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I Want You por Leticia Petra

Ver comentários: 5

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Palavras: 4219
Acessos: 5658   |  Postado em: 14/03/2020

Capitulo 17 - Terceiro golpe

 

      Quando olhei para aquela mulher, parada em minha porta, a vontade que tive foi de lhe encher a face de tapas, mas ao ver os olhos vermelhos e o rosto banhado em lágrimas, algo mais forte surgiu em mim. Charlote parecia um bichinho indefeso, acuado. Ela me abraçava forte, parecendo querer se fundir a mim.

E eu correspondi da mesma forma.

- Eu senti muita saudade. – confessei, embriagada por tudo que ela representava.

      A fiz entrar, trancando a porta logo em seguida. Levei Charlotte para o quarto e parece que tudo conspirou para aquele momento, porque Cristian havia ido dormir com a nossa mãe. Ele andava muito preocupado desde que ela pegou a virose.

      Charlotte olhava para o pequeno cômodo. Deveria estar estranhando, porque ali não havia nenhum luxo, porém me surpreendi ao vê-la sorrir.

- Você quer tomar um banho e comer algo? Posso fazer um sanduiche de queijo. – eu estava tremendo. Que efeito era aquele que a Allen poderosa tinha sobre mim?

- Aceito os dois... – ela me olhava. – Eu posso dormir aqui?

Por Deus, ela achava mesmo que a deixaria sair àquela hora da noite?

- Você não irá a lugar nenhum... – e então ela sorriu e eu até mesmo esqueci como se respirava. – Vou buscar uma toalha limpa e te levo até o banheiro.

      Eu queria saber o que estava se passando, porém não o faria naquele instante. Sai do quarto e fui até o de minha mãe buscar toalhas limpas. Levei Charlotte até o banheiro e em seguida fui até a cozinha fazer o seu sanduiche, deixando um babydoll novo que havia comprado no shopping.

Ouvi o celular notificar uma mensagem e fui a seu encontro.

“Lua, você sabe de Charlotte? Estou preocupada. Ela foi até a mansão e ficou de voltar, mas até agora não apareceu.”

“Ela está aqui em minha casa. Não se preocupe, Lena, eu cuido dela.”

- Posso sentar? – levantei a cabeça e a encarei. Charlotte estava linda com aquele babydoll preto.

Limpei a garganta.

- Claro... Você quer leite ou suco? – ela me desconcertava.

- Leite... Por favor. – a servi e depois sentei.

      Durante vários minutos, um silencio estranho prevaleceu. As vezes a sentia distante e em outros momentos seus olhos estavam sobre mim, parecendo enxergar até a minha alma. O que havia se passado? Voltamos para o quarto e depois de ter escovado os dentes, ela sentou em minha cama, enquanto permaneci de pé.

- Desculpa ter aparecido assim... A essa hora. – passei as mãos nas laterais dos meu quadril. – Mas este era o único lugar que eu desejava estar.

Pisquei várias vezes, tentando formular algo de digno para dizer.

- Fico feliz que eu tenha sido tua primeira escolha... – e lá estava ela novamente fodendo meu juízo com aquele sorriso.

- Deita comigo... – ela estendeu sua mão e por mais chateada que estivesse por conta do jeito que ela me deixou na segunda, por não ter atendido minhas ligações e ainda por cima aquelas malditas fotos, mesmo com tudo isso engasgado, decidi ceder.

      Desliguei as luzes do quarto e a fiz deitar sobre o meu ombro. Jamais havia experimentado tais sensações em um gesto tão simplório. Eu podia sentir o seu cheiro, sua respiração, o calor de seu corpo.

Foi quando notei que ela chorava.

      Aquilo me atingiu de uma forma, que a minha única reação foi lhe apertar forte contra o meu corpo. Eu estava presenciando a toda poderosa Allen em um momento íntimo e raro de fraqueza.

- Eu estou aqui... Não se preocupe. Coloque tudo pra fora. – beijei sua testa.

