Doze
|A felicidade é um processo e para senti-la, às vezes a gente precisa voltar alguns degraus;|
Nicolle
Voltar do coma foi como renascer, como se tivesse ganhado uma nova chance para mostrar para todos que amo, o quanto os amo. Quando abri os olhos para a nova chance que a vida me dava, e pela qual lutei bravamente para conquistar, busquei por ela como se buscasse por oxigênio. Caroline era meu reencontro mais urgente. Reencontrá-la foi a confirmação de que a vida valia a pena, de que tudo valia a pena. E eu só consegui pensar, com todas as minhas forças: “Obrigada!”. O amor me fez voltar à vida.
Ver minha mãe, meu pai e meus irmãos, todos ali reunidos, foi o melhor abraço que eu poderia receber ao retornar. Eu estava tão feliz que só conseguia chorar e agradecer. Agora mesmo, quando lembro, só consigo agradecer. E perceber: que todos os eventos da vida valem à pena e são absolutamente e indescritivelmente importantes e indispensáveis.
Eu estava fraca e ainda com dores, meu raciocínio era lento, mas eu não pude deixar de notar que o brilho nos olhos dela havia voltado; eles brilhavam quase como antes, quase por completo, como diamantes negros lapidados. Quase.
Olhar para ela me enchia de força e entusiasmo. “Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada” — lembrei-me da frase de Sigmund Freud enquanto a admirava dormir na poltrona do quarto hospitalar.
Conforme os dias foram passando, fui vendo o esforço dela em me ajudar a ficar melhor, a ganhar força, em querer me agradar e cuidar de mim. Estava trabalhando, tinha feito a rematrícula na faculdade e isso era melhor que todas as flores com as quais ela regularmente passou a me presentear.
Eu estava de volta à vida e sentia-me mais forte e mais feliz! Acreditava que tudo à minha volta melhoraria e que, se fosse difícil, eu deveria lutar com ainda mais força para que as coisas ficassem bem.
“Viverei para lutar até o fim” — prometi a mim mesma.
†
Caroline
Dormi pouco, queria aproveitar o tempo com ela; namorar, cuidar, conversar... Ela reclamava de estar entediada por ficar presa naquela cama noite e dia. A mãe era cheia dos cuidados e nem a deixava sair do quarto, levava todas as refeições na cama, para que a filha não corresse o risco de se machucar de alguma forma.
Abri os olhos, estiquei a cabeça e beijei seu queixo com três beijos, na tentativa de ver seu sorriso mais bonito resplandecer; o sorriso mais doce da minha vida.
— Dormiu pouco, amor — disse e beijou-me nos lábios de um jeito que só ela sabia fazer.
— O suficiente para descansar. Não posso perder muito tempo dormindo, preciso curtir você. Preciso tirá-la um pouco daqui, né?
— Realmente, não aguento mais esse quarto. Mas com você ao meu lado, sinto menos tédio; é confortável.
— Amor da minha vida... — Me posicionei por cima dela, sem fazer pressão em seu corpo, jogando meu peso nos cotovelos. Beijei novamente seus lábios e convidei: — Vamos ao jardim?
— Sério?
— Sim.
— Por favor! Preciso de ar fresco. E de flores vivas, de espaço, da rua...
— Vamos!
Peguei a cadeira de rodas e a ajudei a sentar-se confortavelmente. Além de ainda estar fraca, uma de suas pernas – a perna esquerda – não estava respondendo muito bem aos comandos; seus movimentos eram mais lentos e mais pesados que da outra. O médico disse que era normal, que voltaria com o tempo e com alguns exercícios e, que não deveríamos nos preocupar. Era comum a monoparesia em casos de traumas cerebrais, pois o sistema nervoso afetado e uma paralisia parcial ocorre em um dos membros ou mais do corpo.
— Antes você precisa comer, tá bom?
— Não estou com fome, tomei uma vitamina enquanto você dormia. Dona Alícia toda hora vem me questionar se quero comer.
