• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Caroline
  • Oito

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • A
    A JOGADA PERFEITA
    Por Narinharo
  • Le Coup de Foudre
    Le Coup de Foudre
    Por Aline Braga

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Caroline por BrunahGoncalves e Brunah Goncalves

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 2169
Acessos: 1393   |  Postado em: 22/03/2020

Oito

|Ler um bom livro às vezes é um grande alívio;|

Caroline

 

 

 O idiota do Bruno não estava brincando quanto ao estado de Nicolle. Cheguei ao hospital tão aflita que quase botei os órgãos para fora do corpo. Quase vomitei quando desci do táxi. Entrei correndo no Irena Sendler, esbarrando em quem estivesse na frente.

— Onde ela está, o que houve, Bruno? — perguntei, atordoada, pois não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas já sabia que não era nada bom.

— Está em cirurgia. Foi atropelada por um carro em alta velocidade após descer do Uber. Tinha parado no shopping perto do aeroporto. Não sei bem, foi o que soube pelos socorristas.

Eu só consegui levar a mão a boca, em desespero. Perdi as palavras, perdi os sentidos, só sei que tudo ficou rodando e depois escuro. Fiquei tão zonza que tive que me segurar no ombro dele, que agarrou meus braços para que eu não caísse. Me ajudou a sentar no banco mais próximo e depois me deu uma água. Meu coração não estava ajudando...

— Meu Deus! O que disseram, ela, ela... Foi muito grave?

— Sim, Caroline. Muito. Bateu a cabeça, perdeu muito sangue, machucados por todo o corpo. Chegou desacordada após uma parada cardiorrespiratória.

— Meu Deus! — Era só o que eu conseguia falar enquanto as lágrimas respingavam em meu colo sem parar. Enquanto o medo me tomava por completo. — Não pode ser, Bruno.

 Ele sentou-se ao meu lado e, calado, pousou a mãos em minhas costas curvadas. Eu estava tão aflita e preocupada com minha namorada que nem dei atenção para nada que ele fazia. Estava sendo gentil e eu precisava de atos de gentileza.

— Ela vai sair dessa bem. Vamos torcer.

— Não posso perdê-la. Não posso. Meu Deus! Ela... Não merece isso, cara!

— Não, não merece mesmo.

— Ela precisa de sangue? Temos o mesmo tipo sanguíneo, posso doar.

— Perguntei, mas não vai precisar, o estoque de A+ está cheio e usaram dele. Depois que liberaram a doação de sangue de pessoas LGBT+, quase não falta mais sangue nos estoques dos hospitais.

— Que ótimo. Menos mal. Por que estão demorando?

— Calma, está sendo cuidada. Ela ficará bem.

 Ficamos quietos enquanto aguardávamos por qualquer notícia. Aflitos, apavorados... A tensão e preocupação eram tão grandes que, meu Deus, Nicolle era tudo pra mim! Eu não suportava nem sequer sonhar em perdê-la daquele jeito. Não me restou outra coisa a fazer a não ser rezar, orar, suplicar para Deus que não a levasse. Rezei com toda a minha fé. Enquanto Bruno estava ao meu lado, imóvel, em um silêncio absoluto. Não sei se ele rezava, mas eu, sim.

 

†

 

 Senti uma pontada enorme no peito ao ver a enfermeira morena alta se aproximar apressadamente e dizer:

— Familiares da senhorita Nicolle Monteiro?

— Sim? — Bruno respondeu, visivelmente apreensivo.

— A paciente teve uma lesão cerebral anóxica, que é a falta de oxigênio no cérebro, devido ao impacto da queda. A cirurgia correu bem, mas ela não acordou, está em coma.

— Quanto tempo, doutora? Quanto tempo para que ela acorde? — perguntei, absolutamente desesperada, com a voz falha e o choro preso na garganta, querendo explodir num grito e soluços roucos.

— Infelizmente não temos previsão. Vai depender da resistência dela, de como ela vai reagir aos medicamentos.

— Ela... Vai sair daqui bem, né? — insisti. Bruno não dizia uma palavra sequer.

— Torcemos para que sim, senhorita. Mas não podemos ter certeza de nada agora. O quadro é instável e delicado.

  Me encostei numa parede e com a cabeça nos braços, desabei num pranto mudo, num choro incontrolável e compulsivo, mas mudo. Eu não podia perdê-la desse jeito! Não era justo com ela. E eu me sentia culpada por tudo, pelo resto de minha vida.

 Bruno estava sentado no banco, com a cabeça entre as mãos, parecia rezar, mas estava chorando, pude perceber por um soluço que deixou escapar. Ele a amava, era óbvio e nesse momento senti pena dele.

