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Amor em dose dupla por Maya Silva

Ver comentários: 3

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Palavras: 3064
Acessos: 1082   |  Postado em: 28/02/2020

Samantha

Sentia os primeiros raios de sol aquecerem a minha pele como em uma carícia gostosa. Abri os olhos devagar e tive o vislumbre de uma silhueta contra a luz.

-   Olá?

A sombra foi se aproximando, apoiou um joelho entre as minhas pernas e se inclinou em minha direção. Podia sentir o seu corpo a centímetros do meu e era quente. Tentei falar algo, mas ela silenciou meus lábios e deslizou os dedos até as minhas bochechas. Eles percorreram meu pescoço e adentraram os meus cabelos enquanto ela ia se abaixando...vencendo todo o espaço que ainda havia entre nós...

-   Bom diaaaaaa florr do diaaaaa - Ouvi o barulho da cortina sendo aberta e um calor mais intenso tomou conta de mim - Novo dia, novas possibilidades. Acorda pra cuspir.

Se eu não estivesse com tanto sono provavelmente teria dado uma voadora nesse viado. Resolvi, então, fazer a única coisa prudente: resmunguei e virei de lado tentando me blindar do sol e daquela surra de auto-estima antes do meio dia.

-   Hhnnn...não...me deixa…

-   Na Na Ni Na Não… cadê a minha guerreira? Minha babuína albina?

Dei o dedo do meio pra ele.

-   Ai gata, não gosto! Brigada. Aliás, tá precisando cortar, eih? Tem que estar sempre pronta.

-   Não tô usando.

-   Ahhh, mas algo me diz que aqui você vai usar e muito. Vem, anda, o dia tá lindo. Quero te mostrar a cidade e onde vamos trabalhar.

“Como resistir a um convite pra bater perna?”

-   Aqui sempre faz frio? - saia fumaça da minha boca enquanto eu tentava aquecer as minhas mãos. Se o termômetro não batia 0° devia estar perto de tal façanha. - Queria te lembrar que sou do Rio, Pedro, não tenho roupa pra esse evento.

-   Calma, esse frio é só de manhãzinha e de noite. Fica mais quente ao longo do dia, mas vamos comprar umas roupas mais quentes pra você  -  Me olhou e eu estava com pelo menos 2 camadas de blusa, casaco e suéter - Miga, desculpa dizer, mas ‘cê tá parecendo um balão.

-   Eu só não vou te xingar agora porque eu tô morrendo de frio! Se você me ama, me leva right now pra um lugar que eu possa sentir as minhas mãos ao invés desses cubos de gelo.

Felizmente, não foi tão difícil encontrar. Haviam várias lojas com roupas de inverno para todos os gostos e os preços não variavam muito. Consegui comprar algumas peças chaves que poderiam combinar com o que eu já tinha, dentre elas uma jaqueta preta de couro legítimo, L-E-G-Í-T-I-M-O, que teria custado uma fortuna no Rio. Comprei também uma bota de salto baixinho e meias grossas. Com meu Kit de sobrevivência pronto, consegui aproveitar melhor a cidade. Uma garota de pés e mãos quentinhos não quer guerra com ninguém.

Conhecer o centro da cidade até que foi interessante. Pedro ia me apresentando para todas as pessoas nas lojas em que entrávamos “Esse é o nosso marketing aqui”  e eu tentava cumprimentá-los com a minha melhor cara, agradecendo e tentando ser o mais simpática possível até que aconteceu...

Foi na padaria, quando passamos para comprar alguns sonhos de doce de leite que adorávamos. Pedro me contou que eram de um casal. O marido era padeiro e sua esposa ficava no caixa cuidando da administração.

-   Vai indo na frente que preciso passar rapidinho na farmácia.

Fui entrando e uma morena de meia idade apareceu dos corredores.

-   Bom dia, posso ajudar? - Ela limpava as mãos em um avental. Sua camisa em um decote V exibia boa parte do sutiã de renda. “É intencional isso?”

-   Ér...bom dia! Estou procurando sonho de doce de leite.

-   Doce de leite é? - Ela me olhou de cima a baixo -  Você não é daqui - “Constatação óbvia”.

-   Agora sou. - “O que eu poderia dizer?”

