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I Want You por Leticia Petra

Ver comentários: 1

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Palavras: 4094
Acessos: 6650   |  Postado em: 26/02/2020

Capitulo 11 - Me ensina a não te querer

 

12 de setembro.

      Quando acordei já era dia e eu fui direto para o banheiro, para poder ver o estrago em meu rosto. O meu lábio estava bastante inchado, porém o nariz um pouco melhor. Tomei um banho rápido e fui para a cozinha comer algo. Cristian ainda dormia, mas minha mãe decidiu levantar mais cedo.

- Mãe... O que faz acordada? - ela estava deitada na sala com a tv ligada.

- Oi, filha... Como você está? - sentei ao seu lado e ganhei um beijo na testa.

- Bem melhor, mamãe... - me aconcheguei a ela. - Por que acordou tão cedo?

Ainda não era nem sete da manhã.

- Estava preocupada, filha. Quase não dormi. - franzi o cenho. - Filha, não volte naquele lugar. Por favor...

- Não vou voltar, mamãe. Acho que vou pedir a Lari que também não vá sozinha. - eu tinha quase certeza que Larissa seria o próximo alvo, pois podia apostar que aquilo foi obra da mimada da Pietra.

- Vou avisar ao Júlio que leve a Lari até lá... Aquele bairro é muito perigoso. Ainda bem que você agora trabalha pra gente de bem.

Charlotte...

- Sua chefe e a amiga dela são pessoas muito diferentes do que imaginei, minha filha... Eu gostei delas e fico muito contente que você esteja cercada de pessoas assim...

      Jamais imaginei que a Charlotte Allen entraria em minha casa, comeria bolo de laranja com café preto e mostraria tamanha humilde. Se possível, ela só me fez ficar ainda mais enrolada naquilo tudo. A Allen vinha se mostrando tão solicita e protetora. Seria ela sempre assim? O que a Allen mandona pensava a meu respeito? O que ela pensaria ao saber que eu... A desejo?! Ela também sente o mesmo? Pouco provável, pois ela tem o mundo aos seus pés.

“Droga, droga... Ela nem deve estar pensando em mim e eu aqui, tamanha sete da manhã lembrando dela.”

- Helena e Charlotte são pessoas maravilhosas mesmo, mamãe...

- São, minha filha. E deu pra perceber o quanto você é querida por elas. - sorri.

      Lembrei do momento em que a Allen mandona me puxou para si dentro do carro e passou a afagar meus cabelos.

"Por que você tem que ser tão... Maravilhosa?!"

Respirei fundo.

 

      A tarde minha mãe me pediu para ir até o supermercado comprar algumas coisas que estavam faltando. Larissa não havia ido a faculdade, então chamei a ruiva para me acompanhar.

- Se continuarmos a gastar com Uber assim, vamos falir antes mesmo de criar nossa empresa. - falei para Lari, enquanto colocávamos algumas coisas no carrinho.

- Não reclama, Luane. Você é uma celebridade agora. - ergui a sobrancelha. 

- Celebridade? - a ruiva deu de ombros.

- É... Celebridade! Vai aprendendo, que você será a nossa imagem oficial da L e L Company... - a ruiva passou a viajar na maionese.

- E por que não você? Olha pra você, amiga... Uma ruiva dessas. Você deveria ser a...

Parei de falar ao ver Charlotte uns metros à frente.

- Olha, é a... - tapei a boca da ruiva, pois notei que a Allen estava acompanhada daquela tal de Alessandra.

      Peguei meu carrinho e sai puxando Larissa para o outro corredor, antes que Charlotte notasse nossa presença.

- O que tá fazendo? - Larissa perguntou ao me ver agachada, tentando espionar a Allen arrogante.

- Fala baixo... Eu quero ouvir o que elas estão falando. - Lari arregalou os olhos e colocou a mão sobre a boca.

- Você tá com ciúmes... - a ruiva riu baixinho.

- Cala a boca... Eu não tô com ciúmes.

- Você podia dormir lá em casa hoje... Quero muito passar a noite ao seu lado. - ergui a sobrancelha. – Faz tanto tempo que não ficamos agarradinhas...

- Que mulherzinha... Oferecida.

