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Nossa canção inesperada por Kiss Potter

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Palavras: 11562
Acessos: 1411   |  Postado em: 04/03/2020

Capítulo 35 - A família Vargas

 

Capítulo 35 – A família Vargas

 

Pov Liz

 

              A música da festa invadia o quarto enquanto Lia se despia à sua frente. O cômodo ainda estava na penumbra das luzes lá fora criando um clima totalmente propício para o que iria acontecer a seguir. Sua boca aguava em antecipação ao ver a pele alva dela se revelar aos poucos e podia ver o brilho nos olhos dilatados de sua irritadinha. Liz soube naquele momento que a noite era dela.

              Aproximou-se e a ajudou a descer o zíper do vestido, enquanto beijava com paixão toda a extensão de suas costas macias. Rapidamente Lia virou-se no abraço e tomou os lábios dela nos seus com malícia e desejo. Sentiu o gosto de champagne misturado ao doce da língua dela e uma quentura excitante tomou conta de todas as partes do seu corpo. Justamente ao sentir aquele gosto da bebida, uma ideia surgiu em sua mente.

              — Espera — pediu gentilmente quando Lia quis lhe jogar sobre a cama.

              — Argh! — A namorada grunhiu de frustração. — Quer me deixar louca?

              Liz não evitou sorrir com a afobação dela.

              — É rápido, eu volto em um instante. Não vai se arrepender.

              Deu um selinho nela antes de sair, praticamente correndo porta a fora, à procura do que estava fantasiando. Desceu as escadas e foi até a cozinha, sempre esbarrando nos funcionários do buffet. Não queria se arriscar de ir até o jardim e alguém a interceptar, por isso resolveu procurar ali mesmo dentro da casa.

              O cômodo estava em um verdadeiro alvoroço, então tentou ser o mais discreta possível e não incomodar o trabalho deles, embora pudesse sentir olhares curiosos em sua direção. Abriu a imensa geladeira à procura de uma garrafa de champagne que logo encontrou. Por sorte haviam vários baldes de gelo dispostos ali no imenso balcão e encheu um deles, colocando a garrafa da bebida dentro. Liz só pensava em trepar na virada do ano com grande estilo.

              Voltou praticamente correndo para o quarto e parou para apreciar a visão à sua frente. A luz estava ligada e Lia estava sentada de pernas cruzadas na cama, usando apenas um conjunto vermelho rendado enquanto a esperava. Ela ergueu uma sobrancelha quando a viu carregando o balde e depois sorriu sapeca.

              — Que bom que não demorou.

              — Eu disse que não iria se arrepender — Liz a puxou pela nuca e tomou seus lábios mais uma vez, atiçando mais ainda o fogo que percorria o corpo dela naquela noite.

              A rockeira passou as mãos famintas por toda a pele desnuda e quente dela, sentindo a tensão do seu desejo e os pelos se arrepiando sob o seu toque, era perfeito senti-la daquela forma, porém, quando levou as mãos até o bumbum dela por dentro da calcinha, Lia a impediu, afastando-se e lhe deixando confusa.

              — O que foi?

              — Eu que vou conduzir a noite, hoje.

              E dizendo isso a irritadinha a despiu, lhe deixando apenas de calcinha e sutiã, a jogou na cama e subiu sobre ela, lhe distribuindo lambidas e mordidas por todo o corpo. Liz sabia que sua calcinha estava arruinada. Lia estava diferente, parecia estar cega de tesão, apenas com o desejo lhe comandando. Entendia muito bem aquele olhar penetrante, ela queria lhe dominar, podia sentir isso na forma como ela estava ch*pando todo o seu corpo e lhe marcando.

              Lia a torturava aos poucos e sem pressa. Primeiro ela a segurou firme pelos cabelos enquanto sugava a pele de seu pescoço, fazendo-a gem*r de satisfação com as carícias, depois desceu os lábios macios pelo seu colo, retirou o seu sutiã, lambendo-a apetitosamente e em seguida lhe sugando os seios com uma voracidade incrivelmente prazerosa. Tinha o pressentimento de que seria literalmente devorada naquela noite.

              Liz queria deixar sua irritadinha aproveitar a situação da forma que ela bem quisesse, mas aquela vontade absurda de ficar por cima e tocá-la foi mais forte. Tinha a necessidade de fazê-la gem*r gostoso, porém, quando tentou trocar de posição, Lia não deixou e a segurou pelos pulsos de forma brusca, lhe pegando de surpresa.

              — Deixa eu te tocar, linda — pediu olhando Lia nos olhos, mas viu que ela parecia obstinada e sapeca.

              — Você não está com moral para me pedir nada, Liz — Lia a beijou e mordeu seu lábio inferior. — Preciso descontar toda a raiva da noite.

              A irritadinha não a deixou mais falar nada e rapidamente as duas travaram um beijo de língua gostoso e excitante. As mãos da rockeira ainda estavam presas às dela, que a segurava firmemente, o que estava deixando Liz louca, precisava sentir o contato da pele quente dela se arrepiando e mais uma vez, tentou se desvencilhar do aperto, mas Lia grunhiu de frustração e se afastou dela.

              — Porr* — exclamou e segurou Liz pelo queixo, fazendo-a encarar seus olhos. — Será que eu vou ter que te amarrar?

              Ok, por aquela Liz não esperava, mas a irritadinha parecia falar sério. Ela estava muito diferente naquela noite, extremamente ávida e dominadora. Podia ver que ainda havia um traço de raiva e que ela se controlava.

              — Eu só quero tocar você — disse e quando tentou apalpá-la, Lia afastou-se.

              — Não quero que me toque agora!

              A rockeira ficou completamente estática na cama. A namorada estava disposta a enlouquecê-la naquela noite.

              — Volta aqui! — Liz fez manha.

              — Só volto se deixar eu fazer o que eu quiser — respondeu audaciosa.

              — Tudo bem — Liz resolveu entrar no jogo dela, estava muito excitada com sua nova personalidade mandona. — O que você quer fazer?

              Lia lhe direcinou um sorriso maldoso e caminhou até o seu guarda-roupas, abrindo-o. Ela estava procurando por algo, mas Liz não fazia ideia do que poderia ser. Depois de alguns poucos segundos, ela voltou a cama com um lenço preto nas mãos e sorrindo vitoriosa. Naquele momento, Liz soube o que ela realmente queria fazer e a ideia lhe assustou um pouco por alguns segundos.

              — O que você pretende fazer, Liana? — Perguntou temerosa sem tirar os olhos dela, que subiu na cama novamente, engatinhando e se pondo sobre seu corpo.

              — Não é óbvio? — Sussurrou, lhe provocando calafrios e pegou em sua mão, amarrando-a com o lenço.

              — Espera!

              Liz afastou-a e endireitou-se na cama, as duas se olharam por alguns segundos. Lia parecia mais decidida do que nunca e isso a assustou. Ninguém, nunca, em toda a sua vida, havia lhe amarrado daquela forma, nunca. Liz era uma dominadora nata e nunca teve de lidar com aquela situação antes.

              — O que foi? — Lia estava estranhando sua reação, sabia disso. Nunca fora de negar nada no sex*, mas aquilo nunca havia lhe passado pela cabeça.

              — Por que quer me amarrar? — Liz mostrou sua mão atada ao lenço preto.

              — Porque eu quero! Me deu vontade.

              Não acreditava no que estava ouvindo e nem sabia o que dizer. Lia, mais uma vez, aproximou-se perigosamente, como uma felina que se aproxima de sua caça, e sentou sobre o seu colo, passando as pernas por sua cintura. Liz sentiu como o sex* dela estava quente através da calcinha em contato com o seu ventre, nunca havia se sentido tão acuada antes.

              — Deixa eu amarrar você — pediu manhosa, sussurrando em seu ouvido e foi quase impossível não revirar os olhos com o pedido.

              — Lia, eu nunca deixei ninguém fazer isso comigo antes...

              Os olhos castanhos escuros da namorada brilharam ao ouvir aquela frase e soube que apenas havia se complicado ainda mais naquele momento.

              — Mas eu não sou nenhuma das outras, não é? — Insistiu, jogando charme e beijou-a sensualmente. — Deixa eu amarrar você. Confia em mim!

              “ok, isso já é muita sacanagem” pensou zonza. O desejo estava lhe consumindo e dissipando as inseguranças e receios que tinha. Seria impossível dizer não para a namorada na situação em que se encontravam. É claro que confiava em Lia, mas por que era tão difícil se entregar da forma que ela havia pedido?

              Como em um flash, lembrou-se da relutância de Lia em usar o dildo e depois reconsiderar o medo apenas pelo seu prazer. Não poderia decepcioná-la. Se ela havia pedido por isso, então significava que estava com muita vontade de fazer.

              Lentamente abraçou o corpo carnudo e gostoso de sua bela namorada e beijou os seu colo e seios, antes de lhe oferecer as mãos por livre e espontânea vontade. Lia apenas sorriu feliz e mordeu os lábios. Rapidamente ela amarrou as suas mãos, deitou-a na cama completamente e levantou seus braços acima da cabeça.

              — Sabe que não vai se arrepender, não é? — Lia a encarou seriamente.

