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I Want You por Leticia Petra

Ver comentários: 8

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Palavras: 4109
Acessos: 8809   |  Postado em: 07/03/2020

Capitulo 15 - Só penso em você

16 de setembro de 2019.     

      Eu estava tão nervosa, que não conseguia nem ao menos sentar. Estava quase desmaiando de tanto que havia respirando fundo. Charlotte estava sentada em sua cadeira, parecendo que estava em uma seção de Yoga. Ela parecia indiferente a tudo.

Eu admirava o seu auto controle.

- Lua, você tá me deixando tonta... - Lari reclamou. – Senta, caramba!

- Luane, senta. Ficar desse jeito não os fará vir mais rápido. - Charlotte me encarou.

- Vou pedir um chá para nós... - Helena ficou de pé.

- Não é preciso, Helena. - olhei no relógio. - Deixa que eu vou buscar. Preciso me ocupar de algo.

- Tudo bem, mas tenta relaxar... – ela sorriu.

- Pode me trazer um café, querida? - Afonso pediu gentilmente.

- Posso sim, senhor Afonso. Já retorno. – tive medo de tropeçar, porque o nervosismo já estava no pico.

      Saí da sala de Charlotte, indo para a cozinha que havia naquele andar. O lugar era frequentado pelos funcionários durante o almoço e afins. Para o meu azar, Priscila e uma outra funcionária estavam tomando café. Ao me ver, a esnobe revirou os olhos.

- Pensei que a queridinha da Allen não servisse café. - eu não iria cair em sua provocação. Havia algo pior para eu me preocupar.

Olhei para o relógio e faltava pouco para às dez horas.

- Que foi, modelete? A Charlotte comeu sua língua? - respirei fundo.

- Você tem quantos anos? Quinze? Cresce, garota... – lhe dei as costas.

      Sai da cozinha com o meu chá e o café de Afonso. Senti meu coração ir a boca quando vi Pietra e Álvaro. Os dois me encararam com malícia e eu quase tive um “piripaque”

"Curso de atriz..."

- Vocês já podem entrar... - Paola os avisou.

      Deixei que Pietra e o pai entrassem primeiro. Desejava que aquele plano de Charlotte desse certo. Não era algo a longo prazo, mas ao menos retardaria o plano diabólico daquela família.

Me coloquei ao lado de Charlotte.

- Pensei que fosse uma reunião com você. O que essas pessoas fazem aqui? - Álvaro olhou para todos presente.

Pietra me olhava fixamente.

- Sentem... Temos muito o que conversar. - Charlotte parecia tão tranquila. - Que todos aqui sirvam de testemunha...

- Testemunha de quê? – “respira, Luane.”

Álvaro sorriu.

- Disso aqui... - Charlotte pegou o controle remoto do aparelho de som e deu play no áudio.

      Vi uma veia pulsar na testa do velho maluco e a sua face ficar rubra. Pietra apenas sorria, ouvindo nossa conversa do dia anterior.

- Vamos fazer o seguinte... - Charlotte desligou o áudio. - Vocês esquecem o vídeo e eu não divulgo esse áudio na imprensa. Imagina a sua carreira política indo para o buraco, Álvaro. Façamos uma trégua... O que me dizem?

"Digam que sim, digam que sim..."

- O que você acha, filha? - como Charlotte estava se sentindo depois descobrir sobre o Álvaro e ter que vê-lo agora? Tadinha da minha toda poderosa.

- Você me surpreendeu, Luane... - Pietra ficou de pé. - Estou impressionada. – ela bateu palmas.

      Pietra parecia outra pessoa, outra personalidade. Havia tanta frieza em seu olhar que me deixava aflita. Aquele tempo todo era só fingimento? Ela não era uma patricinha idiota, mas sim a mente que liderava aquela tentativa de golpe? O que ela faria ao saber que Charlotte era na verdade sua irmã?

- Além desse áudio, tenho um dossiê completo de todas as suas trans*ções ilegais, Álvaro. - Afonso ficou de pé. - Fique longe da Charlotte e das pessoas que a rodeiam, ou sua candidatura ao governo será impossível com tanta sujeira exposta.