- Bate nela, Lua... Ela tá querendo tua mulher... - Lari se agachou ao meu lado. Passamos a ouvir a conversa das duas, escondidas.

- Hoje não vou poder, Alessandra, mas esse fim de semana, podemos. O que acha? - senti meu olho esquerdo tremer. Lari levou a mão a boca.

"Mas, não vai mesmo..."

- Eu vou acabar com...

- Amiga...

- Espera, Larissa...

- Mas, Lua... - a ruiva me cutucou.

- O que foi? - ela apontou para frente.

- Senhorita Luane? - droga.

Fiquei de pé imediatamente.

- Oi... Oi... Senhorita Allen. - cadê a minha dignidade? - Senhorita Alessandra...

- Luane... Larissa... - a mulher nos olhou com certo interesse.

- Você não deveria estar em casa repousando, senhorita Luane? - a Allen estava com um sorriso cínico.

E absurdamente linda.

- E a senhorita na empresa? - ergui a sobrancelha.

- Podemos falar um minuto? - apenas acenei em concordância.

      Nos afastamos de Larissa e Alessandra e eu fui embriagada pelo perfume tão marcante daquela mulher.

Tentei parecer desinteressada.

- Estava me seguindo? – sua pergunta saiu carregada de deboche.

- Obvio que não! – coloquei as mãos na cintura.

- Claro que estava... Tá com ciúmes?

- Mas você se acha, não é mesmo? – ela sorriu. DROGA! Que sorriso lindo.

“Não, pera...”

- Você vai voltar pra sua casa agora... - ergui a sobrancelha.

- Você não manda em mim. - Charlotte segurou em meu braço.

- Não se arrisque, por favor... - sua voz saiu mansa, gentil.

- Por que? - mirei os lábios pintados de batom nude.

Senti a minha boca salivar.

- Porque eu me preocupo com você... - minha respiração ficou irregular. Com custo, tirei minha atenção dos lábios bem feitos e a olhei nos olhos, buscando por sarcasmo ou deboche, porém não vi nada daquilo.

- Já vamos... - ela venceu sem se esforçar muito. - Assim você pode ir tranquila pro seu... Jantar.

Me afastei da Allen, indo até Larissa.

- Vamos, Lari... Tchau, senhorita. - sorri falsamente para a mulher a minha frente.

- Tchau, queridas... Foi um prazer. - ela sorriu de forma sacana.

      Ignorei o ato e sai puxando minha amiga. Quando estávamos dentro do carro que Lari chamou, a ruiva levou a mão a cabeça.

- Graças a Deus... Você não vai acreditar no que a peguete da sua ex me disse. - olhei feio para Larissa.

- A Charlotte não é minha ex, Larissa. - ela deu de ombros. - O que ela te disse?

- Ela me chamou para conhecer o apartamento dela... - ergui as sobrancelhas. – Pois queria me fotografar depois... Você sabe.

A ruiva fez uma expressão de medo.

- Essa mulher é uma desavergonhada mesmo. - bufei.

- Ainda bem que você me tirou de lá... Aquela mulher me assusta. Dá pra ver que ela sonha em uma suruba com a Charlotte, você, eu e ela... - tentei ficar séria, mas pude conter o riso.

O motorista se engasgou com o refrigerante que tomava.

- Presta atenção na estrada... - a ruiva bateu no banco do motorista. - E para de ouvir nossa conversa...

- Desculpe, senhoritas...

- Eu pensei a mesma coisa quando a vi nos olhar daquela forma... Me dá calafrios. - Lari abafou o riso com as mãos. - E a Allen ainda... - respirei fundo.

- Tá morta de ciúmes, né?

- Que ciúmes o que? Claro que não tô com ciúmes... Acho melhor não falarmos mais disso.

Me ajeitei no banco, tentando não pensar em Charlotte e naquela mulher.

 

14 de setembro de 2019.

      Larissa e eu havíamos saído para comprar algo para vestir, pois aquele dia seria a festa da Allen. Convidamos nossos pais para ir, porém eles decidiram que aquele seria o nosso momento. Estávamos terminando de nos vestir. Desde a última vez que vi a Charlotte, não voltamos a ter contato. Eu queria ficar longe por enquanto, pois não sabia como iria agir depois daquele momento vergonhoso no supermercado. Queria paz para a minha cabeça. William ligou várias vezes, entretanto decidi não atender.