Ela me olhava de um jeito estranho.

-   Interessante…- ela umedeceu os lábios - Me siga que..eu vou te dar os sonhos.

Cara, muito estranho isso, mas a segui de qualquer forma. Só de pensar nos sonhos a minha boca já aguava. Ela me guiou até os fundos da padaria e apontou uma porta. Eu achei estranho, mas entrei. Parecia uma espécie de depósito. Ela me seguiu logo depois, trancou a porta e virou pra mim. “Será que é aqui que vou morrer?” Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ela me empurrou em direção à parede. Aquilo me pegou de forma tão desprevenida que não tive reação.

-   Toma..engole esses docinhos de leite - Falou sensualmente puxando o sutiã pra baixo. “Deve ser para isso que usava esse decote V cavado”

-   Er, moça..senhora..sei lá.. eu..não era esse tipo de doce de leite que eu tava falando - Tentei desvencilhar dos beijos que ela dava no meu pescoço.

-    Garanto que o gosto desses é muito melhor. - Colocou minhas mãos de encontro aos seus seios. Meu coração deu uma leve acelerada e a minha boca ficou seca. Já fazia algum tempo que eu não provava uma mulher.

-   Carlaaaaaa - Alguém gritou em algum lugar. Ela rapidamente se ajeitou e sorriu pra mim de um jeito safado.

-   Você tem uma dívida aqui.. - apontou os seios - Nem preciso falar que isso nunca aconteceu, não é?

Ela destrancou a porta e sumiu de vista. Olhei para os lados como quem tinha acabado de cometer um crime e sai o mais rápido que pude. Encontrei Pedro do outro lado da calçada falando com alguém. Tive que passar por mais uma sessão de apresentações.

-   Que cara é essa? Tá mais branca que o normal.

-   Cara...caralh*...aconteceu...a coisa mais bizarra que já poderia ter acontecido…

-   Bicha, você tá me assustando..fala logo… o que houve?

-   A mulher do padeiro me pegou..do nada...me mostrou os peitos.. - Eu estava hiperventilando. Era uma história meio maluca quando falada em voz alta…

-   Viadoooo.. como assim? Sério? Do nada?  - Ele arregalou os olhos

-   MUITO SÉRIO!

-   E você?

-   Eu..eu sei lá..fiquei sem reação na hora. Não posso ser hipócrita de dizer que não mexeu comigo, mas toda a situação era bizarra demais.

-   Não faz sentido mesmo.. o que foi que você falou quando a viu?

Contei tudo o que aconteceu desde a hora que entrei até o final e o olho dele arregalava cada vez mais.

-   Preciso de um café pra pensar melhor, mas não de qualquer café.

Não querer qualquer café significa que quer o café mais forte que conseguirem fazer e que provavelmente só ele é capaz. Consiste em 99% pó e 1% de água.

-   Aqui está, bem quentinho e pronto pra nos fazer correr euforicamente os próximos 15 km.

-   Você quer me fazer ter um ataque cardíaco isso sim..

-   Não, você que quase me fez ter um quando falou daquela mulher bizarra. Apesar dela ser gostosona eu jamais veria as coisas dessa maneira.

-   Se você não faz idéia, imagina eu. - Era loucura demais e já estava prestes a dar pane no sistema - Podemos falar um pouco sobre outra coisa?

-    Claro, amiga. Vamos aproveitar que estamos aqui na clínica, vou te mostrar tudo.

Ele foi me mostrando os consultórios, a recepção, a área de cirurgias e de recuperação. Foi uma emoção muito bonita ver todo o cuidado em fazer tudo do jeitinho dele. O orgulho batia forte.

-   O que achou? - Parecia ansioso.

Dei uma nova olhada ao redor e o encarei.

-   Perfeito..como tudo que você faz. Estou muito orgulhosa - O abracei.

 

✽✽✽

-   Nãããããããooooo - Leo ria sem parar - Não acreditooooo. Eu deveria ter comentado isso com você Ali, mas como eu iria imaginar?

-   Como assim, amor?

-   Ahh, ela trai o marido.

-   Tá, até aí conseguimos concluir - Pedro falou ironicamente.

-   O que você disse pode ser algum tipo de código ou mensagem subliminar para as amantes ou, neste caso, para sapatas indefesas. - brincou.