- Vejo que fez seu dever de casa, Afonso. Puxa saco dos Allen como sempre. - o homem ficou de pé. - Acredito que já tenha contado a ela tudo o que James me fez...

- Não se faça de inocente. Você é um mal caráter. Deixe essa família em paz. – Larissa segurou minha mão. A ruiva tremia levemente.

- Não é assim que as coisas funcionam. Ainda iremos nos falar novamente. Por enquanto, vocês se safaram, mas não é o fim... Não vai ficar com o gostinho de vitória por muito tempo. – ele ameaçou.

- Vamos, papai... Ainda tenho que ir pra faculdade. Nos vemos lá, adorável Luane, Larissa... – ela piscou para nós.

Engoli o nó em minha garganta.

      Os dois saíram do escritório e eu pude voltar a respirar novamente. Me sentia um pouco mais aliviada.

- Preciso ir, querida... E não se preocupe, ficarei de olho.

      Afonso se despediu e logo foi embora. Charlotte estava calada, parecendo em outro mundo. Eu não podia nem imaginar o que ela estava sentindo.

- Charlotte, você está bem? - Helena lhe tocou o ombro.

- Sim, sim... Vamos voltar ao trabalho?  - Lari me olhou rapidamente.

- Vamos... – Helena parecia habituada as mudanças de humor da Allen. - Hoje recebi uma ligação da filial de São Paulo. Eles querem que você vá até lá para inaugurar o novo prédio.

- Eu já havia esquecido dessa  maldita inauguração. Você vai comigo, Helena... Tudo bem?

- Sim... Irei adiantar algumas coisas. – ela iria viajar?

- Luane, quero duas passagens na primeira classe para São Paulo, esta noite. - seu tom estava irritado.

- Farei isso... - peguei o celular.

- Lari, vamos até minha sala. Te passarei uma lista de algumas coisas que preciso que faça. - Lari e Helena deixaram a sala, enquanto Charlotte se afundava em documentos. Decidi não fazer nenhuma pergunta, pois ela estava visivelmente brava.

      Fiz o que ela pediu e pouco tempo depois deixei a Allen e fui para a faculdade com Larissa. A ruiva falava ao telefone com a mãe, que estava encarregada de receber o carro que ela havia ganho no sorteio. Eu podia ouvir os gritos vindos do telefone.

Minha cabeça não saía de Charlotte.

      Não trocamos nenhuma palavra e pelo que pareceu, ela não fez tanta questão. Eu queria dar espaço a ela, sei que estava passando por muitas coisas, mas era necessário me tratar daquela forma?

 

As aulas daquele dia tinham chego ao fim.

- Vou no banheiro. Já volto! - Larissa saiu e eu fiquei sozinha na lanchonete. Quase todos os alunos já haviam ido para casa. Aproveitei o momento calmo para pensar um pouco. Não vi Pietra e menos ainda William, o que me deixou muito feliz.

- Olha se não é a senhorita Luane. Nos encontramos novamente. - o que aquela mulher fazia ali?

Ela estava me perseguindo?

- Alessandra... Nossa, quanta coincidência. - ela sentou a mesa sem pedir permissão. - O que faz aqui?

- Meu irmão leciona aqui... Ele me pediu pra trazer alguns documentos importantes que esqueceu. - havia algo de errado ali.

- Parece que você tá me perseguindo. - a mulher gargalhou.

Não pude segurar a minha língua. Não era do meu feitio deixar as coisas só no pensamento.

- Soube por alguém que você estudava aqui... Uni o útil ao agradável. - me senti nervosa.

- Bom, eu já estava de saída... Te acompanho até o portão principal. - fiquei de pé.

Larissa bem que poderia aparecer agora. Quando não para ela interromper, ela surgi do nada.

- Quando irá aceitar meu convite? - franzi o cenho. – É algo tão simples...

- Acho que isso não é uma boa, ideia... Por que tanta insistência comigo? Há tantas mulheres por ai... - só não a minha Charlotte, é claro.

- Porque tem algo em você que me intriga... - ela me fez parar, segurando o meu braço. - Aceite... Eu não mordo.

Franzi o cenho.

- Eu já te...

