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Caroline por BrunahGoncalves e Brunah Goncalves

Ver comentários: 1

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Palavras: 3201
Acessos: 1305   |  Postado em: 22/03/2020

Treze

 

|Não se compare; cada um têm seu tempo para desabrochar;|

 

Caroline

 

 Saí do palco o mais rápido que pude para me livrar do incômodo e da cobra que já parecia pesar uma tonelada em meu ombro. Os aplausos faziam-me sentir repulsa, sobretudo por virem de pessoas que eu sabia que não gostavam de mim e, de outras que depois de me verem dançando, desejavam apenas o meu corpo. Sentia-me nua, mesmo sem estar. E suja, pelos olhares de desejo daqueles homens e mulheres excitados.

 Eram três apresentações na noite, duas em grupo e uma sozinha. Assim que concluída as sessões de tortura, eu estava liberada para ir embora.

Fiz o que tinha que fazer e me vesti para ir para casa. Coloquei minha calça Jeans e minha jaqueta preta e dei o fora o mais rápido que pude. Só que não pude ir tão rápido, pois as outras dançarinas e meu chefe foram me parabenizar e me encher de elogios pela apresentação da noite. Eu estava sem paciência, então nem dei muita bola para ninguém, só não quis mesmo ser mal educada com as minhas colegas, mais uma vez, pois elas não tinham culpa de nada e me tratavam muito bem, mais até do que eu estava merecendo. Sabine, então, sempre me tratou com muito carinho.

 Saí e me deparei com a mais nova embuste: 

— Ora, ora, ora... minha cunhadinha sensualizando para uma plateia cheia de homens excitados! Que surpresa, Caroline!

— O que você quer, Lilian? Se veio tirar minha paciência, não perca seu tempo, pois já estou sem nenhuma — falei, tentando passar por ela pelo estreito corredor que ficava entre o camarim e o espaço aberto do bar, mas ela pôs a mão em meu ombro, me impedindo de continuar andando.

— Nicolle já sabe que voltou a dançar?

— Eu não...

— Já, porque eu contei. Ou melhor, mostrei. Filmei sua dança com a cobra e mandei pra ela ver. Aliás, nem sabia que era tão corajosa assim a ponto de colocar uma cobra no ombro e quase beijar a boca dela. Me surpreendi com você, Caroline! Mas acho que minha irmã não gostou nada da novidade.

— O que você quer de mim, cara? Me deixa em paz, sério!

 Tentei mais uma vez passar por ela e sair do bar, mas fui barrada novamente, ela pôs-se em minha frente enquanto fazia questão de me mostrar aquele sorriso nojento em forma de deboche.

— Eu quero que você se afaste da minha irmã.

— Isso não vai rolar.

— Você não vê que só faz mal a ela? Ela está em cima de uma cama, sem poder andar, sem poder trabalhar fazendo o que ela ama, por sua causa. Você é a culpada da desgraça toda que aconteceu com minha irmã.

— Velho, sério, cala a boca!

— Minha irmã só está com você por dó.

— Tua irmã está comigo porque me ama e sabe que a amo.

— Só você acredita nisso. Ingênua...

 Respirei fundo para não partir para cima dela e arrancar metade dos cabelos. Realmente ela estava testando a reserva da minha paciência.

— Qual é Lily, por que não me deixa em paz? Eu estou tentando refazer minha vida, me reerguer, para poder dar o melhor para sua irmã. Se ela não me quisesse ao lado dela, já teria se afastado, pois eu mesma já pedi que se afastasse de mim, mesmo isso sendo a última coisa que eu quero na vida. Eu penso no bem dela, por isso estou nessa merd* de emprego que odeio.

 Ela pareceu ponderar um pouco. Vi que por alguns segundos, pensou a respeito, mas logo revirou os olhos e voltou a me olhar com antipatia. Parecia uma garotinha mimada sem noção nenhuma da vida. Nicolle tinha certa culpa nisso, pois era a primeira a mimar a garota.