- Me desculpe... – ela tentava se controlar.

- Não se preocupe. – sorri. – Quer conversar?

Ela me olhou nos olhos.

- Hoje eu disse a meus pais que já sabia da mentira deles...

     Então ela passou a narrar tudo o que antecedeu sua vinda a minha casa e a cada vez o ódio que eu sentia por Joanne Allen aumentava mais. Tive vontade de ir até a mansão e lhe dizer um milhão de desaforos.

      Saber que a Allen confiava em mim para dizer tais coisas, me deixava um pouco convencida, não posso negar. Seria cedo demais para confessar o meu grande amor a ela? Eu sabia que cedo ou tarde, todo aquele sentimento me sufocaria e as palavras fugiriam de minha boca.

- Soube que foi presa... – limpei a garganta. Estávamos deitadas de frente para a outra.

- Me desculpe fazer baderna na sua empresa. – mordi o lábio inferior. – Mas aquela mulher me tirou do sério.

- Teremos que conversar as três em minha sala amanhã... – respirei fundo.

- Vou ser demitida? – era tudo o que faltava.

- Depende do que irei escutar. – soltei o ar com força.

- Droga... A minha capacidade de entrar em roubadas é incrível. Por que tinha um dossiê sobre mim? – fazia tempos que aquela questão me rondava.

- Quando te vi com o William, lembrei do que se passou há uns anos. – franzi o cenho.

- O que se passou? – minha curiosidade só aumentava.

- Quando o William completou dezoito anos, ele conheceu uma mulher. Ela era mais velha do que ele, então o meu irmão caiu em suas graças rapidamente. – ela fez uma pausa. – Carla frequentava a nossa casa e jamais imaginamos que na verdade, a mulher era uma golpista. Ela roubou nossa casa, levou uma quantia considerável. Desde então, William foi proibido de levar outras pessoas desconhecidas na mansão. Eu tive que saber quem era você e o se representava algum risco para nós... – pensei por alguns segundos.

- Desistiu da loucura de acabar com o casamento da sua ex? – o ciúme me fez fazer aquela pergunta.

- Já não tenho tempo pra pensar em Daniela... – senti a mão de Charlotte pousar sobre minha cintura.

E sua face se aproximou da minha. Eu podia sentir a sua respiração.

- Você ocupa todo o meu tempo...

      Eu não deveria permitir, pois minha mãe e meu irmão estavam no quarto ao lado, porém eu desejava aquele beijo com todo o meu ser. Fechei os olhos quando senti o lábio macio tocar os meus, mas a luz foi acesa e mais que depressa me afastei, indo ao chão.

- Ai... – bati o bumbum com força.

- Lua... Sua maluca. – Cristian veio a meu socorro.

- Você está bem? – Charlotte o ajudou a me levantar.

Cadê a minha dignidade naquele momento?

- Sim... Sim. – sorri, mas eu estava querendo chorar de dor, porque bati também meus cotovelos.

- Me desculpem... Eu não fazia ideia que a senhora estava aqui. – Cristian ficou sem graça.

- Tá tudo... – Charlotte sorriu. – Eu apareci sem avisar.

- Eu vou deixar vocês dormir. Só vim buscar o ventilador. – ele pegou o objeto. – Seja bem-vinda, Charlotte e desculpe novamente.

- Tudo bem, Cristian. E obrigada. – o meu irmão estava quase rasgando a face com um sorriso gigante.

      Ele saiu do quarto e eu tive que lidar com a vergonha sozinha. Charlotte me olhou, mas depois de alguns segundos colocou a mão sobre a face, rindo bastante. Apenas rolei os olhos, voltando a deitar e me cobrir.

- Não podemos... Nos beijar. – a advertir quando ela voltou a deitar.

- Eu estou com saudades... Muitas, mas irei me sacrificar e não tentar mais nada. – ela me envolveu pela cintura, ficando parcialmente sobre mim. – Abraçar pode, não é?