      Não pude terminar de dizer o que queria, porque Alessandra simplesmente me segurou forte pelos braços e me beijou. Fiquei sem nenhuma reação no início, perplexa com a ousadia da mulher, mas ao cair na real do que estava acontecendo, empurrei a mulher.

Limpei a minha boca.

- Que cena maravilhosa... - arregalei os olhos e senti meu coração acelerar.

Charlotte aplaudia e Lari estava ao seu lado, me olhando como se dissesse: foi mal.

- Eu preciso ir... - Alessandra não perdeu tempo e foi embora, me deixando sozinha naquele problemão.

- Charlotte... - me aproximei dela, mas ela repeliu o ato.

- Não me toque... - me bateu o desespero.

- Você viu que ela me agarrou? Você viu. - ela sorriu.

- Ontem encontrei ela te fazendo carinho no rosto no meio da rua e agora você deixou ela te beijar. Não quero olhar pra você... Vou acabar te... – ela não terminou a frase.

Ela passou a caminhar em passos ligeiros.

- Não... Espera! - fui barrada por Larissa.

- Deixa ela ir, Lua... – a ruiva me segurou pela cintura.

- Mas Lari, ela acha que eu...

- Ela viu tudo... Deixa ela pensar com clareza e tenho certeza que vai te ouvir depois. Não se preocupa... Acho que ela tá sobrecarregada e isso a fez reagir assim. - respirei fundo. - Vamos pra casa... Tudo bem?

- Tá... – o que mais eu poderia fazer?

Suspirei derrotada.

“Maldita Alessandra... Mulher mandada pelo carpiroto.”

 

      Quando cheguei em casa, tentei ligar para Charlotte inúmeras vezes, mas ela não me atendia. As nove sairia o seu voou e eu só a veria dali a três dias. Não era justo que ela fosse pensando bobagens a meu respeito.

- Droga... - o celular tocou e imediatamente atendi, mesmo não reconhecendo o número, achei que poderia ser a Charlotte.

- Então, estou surpresa com você, Luane... Preciso dar o braço a torcer. – franzi o cenho.

- Pietra? - até quando aquela mulher iria me perseguir?

- Eu mesma... Só queria dizer que você ganhou dessa vez, mas meu pai e eu ainda iremos conseguir o que desejamos. Você deveria ter se juntado a nós. Uma pena que não quis... Poderia ter uma vida de rainha...

- Me deixe em paz! - desliguei o celular, sentindo as minhas mãos tremerem.

Até quando?

- Inferno! - joguei o celular na cama.

- Luane? A mamãe não parece bem. - Cristian entrou no quarto. Sua face demonstrava preocupação.

- O que ela tem? - ele saiu do quarto e eu o segui até o outro cômodo.

- Filha... Só estou resfriada. - toquei sua pele e ela queimava de febre.

- Vamos no hospital agora mesmo, mamãe... – ela sorriu.

- Não filha... Não é preciso. A mãe vai ficar bem. – sua velha tática de não ir a hospitais.

- É sim... E a senhora vai...

      Sai do quarto dela e fui para o meu, pedir um Uber para podermos ir ao posto mais próximo. Cristian pegou uma pequena coberta e logo já estávamos a caminho. O atendimento demorou em demasiado, mas por fim minha mãe teve sua vez e foi devidamente atendida. O SUS não era uma perfeição, porém era útil para nós que não tínhamos poder aquisitivo. Já era madrugada, quando um médico entrou e a examinou.

- Ela está com uma forte virose, mas logo ficará boa. Compre esses remédios e vitaminas. Fiquem mais meia hora e depois, se ela já estiver menos febril, podem ir...

- Obrigado, doutor...

      O médico foi para outro leito e eu voltei para o lado da minha mãe. O relógio marcava meia noite. Cristian dormia desajeitado na cadeira de plástico.

- A senhora vai ficar bem... Vamos esperar só mais um pouco e depois iremos pra casa. - beijei sua testa.

- Eu disse que não era nada, filha... - ela sorriu.

- Não foi isso que eu quis dizer, dona Regina...

- Regina é? Cadê o respeito, menina? - sorri.

      Lembrei que o meu pai costumava chamar a minha mãe pelo nome para implicar com ela. Eu sentia tanta saudade dele. Meu pai era um homem tão bom. Não podia ter ido tão cedo.

