já sei.
— Quê? Co-como...?
— Recebi a foto de um número desconhecido. Parece que alguém criou um Whatsapp só para isso. Mas agora só o que me interessa saber é quem é essa garota e porque estava escondendo isso de mim já que ela tentou te beijar e você recusou. — falou firme, o rosto visivelmente incomodado e ameaçador.
Meu corpo tremia internamente, com medo de ela não acreditar em mim e por saber que alguém estava tramando contra mim e Melina provavelmente fazia parte da sujeira toda.
— Nicolle, ela tentou me beijar, aproveitou-se da situação. Se ofereceu para ajudar com o feixe do sutiã e aí me beijou. Mas eu a empurrei e falei um monte pra ela. Alguém está tramando contra mim, estão tentando nos separar, Nicolle.
Ela suspirou. Colocou a mão na testa como quem analisa a situação. Olhava em volta enquanto tentava manter a paciência.
— Quem é ela?
— Melina, dançarina do bar. Aquela que evitei que fosse assediada. Nunca me demonstrou nenhum interesse, só gratidão. Hoje me esperava sozinha no camarim, sorrindo.
— E por que ia esconder isso de mim, Caroline?
— Não queria te chatear.
— Você me chateia quando esconde as coisas de mim. Deu para fazer isso agora, né? Estou começando a ficar preocupada. Odeio isso, cacete!
— Desculpe. Mas acredite em mim, eu não a beijei.
— Eu também sei disso. Analisei a foto várias e várias vezes e notei sua expressão de espanto. Depois, eu confio em você. Só odeio o fato de estar me escondendo as coisas, mesmo que seja pensando em não me chatear. Eu fico muito mais revoltada quando me escondem coisas das quais eu tenho o direito de saber.
— Desculpa mesmo, de verdade — Coloquei meus braços em volta de seus ombros e a trouxe para mim. A abracei com força e chorei. — Tenho medo de te decepcionar, já fiz muito isso e estou tentando não fazer mais. Eu te amo muito, Nicolle. Me desculpe, por favor?
— Está tentando errado, Caroline. Mas te entendo.
— Me perdoa?
— Tá. Mas amanhã conversamos direito sobre isso, meus olhos estão pesando de sono. Vamos dormir.
— Vamos.
Ela mesma limpou minhas lágrimas e beijou meus olhos com carinho.
— Relaxa. Eu sei que está falando a verdade. Amanhã resolvemos o que ficou pendente.
— Tu vai acabar terminando comigo, estou sentindo.
— Por provocações dos outros, não. Se tu aprontar, sim.
Não rolou o sex* que ela queria; nenhuma das duas estava no clima mais. Mas dormimos abraçadas, sentindo a respiração uma da outra, o cheiro e os corações batendo bem perto.
†
Cheguei ao Bob mais cedo e fumei uns três cigarros do lado de fora, no estacionamento, esperando Melina chegar. Não sabia se ela tinha participação na sujeira de quem estava tentando me separar de Nicolle ou se fomos pegas de surpresa. Eu tinha quase certeza que tinha o dedo podre do Bruno nisso, e se tivesse, ele estaria muito ferrado na minha mão. Ficaria sem dedos.
A avistei descendo do ônibus – o ponto era bem em frente ao estacionamento do bar.
— E aí, Melina? — cumprimentei, assim que ela aproximou-se, com cara de poucos amigos, como se estivesse devendo algo e não pudesse pagar. — Beleza?
— Oi, Caroline. Sim... E você?
— De boa.
— Que bom...
— Então, tá sabendo que tiraram foto do beijo que você me deu ontem?
— Quê? Nã-não... Como assim tiraram fotos?
— Tiraram foto do exato momento e enviaram para a minha namorada de um número anônimo.
— Nossa! Eu não... Que horror! Quem poderia ter feito isso, com que objetivo?
— Fala sério, você está mentindo, Melina! Tá tensa pra caralh*.
— Não estou. Te beijei porque gosto de você. Passei a te olhar diferente desde o dia em que me salvou. Te achei maravilhosa, linda e então me apaixonei.
