• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Caroline
  • Nove

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Olhos verdes
    Olhos verdes
    Por bgc
  • O amor e suas conquistas
    O amor e suas conquistas
    Por Bia Ramos

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Caroline por BrunahGoncalves e Brunah Goncalves

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 1828
Acessos: 1559   |  Postado em: 22/03/2020

Nove

|Você é a razão de alguém levantar todos os dias para continuar vivendo|

 

Caroline

 

 A porta fechou-se atrás de mim e eu não pude seguir com Bruno, ele tentou me segurar, tentou com força, mas com uma força descomunal, maior que a dele. Me desvencilhei de seus braços e empurrei a porta com brutalidade, invadindo o quarto novamente.

— NÃO DESLIGUÉM! — gritei, desesperada. E andei até ela a passos largos e firmes. Determinada a não deixá-la ir.

 A médica ou enfermeira negra elegante que estava ao lado paralisou e permitiu que eu me aproximasse, segurando o braço do colega que estava ao seu lado.

— Nicolle Monteiro, você pode voltando agora mesmo! Você pode, cara. Eu sei que você quer, então... Você tem um minuto para fazer isso. Ok? Um minuto. — com lágrimas escorrendo, determinei, como se lhe desse uma ordem e ela pudesse me ouvir. 

 Comecei a contar. Contei em meu ritmo, do meu jeito. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7... Nada.

— Nicolle, por favor — meu peito aflito doía de uma forma indizível. — Eu só tenho você. Eu te amo. Eu preciso de você, amor. — Beijei seus lábios frios — VOLTA NICOLLE! Pelo amor de Deus, volta! — Em completo desespero, abaixei minha cabeça e coloquei minha testa sobre seu peito, enquanto envolvia sua barriga com meus braços. — Amor... — Chamei, num choro dolorido.

O monitor cardíaco, o frequencímetro, começou a apitar, anunciando a pulsação da vida. A linha reta começou a ganhar picos e mais picos, anunciando a pulsação. Anunciando a vida. Nicolle voltou.

— Meu Deus, não é possível! — exclamou a médica elegante ao meu lado.

— Não pode ser... — disse o outro.

Ela voltou. Voltou para mim. Sorri em meios às lágrimas quentes. Sorri enquanto encarava o monitor que me mostrava que ela estava de volta, que estava viva.

 Sorri largo ao olhar para ela, que mesmo de olhos fechados, e sem dizer nada, estava ali, respirando. Toquei seu rosto, um dos médicos a examinava... Ela estava imóvel, mas viva.

— Obrigada, meu amor. Meu tudo... Minha razão, minha perfeita. Mulher maravilha da minha vida. — falava, absolutamente feliz, beijando suas mãos.

— Precisamos examiná-la, senhorita. Por favor, se afaste. Esse é um caso raro, muito raro. Precisamos ficar atentos. Afaste-se.

 Meneei a cabeça em positivo, concordando, sorrindo, para que cuidassem dela.

— Ok. OK, vou sair, relaxa. Podem examinar... Ela está viva. VIVA! Meu amor voltou. — falei, para todos à minha volta. Inclusive para Bruno, que estava parado na porta, com as mãos na boca, chorando, absolutamente emocionado.

— É, ela voltou — disse o médico alto, já perto dela, sorrindo para mim. — Mas agora nos deixe examiná-la — ele pediu, mas a outra doutora já a estava examinando. 

— Já voltou, amor. Eu já volto.

— Ela vai te esperar — disse a médica, otimista.

Olhei para Bruno:

— Viu só? Ela voltou, cara... Nossa garota voltou — falei e lhe dei um abraço apertado. Ele não retribuiu, pois não conseguia tirar as mãos da boca enquanto soluçava.

— Não sei que espécie de demônio você é, mas... Obrigada por trazer Nicolle de volta, Caroline! — agradeceu e sorriu quando me afastei do abraço.

— Na verdade eu sou um anjo. E Nicolle é outro. Somos almas gêmeas, por isso voltou para mim. E você vai ter que aguentar isso calado para o resto da vida.

 Precisamos sair da sala para que os médicos fizessem o trabalho que tinham que fazer com ela, para que nada mais se complicasse, para que ela ficasse segura.