              — Eu sei que não — Resolveu dar um voto de confiança na namorada. Sabia que ela não faria nada para lhe machucar de verdade. No fundo sabia que seria bom, com ela tudo era mais gostoso.

              Lia começou a se insinuar sobre o seu corpo perigosamente e subiu nela um pouco mais, deixando os seios próximos à sua boca. Já estava para abocanhá-los quando sentiu-a amarrar as suas mãos na cabeceira da cama, lhe deixando imóvel. Só esperava que ela não lhe torturasse muito.

              Já devidamente amarrada na cama, Lia sentou na sua cintura e foi retirando o sutiã lentamente e sorriu toda marota ao ver o seu olhar guloso para seus seios alvos e medianos. Liz engoliu em seco. A irritadinha segurou-a pelo pescoço e se apossou de seus lábios mais uma vez com luxúria. Já estava ficando sem fôlego, quando se afastou de repente e se inclinou na cama pegando a garrafa na mesinha de cabeceira. Ela estava aproveitando a sua ideia.

              Sem pressa, Lia abriu a bebida, estourando a rolha da garrafa e deu um gole generoso. Em seguida, se deitou sobre Liz. Assim que ela aproximou os lábios dos seus, despejou o líquido em sua boca e uma onda de excitação percorreu seu corpo novamente, precisou apertar as coxas uma na outra para tentar aliviar a tensão que sentia em seu sex*.

              — Isso é bom, não é? — A irritadinha perguntou.

              — É uma delícia — respondeu e lambeu os lábios. O champagne havia escorrido um pouco de sua boca. — Quero mais!

              Lia bebeu mais e fez o que ela pediu, dando-a a bebida na boca mais uma vez. Dessa vez o líquido se espalhou todo pelo seu queixo e pescoço. A irritadinha começou a sugar a bebida dali com lambidas. Liz sentiu sua pele se arrepiar toda com os toques. Queria sentir melhor o corpo dela no seu, mas não tinha o que fazer já que estava amarrada. Aquela seria uma noite de autocontrole pesado.

              — Porr*! Isso é gostoso demais.

              A namorada espalhou mais da bebida sobre o seu corpo sem se importar se iria manchar a cama ou não e deleitou-se nela, ch*pando e lambendo o líquido derramado desde os seus seios, até seu ventre. Naquele momento, Lia retirou sua calcinha e despejou mais bebida ali. Arrepiou-se toda quando sentiu o líquido gelado atingir suas partes íntimas. Era uma tortura, porém, uma tortura deliciosa.

              Lia segurou suas coxas firmemente, abrindo suas pernas sem cerimônia, era estranhamente excitante saber que não poderia tocá-la e que estava “indefesa”. Ela poderia fazer o que quisesse consigo. Foi com ansiedade e desejo que a sentiu toma-la em sua boca deliciosamente e seus olhos fecharam. Os lábios macios dela em seu sex* foi a melhor sensação que poderia ter sentido naquela noite e foi impossível não arquear as costas com o prazer que a tomou.

              — Humm... que delícia! — gem*u desejosa e ao olhá-la, viu que Lia lhe tomava com vontade e de olhos fechados, totalmente concentrada no que fazia.

              A namorada lhe deu uma ch*pada gostosa e certeira, mandando sua sanidade para o espaço. Logo sentiu a língua dela deslizando em seu clit*ris com rapidez. Lia iria acabar com sua razão naquela noite e adorava ter certeza disso. O fogo estava lhe consumindo muito mais do que imaginara, aquele era um desfecho que não esperava acontecer depois de toda a situação causada por Cíntia.

              A irritadinha lhe fez gem*r ainda mais quando lhe deu uma ch*pada daquelas que a fez revirar os olhos e quase quis gritar de frustração quando a sentiu parar e se afastar, vindo para cima de si e beijando-a, lhe fazendo sentir o próprio gosto. Por reflexo e costume quis puxar as mãos para tocá-la, mas foi detida pelo lenço que a prendia. Lia sorriu safada com isso e lhe mordeu os lábios.

              — Já disse que não quero que me toque — A namorada lhe segurou pelo queixo firmemente. — Não está merecendo.

              — Lia...

              Já ia começar a implorar por algo que nem sabia o que era quando a sentiu lhe penetrar com um dedo e por instinto seu quadril levantou em expectativa à espera das estocadas, precisava senti-la dentro de si, mas a namorada estava lhe torturando e não era pouco, pois começou a fazer os movimentos de vai-e-vem com o dedo lentamente, dominando a situação.

              — Você gosta assim? — Ela perguntou sarcástica ao ver sua afobação.

              — Por favor, minha gostosa... — Liz pediu elevando seu quadril e lhe mandando uma mensagem clara.

              — Me diz o que você quer! — Ordenou parando os movimentos propositalmente.

              — Me fode logo, porr*! — Quase grunhiu e tentou fechar as coxas, mas Lia a impediu.

              A irritadinha sorriu safada e voltou a ch*pá-la com vontade enquanto a penetrava rapidamente. Fechou os olhos e para curtir a sensação de prazer que lhe tomou. Liz sempre fora fácil em goz*r e com Lia então, era ainda mais, se ela continuasse daquela forma logo iria se esvair deliciosamente em sua boca.

              Mais uma vez Lia a abandonou e foi até o balde de gelo. Liz não sabia o que ela queria daquela vez e sorriu quando a viu pegar uma pedra de gelo.

              — O que você tem hoje, hein? — Liz estava adorando aquele lado dominador dela, mesmo que estivesse louca por não poder tocá-la.

              — Já disse que precisava descontar essa raiva toda.

              Liz sorriu de lado e observou-a levar o gelo até a boca e depois se inclinar sobre seu corpo. Primeiro ela passou a pedra de gelo em seus lábios e ao redor deles, depois pelo pescoço. Os pingos d’água escorriam pelo seu corpo lhe arrepiando, Lia estava fazendo tudo direitinho para lhe deixar ainda mais doida de tesão, mal podia esperar se ver livre do lenço para fazer o que quisesse com ela de volta, ela iria pagar direitinho.

              Quando Lia desceu com o gelo para os seios, não pode mais segurar os gemidos e lamúrias, era extremamente sensível naquela região e seu corpo quente arrepiou-se inteiro, sentia-se completamente derretida depois daquela. A irritadinha foi de um seio a outro em uma lentidão enlouquecedora e por fim foi descendo pela sua barriga e ainda mais...

              Quando sentiu o gelo tocar seu sex*, tentou fechar as pernas mais uma vez em reflexo, mas Lia a parou e lhe deu um tapa estalado em suas coxas e apesar de ficar surpresa, adorou a ardência do tapa se espalhar em sua pele sensível, precisava provocá-la mais vezes se esse fosse o resultado.

              — Ai — Fez drama apenas para ver a reação dela, que ainda tinha o gelo preso aos lábios.

              — Você merece mais — Lia retirou-o da boca e depois lhe deu mais um tapa na outra coxa. — Fica quieta!

              Obstinada a namorada voltou com o gelo sem suas partes íntimas e foi torturante, porém, delicioso sentir aquela gama de desespero e prazer misturados. Seu sex* pulsava enlouquecido. Por sorte Lia logo largou o gelo e foi ainda mais gostoso sentir os lábios dela lhe tomarem novamente, mas gelados dessa vez.

              — Aaaahh... hum... boca gostosa — Liz gemia e abria as pernas ainda mais para lhe dar espaço. Adorava ser ch*pada por ela daquela forma. — Me ch*pa com vontade, sua safada!

              Ao menos naquele momento Lia atendeu a um de seus pedidos e a ch*pou delicada, mas demoradamente. Liz sentia que iria goz*r a qualquer momento. Sua respiração estava ofegante e aquele prazer do orgasmo estava vindo em camadas, quando estava ficando ainda mais enlouquecida, Lia lhe deu uma lambida generosa e afastou-se, mas lhe introduziu um dedo.

              — Ahhhh... — Mais uma vez foi impossível não gem*r alto, por sorte o barulho da música impediria alguém de ouvi-las.

              Aquele era o momento perfeito para ser fodida, quando estava excitada e implorando por um orgasmo e foi com prazer que a deixou lhe estocar com vontade, queria muito mais dela, sempre. Liz nunca havia se entregado daquela forma para alguém. Abriu os olhos para vê-la e não poderia ser uma visão mais sexy. Lia olhava de forma apetitosa para o seu sex* enquanto lhe penetrava de forma concentrada e sem trégua.

              Logo os olhos das duas se conectaram. Lia estava com a face molhada de suor e de seu prazer, os cabelos revoltos e curtos moldavam sua face de menina sapeca, foi então quando ela mordeu os lábios de leve, lhe introduziu mais um dedo e aumentou ainda mais a velocidade. Lia se inclinou sobre ela e começou a sugar seu seio de forma gulosa e olhou-a depois.

              — Quem é que faz gostoso aqui?! — Lia vociferou totalmente possessiva pela luxúria.

              — Só você faz gostoso assim, minha safada.

              Ela parou os movimentos, deixando Liz em desespero, que já estava a ponto de goz*r. Quantas vezes mais ela iria lhe torturar? Estava para reclamar, quando ela lhe deu mais um tapa bem estalado, mas em seu rosto dessa vez. Liz não esperava mesmo por aquela e ficou parada sem reação por uns três segundos enquanto sentia seu rosto arder, mesmo que não tivesse sido um tapa forte, ficou com ainda mais tesão depois daquilo.