 Eu não sabia o que fazer, para onde ir, como agir. Só poderia esperar. E torcer para que ela acordasse. Torcer para que a minha mulher não me deixasse, para que o amor da minha vida se recuperasse o mais depressa possível. O único tio que eu tinha havia falecido após uma queda, que lhe causou morte cerebral. Esse ocorrido passou pela minha cabeça, mas logo o espantei, não aceitaria que isso acontecesse com minha mulher. 

— Se eu a perder, a culpa é sua, Caroline! — disse ele, de repente, com os olhos vermelhos e acusadores, com uma lágrima fria escorrendo.

 Eu não consegui dizer nada, pois não sentia ódio dele, passei a sentir por mim. Eu sempre me culpei, mas, naquele momento, a sensação de culpa era absoluta. Era inteira, era completa. Minha garganta doía e meus lábios se contorciam numa dor inenarrável, uma dor que denunciava o medo e a culpa. A culpa... Por feri-la, por decepcioná-la, por colocá-la entre a vida e a morte.

“É tudo culpa minha, que merd*!”

— Ela vai ficar bem. — Foi o que consegui responder. Muito mais para mim mesma do que para ele. Mas no fundo senti uma necessidade de reconfortá-lo.

Saí andando sem rumo pelos corredores do Irena Sendler. O hospital era enorme, mas eu andei por quase todo ele. Mesmo sem saber para onde ir, mesmo sem conhecer coisa alguma das dependências. Caminhei sem enxergar ninguém, sem ouvir nada... Apenas enxergava e sentia a minha própria dor.

 Andei e andei... Até que parei de frente para uma sala, com uma enorme parede de vidro – metade da parede, da minha cintura para cima, era de vidro – e fiquei observando os bebês recém-nascidos. Os pequenos humanos que chegavam ao mundo, que iniciavam a vida e, que teriam que lutar por ela. Pois a vida é assim, a gente a possui, mas precisa lutar por ela todos os dias, pois todo dia há um risco diferente de perdê-la. Os recém-nascidos eram os novos lutadores na terra.

 Eles se mexiam graciosamente, alguns choravam, outros sorriam, outros apenas dormiam. Eram lindos, eram perfeitos, como anjos. Por um pequeno momento pude sorrir, esquecendo-me de todo o resto. Enxerguei vida naqueles pequenos rostinhos e... Vi esperança neles. Muita esperança mesmo. A beleza dos bebês era a beleza da esperança. Me enchi dela ao admirá-los.

 Desejei boa sorte na vida de cada um dos pequeninos e me retirei. Com as lágrimas ainda escorrendo, mas com algo diferente em mim, algo mais leve. Segui.

 

†

 

— Onde você esteve garota louca?

— Fui buscar alguma esperança por aí — falei, sem encará-lo, com o olhar distante. — Alguma notícia dela?

— Não. Já estou ficando louco aqui. Perguntei sobre, mas ninguém diz nada. Apenas que está em observação.

— Ela vai ficar bem. Tenho certeza. Nicolle é a mulher mais forte que conheci. Nicolle é... Um anjo. E anjos não morrem.

 Sentei-me e fiquei quieta. Chorava, mas quieta, sem falar, apenas lembrando do sorriso dela, das gargalhadas, do brilho nos olhos. Doía. Havia um enorme buraco no meu peito. Mas... Eu tinha fé. Até porque, ela era todo a minha razão e esperança. Ela merecia ser meu motivo de fé. E era.

 A noite passou e eu não pude entrar para vê-la. Ela ficou sozinha e eu... Com o Bruno, mudo ao meu lado, sempre desviando o olhar do meu, visivelmente incomodado com a minha existência, evidentemente me culpando a cada segundo por tudo que estava acontecendo com minha namorada. Com a mulher que ele amava.

 No meio da madrugada, vi uma movimentação de jalecos. Médicos e enfermeiros correndo na direção da sala onde ela estava. Corri junto e Bruno também, ambos desesperados. Mas fomos barrados por um cara grande vestido de branco, que logo disse:

— Vocês dois não podem entrar, sinto muito.

— O que ela tem, eu preciso... — Fui cortada por ele, que estava com uma mão em meu peito e outra no peito de Bruno.

— Está tendo uma parada cardíaca. Vocês precisam sair.

— Por favor... Salva a minha mulher... — pedi, olhando em seus olhos, numa súplica transbordante e aflitiva.

— Prometo que faremos o possível. — disse e entrou, fechando a porta e nos deixando apenas com o nosso desespero.

 Eu e Bruno encostamos na parede. Ele chorava contido, já eu... Abaixei-me, fiquei sentada no chão frio e abraçando minhas pernas, em completo desespero, rezei com toda... Toda a minha fé, que dobrara naquele momento. 