-   Você é muito idiota. Aliás, vocês dois são - Eu disse.

-    Ah flor, fala sério! Ruim seria se você tivesse sido atacada pelo marido dela. Isso sim seria o pesadelo de qualquer sapatão raiz como você. Além do mais, a mulher do padeiro é uma morenaça. Até eu viraria um pouco hetero.

-   Ei - Leo tacou a almofada mais próxima em Pedro e achei graça. Eles tinham a sintonia própria de um relacionamento baseado em muita parceria e amizade.

-   Ela é linda mesmo, mas a situação como um todo é um pouco estranha. Acho que nunca mais vou encarar um sonho da mesma maneira.

-   É verdade, agora o sonho vai ter gosto de teta. Eca, acho que agora nem eu vou conseguir encarar isso numa boa mais - Pedro fez uma cara de nojo seguido por Leo.

-   Amiga, você já veio com tudo pra cidade eih. Mostrou pro que veio.

-   Isso porque eu tô na minha, imagina se eu não estivesse.

-  Relaxa linda, você é a novidade do momento. Logo vão cansar, mas até lá, aproveite - Leo piscou pra mim.

Esbocei um sorriso e desviei o olhar para observar a paisagem pela janela da sala. Não muito longe, havia uma área cercada por muitas árvores. Tudo bem que o local em si era abarrotado delas, mas aquela área em especial parecia uma espécie de parque e como se decifrasse os meus pensamentos, Pedro se aproximou dizendo:

-   É o parque ecológico. Você vai adorar esse lugar.

-   Acho que vou aproveitar para me exercitar um pouco.

Com toda essa confusão de mudança, não havia tido a oportunidade de me exercitar e aquela cidade emanava um certo frescor, criando um estímulo para atividades ao ar livre. O verde e as árvores traziam um ar nostálgico.

-   Vou dar uma volta no parque - Anunciei por fim.

-   Gostaria de companhia? - Pedro perguntou.

-   Não é necessário. Quero praticar um pouco e preciso de um tempo sozinha, espero que não se importe.

-   Claro que não meu amor, Leo não vai ficar chateado.

-   Leo? como assim?

-   É ué. Eu ofereci ele pra te acompanhar. Prefiro curtir a natureza dentro de uma sala de vidro e de preferência com um belo vinho. - Respondeu marotamente.

-   Às vezes você é preguiçoso que me envergonha. - A voz de Leo veio da cozinha e, pelo barulho das panelas, deveria estar começando a fazer o almoço. Era melhor eu me apressar antes que o cheiro da comida começasse a surgir.

Apesar do frio matinal, o avanço das horas trazia consigo o aumento da temperatura e da minha gratidão de carioca friorenta. Ainda assim, era possível sentir o contraste do ar gelado que entrava nos pulmões com o calor que emanava do meu corpo após alguns minutos de corrida. Me sentia completamente absorvida pela música que saia do velho IPod e sequer prestei atenção ao lugar em si, apenas no trecho que precisava percorrer. Correr me trazia essa sensação de suspensão, de forma que a única preocupação estava apenas em avançar cada pedaço do caminho e todo o mais se dissipava. Era uma espécie de meditação em movimento. Talvez fosse por tudo isso que mencionei anteriormente ou porque realmente sou distraída, mas quando percebi, havia tropeçado em algo e, mesmo tentando recuperar o equilíbrio, acabei caindo em uma espécie de lago. A surpresa pelo acontecido acabou não sendo maior do que encontrar o motivo da queda: Argos. Aquela bola de pêlos nadou até mim e começou a me puxar pela blusa em uma tentativa de resgate. Teria sido engraçado se eu não estivesse tentando entender o que havia acontecido ali.

-   Ei! Você está bem? Se machucou?- Ouvi a voz de uma garota.

-  Não, estou bem. Foi só um susto - respondi enquanto nadava pra margem com Argos ainda tentando me resgatar.

 Quando cheguei na borda, a garota, que já havia me alcançado, me ofereceu a mão e eu prontamente aceitei. Quando levantei o rosto para agradecer, reparei que era Hannah. É claro, só podia ser ela, já que Argos estava ali.