              — Diz que é só minha, Lisandra! — ordenou e lhe deu uma mordida de leve no seio.

              — Sou sua, Liana. Como nunca fui de mais ninguém — declarou em desespero e moveu os quadris com a urgência de sentir aquelas sensações voltarem. — Só você sabe me foder gostoso, só você!

              Os olhos dela brilharam ao ouvir suas palavras e Lia logo retomou os movimentos que fazia em seu sex*.

              — Quer que goze bem gostoso na minha boca!

              Lia desceu até suas pernas e começou a eriça-la com sua língua. Ela sabia exatamente que velocidade usar e onde tocar para lhe deixar louca. Já estava às portas do paraíso, não poderia mais adiar aquele orgasmo. Seus gemidos ecoavam misturados com os sons da festa. Aos poucos, aquela ardência leve e prazerosa foi tomando conta de seu corpo totalmente até que atingiu um orgasmo avassalador.

              Seu corpo relaxou mole na cama e seu peito subia e descia apressado com sua respiração hiper ofegante. Parecia que tinha corrido uma maratona, era assim que se sentia e aquela risada pós orgasmo saiu em satisfação.

              — Ah, que delícia goz*r gostoso assim, puta que pariu! — Declarou totalmente zerada da vida com aquela sensação de prazer.

              Lia veio para cima de si mais uma vez com um sorriso de contentamento nos lábios e beijou-a saudosa. Liz se remexeu, queria tocá-la, mas ainda estava amarrada.

              — Minha vez, me solta daqui! — pediu ainda recuperando o fôlego.

              Lia soltou uma risada gostosa e espontânea. Liz tinha uma das pernas entre as dela e podia sentir o quanto ela estava molhadinha. Levantou uma perna, roçando ainda mais no sex* dela. O líquido estava morno em sua pele.

              — Deixa eu fazer você goz*r agora, linda!

              — Será que você merece me tocar?

              — Claro que mereço — Liz quase gritou. — Eu deixei você me amarrar, mereço um prêmio.

              — Ainda estou com raiva.

               Lia inclinou o corpo e sentou sobre sua cintura com uma perna de cada lado, daquela forma Liz pode ver o sex* lisinho e molhado dela lhe encarando cheio de tesão. Sua boca aguou. Tinha urgência de sentir aquele gosto, cheiro e o clit*ris dela quente e durinho em sua língua, precisava daquilo.

              — Você quer me tocar, Liz? — Lia a provocava e desceu com a mão até o próprio sex*. — Assim?

              Nesse momento a irritadinha passou os dedos pelos lábios de seu sex* lentamente e ficou brincando um tempo ali. Liz não conseguiu desviar a atenção dela nem por um segundo. Lia estava bem selvagem naquela noite como nunca antes. Liz tentou retirar as mãos do laço, mas a namorada a amarrara bem, estava com ânsias de tocá-la.

              — É assim mesmo que eu quero te tocar. Me solta, vai! — Implorou manhosa e lambeu os lábios de antecipação.

              — Não quer assistir um pouco? — Lia estava a ousadia em pessoa, já estava indo muito além das suas expectativas.

              — O que você está fazendo?

              Lia lhe respondeu com um sorriso lascivo e começou a se tocar de forma sensual bem à sua frente, se masturbando lenta e deliciosamente, podia ouvir o líquido dela enquanto ela se insinuava, estava extremamente difícil de resistir a ela fazendo aquilo.

              — Nossa, como é gostoso assim — Lia declarou ofegante, ela estava se dando prazer. Não acreditava que ela iria goz*r sozinha e fazê-la assistir, era muita tortura.

              — Puta que pariu, Lia. Você vai ver só quando eu sair daqui! — Ameaçou em desespero.

              — Ver o quê?

              Ela aumentou o ritmo dos movimentos em si e pendeu a cabeça para trás, gem*ndo. Aquilo foi o fim para Liz que começou a se debater na cama e puxar os punhos com toda a força que tinha. Lia apenas sorria com o desespero dela. O nó de um lado finalmente começou a ceder e logo livrou uma mão e foi apressada livrar o nó da outra.

              A namorada apenas sorria com sua afobação. Agora ela iria ver do que era mesmo capaz. Liz sentou-se na cama, finalmente, e abraçou-a possessivamente, ficando por cima e beijando-a com paixão.

              — Lia, você quer me matar? — perguntou sobre os lábios dela.

              Liz praticamente abocanhou os lábios dela com fome e vontade e começou a tocá-la em todo o corpo, acariciando-a. Lia abraçou-a pelo pescoço e começaram uma batalha na cama de quem ficavam por cima. Ela estava impossível. Liz a prendeu na cama e começou a descer beijos e mordidas em seu pescoço e seios e se perdeu por horas neles, sugando-os e enchendo a boca. Adorava senti-los quentes e macios, sem falar no cheiro da pele já suada dela.

              — Vou te foder toda, Liana! Não me provoca assim!

              Lia a segurou pelos cabelos com firmeza.

              — Quero sentar na sua cara!

              As entranhas de Liz se agitaram felizes, era tudo o que mais queria. Iria cair de boca nela sem piedade, precisava disso.

              — Adoro você toda soltinha assim. Me deixou doida de tesão — sussurrou na orelha dela.

              Logo elas rolaram pela cama e Lia pôs os joelhos um de cada lado do rosto dela, por cima. Liz adorava aquele cheiro de sex*. Abraçou o quadril dela e abocanhou o sua feminilidade com vontade, fazendo pressão para que ela se sentasse mais e aumentasse a pressão em sua boca. Nossa! Como era bom aquele gosto salgado e aquele cheiro... queria ch*pa-la para sempre se fosse possível.

              Liz brincou com o clit*ris dela, passando a língua firme firmemente ao seu redor, só com isso sua boca já estava inundada com o prazer dela, queria muito mais, tudo ainda não seria suficiente naquela noite, estava insaciável. Massageou todo o sex* dela com a língua enquanto a observava fechar os olhos e apertar os seios, sempre gem*ndo forte.

“Será que tem coisa mais gostosa na vida? Claro que não!” pensou faminta e feliz. Era a melhor coisa do mundo foder com a namorada safada daquele jeito.

Liz só queria que ela tivesse um orgasmo sensacional como o que tivera a pouco tempo, não poderia recompensá-la com nada menos do que isso. A rockeira brincou a língua na entrada quente e molhada dela e depois ch*pou e sugou seus lábios. Voltou, enfim, ao clit*ris durinho e o massageou sem tréguas. Não queria joguinhos ou tortura.

Lia começou a cavalgar de leve em seus lábios e os gemidos dela foram se espalhando pelo quarto sem pudor. Ela estava totalmente tomada de tesão. Liz levou as mãos até ás suas nádegas e as apertou, lhe dando palmadas para descontar das que levara mais cedo.

Liz se lambuzou toda do prazer da namorada e não lhe deu trégua até que as pernas dela começassem a tremer. Ch*pava e lambia, sempre intercalando. Quando a sentiu bem mais enlouquecida, passou a língua bem no ponto específico mais rápido e pode até ouvi-la gem*r alto, tremendo toda com o orgasmo que lhe tomou. Liz sugou o líquido dela, como se bebesse a própria vitória.

Lia pendeu para trás, sorrindo e ficou deitada sobre seu tronco e pernas. A rockeira abraçou as pernas carnudas e suadas dela e ficou ali, à espera de que ela pudesse se recompor. Sentiu-a ofegante durante um tempo e quando ela se acalmou mais, ela própria aprumou-se e se pôs sobre seu corpo, que a aconchegou devidamente em seus braços protetores. Adorava quando Lia deitava assim sobre o seu peito, era reconfortante e íntimo.

Não pode deixar de rir ao lembrar dela tão possessiva e dominadora naquela noite.

— Qual a graça? — Lia perguntou, olhando-a curiosa.

— Você acabou comigo, Liana — Não estava mentindo. Se sentia mesmo exausta, mas maravilhosamente revigorada. Nada mais importava depois daqueles orgasmos.

— Mas já? — Lia ainda a desafiava.

— Desde quando você ficou tão dominadora assim?

— Desde que aquela velha disse que você faz gostoso... quem ela pensa que é?

Liz teve vontade rir dela, que já voltava a ficar com raiva só em falar no assunto.

— E você só ri? — Ela lhe deu um tapa no braço.

— Mas você está disposta a me deixar toda roxa hoje, não é? — Liz a olhou especulativa e passou a mão em sua face. — Não esqueci aquele tapa...

— Oras! — Lia sorriu daquela forma envergonhada que achava uma graça. — Até parece que não gostou.

A rockeira lhe respondeu com um beijo estalado e carinhoso. É claro que havia adorado tudo o que haviam feito naquela noite, mesmo que o desejo visceral dela tivesse sido despertado, a princípio, por uma situação ruim, aliás, sentia que ainda precisavam falar sobre Cíntia, se bem conhecia Lia, ciumenta como era, deveria estar cheia de caraminholas na cabeça.

— Hey! — Puxou o queixo dela para que a encarasse. — Espero que essa situação com a Cíntia não nos cause problemas, ok?