— Vou confirmar com ela se comeu.
— Não acredita em mim, Caroline? — questionou, incomodada.
— Completamente.
— Não preciso, não. — disse enquanto eu empurrava a cadeira até a sala.
— Vou perguntar para sua mãe.
Dona Alícia nos olhou assim que surgimos em seu campo de visão.
— Onde vão?
— Ao jardim. Não aguento mais ficar no quarto, estou quase virando o lençol da cama.
— Exagero, filha! Mas tudo bem, o médico disse ontem que precisa mesmo sair do quarto um pouco.
— Ela tomou todos os remédios, comeu direitinho, dona Alícia? Não sairemos sem que antes ela esteja bem alimentada e medicada.
— Está tudo certo, sim, minha filha, podem ir. Ela só precisa de um banho, não quis tomar ontem e ainda não tomou hoje.
— Que feio, dona Nicolle Monteiro! Por isso senti um leve mau cheiro quando deitei ao seu lado.
— Que mentirosa!
— Viu, filha? Falei que ficaria fedida e que sua namorada sentiria. — disse meu sogro, em tom de brincadeira.
— Ih... — brincou a mãe, abanando a mão na altura do nariz.
Ela sorriu forçadamente e fez uma careta de incômodo.
— Não estou vendo graça nenhuma, sério. Vamos, Caroline.
Ri e a beijei no alto da cabeça, sobre os cabelos loiros que estavam presos em um rabo de cavalo.
— Vai falar que meu cabelo está fedendo também?
— Não, amor. Está cheiroso. Lavamos ele antes de ontem.
— Pois é. — confirmou, bastante irritada.
— Estamos brincando, filha — falou dona Alícia, aproximando-se e beijando e cabeça da filha.
— Quando a gente voltar, darei banho nela.
— É, porque ela não me deixa nem a ver fazer xixi.
— Ai, mãe, por favor! Vamos, Caroline, antes que eu desista.
Saímos com ela de cara fechada, mas dona Alícia e seu Lucas ficaram sorrindo, achando divertida a situação. Levei minha namorada para olhar seu jardim e tomar ar fresco. Ela examinava algumas flores e explicava sobre elas:
— Sabe o que significa essa espádice amarelo que se destaca no interior da flor, amor? — perguntou-me enquanto olhávamos os Copos-de-leite plantados entre algumas rosas.
— Não. Não me lembro de termos falado sobre isso.
— Simboliza prosperidade, felicidade e iluminação espiritual. Por isso plantei muitas delas por aqui. Para emanar coisas boas.
— Que lindo, vida! Eu acho uma das flores mais lindas. Sabe por que elas são lindas assim?
— Por quê?
— Porque elas se inspiram em você.
— Já ouvi essa antes... Sua boba — Riu e segurou minhas mãos com carinho — Mas nunca canso de ouvir de novo. Adoro ser mimada por você — Beijou minha mão antes de perguntar: — Amor... eu realmente estou fedida?
Tive que rir alto, não aguentei. Ela era uma perfeição, cara! Nicolle era meu vício, minha calmaria.
— Claro que não, amor. Estava brincando. Está é muito cheirosa, aliás.
— Ah... Porque eu só não tomei banho ontem. Não quis que minha mãe ou minha irmã me dessem banho e também, estava indisposta, com saudade, com dores....
— Vamos tomar banho juntas daqui a pouco, tá bom? Vamos ficar mais cheirosas do que todas essas flores juntas.
— Vamos sim, meu amor. — Por alguns instantes um silêncio se transpôs entre nosso olhar de amor e admiração. — Eu te amo, Caroline! Obrigada por cuidar de mim.
— Eu faço tudo por você com o maior prazer do mundo. Meu anjo...
— Minha fênix.
— Tá aí... Gostei dessa.
— Você é. Está cada dia mais forte.