Eu sabia que ela sorria de forma debochada. Parecia que a Allen que vivia no controle tinha retornado.

- Sem gracinhas... – ela riu. – A propósito... Eu senti saudades.

- Não mais que eu... – quis alfineta-la sobre a morena que estava consigo na foto, porém resolvi deixar para descontar toda a minha raiva em um outro lugar e hora.

      E no meio daquele silencio, sentir que a minha poderosa Allen havia pego no sono. A cobri com o lençol, fechando os olhos e sentindo o cansaço fazer o seu trabalho. A mulher que me trazia paz e também a tirava, estava ali e eu só podia aproveitar cada segundo.

 

     Quando acordei, não encontrei Charlotte em minha cama. Achei que ela havia ido embora, porém ouvi do quarto risadas vindas da cozinha e reconheci a voz da Allen.

 O despertador do meu celular tocava no último volume, avisando que era hora de levantar.

     Fui para o banheiro, tomando um banho rápido, troquei de roupa e fui para a cozinha. Para a minha surpresa, Helena também estava lá.

- Bom dia... - falei e a resposta veio em coro.

- Sua mãe estava mostrando aquele álbum seu. - Larissa sorriu.

- Que álbum? - franzi o cenho. - Ah, meu Deus. Mãe!

Todos na mesa passaram a rir.

- Você era uma gracinha... O que aconteceu com as suas bochechas? - Charlotte zombou. Ela parecia melhor.

- Eu não era bochechuda. - tentei me defender. - Eu era gordinha...

Fui motivo de risos novamente.

      Eu não estava chateada de verdade, mas sim feliz e surpresa. Feliz por ver a Charlotte sorrindo, conversando, em nada lembrava a mulher tão séria do dia-a-dia. E surpresa, porque ela estava tão a vontade. Minha mãe e a Allen conversavam como se fossem velhas amigas. Minha mãe costumava ser desconfiada, porém agora estava tratando ela e Helena como membros da família.

Se até mesmo a minha mãe caiu no encanto de Charlotte, quem seria eu para ser imune?

- Filha... Eu não sabia que a Charlotte iria dormir aqui. Podia ter dito algo, pelo menos havia feito algo melhor pro café da manhã... – olhei discretamente para a mesa e depois para a minha mãe.

- Eu também não sabia, mamãe. Charlotte teve uma pequena discussão com os pais e precisava de alguém pra conversar... – eu queria dizer a ela tudo o que realmente estava se passando, porém aquele não era o momento.

- Eles são boas pessoas, filha? – cocei a cabeça.

- Nem tanto, mamãe. Infelizmente, Charlotte não teve uma vida tão fácil assim... – minha mãe franziu o cenho.

- Ela me parece ser uma pessoa tão boa. Queira Deus que ela consiga ter paz em sua família. – dona Regina me encarou.

- Eu amo a senhora... – lhe beije a testa. – É a melhor pessoa desse mundo.

      Não lhe dei tempo de dizer nada e me afastei. Acabei ficando emotiva e não queria deixar as coisas estranhas ou sentimentais. Mais do que nunca, eu era grata pela família que tinha. Pela mãe incrível, que apesar de todas as dificuldades da vida, jamais desistiu e pelo irmão maravilhoso que Cristian se tornava a cada dia.

 

      Havíamos chegado a empresa há poucos minutos. Larissa passou o trajeto inteiro ignorando Helena. A morena estava muito para baixo com suas tentativas fracassadas de fazer a minha amiga dizer algo.

Agora estava sentada em frente a Charlotte com a tapada da Priscila ao lado.

- Senhorita Allen, é essa garota, ela foi a culpada. Veio pra cima de mim como se fosse alguma selvagem... – rolei os olhos.

      A experiência de ter passado alguns minutos em uma delegacia não foi nenhum pouco boa. E eu ainda não estava acreditando que tive a capacidade de gastar o meu réu primário com aquela mulher ridícula. Um dia irei fazer um livro, quando for uma empresária bem sucedida, pedindo que ninguém duvide da capacidade da vida de nos colocar em situações deprimentes.