 Eu e Bruno voltamos para a sala de espera, onde ficamos sentados, um tanto aflitos, mas já bastante aliviados. Eu estava otimista, tinha certeza que meu amor ficaria bem. Ela era forte e eu não duvidava se nem um pouco de sua determinação. Sentia que ela queria viver, que lutaria por isso.

— Estão demorando muito... — comentei, voltando a sentir o medo crescer.

— Se estão demorando é porque ela está viva. Se tivesse morrido alguém já teria vindo aqui nos avisar.

— Ela não vai morrer, Bruno, cale a boca!

— Não vai, não. Graças a Deus você... Ela te ama mesmo. — Senti um tem de ciúmes na voz dele, mas em seguida ele completou: — Que bom!

— Graças a Deus!

 Depois de pouco mais de uma hora, uma enfermeira se aproximou, a mesma de antes, uma morena baixa. Tentei decifrar sua expressão, mas não consegui, ela estava neutra. Olhou-me e me chamou:

— Caroline?

— Sua esposa é muito forte, parabéns! — eu não sei se sorri, se expressei algo, apenas mantive meus olhos nela, a ouvindo, atenta — Ela resistiu bem, mas encontra-se em coma induzido, para a melhor recuperação. Ainda está em observação, mas poderá receber visita em breve.

— Posso vê-la agora?

— Agora não. Precisa esperar um pouco mais. Quando poderem vê-la, avisaremos.

— Muito obrigada por estarem cuidando dela.

— Fazemos o possível. Com licença. — disse e sorriu afetuosamente antes de se retirar.

 

†

 

 Passou-se uma semana e nada de ela acordar. Os médicos disseram que era normal após um grande trauma. Ela resistia, não teve mais nenhum agravante, nenhuma parada cardíaca, nenhuma hemorragia, apenas... Não conseguia acordar. Estava num sono profundo.

 Eu ficava o tempo todo ao seu lado, segurando sua mão, para que ela percebesse que eu estava ali, que não se sentisse sozinha.

 Sua família estava presente, deixaram o Rio de Janeiro imediatamente assim que souberam do acidente, tiveram alguns problemas com as passagens, mas conseguiram chegar no dia seguinte ao acidente. Ao chegarem, os pais ficaram apavorados ao olhar para a filha na cama do hospital com o rosto bastante machucado e um corte cheio de pontos na testa, próximo da têmpora. Dona Alícia chorava todos os dias, com medo de a filha não acordar ou ficar com grandes sequelas. Mas o que importava é que ela estava viva! E logo acordaria. Eu acreditava.

 

†

 

 Ao todo Nicolle tinha três irmãos, dois homens e uma mulher, uma garota de vinte anos, a mais nova da família, que fazia intercâmbio nos Estados Unidos. Ela voltou ao Brasil para ficar ao lado da irmã. Os pais ordenaram que todos estivessem presente, para que Nicolle sentisse eles ali e, também – infelizmente essa era uma possibilidade: ­­– para que os Monteiros estivessem unidos caso ela se fosse.

— O que essa garota está fazendo aqui, gente?! — questionou a caçula ao entrar no quarto e me ver segurando a mão de sua irmã, ao lado da maca.

— Lily, baixe o tom de voz, aqui não, agora, não. Não é o momento e nem o lugar.

 Ela baixou o tom de voz, mas me lançou um olhar fuzilante e ameaçador, cheio de ódio e desprezo. Apontou o dedo para mim e disse:

— Você – Fez – Isso, sua, sua... Vagabunda!

— Lilian! — advertiu o pai. Eu não disse nada, continuei sentada, quieta, mas sem tirar os olhos dos dela. Não queria alimentar a confusão, devia respeita à minha namorada. Não soltei a mão de Nicolle, queria que ela sentisse que eu me manteria equilibrada, por ela. Queria passar segurança, mantê-la calma.

— Vocês vão deixar essa garota aí, depois de ter conduzido minha irmã a esse estado? Ela quase morreu! Ela, ela... Ainda corre risco de vida... E tudo por culpa dessa garota inconsequente, depressiva, que só sabe...