- O Uber chegou, Lua... - Larissa estava com um vestido maravilhoso branco.

- Acho que tem alguém que quer impressionar uma certa morena... - sorri.

- Sério mesmo? Olha quem fala... - ela me olhou da cabeça aos pés. - Tá querendo fazer a Charlotte babar em você...

- Ah, vamos logo... Você tem que estragar as brincadeiras.

Apenas rolei os olhos.

      Alguns minutos depois chegamos a empresa. Naquele ano, a festa seria no salão da Allen. O lugar estava cheio, bem decorado e a música animada. Cumprimentamos alguns colegas de trabalho no caminho. Na verdade, quase todo mundo, já que a Larissa havia feito amizade com todos.  

Busquei por uma certa Allen na multidão, mas não encontrei.

- Meninas... Como vocês estão lindas... - Helena surgiu em nossa frente.

E, caramba!

- Nossa, Helena... Quem você quer impressionar? - ela estava divina em um vestido branco, os cabelos soltos e uma maquiagem marcante. Olhei para Larissa e a ruiva havia perdido até a voz.

As duas se olhavam de forma intensa. Eu queria perguntar por Charlotte, mas decidi me calar.

- Não vai me apresentar as suas amigas, querida? - somente naquele momento notei que havia um homem muito elegante ao seu lado.

- Que cabeça a minha... Stivie, essa é a Larissa e a Luane. São minhas amigas e colegas de trabalho. - o homem beijou nossas mãos.

Amigas? Uau!

- É um grande prazer, queridas. – sorri com o gesto.

- Vocês são namorados? - quase me engasguei com o atrevimento de Larissa.

Helena sorriu sem jeito.

- Estou tentado chegar ao posto de namorado, mas essa linda mulher aqui é muito difícil. - ele parecia realmente sincero.

- Espero que consiga. Helena é uma mulher incrível. - a voz de Lari saiu diferente.

Eu precisava interceder.

- Vamos deixá-los curtir a festa... - entrelacei meu braço ao de minha amiga. - Nos vemos depois...

Sorri.

       Me afastei o máximo que pude com a Larissa ao meu lado. A ruiva parecia ter perdido a animação. Aquilo apertou meu coração.

- Ei, ânimo... - segurei em seu rosto.

- Eu quero ir pra casa... - seus olhos estavam tristes.

- Não... Você vai se divertir. - franzi o cenho.

- Ei, mas que mulheres lindas... Vocês são as mais belas dessa festa. - Kadu, um carinha que trabalhava no RH nos abordou.

- Ei... Leva essa ruiva linda pra dançar. - ele sorriu. Era um homem muito bonito.

- Só se for agora...

      Não deu tempo da ruiva se manifestar, pois Kadu a levou para o meio do salão. Fiquei a observar os dois.

Aquele interesse de Larissa em Helena começava a me preocupar.

      Eu não queria que a minha amiga sofresse, Larissa era boa demais para passar por qualquer tipo de sofrimento. Me surpreendia seu interesse por Helena, pois Lari jamais demonstrou qualquer tipo de desejo por mulher alguma. O irônico de tudo aquilo era que eu me encontrava da mesma forma.

“Você tem caprichado nos problemas, hein vida...”

- Hora se não é a namorada da Charlotte Allen... - franzi o cenho e ao me virar, segurei a vontade de revirar os olhos. - Como você é linda... Na verdade, lindíssima. Preto realmente lhe cai bem.

- Daniela... Cadê sua noiva? - tentei não dizer nada de grosseiro.

- Betânia está a falar de negócios. - a mulher me comia com os olhos. - Escute... Quanto Charlotte te paga? Eu posso pagar o dobro por uma noite...

Ok, o plano de ser educada foi buraco abaixo.

- Precisa pagar pra comer uma mulher? - ergui a sobrancelha. - Charlotte não me paga nada... - me aproximei do ouvido da detestável mulher. - Pra ela eu dou de graça.

Me afastei.

- Quem é você perto da Charlotte? - o sorriso cínico de Daniela sumiu. - Aquela mulher tem uma pegada que... - me abanei. - Aproveite a festa.