- E a senhorita não fez nada para merecer, não é? – respondi.

- Eu não fiz nada! Você que é uma louca! – passamos a bater boca.

- CHEGA! – Charlotte bateu forte em sua mesa. - Somente mais um vacilo e eu irei demitir as duas... O que protagonizaram em minha empresa foi horrendo. Não importa quem começou. Descontarei três dias do salário de ambas. – não ousamos dizer nenhuma única palavra. – Agora, saiam de minha frente e vão trabalhar...

- Sim, senhorita Allen... – Priscila levantou. Agora a imbecil bancava a humilde.

- E a senhorita... – ela aumentou o tom de sua voz. – Feche a porta e venha até aqui. – ela mandou depois que Priscila saiu.

      Levantei, me sentindo uma criança que acaba de levar uma bronca por ter feito peraltice, fui até a porta e a fechei. Charlotte deu a volta em sua mesa e quando me aproximava, fui deliciosamente surpreendida por um beijo que correspondi no mesmo momento.

E que pegada a poderosa tinha.

- Estava com saudades... – sua boca desceu por meu pescoço, mordicando aonde passava.

- Quanta saudade? – meus seios foram explorados, do jeito que somente ela tinha o domínio.

- Muita... Muita... – fechei meus olhos, sentindo seus dedos estimularem o meu clit*ris por cima do pequeno tecido. – E você? Sentiu minha falta?

- Sinta na humidade da minha calcinha o quanto... – Charlotte segurou em meus cabelos, voltando a beijar a minha boca, enquanto sua outra mão me levava ao delírio.

O telefone tocou.

      Charlotte não deu a mínima e continuou o seu maravilhoso castigo em meu sex*. Senti as pernas fracas e meu corpo inteiro relaxar. O meu coração batia forte, enquanto a minha boca era beijada com pericia, até nos afastarmos.

 

      Quando eu pensei que iria recomeçar nosso pequeno delito na empresa, o meu rosto foi atingido por um tapa. Não foi forte, porém queimou a minha face.

- Isso foi por ter saído daquele jeito na segunda e não ter atendido as minhas ligações. – e novamente minha face queimou, mas do outro lado. – E isso pela linda foto sua com aquela mulherzinha...

Ela me encarava, com as sobrancelhas erguidas.

- Também irá me pagar por ter deixado a Alessandra te beijar... – falei em seu ouvido. – Mas seu castigo será bem diferente... – sorri.

O telefone tocou novamente.

- Ainda iremos falar sobre isso... – lhe alertei. Luane saiu de cima da mesa, ajeitou a sua saia.

- Estou ansiosa por uma explicação. – a loira piscou e simplesmente saiu de minha sala.

Passei a mão sobre os meus cabelos, rindo em descrença.

- Que cara de bobona é essa? – Helena entrou em minha sala.

- E essa de desanimo? – a morena sentou a minha frente.

- Larissa tá me dando gelo... – ergui as sobrancelhas. – Vamos até o prédio da The Future? O corretor me ligou e pediu para fazermos a última vistoria.

- Vamos... Hoje assinamos e o imóvel é nosso. – sorri confiante.

- O novo funcionário que contratou é muito eficiente. – Helena pegava a sua bolsa. – Ele irá conosco pra The Future, certo?

- Certo... Quero que você me dê uma avaliação completa sobre o desempenho dele. Quero ver o seu desenvolvimento. – saímos do escritório.

- Tenho certeza que irá ficar maravilhada... – passamos pela recepção e Luane estava preenchendo algo ao lado de Paola.

      Nossos olhares se encontraram e eu senti um forte aperto no meio. Ela sorriu, piscando em seguida. De repente senti vontade de não ir a lugar nenhum, mas as responsabilidades me esperavam.

Devolvi o sorriso.