— Chega, Lilian! Chega! — O pai ordenou, sem alterar o tom de voz. Ele estava de pé e foi até a filha, segurando firme o seu antebraço.

 A mãe levantou-se da poltrona ao meu lado e foi até a caçula:

— Vamos lá fora, querida, você precisa se acalmar, Nicolle precisa de silêncio e paz. Não dá para ficar em pé de guerra aqui dentro. Vamos!

 Os três saíram e eu fiquei sozinha com ela no quarto. Divaguei um pouco, de cabeça baixa. O desânimo tentou me tomar, mas eu decidi não dar atenção para nada que fosse negativo. Devia isso a ela. Não podia desanimar ali de forma alguma.

Acariciei sua mão com as minhas duas, beijei-a na mão mesmo e depois acariciei seu rosto, contornando cada traço, com muito cuidado e carinho.

— Você vai ficar boa logo, meu amor. Todos vamos ficar bem. Eu vou cuidar de você, eu prometo. Prometo de verdade.

 

†

 

 No décimo dia de coma, sem nenhum sinal de que despertaria em breve, eu estava exausta, com as olheiras saltando do rosto, sem dormir direito, sem comer direito... Parecia um zumbi.

 Meus sogros insistiam para eu tirasse um dia ou uma noite para descansar, pois eles jamais a deixariam sozinha. Mas eu não conseguia, a ideia de deixá-la desamparada de mim enquanto estivesse naquela situação, me assustava, deixava-me insegura e aflita.

— Minha filha, você está quase desmaiando de sono, deve estar cheia de dores nas costas por ficar sentada aí nessa poltrona o tempo todo. Vá para casa descansar, dormir numa cama de verdade. A gente tá aqui com ela, não vamos deixá-la sozinha por nenhum minuto. — disse dona Alícia.

— Vá, Caroline. Nicolle quer que se cuide. É isso que ela quer.

 Ponderei e percebi que eles tinham razão. Ela sempre me disse isso, era isso o que ela queria. Porque somos praticamente uma só... E quando eu me cuido, ela fica bem. Eu precisava cuidar de mim mesma, ter força, para que ela também sentisse mais força.

 Seguindo os conselhos, fui para casa – a casa dela, no caso –, tomei um bom e demorado banho bastante morno, comi um pratão de macarrão com atum e deitei em nossa cama, onde chorei por alguns minutos, mas depois dormi profundamente. Desabei, apaguei. Para que pudesse recuperar toda ou grande parte da energia perdida nesses últimos dias.

 Quando acordei, me arrumei depressa para voltar ao hospital. Recebi mensagens da minha sogra dizendo que Nicolle estava bem. Quer dizer, permanecia do mesmo jeito, mas nada de ruim havia acontecido, o que já era um alívio.

 Peguei um Uber, mas antes de ir para o Irena Sendler, que era onde ela estava internada, fui até a faculdade para renovar minha matrícula. Devia isso a ela. Ela ficaria feliz em saber que eu voltaria ao curso, que estava mesmo disposta a melhorar, estava dando os primeiros passos, tomando atitudes.

 Eu estava realmente disposta a não mais sucumbir, a não deixar que a depressão me derrubasse e afetasse meu relacionamento e a pessoa que eu mais amava... Nicolle. Nicolle teria a Caroline alegre de volta!

“Prometo voltar a ser feliz por nós duas.”

 O próximo passo seria arrumar um emprego, seja lá de que fosse. Arrumaria. Colocaria a minha vida de volta no eixo e arrumar um emprego era parte imprescindível disso. Precisava pagar minhas contas atrasadas e as demais que viriam. Precisava me reerguer para cuidar da minha mulher.

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 10 - Nove:
rhina
rhina

Em: 17/08/2020

 

Caroline.

Foi preciso o mundo desabar.

Foi preciso um alto preço.

Foi preciso a dor alheia para vc não pensar nem sentir a sua própria para vc buscar e ter forças e assim fazer as coisas que te traria sanidade e estabilidade emocional e possível clareamento das idéias e cura dos buracos que te arrasta para imensidão da escuridão que corrói e destrói a alma.

Rhina

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web