Pisquei para uma muda e visivelmente contrariada Daniela.

      Me distanciei da mulher, procurando algo para beber. Um garçom passava com uma bandeja de champanhe e eu peguei um taça. Tentava controlar o leve tremor em meu corpo. Olhei ao redor e senti vontade de ir embora ao avistar Pietra acompanhada do pai.

- Não é meu dia...

 

 

       Ainda não havia conseguido sair de casa. Meus pais e meu irmão foram na frente, alugando Rodrigues e me deixando sem automóvel, pois o meu estava na oficina para a troca por vidros blindados. Peguei meu celular e baixei um aplicativo para pedir um carro.

Em dez minutos ele chegaria.

      Terminei de me maquiar e desci, sentindo que aquela noite não seria nada fácil. Helena havia me mandado uma mensagem avisando que Daniela estava com a noiva na festa da Allen. E não sendo suficiente, Álvaro e a filha também decidiram ir.

O aplicativo avisou a chegada do veículo.

- Boa noite, senhorita Allen. - o homem sorriu.

- Boa noite, querido... - devolvi o ato.

- Nem acredito que a senhorita está dentro do meu carro... - o rapaz colocou o veículo em movimento.

- E por que? - franzi o cenho.

- Admiro muito a sua carreira. Você é um exemplo da administração. Na faculdade de administração, por diversas vezes a senhorita é citada. Tão jovem e tão bem sucedida. - sabia da fama que a Allen e eu tínhamos, porém não imaginava que chegava aquele extremo.

- Me sinto muito honrada. - estava sendo sincera. - Você faz faculdade e trabalha como Uber? Tem mais alguma ocupação?

- Na verdade, não... Esse é o único trabalho que tenho. O carro é de um amigo e o que ganho como Uber, pago minhas contas. – ele sorriu.

- Deixe seu currículo na Allen na segunda de manhã. - o rapaz me olhou com surpresa. - Em breve surgirá uma nova empresa de publicidade na cidade. Deseja fazer parte da nossa equipe?

- Nossa, senhorita Allen... É claro que desejo trabalhar com você. Segunda deixarei o meu currículo. – o rapaz ficou animado. – Me chamo Diego...

      Continuamos a conversar e Diego, se mostrava alguém muito inteligente e produtivo. Eu precisaria de pessoas competentes e testaria o rapaz.

 

- Obrigada e lhe aguardo na segunda... - sai do carro.

- Com toda certeza irei. Obrigado senhorita Allen. Tenha uma boa noite!

- Obrigada!

      Diego saiu com o carro e eu respirei fundo, me preparando para o que viria. Entrei na empresa, cumprimentei algumas pessoas e fui para o salão. Estava tudo como eu havia pedido. Dois telões foram colocados para o momento do sorteio.

- Todos os números foram devidamente distribuídos? - perguntei a Bella, a organizadora da festa.

- Sim, Charlotte. Não se preocupe, está tudo indo conforme o planejado. - apenas acenei.

      Caminhei, procurando por um certo par de olhos azuis. Desde que a vi no supermercado, ansiava por estar em sua presença novamente. Aquela mulher vinha fazendo parte dos meus pensamentos muito mais do que eu desejava.

Foi quando a vi.

      E por Deus, a cara vez que a via, Luane ficava ainda mais linda. A loira teimosa estava com um vestido preto, colado e um elegante blazer branco por cima. Os fios estavam presos em uma trança lateral e os pés com um salto delicado.

Uma deusa da perdição!

      Ela estava conversando com Paola e nossos olhares se encontraram. Havia um força poderosa que me arrastava para a loira. Algo que estava muito além dos meus domínios.

Me aproximei dela, hipnotizada por aquela mulher.

- Boa noite, Paola, senhorita Luane... - tentei não parecer tão abobalhada.

Era lamentável como ela conseguia me deixar tão vulnerável.

- Boa noite, senhorita Charlotte... - Paola sorriu. - Está ainda mais linda do que de costume.

- Você também está linda, Paola...

- Vermelho lhe cai bem, Charlotte... - a loira me olhou da cabeça aos pés. - Está divina...

- Gentileza sua, Luane. - tive pensamentos nada inocentes com a loira. - Você está perto da perfeição...

Lhe lancei um sorriso.