— Preciso estar. Prometi cuidar da gente. E você me deixa forte.
Ficamos bastante tempo no jardim, tomando banho de sol e olhando as flores e a rua, até seu Lucas vir nos chamar para almoçar. Comemos os quatro na mesa, conversamos sobre a recuperação dela e um pouco sobre o meu trabalho e depois, a levei para o quarto, onde descansamos um pouco deitadas de conchinha na cama; fiquei por trás, fazendo carinho em seus cabelos e beijando sua nuca deliciosa. Depois sentei-me e fiz massagens em suas pernas.
— Nicolle, eu... Aff Que cena repugnante — disse Lilian, minha cunhada antipática, assim que entrou e nos viu.
— O que foi, Lily?
— Nada, só vim pegar um casaco, o tempo está ficando frio. Vou ao museu de ciências com o Bruno.
— Por que a cena seria repugnante?
— Porque essa garota que você chama de namorada não tem nada a ver com você e... Caramba, Nicolle! O Bruno é o maior partido, lindo, de bem com a vida e é caidinho por você. Agora essa garota só te causa decepção — despejou e fez meu sangue subir. Nicolle percebeu, mas segurou firme minha mão antes que eu pudesse dizer qualquer coisa; ela mesma disse:
— Olha aqui, Lilian, quando eu te dei liberdade para se meter em minha vida amorosa? Nunca. Quem escolhe com quem eu fico, de quem gosto ou deixo de gostar, sou eu. Caroline é a pessoa que amo, Bruno é meu amigo e nunca vai passar disso, entendeu?
— Ela só te causa problemas, Nicolle. Olha o teu estado... Por culpa...
— Chega, Lily! Sai daqui. Meus problemas são problema meu. Sai!
A pirralha saiu com o rabo entre as pernas, bateu a porta atrás de si, para mostrar que tinha ficado chateada. Confesso que tentei não demonstrar, mas me senti um completo problema. Respirei fundo, para não falar nada, pois se falasse, acho que choraria no instante em que abrisse a boca para pronunciar a primeira palavra.
— Desculpe... Ela está abalada por me ver assim.
— Eu entendo. Não a culpo. E... Também me culpo por isso.
— Não, meu amor, você não tem culpa de nada. — Ela segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou nos lábios, tentando me consolar.
— Eu quase acabei com sua vida, Nicolle. Você saiu por minha causa, se não tivesse bebido naquele dia, se não tivesse sido tão irresponsável, você não teria saído de casa do jeito que saiu e nada disso teria acontecido, você estaria ótima agora.
— Meu amor, não... Quando as coisas têm que acontecer, elas acontecem, não importam as circunstâncias. Isso teve que acontecer, por algum motivo. E, você não é um problema, para de pensar assim. Eu amo você, você é a mulher da minha vida e se você não estivesse ao meu lado, estaria sendo tudo muito mais difícil. Você me dá forças, Caroline. Você me traz alegria só por estar aqui comigo.
Nos beijamos apaixonadamente, por longos minutos, um beijo desses que suga qualquer dor, sabe? Desses que acolhe e que arranca sorrisos no final deles.
— Vamos tomar banho? — sugeri.
— Estou fedorenta, né?
— Não, amor. — levantei o braço direito dela e cheguei perto para cheirar. — Cheirosa igual um gambá.
— Porr*! Que decadência... Me leve para o banho logo, vamos!
— Estou brincando, não está fedida, não. Eu que devo estar, trabalhei a noite toda e só cheguei e me joguei na cama.
— Cheirinho de perfume vencido.
— Bora resolver isso agora mesmo! — Levantei e a ajudei a se levantar. Ela colocou os braços em volta do meu pescoço e fomos caminhando devagar até o boxe do banheiro.
— Amor? — chamou-me, enquanto eu retirava sua blusa larga. — A Lily falou que o Bruno...
— Tem uma queda por você. Pois é, eu sempre disse. Ela deve ter percebido ou ele contou, já que viraram melhores amigos.