 

      Saímos da Allen e não voltaríamos mais aquele dia, pois havia muito a ser feito. Em pouco mais que seis meses a The Future seria inaugurada e também significava o fim dos meus laços com a minha “família“. Queria enterrar de uma vez por todas as lembranças e experiências péssimas que tive. Eu não queria que a empresa fosse a falência, porém nada poderia fazer. A minha mãe foi bem clara ao dizer que nada ali era meu ou um dia seria.

- Esse será o escritório da presidência e bem ao lado, o vice. Exatamente do jeito que me foi pedido. – Antony fez um excelente trabalho.

      Olhei tudo ao redor, satisfeita. Era um pouco menor que o da Allen, entretanto não me incomodava. A janela enorme com a visão perfeita de grande parte de Belém era um espetáculo à parte.

- Nesta segunda será iniciado os trabalhos dos arquitetos. O geradores estão ok? – perguntei olhando a planta.

- Chegam na segunda. – Helena olhava pelo cômodo. – O letreiro da fachada e a lista de funcionários também estão prontas.

- Tão eficiente, senhorita Brinite. Antony, foi um grande prazer fazer negócios com você. – apertei a mão do homem.

- Ainda não terminou, querida. Tenho alguns apartamentos e casas pra você. Segunda, bem cedo, passo na Allen para verificarmos cada um. – sorri.

- Perfeito... – ele me entregou as chaves.

- Todo seu...

- Renata chega na quarta. Ela disse que irá comprar um imóvel aqui. – Helena me olhou. – Charlotte, você já deu uma olhada nos perfis da Luane. – ela me passou o tablet.

- Quinhentos mil seguidores... – sorri. – Ela irá longe.

- Sim, apesar da idade um pouco avançada para esse meio, ela vem rendendo bastante. Adrian entrou em contato é quer novos comerciais. – eu sentia orgulhosa da loira. – Acho que logo ela deixará de ser a sua assistente.

Mordi o lábio inferior.

- Quero vê-la crescer... – Helena sorriu.

- Eu amo aquela garota. Ela fez nascer uma Charlotte que jamais vi. – a morena colocou a mão sobre meu ombro. – Se um dia resolverem casar, lembre-se que sou sua primeira opção para madrinha.

- Larissa está em seus planos? – Helena pensou por alguns segundos.

- Quero terminar com Stivie e iniciar algo com ela. Charlotte, eu não sei o que se passa comigo quando estamos perto. Aquela menina vive em minha cabeça. Viu como ela está me ignorando? – ri da expressão de minha amiga.

- Tá na hora de tomar alguma atitude. Sei que tem medo, Helena, mas tem que sair dessa sua zona de conforto pelo menos uma vez na vida. Se der erado, ok, mas e se der tudo certo? E se essa menina for a pessoa que irá ser tua esposa...

- Você anda tão romântica. Luane realmente faz milagres... – ela gargalhou.

- Sua palhaça...

- Eu vou me arriscar... Quero mesmo ir até o fim. – sorri.

- Isso... Sabia que um dia iria saber o quão bom é o sex* feminino...

- Para, Charlotte... – a morena empurrou meu ombro de leve, rindo.

 

     Quando saímos do imóvel, já era noite e provavelmente Luane já estava em sua casa. Iria busca-la para conversarmos. Acho precisávamos de um diálogo franco. Diria a ela o que meu coração me pedia.

Que eu a amava.

      E também me desculparia pela forma que reagi a tudo na segunda. Não é fácil admitir um erro, mas pela loira qualquer pequeno sacrifício valeria a pena. Liguei para o seu celular e dava apenas desligado. Mandei uma mensagem para o Whatsapp de Larissa e sua última visualização foi as seis da noite.

Agora já era sete e meia.

- Não consigo falar com a Luane... – Helena dirigia.

- Também tentei ligar pra Larissa, mas apenas caixa postal. – estranhei bastante.

- Vou ligar para o Cristian... – disquei o número e esperei alguns segundos. – Oi, Cristian. É a Charlotte.

- Oi, Charlotte... A Lua está com você? – franzi o cenho.