Automaticamente ela fechou a cara ao ouvir o nome da outra. Liz teve a sensação de que ainda teria dor de cabeça com aquele assunto.

— Eu não quero falar nessa mulher!

Lia a calou com um beijo e resolveu deixar aquilo para depois, não iria estragar o momento, era dia de festa e comemoração, não precisava de mais nada, apenas relaxar. Tinha tudo o que precisava, sua família, saúde e havia acabado de fazer amor com sua namorada, a mulher que amava, não queria outra coisa.

Elas passaram um tempo apenas entre carícias até que o fogo foi reacendido novamente. Mais uma vez elas se entregaram uma à outra de forma mais branda e carinhosa. Não importava de que forma elas ficavam juntas, se era trans*, uma foda, sex* ou amor, o importante mesmo era sentirem prazer nos braços uma da outra.

Já passava das três da manhã quando resolveram descer para ver como estava o andamento da festa, que não parecia estar acabando. Mais da metade dos convidados já haviam ido e o clima ali estava ameno e mais descontraído. Sua tia Luísa dançava no tablado com um homem alto e grisalho que parecia muito simpático, ela o havia apresentado mais cedo como um dos investidores da empresa se não estava enganada.

A banda tocava algumas músicas mais lentas e românticas. As duas encontraram Vitória e Tomás à distância. Eles estavam sentados à mesa, ela concentrada e risonha ao telefone e Tomás entredito em uma conversa com uma moça linda que tinha uma aparência bem jovial. Os três a olharam com surpresa quando as viram se aproximar.

— Vocês sumiram. Pensávamos que já haviam ido dormir — A prima falou risonha e olhou para Liz especulativa.

— Nós tiramos mesmo um cochilo, mas voltamos para ver como estavam as coisas.

— Hum — Vitória tinha um sorriso cínico nos lábios, como se soubesse exatamente o que as duas haviam feito. — Tudo bem, então.

Tomás começou a sorrir cúmplice e Liz percebeu que Lia ficou envergonhada ao seu lado. Logo elas sentaram e eles começaram a conversar e especular sobre os sorrisos que a mãe lançava ao seu parceiro de dança. Liz não sabia se a tia tinha mesmo algo com aquele homem, mas só sabia que ela merecia uma boa pessoa ao seu lado.

A banda fez uma pausa e algumas músicas começaram a tocar enquanto isso. Finalmente Luísa saiu da pista com o homem e sumiram pelo condomínio. Ninguém havia visto para onde os dois haviam ido e o burburinho na mesa foi enorme. Ainda bem que os primos não se importavam com aquilo, eles apenas declararam que queriam ver a mãe feliz e só.

Eles ficaram de conversa por muito tempo e começaram a beber juntos. Na verdade, já estavam todos já bem altos, até mesmo Lia. A música vídeo games começou a tocar e a namorada declarou que amava aquela música, logo ela puxou Liz para a pista a fim de dançarem coladinhas. Liz admitia que aquela música era perfeita e linda.

Lia se pendurou em seu pescoço. Podia sentir a respiração dela em sua nuca e abraçou-a de volta pela cintura. Tirando a situação com Cíntia, aquela estava sendo uma noite perfeita. Tomadas de emoção pelo momento, se olharam nos olhos, sorriram e se beijaram.

— Eu te amo! — Lia falou calorosamente ainda sobre os seus lábios.

Liz se sentia acariciada por aquela frase sempre que sua irritadinha a dizia. Sentia como se estivesse sonhando acordada. Não acreditava que havia despertado o interesse daquela menina tão especial.

O melhor de tudo é que sentia que Lia não dizia a frase na pressão de que ela dissesse de volta e agradecia aos céus por isso, não que a rockeira duvidasse dos próprios sentimentos, mas porque simplesmente não tinha muito jeito de dizer aquelas palavras.

Liz viu que de longe a tia as olhava com um lindo sorriso. Elas dançaram músicas lentas até que a banda voltou a tocar, animando a todos mais uma vez.

Depois das quatro da manhã, os quatro correram para a piscina, pularam de roupa ainda de roupa e ficaram bebendo champagne e nadando juntos, fazendo brincadeiras até o sol começar a raiar ao longe. Liz adorava aquelas aventuras de virar a noite se divertindo, bebendo e ainda mais com Lia ao seu lado tudo ficava ainda melhor.

Depois disso o sono veio rápido para todos, mas antes que fossem dormir, a tia avisou que depois do horário do almoço, eles iriam fazer um passeio no dia seguinte e que tratassem de acordar para aproveitarem o dia.

As duas tomaram um banho rápido e juntas, antes de caírem na cama e adormecerem feito pedras...

***

Pov Lia

De fato, Luísa acordou a todos por volta das onze para que não perdessem o horário. Um passeio não parecia ser o mais indicado no momento, já que pareciam todos de ressaca com a bebedeira da madrugada.

Grogues de sono, tomaram um remédio, ficaram deitadas, tomando sempre muito líquido para melhorarem até a hora de ir. Quando finalmente desceram, Lia ficou surpresa ao ver quase tudo na casa arrumado da bagunça da festa.

Não foi surpresa nenhuma também quando o mesmo homem grisalho e bonitão da noite passada chegou em sua BMW, junto da mesma moça que conversava com Tomás, o primo de Liz, para irem ao passeio junto deles.

Ela e Liz estavam na ampla sala à espera dos outros ficarem prontos. A rockeira desceu com o seu violão a pedido da tia. Já haviam se vestido com roupas de banho e usavam óculos escuros, aparentemente iam para alguma praia e observavam Luísa tentar ser discreta nos sorrisos e olhares que trocava com o bonitão e Lia acabou ficando curiosa.

— Liz, quem é esse senhor que está com sua tia?

— Eu não lembro o nome dele agora, mas ontem ela o apresentou como um dos maiores investidores do grupo.

— Ela parece estar bem empolgada com ele, não é?

— Sim — Liz abriu um lindo sorriso. — Espero que ele seja um cara decente. Tia Luísa merece ser feliz. Ela vive tão sozinha por aqui.

— Verdade, eu não tenho muita convivência, mas já percebi que ela é uma mulher maravilhosa.

— Ela sim. Foi na única que teve coragem de cuidar de mim mesmo com todos os meus problemas e loucuras.

— Às vezes sinto que ela é mais próxima de você do que dos filhos.

— Sempre fomos próximas, ela meio que foi uma mãe para mim desde sempre e também os meninos moram fora há alguns anos com o pai, deve ser isso também.

— Distância acaba com qualquer coisa, não é?

Naquele momento Lia lembrou-se do intercâmbio. Não sabia se iria passar, mas caso conseguisse, pelo menos já teria a certeza de que Liz iria junto dela, assim não precisariam lidar com a distância.

— Sim, é verdade. Muita coisa se perde — Liz concordou pensativa.

Finalmente Vitória e Tomás desceram e todos se encaminharam para os carros junto com Sílvia, a governanta da casa.

— Liz — Luísa chamou a sobrinha e lhe entregou a chave seu próprio carro. — Vocês podem ir no meu carro, vai dirigindo, por favor! Eu vou no outro com Artur e Sílvia.

— Tudo bem, tia — respondeu pegando a chave do carro e sorrindo sarcástica.

Lia, Vitória, Tomás e Bianca, que descobriu ser filha do bonitão, foram juntos. Aquele silêncio. Lia foi junto de Liz no banco da frente e outros atrás. Percebeu um silêncio incômodo vindo dos outros três, mas logo a namorada tratou de quebrar o silêncio, colocando músicas para tocar e começou a puxar assunto com Lia e eles.

Eles seguiam os mais velhos no carro da frente já que não sabiam exatamente para onde estavam indo, Luísa disse que iria fazer uma surpresa para eles. Pegaram a via litorânea e dirigiram por mais de meia hora até finalmente chegarem à orla e irem até uma casa de praia super chique e sofisticada que ficava mais acima em uma elevação de terra.

Estacionaram na imensa garagem da casa e desceram do carro. O requinte do lugar só não poderia ser comparado à vista do imenso mar azul a frente, era de tirar o fôlego, visto através do pequeno muro que possibilitava ver todo o local. O jardim da casa era bem cuidado e todo no grama, com lindos enfeites e plantas e uma piscina com cascata.

Era mesmo uma outra mansão na praia. Liz apenas olhava tudo de forma natural, Lia podia ver que a riqueza e luxo não eram coisas extremamente relevantes para ela. Claro que a rockeira aproveitava muito bem do seu dinheiro, só uma idiota não o faria, mas não era a coisa mais importante para ela.

Luísa estava radiante, com roupas leves de praia, cabelo solto bem ondulado e usando óculos escuros.

— Meninos, comprei essa casa aqui na costa recentemente e vamos usar hoje a primeira vez. Ajeitei ela toda para nós. — Luísa falou para os filhos, abraçando-os. — Espero que gostem.

— A casa é perfeita, mãe — Vitória disse satisfeita ao ver a felicidade de Luísa.

— Claro que nós gostamos, dona Luísa — Tomás disse bem-humorado.

— Pedi que fizessem um almoço antes de irmos, vão se acomodar nos quartos que vamos dormir aqui essa noite.

— A senhora está com a corda toda hoje — Liz aproximou-se da tia, sorrindo e Luísa acabou puxando a sobrinha e Lia para um abraço.