— Como eu disse, ela está com você por dó. Vocês duas não tem nada a ver juntas, sabia? Realidade totalmente diferente; minha irmã é bem de vida, você quase não tem onde cair morta, tem que ficar rebol*ndo seminua com uma cobra pendurada no pescoço para poder pagar as contas. A pessoa ideal para Nicolle é o Bruno, ele sim pode fazê-la feliz. Você não passa de uma vadiazinha...

— Se continuar falando eu arrebento a sua cara sem dó, sua pirralha imbecil!

— Tenta. Aposto que não arriscaria.

— Você se garante muito, não é? Você não passa de uma pirralhazinha mimada sustentada pelos pais que não sabe o mínimo da realidade ao seu redor. Uma garota mesquinha e rasa — falei o que pensei, com a pele queimando e me controlando para não agredi-la.

— Eu sei sobre a minha realidade e é o que me interessa saber.

— Se não fosse o dinheiro dos teus pais você estaria na merd*, garota. Deveria agradecê-los sendo uma boa pessoa e não esse ser mesquinho.

 Ela suspirou e soltou uma risada repugnante. Eu não me movi um centímetro, pois a garota ainda ocupava toda a passagem e se eu me movesse, acabaria em cima dela, descontando toda a minha fúria. Merecia sentir minha mão queimando seu rosto pálido, mas por respeito à Nicolle, me segurava. Só por Nicolle, pois ela estava sendo a minha única razão para me manter equilibrada. 

— Tenho dó de você, Caroline. Seu nível é tão baixo... Não tem um pingo de classe, de noção, de charme.

 Cocei a cabeça antes de responder, respirando profundamente para continuar sustentando o meu mínimo equilíbrio emocional. A minha escassa paciência.

— Vai sair do meu caminho ou quer que eu passe por cima de você?

— Quando menos esperar a santa da minha irmã vai te deixar. Se nem teus pais te suportaram, imagina ela...

 Foi a gota d’água, a peguei pelos cabelos curtos loiros com apenas uma das mãos e a atirei longe, no chão, esparramada. Me senti a própria Jessica Jones, pois nem sequer senti o peso daquele corpo inútil nas mãos, o que me fez desejar pegá-la novamente e atirá-la contra a parede. Caiu de costas para o piso antiderrapante e ficou me encarando indignada, de boca aberta, com cara de patricinha com saldo negativo na conta.

— Não ouse tocar no nome dos meus pais, sua pirralha imunda!

— Vou contar tudo para Nicolle.

— Foda-se. — saí andando com uma raiva que fazia minhas veias pulsarem saltadas. Se ela dissesse mais uma palavra sequer, eu voltaria e partiria a cara dela em pedaços. — Aproveita e mostra os arranhões lindos em suas mãos. Diz que fui eu quem os fez.

 Segui sem olhar para trás, querendo apenas encher meus pulmões com ar puro e olhar um pouco para o céu... Com a esperança de ver um pouco de Deus nele. Eu precisava, realmente, de um pouco de paz.

 

 — Caroline, viu a Lilian por aí? — perguntou Bruno próximo do bar, com duas bebidas nas mãos.

— Vá pra porr* você também!

 Saí esbarrando em todos que ousou ficar na minha frente e assim que saí no estacionamento do bar, acendi um cigarro. Soquei a lataria de um carro e por sorte, o alarme dele não disparou. Mas eu estava tão frustrada e atordoada que nem ligaria se disparasse, o máximo que poderia acontecer era eu me frustrar ainda mais e amassar todo o veículo. Mas o veículo sendo do Bruno, eu teria prazer de destruí-lo.

 O cigarro geralmente me acalmava um pouco, mas naquele momento, eu só queria explodir e sentir meus pedaços sendo espalhados pelo ar. Depois sumir. Sumir seria ótimo.  Mas eu precisava falar com Nicolle antes.