— Ele nunca mostrou nada do tipo. Nunca percebi.
— Sempre insinuou e você nunca percebeu.
— Bruno é quase meu irmão, Caroline. Realmente nunca notei segundas intenções vindas dele. Jamais imaginei que...
— Sim, ele é apaixonado por você, Nicolle. Meus ciúmes nunca foram sem fundamento; eu sempre vi o quanto ele é cínico, o quanto te deseja. Banca o amigo fiel porque sabe que não tem a menor chance contigo. Ou teria?
— Nunca, Caroline! Está louca? O vejo como um irmão e não curto homens desde a época da faculdade. E eu te amo. Credo! Que pergunta ridícula.
— Tudo bem, amor. Relaxa.
Tomamos banho juntas, ela sentada numa cadeira de banho, pois ficava tonta se ficasse em pé por muito tempo e a perna que estava fraca começava a tremer quando fazia alguns esforços. Ela ficava incomodada, mas eu tentava acalmá-la. Fiz massagens nas pernas e nos pés enquanto a ensaboava e ela adorou, relaxou um pouco. Lavei seu cabelo, o meu e depois, a levantei e ficamos abraçadas enquanto a água morna banhava nossos corpos.
— Não deixa o que minha irmã falou te abalar, não, tá? Por favor. Eu preciso de você bem.
— Não vou deixar. Eu prometi que cuidaria de você, não vou deixar que ninguém me desanime.
— Obrigada. — falou e beijou meu ombro.
†
Cheguei ao Bob e ele estava me esperando do lado de fora do bar, fumando um cigarro mentolado.
— Boa noite, lindeza.
— Boa... Algum problema?
— Não sei, depende do que você vai achar.
— Qual é? Atrasar salário? Bob, estou fodida, preciso pagar condomínio, pagar contas atrasadas, comprar comida... Tá foda, cara.
— Não é isso.
— Qual foi, então?
— Tem cliente cobrando você no palco.
— Não rola. Não quero mais dançar. A resposta é não.
— Caroline, o salário é maior e estão reclamando de seu atendimento no bar.
— Quem reclamou? Eu estou dando o meu melhor.
— Alguns clientes. E o de ontem, o mesmo em quem bateu na semana passada. O melhor cliente da casa. E o que pode fechar a casa, com o poder que possui. A gente deve tratá-lo bem.
— Aquele canalha está cismado comigo, né? Filho da puta...
— Você quer o que, depois de ter tirado sangue do nariz dele? Caroline, ele é perigoso, além de um grande empresário, é envolvido com máfia de jogos. Tem muito poder e não mede esforços para conseguir o que quer.
— Foda-se, não vou fazer nada que esse canalha queira.
— No bar você não pode continuar.
— Porr*, Bob! Por favor, cara, eu preciso do emprego. Preciso muito mesmo.
— Se precisa tanto assim, aceite a proposta e volte a dançar. Vai ser bom, Caroline, você ganhará um aumento, vai poder pagar suas contas e cuidar de sua mulher, pois sairá mais cedo. Não vai precisar ficar limpando o bar antes de sair.
— Vou pensar.
— Pense com carinho. Sua jiboia está te esperando.
— Com a cobra, não, cara. Não quero mais voltar a dançar, muito menos com a cobra. Eu gosto dela, mas não em meus ombros.
— É pegar ou largar, Caroline. Preciso de você e você precisa de mim, então vamos nos ajudar. Dobro seu salário.
— Porr*, cara! Por favor, me deixa ficar no bar...
— Pense bem. Tem uma hora para pensar. — Ele sorriu e entrou, me deixando sozinha do lado de fora do bar ainda fechado. — Salário em dobro. — pôs a cabeça para fora, só para repetir isso.
— E um monte de urubu em cima de mim! Caralh*, cara, pensei que gostasse de mim, que fosse meu amigo.