- Charlotte, quero falar com você! - minha mãe segurou em meu braço.

- Com licença, vou buscar uma bebida. - Paola já conhecendo Joanne, se afastou.

- Me solte... Diga o que quer. - ela olhou com indiferença para Luane.

- Você aqui... Até aqui? - a loira apenas ergueu as sobrancelhas. – Me acerto com você depois.

- Estou ansiosa, querida sogra... – ergui a sobrancelha, desejando estar a sós com aquela mulher tão dona de si.

Eu admirava o fato que ninguém baixava a cabeça daquela mulher.

- Ah, a propósito é um desprazer ver a senhora... - me segurei para não rir. - Depois nos falamos, Charlotte...

- Fique... - a segurei com delicadeza pelo braço.

Luane me olhou com surpresa.

- Parem com isso agora. Exijo respeito em minha presença! - minha mãe desfez o nosso contato de forma brusca. - Escuta aqui... - ela falava baixo. - Quem disse que você podia sortear a esses mortos de fome carros e motos?

Olhei ao redor e depois para a minha mãe.

- Isso não te diz respeito, Joanne... - apertei meu maxilar com força e depois aliviei a pressão. - Não se meta nas minhas decisões na empresa.

- Essa empresa é minha e do seu pai. Nem quando eu morrer, você terá parte aqui. - me esforçava muito para me manter controlada. - Não te dei permissão de gastar o meu dinheiro pra dar nada a esses pobres, massa de manobra.

- Comprei com o meu dinheiro... - me aproximei dela. - Meu! E não se preocupe, querida mãezinha... - desdenhei. - Falta bem pouco pro William terminar a faculdade e finalmente poder assumir a Allen, porque eu entregarei a presidência no fim do ano.

Joanne arregalou os olhos.

- Em breve não terei mais nenhum vínculo com você e sua empresa. - sorri. - Se me dá licença... Vamos, querida?

      Ergui meu braço para Luane entrelaçar o seu. Ela estava visivelmente chocada com tudo aquilo que ouviu. A atrevida loira olhou para a minha mãe.

- Vamos, meu amor... - eu sabia que ela havia dito aquilo somente para provocar a minha mãe, porém a frase fez um frio inédito surgir em meu estômago.

Saímos de perto de Joanne.

- Você vai mesmo deixar a empresa? – Luane parecia perplexa.

      Nos aproximamos de Helena e Stivie, desfazendo o contato sutilmente. Resolvi não responder a sua pergunta naquele momento.

- Tá tudo bem, Charlotte? - Helena colocou a mão sobre meu ombro.

- Sim... Está tudo bem. - tentei sorrir. – Stivie, querido, faça companhia a Luane, pois Helena e eu iremos fazer o sorteio. Sim?

Luane ficou contrariada.

- Será um prazer... – eu me esforçava para não deixar as palavras da minha mãe me afetarem tanto.

- Já voltamos...

      Eu precisava me afastar um pouco, pois a minha cabeça fervilhava. Bella me pediu para subir no palco. Peguei o microfone e sorri. Não poderia demonstrar o que verdadeiramente estava sentindo.

- Boa noite, queridos... - a música foi pausada e eu tinha a atenção de todos. - Espero que estejam gostando da comida e da bebida... - houve um pequeno murmurinho. - Bom, como todos aqui já sabem, meu pai irá fazer o seu tradicional discurso e em seguida iremos sortear os carros e motos...

Todos aplaudiram.

      Meu pai subiu ao palco junto com Joanne e William. Fiquei logo atrás, o esperando terminar. Meus olhos procuraram por Luane, que estava ao lado de Larissa agora.

Como aquela mulher era linda.

- Boa noite a todos... E sejam bem-vindos a mais um aniversário da nossa empresa. - Helena se colocou ao meu lado. - É com imenso prazer que digo a Allen jamais esteve no patamar que se encontra hoje e nenhum Allen jamais alcançou os feitos que Charlotte foi capaz. Nem mesmo eu...

Respirei fundo.

- Calma, Charlotte... - Helena me pediu.

- Este ano não irei me prolongar... Desejo que usufruam da festa e obrigado a todos pelos anos de colaboração.

A contra gosto, tive que aplaudir com os demais.