 Tentei ligar diversas vezes para minha namorada e ela não me atendia. Entrei no aplicativo e mandei algumas mensagens; ela estava online, mas não visualizou e nem respondeu nenhuma delas. A aflição aumentou, eu detestava quando ela fazia isso, me deixava preocupada, aflita, com milhões de paranoias. Ainda mais porque ela não era de fazer muito esse tipo de coisa, era a pessoa com mais empatia e responsabilidade emocional que já conheci na vida. Então, quando isso ocorria, eu temia.

 Eu estava com os nervos quase se quebrando de tão tensos. Tentei ligar de novo para ela e novamente não fui atendida. Então decidi, apaguei o cigarro e com os dedos trêmulos, escrevi:

— Estou indo aí.

 Ela respondeu logo em seguida: 

— Não venha. Hoje não quero olhar para você.

— O que tua irmã e o canalha do Bruno falaram?

 Demorou um pouco para me responder, apesar de não sair do aplicativo.

— Nada. 

— Porr*, Nicolle! Vou aí e a gente conversa.

— Não quero conversar nada hoje, Caroline. Me deixa em paz um pouco.

— Eu não te contei porque foi em cima da hora, praticamente me obrigaram a dançar. O canalha do Bob não me deu outra opção, pois me tirou do bar, colocou outra em meu lugar e disse que se eu não aceitasse voltar a dançar, ficaria sem emprego. Porr*! Você sabe que odeio, era a última coisa que eu queria na vida, mas não posso ficar sem grana justo agora. Era isso ou entregar drogas para uns nóias. Eu não tenho dinheiro nem para pagar o condomínio, Nicolle. Não tive outra opção.

— E planejava me contar quando? Pois fiquei sabendo pela minha irmã, que mandou um vídeo no grupo da família, para todos verem.

— Que cretina, cara! Eu realmente ando detestando a sua irmã. Ela não deveria ter feito essa merd*.

— E eu ando detestando toda essa história...

— Desculpa. Eu ia te contar assim que meu nervosismo passasse, pois nem tive tempo para digerir a informação do “cargo” novo, só aceitei e entrei no palco, no maior desespero. Foi horrível. Eu jamais pensei que teria que fazer isso de novo, mas... eu preciso de um emprego e é a opção que tenho pra agora, Nicolle. TENTA ME ENTENDER, cara. Assim que encontrar outra coisa, largo isso.

— A questão não é o cargo; eu te conheci enquanto você dançava. Isso não é problema para mim, o problema é ficar sabendo pela minha irmã, pelo grupo da minha família e não por você.

— EU NÃO TIVE TEMPO! Deveria estar com raiva da pirralha mimada da tua irmã, não de mim.

— Estou com raiva da situação.

— Estou entrando num uber; vou aí e a gente conversa. Não vou deixar essa história assim, não.

— Tá, Caroline, tá bom. 

— Nicolle...

— Lembrar daqueles caras asquerosos babando em cima de você também me incomoda. É isso.

 

 Antes de o carro estacionar para que eu entrasse, um maluco saiu do bar para fumar. Era o velho tarado que bati no outro dia. Olhei na cara dele sem o mínimo sorriso e depois o ignorei.

— Caroline, que talento tem para a dança! Que corpo! Que...

— Vá se danar, seu tarado!

— Calma, só estou te elogiando, menina. Que garota afetada. 

— Vindo de você, eu dispenso qualquer elogio. Qualquer coisa vinda de você, eu dispenso, sério. Por sua causa, perdi meu emprego no balcão do bar. Seu velho escroto!

— Mas ganhou um no palco, onde é o seu lugar. Você encanta enquanto se movimenta, Caroline! Eu estou fascinado. Estou... Deslumbrado.

— E eu sentindo nojo.

— Podemos conviver em paz? Esqueço o soco e as ofensas.

— Aproveita e me esquece também, finge que não existo, tá? Não gosto de contato com velhos safados como você.

 Só deu tempo de falar isso, pois entrei no veículo e fechei a porta com força antes mesmo que o velho pudesse responder.