— Estou muito feliz que tenham vindo passar a virada do ano conosco. — E depois olhando para Lia, complementou para que somente as duas escutassem. — Devo muito a você, Liana querida. Liz é outra pessoa desde que te conheceu.

A irritadinha sempre ficava muito feliz ao escutar aquelas coisas. Passado o momento sentimental, cada um foi para o seu quarto e se prepararam para sair. Ao descer as escadas junto da namorada, Luísa chamou Vitória, Tomás e Liz para conversarem a sós por um momento e Lia se obrigou a ficar os esperando na sala de jantar com Artur e Marina, a filha dele.

— Você é namorada da senhorita Lisandra? — Artur lhe perguntou de forma educada e deu um gole em seu suco.

— Sim, sou — disse simplesmente e sorriu educada, não sabia mais o que dizer, sempre foi péssima em puxar assunto.

— Luísa está muito feliz que vocês estejam aqui hoje

— Estou mesmo percebendo a animação dela. Gostei de vê-la assim

— Espero que os filhos dela não se importem com minha presença — Artur declarou um pouco inseguro.

— Os meninos só querem a felicidade da mãe, não se preocupe — Lia tentou animá-lo. Ele parecia ser mesmo um bom homem, confiava no gosto de Luísa.

Após alguns minutos, os quatro surgiram na sala juntos e sorrindo animadamente com Liz trazendo o violão a case preta dela. Lia pode ver como o bonitão suspirou aliviado ao seu lado. Logo todos estavam se fartando na refeição que as empregadas estavam trazendo, todas comandadas por Sílvia, a quem Liz lhe contara que era uma funcionária antiga e de muita confiança da tia.

No almoço, forraram bem o estômago com aqueles frutos do mar deliciosos que foram servidos, desde peixe à delícia até camarão e ostras. Também aproveitaram para se hidratar com bastante suco natural. Lia não podia ficar mais feliz, adorava frutos do mar e jamais iria recusar aquela fartura.

Depois da refeição, Luísa mostrou a casa rapidamente para que não perdessem tanto tempo e pudessem aproveitar a surpresa que ela preparava. A casa ficava em cima de um morro de lá se podia ver a praia, por isso, eles foram descendo uma imensa escada de pedra branca que os levaram até uma casa de barcos que lá havia, já tendo acesso à praia, era perfeito.

— Comprei essa casa com o intuito de aproveitarmos tudo isso — Luísa parou na porta e apresentou o imenso galpão a eles.

Lia viu uns dois tipos de lanchas diferentes, três jet-skis e o mais imponente de todos, um iate grande e superluxuoso. Liz parecia bem surpresa ao seu lado e soltou um assobio, apreciando o barco lindo e imponente que já estava dentro da água, sendo devidamente preparado para zarpar.

— Uau! — Vitória exclamou admirada. — É muito mais lindo que o antigo que a gente tinha.

— E bem maior — Tomás concordou ao seu lado.

— Me permiti fazer essa compra. Nós merecíamos passar o dia de uma forma bem diferente hoje.

— Tia — Liz se pronunciou e abraçou-a. — A senhora merece tudo isso. Trabalha muito. Tenho certeza que o dia será ótimo.

— Obrigada, minha menina.

Luísa agradeceu e com um sorriso ainda mais largo, convidou a todos para irem a bordo do iate. Lia estava nervosa. Se sentia ainda com mal-estar da bebida e tinha medo de enjoar. Já havia feito passeios de barco antes com seus pais em viagens e sabia como balançava. Talvez deveria voltar para casa e esperar por eles. Liz aproximou-se quando viu sua hesitação e abraçou-a carinhosamente.

— O que foi, irritadinha?

— Estou com medo de enjoar, você não está com mal-estar por causa da bebida?

Liz sorriu carinhosamente e lhe deu um selinho. 

— Não se preocupe, Lia. Eu garanto que você não vai sentir nada. Barcos assim mal se mexem e são extremamente confortáveis. Tenho certeza que o iate está bem equipado e que tem remédio para enjoo. Vamos!

Lia sabia que fazia sentido o que ela dizia e resolveu confiar nela. Finalmente subiram e logo estavam zarpando e se afastando da casa dos barcos. De fato, Lia mal sentia o movimento das leves ondas que faziam. Elas estavam no mar, mas em uma parte sem ondas e mais tranquilo.

O iate era muito luxuoso também. Lia ficou besta, nunca havia visto um de perto e estava surpresa em ver como parecia uma casa por dentro. Era um barco branco de um andar e bem amplo. Havia uma mesa grande no meio dele, caso fossem feitas refeições ali. Lia pôs seus óculos escuros e junto de Liz, começaram a explorar o local, depois de Luísa os deixarem à vontade.

— Meninos! — Luísa disse antes que todos se dispersassem. — Temos um guia também conosco que também é capitão. O senhor Guilherme. Ele vai nos explicar o percurso de hoje. E esse é o Sr. Luiz que também irá nos ajudar.

— Boa tarde a todos e a todas. — Cumprimentou o capitão educado e gentilmente. Ele era um moreno lindo e bem jovem, vestindo uma roupa branca com aquele chapéu de capitão mesmo. — Me chamo capitão Guilherme e nós vamos navegar por uma hora mais ou menos até chegarmos em uma ilha mais à frente que tem umas piscinas naturais incríveis onde poderão nadar bastante. — Ele voltou-se para o rapaz ao seu lado, apresentando-o. — E este é o Luiz, o imediato no iate hoje.

— Boa tarde a todos e sejam muito bem-vindos a bordo — cumprimentou também muito cortês. — Hoje está um lindo dia de sol e o mar está bem calmo. Temos tudo para fazer um passeio bem agradável.

— Bem, é isso. Qualquer coisa estaremos aqui no leme para tirar dúvidas, ok? —Eles voltaram para o timão e com bom-humor, voltou a dizer. — A tripulação está liberada agora.

              Todos começaram a rir e foram de dispersando aos poucos. Tomás foi para o andar de cima com Marina, Luísa e Artur foram para o interior do iate e Liz pegou na mão de Lia e quando as duas iam saindo, Vitória chamou pela rockeira.

              — Oi prima!

              — Será que a gente pode conversar um pouco sobre uma coisa?

              — Claro, pode falar!

              — Será que poderia ser à sós? — Vitória a olhou com aqueles lindos olhos azuis e sorriu. — Prometo que já te devolvo ela, pode ser?

              Lia sorriu e afirmou com a cabeça.

              — Vou dar uma volta por aí.

              Lia afastou-se dando privacidade ao assunto das duas, mas estava curiosa, porém, ficava mais do que feliz e satisfeita em ver a namorada se reaproximando da família. Vez ou outra olhava de soslaio para onde elas estavam, sentadas ao lado uma da outra em umas espreguiçadeiras, Liz a ouvia atentamente. “Que assunto é esse?!” pensou curiosa. Com certeza a namorada lhe contaria tudo depois...

***

Pov Liz

              Vitória parecia ansiosa quando a chamou para conversar. Nunca a vira nervosa daquele jeito. As duas se afastaram de Lia e sentaram-se em espreguiçadeiras confortáveis. O sol acima, as iluminava e aquecia perfeitamente.

              — O que foi que aconteceu? — perguntou sem rodeios e preocupada. Estava convivendo tanto com Lia, que estava se tornando impaciente e muito sincera.

              Vitória apenar sorriu e pôs uma mexa atrás da orelha.

              — Não se preocupe, prima. Não é coisa grave é só que ultimamente estou me sentindo tão confusa. Só tenho coragem de falar sobre isso com você.

              — Confusa em relação a quê?

              — Bem, é complicado dizer isso assim — A loira encarou o chão e suspirou. — Me diz, como foi que você se deu conta de que curtia garotas?

              Liz parou por alguns segundos atônita e quando percebeu o que seria o possível assunto, teve vontade de rir, mas controlou-se ao ver a incerteza da prima.

              — Ah... olha Vi, eu sei lá... — Não sabia mesmo como explicar. — Eu simplesmente sabia. Eu sempre soube que gostava. Desde cedo eu comecei a observar e admirar mais as mulheres do que os homens, mesmo que fosse de uma forma inocente. E aí por volta dos meus treze, quatorze eu comecei a ter certeza que tinha atração por meninas e nada por meninos, só amizade.

              — Sério mesmo que nunca nem beijou um garoto? — A prima perguntou surpresa. — Quer dizer, eu sei que você se assumiu bem nova e tal, mas eu achei que já tinha ficado com garotos antes.

              — Não — Liz sorriu do absurdo que ela pensava. É claro que jamais havia ficado com homens. Nunca mesmo e nem tinha vontade. — Eu nunca tive vontade ou curiosidade de ficar com algum. Homens para mim só amizade mesmo. Mas por quê está perguntando isso?

              Vitória encarou o chão mais uma vez e mordeu o lábio parecendo incerta.

              — Não sei — Ela soltou um sorriso nervoso. — Eu estou parecendo uma idiota.

              — Você está se sentindo atraída por garotas, é isso?

              A prima respirou fundo e ficou olhando para as próprias mãos. Liz conhecia bem aquela timidez, já havia passado por isso antes.