-   Desculpe por isso, ele estava muito empolgado em pegar a bolinha - Apontou o meu salvador que ainda estava decidindo se mordia o objeto ou se sacudia os pêlos.

-  Não tem problema, eu devia estar prestando mais atenção, mas acabei me distraindo. - Sorri tentando tirar o excesso de água das roupas. - Aliás, queria aproveitar e me desculpar por ontem.

-   Por ontem? - Ela fez uma cara confusa e com um sorriso levemente safado falou - Acho que está me confundindo. Eu com certeza lembraria de você - Terminou fazendo uma rápida avaliação visual.

-   Falei com você ontem no restaurante, não se lembra? - Perguntei. Ela estava agindo estranho, parecia outra pessoa.

-   Ah é, no restaurante, isso. Tinha me esquecido. Tudo bem, eu te desculpo com uma condição - disse.

Continuei tentando entender aonde ela queria chegar com aquele papo sem pé nem cabeça e fiz uma expressão como quem diz “continue…”. Ela, por sua vez, me encarou demoradamente.

-   Quero um beijo no rosto - Lançou com um meio sorriso que por sinal era super charmoso.

Algo nela estava diferente e, mesmo assim, não conseguia entender o quê.

-   Tudo bem - respondi por fim.

Um beijo no rosto não teria nada demais. Afinal, pessoas conhecidas se cumprimentam assim o tempo todo. Me aproximei para dar o beijo e, por algum motivo que não busquei entender, sentia meu coração começando a acelerar. Já podia sentir o calor da sua pele quando ela, em um rápido movimento, virou  o rosto, fazendo nossos lábios se tocarem. Não durou muito, foi só o tempo de eu perceber e reagir.

-   Você ficou doida?

-   Não, por quê? - Sorriu divertida - Eu pedi um beijo no rosto e pelo que sei, a boca faz parte dele.

-   Hannah, não estou te reconhecendo.

-   Porque eu não sou a Hannah, sou Samantha, a irmã dela.

Oi? Pera, pára o mundo que eu vou descer. Hannah e a irmã são gêmeas? Meu cérebro começou a trabalhar feito uma máquina, ligando os pontos e percebendo as diferenças no jeito de se vestirem, de falarem, de se comportarem...como não havia pensado nisso antes?

-   Então...vocês são…

-   Gêmeas.

Passei as mãos pelo cabelo molhado em um claro sinal de inquietação que não passou despercebido.

-   Ei, tá tudo bem? - Ela se aproximou e esfregou os meus braços - Você está tremendo. Vem, vamos te esquentar senão vai pegar um resfriado.

A palavra resfriado me fez sair do transe. Não tinha tempo de ficar doente agora.

-   Estou bem, só fiquei surpresa mesmo. Desculpa, eu não sabia.

-   Eu também não colaborei muito, não é? - Ela passou o braço pelo meu ombro enquanto o  outro continuava esfregando o meu em uma tentativa de aquecimento. - Vamos até a pick-up, eu tenho uma toalha lá para casos de emergência.

-   Então você manda o cachorro derrubar garotas no lago propositalmente? - Ri já sentindo a minha boca começando a tremer.

Ela sorriu gostosamente e brincou:

-   Nem sempre, só com as loiras corredoras.

-   Bom saber disso, vou dar essa informação para todas que eu ver pela cidade.

-  Então terei que ficar o tempo todo com os olhos em você - Ela me encarou profundamente.

O sorriso em seu rosto parecia não se desfazer. Quem sabe ela soubesse do poder hipnótico que ele tem ou talvez fosse algo já em sua essência. Não sei, com o tempo eu poderia descobrir. Espera, oi? com o tempo? Calma Ali, vamos com calma.

-   Aqui, chegamos - Ela falou abrindo a porta e vasculhando alguma coisa até aparecer com uma toalha. - Toma, se seca logo.

-    Obrigada! Eu nunca tinha visto um carro assim, ainda mais laranja - Falei passando a toalha pelos braços.

-   Quase ninguém. É um Ford F-75, mas é um clássico. - Respondeu enquanto aparecia com mais uma toalha, desta vez mais rasgada, e começou a secar Argos. Ele parecia encarar mais como uma brincadeira e danou a puxar a toalha. - Ei, quietinho...