— Por favor, o mais rápido que puder, eu não aguento mais ficar aqui. — pedi para o motorista num tom quase de ordem.

 Involuntariamente olhei para fora, na direção em que estava o velho fumando, através do vidro fechado do carro e o vi dando “tchauzinho”. Era de causar ânsia, de verdade.

 “Parece que hoje todos resolveram foder com minha paciência. Mas eu não vou me render. Posso explodir de raiva da vida, mas deprimida em cima de uma cama, eu não fico mais!”

— Ninguém me derruba nessa porr*!

— O que foi, moça? — questionou o motorista.

— Nada.  

 

 

†

 

 Cheguei e fui direto falar com ela. Ainda era madrugada e meus sogros estavam dormindo, então não tive que cumprimentar ninguém e agradeci aos deuses por isso, detestava ter que forçar sorrisos quando não estava disposta a sorrir.

 Abri a porta do quarto e ela estava tentando sentar na cadeira de rodas sozinha, me fuzilou com um olhar incomodado e depois virou-se novamente, obstinada a sair da cama.

— O que está fazendo? — perguntei, da porta mesmo.

— Tentando ir ao banheiro.

 Aproximei-me rapidamente e a ajudei, colocando meus braços em sua cintura.

— Não precisa da cadeira, eu consigo te carregar.

— Uhum... 

 Fizemos todo o trajeto mudas, sem pronunciar uma palavra. Eu buscava seu olhar, mas ela evitava olhar diretamente para mim. Quando a coloquei de volta na cama, sentei-me ao seu lado e comecei a me explicar; falei tudo que já tinha falado antes por mensagem e mais um pouco.

— Você entende que não tive escolha? Preciso comer, pagar minhas contas e cuidar de você, Nicolle. E foi tudo em cima da hora, nem tive tempo para te contar nada e sua irmã... Aquela... Ela fez isso por maldade, sério. Ela e o Bruno querem me separar de você. Ela disse isso na minha cara. Eu deveria ter gravado.

— Só quem pode me separar de você é você mesma, Caroline.

— Eu sei. Por isso não me preocupo muito com os dois. Mas me preocupo com você, não quero mais te magoar.

— Ok, reconheço seu esforço. Agora vamos dormir, pois já está quase amanhecendo e eu estou exausta. Minha cabeça está explodindo. E eu estou com os nervos me estrangulando.

— Quer um remédio?

— Por favor...

— Você me desculpa?

— Não tenho do que desculpar. Estou mesmo nervosa com a atitude imbecil da Lilian.

— Vocês conversam depois. Esquece isso agora, você precisa descansar, relaxar, senão não dorme direito.

 Cuidei dela, beijei sua testa e fiquei acariciando sua cabeça até que adormecesse. Depois que dormiu, tomei um banho e me deitei ao seu lado. Lilian com certeza ficaria revoltada quando me visse ali, dormindo abraçada à sua irmã. E ficou:

— Ah... Mas eu não tô crendo! — disse, com sua voz azeda.

— Pois creia. E aceite. Eu e tua irmã nos amamos, não é pouca coisa que consegue nos abalar, não. E fala baixo, para não acordá-la.

— Ela ter quase morrido é pouca coisa para você? — falou, histérica, quase gritando.

 Nicolle resmungou, mas não acordou. Eu levantei e fechei a porta na face da figura estática de Lily.

— Se eu fosse você, não gritava...

— Você me paga, sua vadia porca! Você não passa de uma pobre coitada, Caroline.

— Não é qualquer merd* que me atinge, Lilian. Minha casca é grossa. Agora, é melhor você sair, senão, não respondo por mim.

— Amanhã mostro minhas mãos raladas e falo que foi culpa sua. 

— Arrasa! Tchau, catarrenta. Vaza!

 Quis responder mais, abrir a porta e despejar tudo o que pensava e sentia, mas não me dei ao trabalho, ao invés disso, fui até o banheiro e lavei o rosto para tentar manter a calma e esfriar a pele que queimava feito brasa. Tentei não pensar muito, voltei para a cama e adormeci rapidamente.