              — Liz, não é simples assim. Eu sempre gostei de rapazes, sempre. Já fiquei com vários e gostei, mas sei lá... ultimamente eu estou com uns pensamentos estranhos — Ela suspirou pesadamente e continuou: — Eu nunca vi as meninas com outros olhos, mas agora... eu estou mesmo me sentindo atraída por uma.

              Liz sorriu com o mistério todo dela para falar. Não poderia mentir que estava surpresa com a declaração dela.

              — Você está falando sério, Vi?

              — Estou, eu juro! Só consigo pensar naquela menina... nossa!

              — Mas como isso aconteceu? Vocês ficaram?

              — Não — respondeu de prontidão e depois limpou a garganta. — Quer dizer, não ainda, pelo menos. A gente se conheceu mês passado, eu estava em uma balada com meus amigos lá em Nova York e a gente se conheceu. Ela é brasileira e também mora lá.

              — Uau! Que coincidência, mas quem é ela? Como foi que rolou esse clima?

              — Jeniffer, o nome dela. Temos amigos em comum lá. Numa balada dessas qualquer nos apresentaram e logo a gente começou a conversar. Foi quando descobrimos que éramos brasileiras. Ela é mais velha que eu e muito interessante. Durante o resto do mês a gente ficou se esbarrando sempre por aí e eu percebi uns olhares diferentes vindo dela, como se estivesse flertando comigo. Não era a primeira vez que uma menina dava em cima de mim, mas é que foi diferente com ela. Me atraiu completamente.

              — Sempre tem aquela pessoa que pega a gente de jeito, não é? — Naquele caso, Liz sabia muito bem o que a prima queria dizer.

              — Eu que o diga! É o jeito decidido dela, ela tem umas opiniões fortes e ela é tão segura de si. Aquele olhar dela... Jesus! Acho que estou bem fodida. Não sei o que pensar, prima. É sério!

              — Não precisa ficar assim. Não tem que complicar as coisas. Fica com ela se essa é a sua vontade.

              — Mas eu nunca me senti assim antes. Meu Deus, eu achei que era hétero.

              Liz soltou uma gargalhada. Ela estava parecendo Lia quando começou a ficar interessada em si, dizendo que não era lésbica e fugindo, mas entendia. Era uma reação natural.

              — Por que está rindo? — Vitória ralhou. — Estou aqui desesperada e você aí se acabando de rir.

              — Desculpe, Vi. É que você estava parecendo a Lia agora, toda neurótica. Olha, não precisa complicar as coisas.

              — Ei... como assim parecida com a Lia?

              Lia pôs-se a contar de forma resumida, de seu envolvimento com a irritadinha, principalmente nas paranoias que ela tinha no começo.

              — Poxa, por essa eu não esperava — A prima comentou. — Eu pensei que ela sempre tinha sido lésbica. Tipo você, que sempre foi decidida e tal.

              — Não, ela era “hétero”. Se bem que essa coisa de rótulos é besteira na minha opinião. E já que você se preocupa com essa coisa de se auto rotular, então você pode ser bi e gostar dos dois, não tem problema nenhum.

— Eu não sei mesmo o que pensar. Estou confusa, prima.

— Vi, não complique as coisas. Escuta só, esse é o meu conselho: Não surta antes do tempo. Se você está mesmo a fim de ficar com ela, fique! Experimente e veja se gosta.

— E se eu gostar? — Ela parecia receosa e ansiosa.

— Se você gostar é só aproveitar, ora! — Liz disse como se fosse a coisa mais óbvia. — Só curte o momento e a pessoa que está com você, independente de rótulos ou sex*.

— Você faz parecer fácil — A loira confessou. — Sei que você teve já tantos problemas no passado e tudo mais, mas eu sempre gostei do seu jeito decidido e destemido.

— As coisas não são fáceis, nunca! Mas temos que arriscar, não é? Viver é a melhor coisa do mundo. Olha só para mim, nunca quis compromisso sério, mas ainda bem que dei uma chance a Lia.

— Concordo demais com você — A loira suspirou já parecendo mais conformada e tranquila. — A Lia te adora. Dá para ver nos olhos dela. Você tem sorte.

— Tenho mesmo! — Liz sorriu apaixonada e olhou para onde Lia estava mais a frente, sentada em um sofá confortável.

— Bem, deixa eu te liberar para você curtir o passeio com o amor da sua vida, então.

A rockeira ficou um pouquinho sem graça com a frase, mas tratou de disfarçar. Já era mesmo de conhecimento geral o que ela sentia por Lia, não havia dúvidas.

— É, deixa eu ir lá ficar com ela.

— Ok — Vitória sorriu simpática. — Obrigada pela conversa, prima.

— Por nada, Vi. Eu espero ter ajudado ao menos um pouco.

— Ajudou sim, muito obrigada.

Liz voltou ao encontro da namorada, sorrindo consigo mesma da preocupação da prima, se bem que entendia aquela preocupação dela. A sociedade ainda era um lixo com as relações homo afetivas e ter medo era natural, infelizmente.

— Oi — Cumprimentou Lia, agarrando-a por trás e beijando atrás de sua orelha. Sorriu quando viu-a se arrepiar.

— Oi — A namorada virou-se para ela e as duas se abraçaram.

— Vamos conhecer o iate? Dar uma volta por aqui?

— Vamos! — Lia concordou prontamente.

Foram juntas e de mãos dadas apreciar a vista da imensidão azul ao redor e conferir o luxo do iate, o que não foi nenhuma surpresa. Por dentro ele parecia um apartamento de luxo, devidamente equipado e mobiliado.

Por fim, elas foram para o térreo do barco para apreciarem o mar mais de perto e lá chegando um detalhe na ponta do iate chamou a atenção da namorada que a puxou até lá. A borda grande estava revestida por redes de proteção e logo abaixo podia ver a água.

— Vem cá! 

Liz puxou-a sapeca e as duas caíram abraçadas em cima da rede. Por sorte o tecido era bem resistente e aguentou o impacto da queda. As duas começaram a gargalhar juntas. A rockeira simplesmente amava esses momentos descontraídos com a namorada. Era bom estar daquela forma com ela depois de tanto drama.

— Você é doida, Liz – A irritadinha, deitou-se sobre o seu peito e lhe deu um selinho.

— Você adora que eu seja doida.

— Adoro mesmo – concordou sorrindo. – Eu pensei que a gente ia cair no mar.

Liz deu uma risada gostosa e puxou para cima de si totalmente.

— São redes de proteção. São bem resistentes.

— Olha só isso!

Liz olhou para trás na direção que ela olhava e viu o mar passar bem atrás de si velozmente. Era lindo e mais lindo ainda poder desfrutar daquilo com ela. Podia até sentir os leves salpicos da água em suas costas. Amava ter contado com o mar.

— Vou tirar essa roupa.

A rockeira tirou sua regata preta e o short jeans rasgado, ficando apenas de biquini. Imediatamente percebeu o olhar guloso de Lia para o seu corpo e aquilo a acendeu.

— Gosta do que vê? — Provocou-a sensualmente.

— Com certeza! — Respondeu da mesma forma e começou a retirar as próprias roupas.

Foi a vez de Liz babar com a visão dela se despindo lentamente. De forma automática, lembrou-se dela se tocando na noite passada, deixando-a louca. Pra variar, um tesão louco lhe tomou e seu sex* pulsou. Assim que Lia ficou apenas de biquini, aproximou-se dela e abraçou-a.

— Será que eu já disse o quanto você é linda?

— Hoje não.

Liz sorriu e as duas se beijaram com vontade já deitadas sobre a rede e com o mar bem abaixo delas. Era um momento único e incrível. Tiveram que se controlar nas carícias para não se animarem demais, afinal, não estavam sozinhas ali. Depois de algum tempo trocando carícias, Lia começou a puxar conversa.

— O que a Vitória queria?

— Ah! — Bem lembrado, precisava mesmo falar com ela sobre aquilo. — Ela me chamou para dizer que estava se sentindo atraída por outra mulher e não sabia o que fazer. Queria conselhos.

— Sério?! — Lia sorriu. — Acontece quando a gente menos espera mesmo.

— Eu comentei que você surtou também quando começou a se interessar por mim.

Lia sorriu envergonhada e olhou-a.

— Eu jamais teria chance contra isso — A irritadinha declarou. — Foi a coisa mais forte que já senti em toda a minha vida.

— Eu também nunca senti nada assim, antes.

— Nem mesmo pela tal Cíntia? — Revidou enciumada.

— Qual é, Lia! — Exclamou irritada. — Eu já disse que nunca me senti assim. Nem pela Cíntia e nem por mais ninguém. Será que algum dia vai acreditar em mim?

A namorada ficou calada por alguns segundos e desviou o olhar do seu, parecendo irritada. Elas continuaram deitadas e caladas por algum momento. Liz suspirou e muniu-se de paciência. A última coisa que queria era que brigassem por causa daquela mulher maluca. Estava um passeio tão perfeito e em um lugar tão lindo, apenas queria ficar de boas com ela.

— Linda, por favor, não quero discutir. Vamos aproveitar esse passeio em paz. Está tudo tão perfeito.

— Tudo bem, desculpe — Lia balançou a cabeça como que para espantar os pensamentos indesejados. — É só que... às vezes me sinto insegura.