"Ah, pai... Queria tanto que o senhor estivesse aqui..."

- Por que tá chorando, minha filha? – eu nem havia percebido.

- Não... - enxuguei meu rosto. - Não estou...

Ela segurou em minha mão.

- Também sinto saudades dele...

Me deitei ao seu lado no leito, sendo acolhida.

 

 

- Fica longe dela, Alessandra... – falei assim que ela abriu a porta de seu apartamento.

- Boa noite pra você também, Charlotte. – ela sorriu com sarcasmo.

- Estou falando sério, Alessandra. Luane não está interessada em você. – ela ergueu a sobrancelha.

- O que te faz ter tanta certeza? – meu sangue fervia.

- Deixe de persegui-la. Não a procure mais. – controlei meu tom.

- E por que? Ela é do meu interesse... Desde quando ela é algo sua? – sorri.

- Fica longe da Luane. Não me queira como inimiga. Ela está comigo e não quero você a rodeando. – Alessandra me analisou.

- Não tenha ciúmes, meu amor... Entre, vamos matar a saudade... – ela me segurou pelo pulso.

- Faça o que estou mandando... – me desvencilhei de seu toque.

 

      Helena e eu havíamos chegado a São Paulo pouco mais que meia hora e agora estávamos no hotel. Havia ido até a faculdade, me despedir de Luane. Havia sido em demasiada fria com a loira, mas não foi proposital. A minha cabeça estava uma zona. Eu sabia que tinha sido injusta com Luane, mas não pude controlar o ciúmes que senti. Quando vi Alessandra beija-la, algo indomável nasceu em mim.

      Não era daquela forma que eu queria que houvesse sido. Queria poder ter me despedido com beijos e abraços.

- Inferno...

       Juntei todo o estresse dos últimos dias e o resultado foi aquele. Resolvi deitar para tentar dormir, pois dali a umas horas iria até o novo prédio da Allen. Foi muito difícil pegar no sono com a loira nos pensamentos, então recorri ao meus remédios.

 

- Ficou tudo muito bonito... Parabéns! - Helena conversava com o engenheiro.

- Sempre foi um prazer trabalhar com essa empresa. Desfrutem de tudo... Foi feito com muito entusiasmo da nossa equipe.

- Obrigada... – apertei a mão de Maicon, que saiu de nossa presença.

- Você quer ir embora? Não parece muito interessada. - respirei fundo.

- Helena, precisamos iniciar os primeiros procedimentos pra The Future. Vamos para o seu quarto e iniciar logo. - minha amiga sorriu.

- Então vamos... Assim que gosto de vê-la. – a morena entrelaçou seu braço ao meu, como costumávamos fazer na faculdade.

      Cumprimentei todos os funcionários, para depois sair. Passaria uma semana resolvendo algumas coisas do novo prédio, mas focaria também em meu projeto com Helena.

       Passamos a tarde inteira e início da noite vendo imagens de inúmeros prédios que o corretor nos enviou, até encontrar um que se encaixava em todas as nossas necessidades. Ficava bem localizado, contava com três andares e uma estrutura a altura das nossas expectativas. Falamos com o corretor, que faria toda a papelada burocrática.

- Vai mesmo mexer no dinheiro que seu pai deu? - Helena me encarou.

- É algo necessário... Não será todo. Acho que nem se vivesse duzentos anos, gastaria todo aquele valor. - minha amiga jamais ligou para sua fortuna. Vivia uma vida mais simples e estudou bastante para se formar e ser uma ótima profissional. - Vamos rachar todos os custos... Então não precisarei gastar mais que dez por cento.

- Quando vai perdoar seu pai? - a morena sorriu.

- Eu não sei como faz pra perdoar alguém, Charlotte. Dizer que perdoou, mas continuar a lembrar todos os dias não é perdoar. Prefiro que tudo fique desse jeito. - respirei fundo.

- Quando vai me contar exatamente o que se passou no seu apartamento com a Larissa? - Helena sorriu.

- Nem sei o que tá se passando comigo, Charlotte... Nem ela. Conversamos e decidimos amadurecer tudo isso, mas a verdade é que eu não paro de pensar nela. - era maravilhoso vê-la daquela forma.