Ela apontou o dedo em sua direção e, como mágica, ele soltou a toalha e se sentou.

-   Ele é muito bem treinado - Sorri admirada observando ela continuar a secá-lo  - Quem fez o seu treinamento?

-   Esta que vos fala.

-   Sério? Impressionante mesmo. Além de cozinheira, é treinadora de animais. Tem mais algum talento escondido? - Sorri.

-   Eu sou muito boa usando as mãos - Piscou pra mim.

Senti o meu ventre fisgar e tratei de rapidamente secar o rosto e o cabelo para disfarçar a queimação que ia surgindo.

-   Não posso concordar com isso, nunca provei da sua comida. - Procurei disfarçar.

-  Não seja por isso, está convidada para o festival de dança finlandesa que vai acontecer no bistrô essa sexta-feira. Eu e as meninas iremos cozinhar.

-   E como vou saber que foi você quem cozinhou? - Arqueei uma sobrancelha

-   Darei um jeito para que saiba. Então isso é um sim?

O barulho de um celular tocando nos interrompeu e antes que eu pudesse falar alguma coisa, ela alcançou o bolso de trás e olhou para o visor, recusando a ligação em seguida.

-   Preciso ir, o dever me chama -  Colocou a toalha de Argos em um saco e jogou na caçamba do carro. Tentei devolver-lhe a que eu usava, mas ela recusou - Pode ficar, me devolve na sexta. Vem Argos, vamos indo.

Ela abriu o lado do carona e ele, em um único movimento, subiu no banco e ficou com o rosto na janela quando a porta fechou.

-   Por que acha que irei? - Perguntei observando ela dar a volta e entrar no banco do motorista.

-   Por que não iria? - Me encarou da janela.

-   Isso é um encontro?

Ela ficou em silêncio avaliando a minha pergunta.

-   Se você pensar bem, será um encontro meu, seu e de quem mais aparecer. Todos que forem estarão se encontrando, então sim, é um encontro, literalmente - Sorriu e deu a partida - Foi um prazer loira misteriosa.

Eu sorri e nada respondi. Fiquei olhando aquela pick-up laranja se distanciar até sumir em uma curva.

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá você? Tudo bem? Queria agradecer às meninas que comentaram no capitulo passado.  Fico feliz que estão gostando da história. Mais do que escrever,poder compartilhar isso com alguém é muito bom. O que acharam das irmãs gêmeas? vai dar pano pra manga, não é? Sobre a Ali, ainda vai demorar um pouco para descobrir o que aconteceu com ela, mas vamos descobrindo um pouquinho a cada capítulo. Obrigada pela sua leitura!


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Comentários para 3 - Samantha:
Mille
Mille

Em: 29/02/2020

Gêmeas vai enlouquecer a Ali.

E a doida do doce de leite kkk ri muito 

A Sam é bem doidinha e vai agitar a vida da Alisson. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Essa cena do doce de leite eu ia tirar, mas uma amiga que leu achou engraçado, então acabei deixando hahaha

Responder

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Nath D
Nath D

Em: 29/02/2020

A situação agora ficou bastante complicada kkkk. Eu adorei a Hanna e a Samantha, mas como gosto de personagens ousadas e cheias de atitude, a Samantha já me conquistou um pouco, mas ainda quero vê um lado mais romântico nela. Ainda tá muito cedo pra eu saber se torço pela Hanna ou pela Samantha rs.


Resposta do autor:

Confesso que gosto muito das duas também, mas cada uma dentro da sua personalidade.

Responder

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 29/02/2020

Eitaaaaaa.... me lasquei agora... pq adorei a forma tranquila e leve que foi a interação de Hanna e Ali... da forma como ela conseguiu se chegar na pequena Ana Laura... ai vem a Samantha ja beijando e tudo... ja sinto que ela vai preferir a loucura da personalidade de Samantha.... massssss ainda gostei mais da ternura com Hanna... massssss... a probabilidade delas ficarem juntas eh bem complicado.... pq Samantha vai cair em cima e pelo visto... Ali gostou.... aiaiaiai... acho que vou esperar eh a história finalizar para ler... pq ficarei doidinha com essas três.... rsrsrsrs

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