Ouvir aquilo lhe machucou. Se Lia se sentia insegura era porque estava fazendo algo errado, o que não entendia, pois pensava que estava fazendo tudo o que podia para demonstrar o quanto ela significava em sua vida.

— Insegura por quê? — Queria mesmo entendê-la. — O que eu estou fazendo de errado?

— Talvez não seja você. Talvez o problema seja eu mesma.

— Mas é isso que eu não entendo. O que eu posso fazer para você se sentir mais segura?

Lia olhou-a emocionada e debruçou-se totalmente sobre seu corpo, beijando-a ternamente. Liz deixou-se levar pelo momento e abraçou-a pela cintura de forma possessiva. Queria tanto que ela soubesse o quanto significava para si e que nada nem ninguém iria lhes afastar. Não conseguia mesmo imaginar a sua vida sem ela.

— Desculpe por esse sentimentalismo todo.

— Ei... — Liz distribuiu beijinhos por sua face e encheu de dengo. — Não precisa se desculpar por nada, minha linda. Só preciso que confie mais em mim.

— Eu confio! — Lia beijou-a mais uma vez e com um lindo sorriso, deixaram aquela conversa de lado.

 Elas passaram um bom tempo ali, conversando e trocando carinhos, estava perfeito. E ficou ainda mais quando começou a tocar música no iate. Sua tia havia mesmo pensado em tudo. No entanto, eram as músicas da sua tia, então era uma longa playlist com Bossa Nova e MPB antigas e iam disso até a internacionais dos anos 80 e 90, até mesmo música italiana.

Em determinado momento, a música “Imbranato” começou a tocar e Lia animou-se toda, dizendo amar aquela.

— Essa música é perfeita! — declarou sorridente. — Bom gosto a sua tia tem e muito.

Liz sorriu com a empolgação dela.

— Ela tem sim. Eu concordo, essa música é perfeita mesmo.

— Você já viu a tradução dela?

— Não, o que ela diz?

Lia sorriu sapeca e olhou-a.

— Ele conta que tudo começou apenas por um capricho e que só queria sex*, mas que acabou se apaixonando de verdade e agora quer algo sério.

Liz refletiu por um tempo e se concentrou na canção, tinha que admitir que a letra era linda mesmo e até se identificou bastante, já que sua história com Lia havia acontecido praticamente da mesma forma.

— Essa história não me parece estranha — A rockeira tirou brincadeira com Lia, que sorriu abertamente com as lembranças. Com certeza ela estava pensando o mesmo.

— Era isso mesmo que eu estava pensando.

Depois de algum tempo navegando pelo mar, Luísa chamou a todos para fazerem um brinde e comemorar mais uma vez por estarem todos juntos. Liz se sentia mesmo bem e feliz por ter aceitado passar aquele momento com ela e só assim percebeu o quanto já havia se afastado dela por tanto tempo. Iria mudar aquilo, precisava da tia e até mesmo dos primos em sua vida, não mais iria se afastar, estranhamente aquele medo do passado estava se distanciando.

Luísa pediu que tocasse um pouco de violão e desligou o som. Liz não se fez de rogada e logo retirou o instrumento da case, era sempre bom tocar, se sentia mais leve e feliz. A rockeira os agraciou com lindos pedidos de música até que finalmente chegaram em um local que ficava próximo aos corais e onde haviam algumas piscinas naturais, apesar de que não era tão raso assim. Entre champagne, brincadeiras e muita diversão todos caíram no mar para se refrescarem do sol incrível da tarde.

Vitória, Tomás e Marina usaram cilindros para mergulharem mais a fundo, guiados pelo capitão que também era mergulhador. Tia Luísa e Artur ficaram juntos perto dos corais e ela e Lia se afastaram um pouco mais e ficaram coladinhas aos beijos, com Liz sempre provocando-a e vez ou outra tocando-a por dentro do biquíni, deixando-a completamente louca.

Depois da noite passada, Liz só conseguia pensar em repetir a dose, Lia lhe deixou com um gosto de quero mais se mostrando tão dominadora e safada, queria logo voltar para o quarto com ela...

***

Pov Lia

Eles voltaram do passeio já quase ao anoitecer. Apenas esperaram pelo pôr-do-sol para darem o dia por encerrado. Quando chegaram na casa, uma janta com frutos do mar os esperava novamente. Lia tinha que admitir que estava adorando passar aquele momento com a família de Liz, nem podia acreditar que já iria comer camarão novamente.

A variedade da janta estava ainda maior, com camarão, caranguejo, ostras e lagosta, todo o cardápio havia sido estrategicamente elaborado e todos os pratos foram servidos com vinho branco próprio para frutos do mar, tudo estava uma delícia.

Mesmo com o cansaço do dia, ela e Liz não conseguiram resistir ao tesão que as consumia. Era o desfecho perfeito, para um dia perfeito...

Elas passaram mais um dia na casa de praia e dessa vez, andaram na lancha e nos jet skis também. Era incrível como Liz conseguia fazer de tudo, ela pilotava o jet ski maravilhosamente bem e Lia aproveitou-se para andar agarradinha na cintura dela. Foi mais um dia incrível e lindo ao lado da família Vargas.

Pela noite ela finalmente recebeu uma mensagem do irmão, querendo saber quando ela iria voltar para casa. Os dois aproveitaram para conversar bastante antes que a janta fosse servida e ele lhe confidenciou que as coisas estavam mais calmas e que o pai, de fato, estava mais propenso a aceitar o relacionamento das duas.

Em seguida ela falou com a mãe e garantiu que estava bem e se divertindo bastante com os familiares da namorada, mas não entrou em detalhes sobre todo o luxo esbanjado ou quem era a família de Liz, por algum motivo, não sentia que era a hora de jogar aquela informação ainda. Tinha medo de que os pais fizessem um julgamento errado dela, queria que eles a conhecessem bem primeiro e não por uma empresa.

No outro dia eles regressaram à mansão no condomínio. Era visível como todos estavam renovados depois daqueles dois dias incríveis na praia. Sem dúvida, Luísa havia se superado com a surpresa que preparou, até já sentia falta dos frutos do mar na janta.

Aquele foi um dia para descansar e, de fato, foi o que fizeram. As duas acordaram por volta do meio dia, almoçaram e relaxaram na banheira de hidromassagem junto de Vitória e Tomás. Elas trocaram risinhos cúmplices ao lembrarem da última vez que haviam usado aquela banheira, era melhor nem comentar.

No quarto à noite, Liz disse que achava melhor levá-la de volta para casa antes que seus pais começassem a reclamar de sua ausência. Era lindo ver como a namorada se preocupava e queria conquistar a confiança e aceitação de seus pais.

Com o recesso do fim do ano, Luísa não quis incomodar os pilotos do jatinho da empresa e elas acabaram voltando em voo convencional. Chegaram na cidade por volta das onze da noite e foram direto para o apartamento de Liz. Lia logo enviou uma mensagem para a mãe, avisando que chegaria no dia seguinte.

Vivi não estava no apartamento, ela havia viajado também para passar o final do ano com a família e ainda não tinha retornado. Lia ainda conferiu se Cris estava pela cidade, mas ela também estava com a família e Alberto estava com ela. Sendo assim, foi apenas ela e Liz o dia todo no apartamento dela.

Logo após o almoço, decidiram que era melhor encarar logo a estrada já que as vias estavam ainda super movimentadas com o final do ano. Na metade do caminho, Lia recebeu uma mensagem de sua mãe.

Mãe: “Estão vindo já?

Lia: “Sim, estamos. Chegaremos em uma hora mais ou menos”

              Mãe: “Ótimo! Estou aqui esperando pelas duas.”

              O coração de Lia parou e logo em seguida começou a bater de ansiedade e receio. Por que ela estaria esperando pelas duas? Suas mãos começaram a suar de nervosismo.

              Lia: “Aconteceu alguma coisa?”

              Mãe: “Não se preocupe. Apenas quero dar uma palavrinha com vocês duas. Até logo”

              Lia: “Até...”

              A irritadinha achou super estranho o comportamento da mãe e ficou séria por um longo tempo, até que Liz percebeu seu silêncio incômodo.

              — Aconteceu alguma coisa? — A rockeira parecia preocupada.

              — Sim e não. Mamãe acabou de mandar uma mensagem perguntando se estávamos perto de chegar. Disse que quer falar com nós duas.

              — Quê? — Liz ficou mais do que surpresa com a informação e depois sorriu vitoriosa. Ela era mesmo louca, rindo enquanto Lia estava apavorada. — O que mais ela disse?

              — Só isso! Eu sei que ela já parecia mais branda com a ideia de te conhecer, mas sei lá...

              — O que foi?

              — Não sei. Estou nervosa — confessou tímida.

              — Nervosa, por quê? — Liz acariciou sua coxa, tentando acalmá-la. — Isso deveria ser uma boa notícia. Ela pode mesmo estar querendo aceitar.

              — Eu tenho medo dela ou do meu pai fazerem ou falarem algo para te magoar.

              — Qual é, Lia! — A namorada era muito relaxada com tudo. Queria pelo menos metade da calma e paciência que ela tinha. — Deixa de ser pessimista, vai! E mesmo que eles façam algo contra mim, eu sei me defender, sou bem grandinha.

              — Eu sei disso, Liz. É só que...