- Parece que aquelas garotas resolveram não facilitar para nós... - tomei um gole do meu vinho.

- O que vai fazer quando voltar? - pensei por uns segundos.

- Ir atrás daquela mulher e mostrar pra todos que ela é minha... - Helena gargalhou, me fazendo imita-la.

- A toda poderosa Charlotte caiu de quatro... Vivi para ver isso. - ela zombou.

- Você não está muito diferente, Helena.

- Você tem toda razão. Charlotte, sei que esse assunto te perturba, mas você fará o Álvaro saber do parentesco que há entre vocês? - levantei, indo até a janela.

- Se ele descobri que sou filha dele, é capaz de me matar pra ficar com o meu dinheiro. Ainda não acredito no azar que tive, Helena. Com tantos homens no mundo, minha mãe teve que escolher justo ele? Eu odeio os três...

- E é por isso que vai nomear o William pra presidência? Por odiar a sua família? - fechei meus olhos.

- Não é a minha família... Eles não são nada meus. Família é um lanço que tá além da compreensão. O que tenho com eles não é nada... São parentes, família não. – doía dizer aquilo, mas era a verdade.

- E os funcionários? O que será deles se a Allen for a falência? - virei para Helena.

- Em breve, quando a nossa empresa estiver a todo vapor, vamos leva-los para trabalhar conosco. São pessoas leais e trabalhadoras. - Helena abriu um grande sorriso.

- Você se faz de durona, mas no fundo é apenas uma manteiga derretida. - rolei os olhos.

- Pensei na próxima matéria principal da Allen... Vamos evidenciar a nossa força de trabalho. Luane e Larissa nos deram uma grande idéia, mas não vamos usar celebridades cabeças ocas... Vamos usar os nossos funcionários.

- É uma ideia formidável... Vou anotar tudo isso. – Helena pegou seu bloco de notas e passou a rabisca-los.

      Helena e eu continuamos a trabalhar, até que o cansaço bateu. Ela voltou para o seu quarto e eu não precisei de muito para dormir, mas antes liguei de forma anônima para Luane, apenas para ouvir sua voz.

      Queria expulsar todos os meus demônios e quando voltar a Belém, procurá-la para pedir que fosse minha e de mais ninguém.

 

17 de setembro de 2019.

      Depois de um longo dia em vistorias em todos os setores do novo prédio da Allen, Helena e eu décimos sair para relaxar. Escolhemos um lugar mais discreto, frequentado pela alta sociedade de São Paulo.

- Um whisky duplo e uma cerveja, por favor... - o garçom anotou e depois se afastou para buscar nossos pedidos.

- Mal chegamos e já tem vários olhares sobre você... - Helena apontou discretamente para uma mesa onde estava algumas mulheres e homens.

- Sobre mim? Você é uma graça, Helena. - eu não estava interessada. Quem eu realmente desejava estava a quilômetros de distância.

- Tem duas mulheres vindo pra cá... - franzi o cenho.

- Boa noite... - uma bela morena disse. - Sou Alissa, essa é a minha amiga Valeria. Podemos nos juntar a vocês? - ergui a sobrancelha. Senti Helena me cutucar embaixo da mesa.

- Boa noite queridas... É claro que podem. Fiquem a vontade. - minha amiga me olhou em reprovação, me fazendo sorrir internamente.

- A Val está interessada em sua amiga, mas eu não estou afim de ficar sozinha. - direta e reta.

A mão da morena pousou em minha coxa.

- Infelizmente, terá que ficar sozinha, querida. Na verdade, vocês duas terão. - sorri, tirando a mão da mulher que achava estar em um jogo de sedução. - Já somos comprometidas.

- É uma pena... Mas certeza que não querem? Podemos ser sigilosas. - Helena parecia muito desconfortável com a outra mulher que lhe insinuava.

- Não... Temos certeza. Agora, podem nos deixar a sós? - falei um pouco mais firme.

As duas se encararam e depois sorriram.

- Vamos, Val... Essa nós perdemos. - as duas saíram de nossa presença.