— E sou. Estou tentando te ajudar, dobrando seu salário e diminuindo o horário de expediente.
— Me deixa no bar, por favor.
— Sem chance, Caroline, já tem outra em seu lugar. Sinto muito.
— Nossa... Valeu! — falei, absolutamente desanimada.
— Vai ser bom para nós dois.
— Tá, valeu.
Fiquei encostada na parede, pensando e chorando de raiva por ter que aceitar algo que eu tanto detestava. Dançar para homens safadas e embriagados era horrível, chegava a me causar ânsia. Pensei em não aceitar, largar o emprego e ir vender bala no farol, mas isso era algo tão incerto, que eu não sabia se me daria dinheiro o suficiente para arcar com as despesas, então nem alimentei a ideia por muito tempo.
Recebi uma mensagem de Nicolle:
“Bom trabalho, amor. Eu te amo”. Sorri, deixei mais uma lágrima escorrer e depois respirei fundo.
— Ok... Por você, eu farei isso. Por nós duas. Até achar coisa melhor. Prometi ser forte.
Limpei o rosto e entrei no bar.
— E aí?
— Onde está o figurino?
— Que maravilha! Já está separado em seu camarim, meu bem. Está tudo pronto te esperando. Tudo ajeitado.
— Que incrível... — ironizei.
Não argumentei mais nada, só consegui demonstrar minha completa insatisfação e segui apressada até o camarim que esperava por mim.
— Bem-vinda de volta, Caroline! — falou Sabine, a dançarina mais velha do bar, que me recebeu toda simpática, mas eu a ignorei, esquivando-me do abraço que ela tentou me dar, passando reto e indo pegar a roupa curta que usaria.
— Tudo bem, não vou ficar com raiva de você, vou respeitar seu momento.
A olhei sem expressar nada além da revolta que sentia por estar ali novamente.
— Agradeço.
†
Para o meu retorno ao palco do Bar do Bob naquela noite, rolou até cortina vermelha e fumaça artificial para fazer suspense.
— Esse bar será quase um Moulin Rouge e você será nossa Satine, só que com a cobra — disse meu chefe antes de eu deixar o camarim, já pronta.
Entrei com a jiboia no pescoço, uma minissaia de couro sintético preto e um sutiã cheio de eswarovski. Meu corpo estava coberto de glitter, para realmente chamar bastante atenção.
A plateia de homens e mulheres foi ao delírio quando apareci e comecei a dançar com a cobra amarela. O palco era baixo, mas eu tinha visão ampla de todos. Bruno e Lily estavam sentados em uma das mesas e eu, por um ínfimo momento, paralisei. Mas depois segui dançando, com o coração acelerado e a garganta travada de tanta insatisfação. Resolvi ignorá-los para não me abalar mais. Não sorri em nenhum momento enquanto dançava e muito menos, depois disso.
Caroline de antigamente parecia estar de volta, porém, não muito feliz. Na verdade, ela estava bastante revoltada e com o pavio bastante curto.
Enquanto eu dançava e sensualizava na frente do palco, um cara tentou subir a mão deslizante por uma de minhas pernas, mas, sutilmente, como se fizesse parte do show, coloquei meu enorme salto em seu peito e o empurrei da cadeira em que estava, o que o fez cair dela e se esparramar no chão feito um bêbado desorientado. E esse foi o último ato do meu espetáculo. Apesar do ocorrido, todos aplaudiram.
— Bravo, Caroline!!! Que maravilha! — gritava Bruno, de pé, aplaudindo, parecendo debochar da minha situação.
Lilian, minha cunhadinha, também estava presente, o que fez tudo ficar ainda mais deprimente para mim. Sem levantar-se como havia feito seu então melhor amigo, ela olhava para mim com um riso sádico em seu rosto pálido, parecia se divertir enquanto notava o meu visível incômodo.
“É, Caroline, a vida está testando todos os teus limites.”
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]