              — É só que nada. Vamos pensar positivo!

              Lia apenas calou-se e concordou. Queria ter aquela leveza e segurança toda, era inacreditável. Com toda a certeza, Liz nunca havia sido rejeitada. Ela era querida e adorada por onde passava. Como não a amar? Só esperava que o feitiço caísse sobre os pais também.

              Despois de mais de uma hora na estrada, finalmente estacionaram o carro em frente ao portão de sua casa. Ela respirou fundo e apertou a chave do cadeado dentro de seu bolso. Era agora ou nunca!

              Liz ajudou-a a pegar sua mochila e quando estavam para entrar pelo portão, sua mãe apareceu de supetão na porta. Seu coração parou enquanto observava dona Nádia vindo decidida em direção às duas. Ela tinha uma expressão serena e calma, mas mesmo assim, Lia tinha medo.

              — Boa tarde, meninas! — Ela as cumprimentou assim que se aproximou e logo ela e Lia engataram um abraço caloroso, sob a vista ansiosa de Liz. — Feliz ano novo, meu bebê.

              — Feliz ano novo, mãe! — Lia resolveu ignorar o apelido idiota e revirou os olhos sem que ela visse.

              — Sentimos sua falta por aqui.

              — Também senti a falta de vocês.

              Depois disso ela percebeu o olhar da mãe voltado para Liz e vice-versa. O momento constrangedor havia chegado e nervosa, já estava para apresentar as duas, quando dona Nádia se antecipou:

              — Você dever ser a famosa Lisandra! — Falou de forma amável e estendeu a mão para Liz, que tinha aquele sorriso lindo e verdadeiro na face.

              — Olá senhora Alcântara, boa tarde! — Liz segurou de volta a mão dela e lhe deu um aperto firme e educado. — Famosa eu não sei, mas sou eu mesma. Não sabe a honra que é finalmente conhecer a senhora.

              Era incrível como Liz esbanjava seu charme de forma tão natural. Ou ela era mesmo um pouco exibida ou apenas uma cara de pau. Percebeu como a mãe ficou surpresa com a educação e naturalidade dela.

              — Também é bom conhecer você. Espero que tenham tido um excelente réveillon.

              — Foi sim e espero que por aqui tenha sido tão bom quanto — Liz aproximou-se de si e segurou sua mão. — Quero agradecer por ter deixado Lia passar esse momento comigo, foi muito importante.

              — Bem, não que eu tivesse muita escolha, mas por nada.

              Lia teve vontade de fazer uma careta com aquele pequeno fora, mas controlou-se. Liz era mesmo mais cara de pau do que pensava. Já ia intervir quando ela disse:

              — Peço desculpas por isso, senhora Alcântara. Por mim eu teria passado aqui com vocês, mas eu sei que não seria uma boa ideia ainda.

              Sua mãe ficou sem saber o que dizer e sorriu.

              — Mas enfim, espero que agora isso possa ir mudando aos poucos.

              — Eu também, com certeza. Se tem algo que eu prezo bastante é a relação de Lia com vocês, não quero que exista problemas entre nós, por favor! Farei o que estiver ao meu alcance.

              Dona Nádia sorriu satisfeita com as respostas de Liz e olhou para a filha.

              — Gostei mesmo dela — declarou de supetão, pegando as duas de surpresa. — Eu acabei de preparar um lanche e vocês devem estar famintas. Vamos entrar, por favor?

              Lia ficou estática por um momento. Se perguntou se estava imaginando coisas. Não acreditava que a mãe havia sido assim tão receptiva com a namorada. Ficou até sem saber o que dizer, mas Liz adiantou-se por ela radiante e sorridente.

              — Se não for nenhum incômodo, eu aceito sim.

              — Ótimo! — Nádia sorriu e virou-se indo em direção a casa.

              As duas se encararam, Lia descrente e Liz presunçosa.

              — Vamos?! — A namorada segurou sua mão lhe passando segurança.

              — Vamos!

              A irritadinha não teve escolha a não ser concordar e entrar na casa com o coração palpitando de nervosismo.

Será que o seu pai estaria tão de boas assim também?

 

Fim do capítulo

Notas finais:

N/A: Olá a todos e todas. Primeiro, quero pedir desculpas pela demora e espero que o capítulo compense pela demora.

 

E não esqueçam de comentar bastante.

 

Beijinhos!


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Comentários para 35 - Capítulo 35 - A família Vargas:
psherman42
psherman42

Em: 04/03/2020

Demorou, mas veio do jeitinho que a gente gosta hahahaha! Amei o capítulo e já me toquei na deixada que deu das duas falando sobre distância.... hmmmm, vem coisa por aí. Já pode vir o próximo!!

 

Ps: música vídeo "games", está escrito errado lá no texto. Bj.


Resposta do autor:

Fico feliz e aliviada que tenha compesado a demora, sei que estou demorando a atualizar ultimamente e peço até desculpas por isso.

Estou vendo que você tá bem antenada nas conversas, como autora, é muito bom ver que as leitoras estão tendo atenção a todos os detalhes. Vamos ver o que vai acontecer 👀

Olha só, coloquei o nome errado. Obg. Vocês me ajudam muito quando me dão esse feedback. Já consertei isso, muito obg😘😘

Desculpe a demora em te responder. Perdão mesmo.

Beijinhos e até o próximo. 

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Master
Master

Em: 04/03/2020

Nooooooossa muito bom adoro, a lia tá demais e agora heim a familia da lia vai aceitar a liz tomara que sim eles vão amar ela mesmo Não querendo e quando conhecerem a história dela vão adotar ela como filha também espero, querida autora não separa as duas não porque acho que a liz não vai poder viajar com a lia por causa da empresa ou pode ser viajem minha não sei, só deixa elas juntinhas.


Resposta do autor:

Eu tenho que concordar, a Lia está demais mesmo. Se soltando cada vez mais.

Olha, a Liz consegue cativar todo mundo, ela sabe como agradar as pessoas e sabemos que paciência ela tem de sobra. Vamos ver se ela consegue conquistar os sogrinhos queridos. Kkkkk

A questão do intercâmbio... será que Lia vai mesmo??? De facto, a Liz está cada vez mais balançada em tonar os negócios, isso seria incrível para a evolução pessoal dela.

Quanto as duas ficarem separadas... bem, a vida não é just e as vezes imprevisível, mas elas são completamente loucas uma pela outra, será que elas conseguem seguir em frente separadas??? Sabemos que às vezes não temos escolha. Fique por aqui para conferir isso comigo.

Obg pelo lindo comentário e perdão pela demora em te responder. 

Beijinhos😘

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josi08
josi08

Em: 04/03/2020

No Review

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 04/03/2020

Kkkkkkk.... ameiiiii... adoro essas duas... kkkk... elas sao lindas juntas.... agora eu sei que os proximos capitulos vão começar os problemas pq a Liz nao vai conseguir ir com a esquentadinha para o intercâmbio e nossa Lis eh osso... kkkkk... mas espero que elas sempre se entendam como se entenderam apois a velha louca da primeira de Liz... kkkkk... aquilo eh que eh reconciliação... kkkkkk


Resposta do autor:

Rsrsrs... de facto foi uma senhora reconciliação a que elas tiveram. Quem nunca? Kkk

Então, será que Lia vai pra esse intercâmbio??? Vamos ver o que vem a seguir.

Ultimamente as duas estão conseguindo se entender melhor cada vez mais. 

Reparou que elas mal brigaram nos últimos capítulos? Mas é aquela coisa, né?! Muita calmaria chega até a dar medo. Hehehe. 

A Cíntia apareceu para ser um agravante, será que Lia vai se deixar abalar por ela??

Obg pelo carinho e pelo lindo comentário e perdão por demorar a responder.

Beijinhos😘

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Aurelia
Aurelia

Em: 04/03/2020

Eu adoro capítulos assim cheios de amor e entrega, essas duas cada vez mais unidas, que momento maravilhoso vividos junta da família de Liz e agora é  a família da Lia, recepção interessante essa da mãe dela. Você demorou mas valeu muito a pena. Abraços e até a próxima. 


Resposta do autor:

Olá Aurélia querida🥰😘.

Sempre um prazer ver seus comentários por aqui.

Então, esse capítulos que tem hot, dão uma trabalheira de escrever, pelo menos eu acho. Kkkkk. Não gosto muito de escrever essas cenas, mas também as acho necessárias já que estamos falando de um romance, primeiro amor e tals... mas enfim! Esse foi que deu trabalho mesmo. Tinha que achar o ponto exato para a Lia se soltar mais ainda, sem perder a personalidade, e mostrar outras facetas dela.

É verdade, as duas estão construindo lindas memórias juntas e cada vez mais participando da vida uma da outra, dá gosto de ver.

Olha, até eu estou curiosa pra saber o que a Nádia vai aprontar. Não tinha planejado que ela já iria convidar Liz para entrar na casa e tudo mais, acredite, eu também fiquei surpresa, mas na hora que eu estava escrevendo pareceu o certo. Parece que elas é que vão ditando tudo e eu só copiando obediente. Rsrsrs

Fico muito feliz que a espera valeu a pena, mas espero não demorar mais tanto com o próximo. As coisas vão começar a acontecer agora. Eita... o que será que vem por aí?! 🤭😬

Beijinhos !

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