- Quanta vulgaridade... - Helena tomou um gole de cerveja e eu apenas gargalhei. - Você me paga, Charlotte...

 

      Já se passava das duas da manhã, quando voltamos para o hotel e eu estava deitada, olhando pela milésima vez as fotos de Luane. Fazia pouco mais de cinco horas que ela havia postado uma foto junto com Larissa em seu Instagram.

      A cada momento que passava, eu me sentia ainda mais encantada. Hoje, naquela balada, não foi nenhum sacrifício dispensar a belíssima mulher. A verdade é que eu não desejava estar com outros corpos, senti outros cheiros e nem provar de outras bocas. Luane Oliveira era tudo o que precisava. Eu ainda sentia o sabor de sua boca na minha, podia ver com perfeição o seu sorriso quando fechava os olhos.

- Mulher infernal... Como posso te desejar tanto? - recordei do dia em que a fiz ser demitida e a irá nos olhos azuis quando eu disse que havia a feito ser despedida.

Não pude controlar o riso.

- Esquentada e teimosa...

      Eu sentia a sua falta, tanto que o meu peito apertava. Em tão pouco tempo aquela mulher se tornou o centro de minha vida.

- Eu a amo... Você ainda não sabe, senhorita Luane, mas será a minha esposa.

 

18 de setembro de 2019.

      Acordei cedo para uma reunião com um futuro investidor. Helena tinha muitos contatos e um deles se mostrou bastante interessado em nosso projeto.

Estávamos em seu escritório e as suas propostas se mostraram bastante coerentes.

- Sempre quis trabalhar com os Allen... A empresa de vocês é umas das melhores no ramo. Se não a melhor. Posso investir alguns milhões... Minha filha tomará posse desses trinta por cento. - olhei rapidamente para Helena. - Tenho certeza que sua nova marca irá alcançar feitos ainda mais expressivos que a Allen... Acompanho o que tens feito, Charlotte e te digo sem sombra de dúvidas, eres a melhor.

- Fico muito honrada em ouvir suas palavras, Manoel. Será um grande prazer tê-lo como sócio da The Future. Ou melhor, você e sua filha. Já estamos com o projeto em andamento. Em breve, poderás conhecer as nossas novas instalações. - sorri.

- Me diga, querida Charlotte. Por que irá deixar uma empresa que você elevou tanto? Fez tanto por ela, para agora deixa-la assim...

Tomei um gole de água.

- Helena e eu queremos ter a nossa própria marca... Queremos fazer algo que fique para as nossas futuras gerações. - exagerei um pouco, mas era melhor omitir parte da verdade.

- Seu pai deve estar muito orgulhoso... - forcei um sorriso.

Aquilo foi um soco no estômago.

- Ele está... – não sabia qual dois dois.

Piada cruel.

- Quando você e a sua filha poderão ir até Belém conhecer as nossas instalações? - Helena tomou a frente. Ela percebeu o quão desconfortável fiquei.

Helena me conhecia maravilhosamente bem.

      Depois da reunião com Manoel, voltamos para o hotel. Ainda tínhamos muito trabalho para concluir, mas por aquele dia já havia cessado. Estava saindo do banho, quando meu celular tocou. Estranhei se tratar de William. Não iria atender, mas ele foi insistente.

- O que deseja? - passei a mão sobre a cabeça.

- Charlotte... Eu não quero a presidência. Por favor, não me coloque nessa situação... - sorri.

- E por que eu faria algo pra te beneficiar? – era só o que faltava.

- Sou seu irmão, Charlotte... – não pude segurar a gargalhada.

- Ah, agora que é cômodo pra você, lembrou desse detalhe. Aonde estava você quando por diversas vezes fui repudiada? Aonde estava você, irmão, quando a nossa mãe me chamou de aberração e que eu queimaria no fogo do inferno por ser lésbica? Nunca disse uma única palavra em minha defesa. Receba o seu fardo... Vire homem e assuma suas responsabilidades... Não me ligue mais.

Encerrei a chamada.

 

- Você é uma imunda... O que eu fiz pra merecer isso, meu Deus? Te criei da melhor forma que pude. Te dei de tudo. Onde errei?