— Deus, por favor... Por favor, a salve. Eu prometo, prometo com todo a força que ainda me resta, que irei lutar todos os dias para não anular minha vida, para dar meu melhor para ela, para cuidar dela. Por favor, a salve. Eu preciso dela, Deus... Eu a amo demais... — Chorei num grito mudo, contido, mas profundo.

 Fomos tirados do corredor e levados para a sala de espera ao lado. Nem sei quanto tempo angustiante passou até que o mesmo médico grande viesse até nós. Até mim.

— Eu... Sinto muito. — Baixou a cabeça numa expressão de desânimo que me fez perder o fôlego, fez meu coração disparar e quase sair do meu corpo. — Nós a perdemos. Devido a falta de oxigenação, os tecidos cerebrais morreram rapidamente e... Ela não resistiu, sinto muito.

— Não... Não, é mentira. Diz que... Diz que é mentira. Ela vai ficar bem, não vai? Ainda temos esperanças, não temos?

— Sinto muito, senhorita Caroline. Fizemos o possível. Nós a perdemos. Não temos esperança.

— Não. Não... Eu não aceito isso.

— Sinto muito mesmo.

 O empurrei e saí correndo, empurrei as portas gêmeas e entrei no grande corredor. Ainda havia uma movimentação dentro da sala de cirurgia onde ela estava, empurrando tudo e todos que estivesse na minha frente. Tentaram me impedir, me segurar, mas eu gritei, me desvencilhei e consegui chegar até ela.

— Meu amor, meu amorzinho, fica comigo... Nicolle, minha vida... Eu preciso de você.

 Me deixaram chorar por um tempo em cima dela, abraçada ao seu corpo.

— Senhorita, você precisa sair.

 O monitor de sinais vitais ainda estava ligado a ela e denunciava a ausência dos batimentos. Não aceitei. De jeito nenhuma, não pude aceitar perdê-la daquele jeito.

— Senhorita... Precisamos desligar as máquinas.

— NÃO! Ninguém toca nela — gritei, agarrada ao seu corpo, com os braços em volta da minha mulher, querendo protegê-la, como se os médicos ali fossem vilões. — Vocês precisam salvá-la. Vocês...

— Fizemos o possível. Não há mais o que ser feito.

— Não fizeram, não... — falei, numa negação absoluta, desnorteada, desesperada — Nicolle, meu amor, acorda! Amor... — chamei e beijei seus lábios sem cor, já frios — Amor, eu preciso de você.

— Vamos ter que chamar os seguranças. Sinto muito...

— Esperem. ELA VAI VOLTAR!

 Ninguém disse nada, todos assistiam, com lágrimas nos olhos. Todos. Todos sentiam por mim. Mas ninguém sentia como eu sentia. Ninguém a perdia como eu a estava perdendo. Ninguém.

 Depois de algum tempo chorando em seus braços, alguém se aproximou de mim e pegou em minha mão.

— Venha comigo, você precisa se acalmar, Caroline. Vamos! — era Bruno. Segurou firme minha mão e... Me abraçou forte. Choramos juntos, um no braço do outro, mas sem nenhum consolo. — A deixe descansar. Está na hora — disse baixo e manso, quase numa súplica, com a voz completamente embargada.

— Não... 

 Fui até ela novamente, com as lágrimas incontroláveis me queimando por dentro e por fora.

— You are the reason (Você é a razão). Meu amor — sussurrei em seu ouvido e beijei testa, depois seus lábios, com todo o amor que eu tinha por ela. — Eu te amo. Te amo para sempre. Meu maior amor...

 Era uma música que ela amava e escutava quando brigávamos ou quando eu estava mal.

  Calum Scott – You Are The Reason:

“Lá vai o meu coração batendo

Porque você é o motivo

Por estar perdendo o sono

Por favor, volte agora

 

Lá vai a minha mente correndo

Pois você é o motivo

Porque ainda estou respirando

Estou sem esperança agora

 

Eu escalaria todas as montanhas

E nadaria todos os oceanos

Apenas para estar com você

E arrumaria o que quebrei

Oh, porque eu preciso que você veja

Que você é o motivo.”

 

— Vamos, Caroline. Eles precisam retirá-la daqui. Vamos... — insistiu enquanto eu falava com ela, enquanto prometia ser melhor, enquanto pedia perdão e falava o quanto eu a amava e sempre a amaria. Sempre. — Vamos, querida... — insistiu e puxou minha mão para que o acompanhasse.

 A beijei pela última vez antes de sair e o segui. Na verdade, fui praticamente carregada, pois estava desnorteada e não tinha nem consciência dos meus próprios movimentos, dos meus próprios passos. Apenas da minha própria dor.

 Minha Nicolle se foi...

“Os anjos nunca morrem.”

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 9 - Oito:
rhina
rhina

Em: 17/08/2020

 

Não acredito.

Não mesmo.

Rhina

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web