 

†

 

  Não tive muitos problemas quando acordei; fiz amor com minha mulher e depois, Nicolle pôs a irmã no lugar dela ao falar todas as verdades que a pirralha precisava ouvir. Ela falou tudo e deixou a outra sem argumentos, com o rabo entre as pernas. E meus sogros entenderam perfeitamente a minha fase e meu esforço para tentar melhorar; me deram o maior apoio, o que fez a filha mais nova soltar fogo pelas ventas.

 Lily seguiu me odiando, mas eu não me importava com ela, então... era indiferente. Não completamente, pois algumas coisas que ela dissera me feriram bastante. Palavras realmente tem poder e se não forem usadas com cuidado, ferem mais que faca. Mas eu não deixaria que me matassem. Ao invés disso, elas me fariam ficar mais forte.

 

 A semana passou rápido e ela tinha iniciado a fisioterapia. Eu a levava e a ajudava com tudo durante o dia; fazia questão. Sua família insistia em ficar na cidade até que ela pudesse andar sozinha sem se escorar nas coisas. Apenas Lilian tinha ido embora, pois precisava voltar ao intercâmbio. Dei graças a Deus por me livrar dela.

 No trabalho, a mesma merd*... Eu dançava com a Satine em meu ombro. O pior não era a cobra, claro, pois eu até gostava dela, éramos amigas. O pior era sensualizar para aquela plateia suja. Mas o pior de tudo mesmo, ainda, era que o velho safado começou a andar atrás de mim feito cachorro no cio, tentando demonstrar gentileza e parecer amigável. Mas eu estava ligada que ele queria meu corpo e não desistiria tão fácil dele. Queria minha atenção a qualquer custo, teve um dia que me deu até uma rosa – que eu joguei no lixo imediatamente. Era um completo safado e parecia não ter limites.

— Ora, vamos, Caroline, só quero ser teu amigo.

— Não quero sua amizade.

— Ora, vamos!

— O que quer de mim, Inácio? Anda, desembucha! O que realmente quer?

— Você é maravilhosa, estou fascinado...

— Não encostará em meu corpo nunca na sua vida. É melhor ficar longe de mim, aliás. Não gosto de você e não quero precisar socar sua cara de novo.

— Pensando bem, acho que eu até iria gostar.

— Escroto! — disse e saí andando pelo corredor do bar.

— Adoro teu senso de humor — sorriu sadicamente.

— Dá para me deixar trabalhar em paz? Eu vou entrar no palco daqui a pouco e não quero entrar com a mão suja de sangue.

— Vai lá, meu docinho. Vou apreciar sua dança da primeira fila. Boa apresentação!

— Você é nojento, cara.

 Nem soube mais o que dizer, apenas fui me apresentar, com um desgosto amargo no peito e contando as horas para poder ir embora.

 No final do show com a cobra, todos me aplaudiram, mas os aplausos foram para mim como socos no estômago, que me rasgaram e atravessaram.

— Bravo, Caroline! Que mulher! — exclamava ele, Inácio, esbaforido, de pé, sem tirar os olhos imundos de cima de mim. — Que mulher! — Ele sempre fazia isso, era normal. Ou devo dizer anormal? O que não foi nada normal foi ver Bruno ao seu lado, ocupando a mesma mesa, como se fossem bons e velhos amigos.

 

 “O que esses porr*s estão fazendo juntos?” — questionei-me antes de me retirar. Saí intrigada. Queria não me preocupar com isso, mas a aproximação daqueles dois me perturbava. E não era pouco. “Eu quero me livrar da depressão, quero continuar sendo forte, mas está foda! Parece que a vida pensa que sou um saco de pancadas.”

 

Fim do capítulo


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Comentários para 14 - Treze:
rhina
rhina

Em: 18/08/2020

 

Tá cara que Bruno está armando alguma.

Rhina

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