- Te liguei justamente para saber dela. – algo estava errado.

- Ela e a Lari ainda não chegaram. Luane sempre avisa a mãe quando vai demorar, mas desse vez não. Já liguei tantas vezes e só da desligado. – levei a mão ao rosto.

- Calma! Helena e eu iremos passar ai... Chegamos em quarenta minutos. – encerrei a ligação.

- O que houve? – Helena perguntou.

- Larissa e a Luane não voltaram pra casa. – Helena freiou bruscamente.

- Como assim, Charlotte? O que vamos fazer? – sua face ganhou preocupação. Alguns carros buzinavam logo atrás.

- Vamos pra casa da Luane... Vou... – o meu celular tocou e eu estranhei ser William. – O que foi?

- Tô aqui na delegacia... – franzi o cenho. – Algumas pessoas levaram a Luane, Larissa e Pietra.

- Que história é essa? – um nó se formou em minha garganta.

- Foi isso que eu disse. Venha aqui na delegacia e avisa a família das meninas. O Álvaro acaba de chegar aqui. Não demora... – ele encerrou a chamada.

- Não...

 

      Já se passava das dez da noite e ainda não havia nenhuma notícia. Estávamos na delegacia há mais de duas horas. A mãe de Larissa era consolada pelo marido, enquanto Cristian amparava dona Regina.

      Segundo que William contou, ele viu a Pietra batendo boca com alguns caras e eles a agrediram. Ele só não soube explicar o que Larissa e Luane faziam com ela. Meu irmão disse que havia visto a placa do veículo, porém quando procurado o dono, o delegado constatou que era falsa, não estava nos registros.

- Vou buscar café... – avisei a Helena.

      Aquela falta de notícias estava me deixando a cada segundo mais apreensiva. Eu não costumava orar, porém o fiz em meus pensamentos, pedindo a Deus que a mulher que amo voltasse sem nenhum arranhão. Me recusava pensar no pior.

Quando me aproximava da entrada da delegacia, alguém me puxou pelo braço.

- O que você fez com a minha filha? – puxei meu braço. – Não vê o problema que isso vai dá? Colocou a polícia na cola da minha família.

- Eu? Você é envolvido em um monte de sujeira, Álvaro. Na certa deve ser algum bandido que você se associou e agora quer vingança. Por sua culpa, duas inocentes foram sequestradas. – Álvaro levou a mão a cabeça.

- Eles vão matar a minha filha... – ele realmente parecia preocupado. – Pietra é tudo que tenho.

      Um nó se formou em minha garganta ao imaginar algo de mais grave. Luane e Larissa não mereciam nada daquilo. Até mesmo Pietra, a minha irmã. Deus, até quando as coisas continuariam naquela montanha russa que só ia para baixo?

- Se algo acontecer a elas, eu juro que você é um homem morto. – Álvaro não disse mais nada.

Sai de sua companhia, voltando para dentro da sala do delegado.

- Uma moça com as descrições da sua filha deu entrada no hospital metropolitano. – ele dizia para os pais de Larissa.

- Ela tá bem? – Helena se apressou em perguntar.

- Ela encontrasse com algumas escoriações, mas nada de grave. Está consciente, segundo o que me foi passado. – o delegado informou. – Estou indo para lá, saber de mais informações. Senhorita Allen, se a senhora os puder levar até o hospital. Eu levo os pais da senhorita Peres.

- Vamos, dona Regina, Cristian...

       Fomos para o hospital e durante o trajeto eu só conseguia pensar em Luane, em como ela estaria. Se a feriram ou algo pior. Eu me recusava a acreditar naquilo, parecia um pesadelo horrível. Liberaram Larissa, mas o porquê de Luane ainda não ter sido solta também? Tentava manter a cabeça no lugar, mas a cada segundo que passava, uma angustia enorme me acometia.

- Mãe... Pai... – os pais de Larissa foram ao seu encontro. Ela estava com algumas marcas no rosto.