- Mãe... Isso não é um bicho de sete cabeças. Não é como se eu houvesse virado alguma bandida.

- Preferiria que fosse ao invés de sapatão. O que os outros vão falar de nós? Não vou conviver com essa pouca vergonha.

- Mãe...

- Não me chame assim, sua abominação...

 

Joguei o meu celular contra a parede, o vendo partir em vários pedaços.

- Merda!

Fim do capítulo

Notas finais:

olá... bom, ontem não deu pra postar...

a partir dessa semana, serão postados dois capítulos, porque meu tempo ficou comprometido por algumas obrigações. 

Capitulos dia de TERÇA E SEXTA.

beijo meninas...


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Comentários para 15 - Capitulo 15 - Só penso em você:
Andreia
Andreia

Em: 18/01/2021

Séra que as quatros vão conseguiu sair de todos estes problemas e Charlotte sai de um problema aparece outro para o ela e Lua e não fica a trás das confusões que aparece p ela.

Bjs

Responder

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rhina
rhina

Em: 15/06/2020

 

Alessandra é mandada, aposto.

Rhina

Responder

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Aurelia
Aurelia

Em: 09/03/2020

Gosto não dessas duas  cabeças duras brigadas, vai logo pedir a Luane em namoro mulher. Ciúmeta em nível extremo essa Charlotte,  e o irmão não quer assumir o posto, uai mas a Charlotte que tinha que bancar a vida de mordomias dele, fez a empresa crescer e agora começa uma nova luta pra montar a própria e fazê-la crescer e competir com a Allen, essa sócia aí está me cheirando a problema, ansiosa pra ver logo as duas juntas de novo. Charlotte tem que parar de descontar na Luane as coisas, assim ela cansa rapidinho hein.😘🤩


Resposta do autor:

Como estou sem internet decente, não poderei responder como queria...

 

Esperamos melhorar. 

Enquanto isso, temos cap novo❤️

Ps' amo sua participação.

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 08/03/2020

Alessandra deve está fazendo o jogo do Álvaro e pietra. Podres.


Resposta do autor:

Será? Olha, pode fazer sentido sim...

Responder

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Naty24
Naty24

Em: 08/03/2020

Alexandra está como uma predadora atrás da presa

Mas algo nela é artificial ou seja, ñ é vdd.

Oque acontecerá com nosso quarteto fantástico? Kkkk esclareça pra nós


Resposta do autor:

Já temos cap novo... Aaah... Tô com a sensação que vem coisa complicada por aqui...

Beijinhos... ❤️❤️❤️

Cap novo ❤️❤️❤️

Responder

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Master
Master

Em: 08/03/2020

A pietra e o álvaro são perigosos tenho medo do que eles possam aprontar as meninas tem que ficar espertas, a lua e a char brigadas mais a char já quer tormar ela esposa heim tomara que peça logo em namoro acho que aquelas duas mulheres vão dá problemas pra Charlotte e helena se alguém tirou uma foto a lari e a lua vão ficar medidas de ciúmes kkkkkkkk vai ser engraçado.


Resposta do autor:

Kkkkkkk esse momento realmente existirá... 

No cap de hoje iremos ver a pontinha do Ice Berg...

 

Estou sem internet, então tô respondendo rapidinho... Um beijo, meu bem❤️❤️❤️

Cap novo ,❤️❤️

Responder

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bicaf
bicaf

Em: 08/03/2020

Olá. Parece que essa piriguete da Alessandra vai armar alguma por aí. Não ter a família do nosso lado realmente  é muito muito ruim 😞. Mas tudo passa, a vida é assim. Elas vão superar todos esses obstáculos. Beijão 😘


Resposta do autor:

Kkkkkkk piriguete...

Família é um trem complicado... A minha que o diga... 😪😪😪😪

Já temos capítulo nooovo❤️❤️❤️

Responder

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 07/03/2020

Fico triste quando essas duas fican assim... espero que Charlotte volte logo e faça as pazes com Lua... mas bem que vejo problema com essa filha do novo socio delas .... aiaiaiaiaaii... ciumes grandes a vista... 


Resposta do autor:

Os bolinhos vão se reencontrar ❤️

Não se preocupe. Cap já disponível ❤️❤️❤️

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