— Se apaixonou? Conta outra, garota!
— É verdade. Me apaixonei de verdade.
— Deveria ter me falado e não chegado me beijando sabendo que tenho namorada.
— Desculpe. Não vai mais acontecer.
— Espero que não, pois amo a Nicolle. E se eu souber que você está envolvida com quem está tentando me separar dela, te faço perder o emprego e te dou uma surra. Acabo com todos os envolvidos. E não estou brincando. Quando mexem com quem eu amo, eu viro o cão.
— Não estou envolvida em nada. Eu gosto de você e me empolguei naquele momento. Até porque tinha bebido um pouco. Agora, tchau, preciso entrar para me trocar.
— Beleza. Valeu. — Fiquei observando-a se afastar, cabisbaixa, com uma bolsa nos ombros. — Sabine já sabe do que aconteceu?
Virou-se para me responder:
— Acredito que não. Não comentei nada.
— Vocês conversaram ontem, depois do que ocorreu?
— Sim, um pouco.
— E ela não demonstrou ter visto?
— Não. E se tivesse visto, teria falado algo na hora. Ela não é de guardar o que incomoda.
— Pelo que a conheço, não mesmo.
— Enfim, vou entrar.
Era uma garota muito bonita e parecia legal, mas... ela poderia ser uma grande estrela, uma grande personalidade ou até uma Deusa, que nem assim teria de mim o mesmo interesse que tenho pela minha mulher. Ninguém jamais teria.
†
Ao som de Cola, da Lana Dey Rey, dancei com a cobra percorrendo ávida o meu corpo, transpassando por minhas pernas e plantando na imaginação do público imagens obscenas e excitantes. A jiboia dançava comigo como se soubesse cada passo da minha coreografia. Mas acontece que nem eu tinha nada ensaiado, apenas seguia o som da música mexendo-me sensualmente. Era basicamente tudo improvisado; eu tinha noção do que estava fazendo, pois passei a adolescência frequentando aulas de dança. Fiz balé, dança do ventre, dança de rua e zumba enquanto estava no abrigo.
Enfim, essa foi a noite em que mais dancei, posso dizer que, apesar de detestar ter que trabalhar com aquilo ali, eu adorei minhas performances da noite. Até eu fiquei babando em mim. Queria que Nicolle tivesse visto, queria que ela estivesse na plateia. A segunda performance foi com a música da Shania Twin: Man! I Feel Like A Woman. Fiquei tão orgulhosa de mim que até aceitei um drink gelado oferecido por Matheus, noivo do Bob.
— Meu Deus, Caroline! Você se supera a cada dia, sabia? Desse jeito até eu me apaixono. Pode escolher a bebida que quiser que hoje será por conta da casa.
Limpei o suor que escorria da minha testa. Estava sorrindo, satisfeita, então aceitei a bebida, sem pestanejar.
— Só vou aceitar porque estou morrendo de calor e adorei minhas performances hoje.
— Pode pedir o que a senhorita quiser, meu bem! Não vai pagar nada. Você é nossa estrela, Caroline. O bar está cada vez mais bem frequentado porque todos querem te ver dançar. É um ‘espetáculo’, como diz meu marido. De quinta à domingo isso aqui transborda de gente.
— Quero uma Gin Tônica com frutas vermelhas. Obrigada. Pode levar até o camarim? Preciso me trocar.
— Claro! Peço para alguém levar lá.
No camarim recebi o drink lindíssimo, preparado com vodca, gelo, amoras e framboesas. Tomei tudo rapidamente, sem pensar duas vezes, pois além de estar delicioso, eu estava com muita sede e calor. Mas comecei a ver tudo embaçado conforme a bebida foi fazendo efeito e em poucos minutos, perdi os sentidos de tudo.
Falava e ria sem parar. Voltei ao bar para dançar com pessoas desconhecidas e o último rosto que vi foi o de Nicolle me acertando um tapa furioso bem no meio do rosto. Então, tudo ficou escuro... Eu apaguei.
Fim do capítulo
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