Helena não se segurou e foi abraçar a ruiva.

- Eles estão com a Luane... – ela chorava. Dona Regina se agarrou a mim.

- Minha filha... – fechei os olhos, sentindo algumas lágrimas escorrerem.

- Tenho que saber exatamente o que aconteceu, senhorita Perez. – o delegado se aproximou.

- Foi tudo muito rápido, senhor... Estávamos na rua ao lado da nossa faculdade. Lua iria sacar algum dinheiro, quando encontramos a Pietra saindo da agencia. Ela parou para saber da minha amiga, quando um carro parou ao nosso lado e três homens saíram. Eles falavam sobre algum dinheiro que Pietra devia a eles. Ela disse que ainda não tinha, então eles a agrediram... – Larissa tremia bastante. – Luane tentou defende-la e então eles nos jogaram dentro do carro...

- Como a senhorita conseguiu escapar? – a ruiva fechou os olhos.

- Luane abriu uma das portas e me empurrou... – Larissa passou a chorar novamente. – Ela me empurrou pra me dar a chance de escapar... Senhor, vocês precisam salvar a minha amiga. Eles disseram que iriam nos matar... Por favor, vocês precisam salva-la...

      Levei minha mão a face, respirando fundo para não desabar. Dona Regina desmaiou e eu a segurei, para que não fosse ao chão. Cristian e dois policiais a colocaram sobre um leito. O desespero tomava conta de todos. Larissa foi sedada, pois estava muito agitada. Seus pais estavam abatidos.

      O que eu poderia fazer? Deus, o que eu poderia fazer? O meu celular notificou uma mensagem. Ao abri-la, vi que se tratava de Álvaro. Abri o conteúdo.

“Eles acabaram de entrar em contato. Querem quinhentos mil por cada uma. Não irei pagar por sua amiga, então o faça. Amanhã mesmo irei até lá. Não diga nada a polícia, pois não quero eles investigando nada.”

- Miserável...

 

Fim do capítulo

Notas finais:

ontem não deu pra adicionar o cap... estou muito doente e quase não dei conta...

me desculpem... mas aqui estamos...

beijos meninas...


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Comentários para 17 - Capitulo 17 - Terceiro golpe:
rhina
rhina

Em: 15/06/2020

 

Que isso!

Que os caroços só aparecem

Rhina

Responder

[Faça o login para poder comentar]

fabsales
fabsales

Em: 17/03/2020

Meus casais lésbico são tudo pra mim <3 

E ainda vai acontecer tanta coisas com essas 4 rs 

Continua logo por favor, amo suas histórias <3


Resposta do autor:

Oiê...

Bom, as coisas estão complicadas e o mundo vivendo um momento sombrio. Não estava podendo escrever, mas agora já tem cap novo. Daqui a pouco postarei ❤️

Perdoe a demora. 

Responder

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 15/03/2020

Nervosa eu estou.... aiaiaiaiaia... so espero que Pietra não atrapalhe as duas... quem sabe Pietra nao seja uma boa irmã no fim das contas?!?!?! Só sei que quero minhas meninas juntas e felizes... juntas com Lena e Lari... 


Resposta do autor:

Oooi meu bem... Desculpa a demora... Dias complicados e sem condições de postar. Daqui a pouco tem mais ❤️

Responder

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Master
Master

Em: 14/03/2020

E agora Deus tomara que não aconteça nada com a lua tadinha, o que será que a pietra fez heim! Logo agora que a Charlotte iria se declarar a lua é maravilhosa e esperta salvou a lari dá tudo certo torcendo aqui.

E autora melhoras fique bem!


Resposta do autor:

Oi meu bem...

Bom, perdoe o sumiço... As coisas estão complicadas e não deu para postar... Daqui a pouco tem mais ❤️

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 14/03/2020

Nossa tenso.


Resposta do autor:

Oi meu bem. 

Perdoe o sumiço, estão sendo dias difíceis. Daqui a pouco tem mais. ❤️

Responder

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