- Vamos dar início ao sorteio... - as imagens dos carros e das motos passaram a ser mostradas nos telões. - Vice Brinite, por favor... Faça as honras.

Helena veio até a mim.

      Bella subiu com uma caixa de veludo preto. Iniciamos os sorteios das motos e em seguida dos carros. Naquele momento me permitir ser somente uma pessoa a mais e não a presidente. Passei a comemorar juntos com os que haviam ganhado os presentes. Apesar da relação turbulenta com os meus pais, eu verdadeiramente amava o meu trabalho. Aquele era o meu lugar.

- Agora iremos sortear o último carro... - Helena sorriu. - Número trinta e dois...

Esperamos e ninguém se pronunciou.

- Número trinta e dois... - repeti.

- Aí meu Deus, sou eu... - Helena e eu olhamos para Larissa.

Vi minha amiga abrir um sorriso enorme.

      A ruiva subiu no palco e para a minha surpresa algumas pessoas gritaram o seu nome, comemorando junto com Larissa. Pelo que parecia, ela já havia feito amizades na empresa.

- Parabéns! - cochichei em seu ouvido. – Você merece.

- Obrigada! Mas como vou levar? Eu não tenho carteira. - Helena e eu rimos da expressão divertida de Larissa.

- Vai ser entregue na sua casa... Não se preocupe. - Helena respondeu. As duas sorriram uma para a outra.

      Sendo tão perspicaz, Helena ainda não havia notado o que se passava todas as vezes que as duas se viam? Minha amiga estava encantada com a ruiva e eu podia apostar que era correspondida na mesma intensidade.

     Encerramos os sorteios e descemos para nos juntar aos demais. Tive que fazer média junto com os meus pais e meu irmão. Na verdade, eu queria poder estar aonde Luane estava com Larissa e Helena. Elas conversavam animadas e hora ou outra, Luane e William se encaravam. Não pude deixar de notar que em nenhum momentos os dois sequer se cumprimentaram. O que estava acontecendo?

- Boa noite, James, Joanne... William. - Álvaro se aproximou com Pietra.

O sorriso cínico do prefeito foi direcionado a mim.

- Álvaro... Que prazer vê-lo. - meu pai o cumprimentou.

Eu não tinha estômago para aquilo.

- Filho, você não vai dar um beijo na sua namorada? - William ficou desconcertado e por mais que eu quisesse presenciar a saia justa que ele se envolveu, decidi sair dali.

- Fiquem a vontade... Irei falar com algumas pessoas. - sem esperar, sai para poder respirar um pouco. Não aguentava mais olhar para a cara de nenhum.

      Fui até o bar e me servi de um whisky, pois somente algo muito forte para fazer alguma efeito aquela noite. Eu queria poder beber até não lembrar mais meu nome, entretanto não poderia me dar ao deleite.

- O que faz aqui sozinha? Não deveria deixar a sua namoradinha só. - era tudo o que faltava. – Há muitos olhares maliciosos sobre aquele corpinho adorável...

      Como eu pude me envolver com aquela mulher? Daniela era uma mulher sem classe ou decência. Estava comprometida e ainda sim usava de um linguajar tosco para se expressar.

- Desgraça sempre vem acompanhada de mais desgraça. - Daniela pegou o copo de minha mão e tomou o restante. – Você não se cansa? Saia daqui e me deixe em paz, Daniela.

- Ui... Que malvada! Estava pensando em você esses dias e senti saudades das nossas noites incríveis de sex*. - senti asco ao lembrar que já toquei naquela mulher. - Que tal matarmos as saudades?

- Essas tais saudades são todas suas... - tentei me afastar, mas ela segurou em meu braço.

- Para de bancar a durona... Isso só me enche de tesão. - puxei meu braço.

- Não toque em mim. Respeita a sua noiva... - Betânia se aproximava. - Curta a festa...

      Aquela noite estava ainda pior do que eu esperava. Todos os meus problemas decidiram ir a festa e tripudiar em cima da minha tão escassa paciência.  Sai do salão de festas e fui para a entrada da Allen. Faltava mais três horas para a festa chegar ao fim e eu seguiria até o final. Não deixaria ninguém me ver no chão. Se havia algo que a vida tinha me ensinado era a ser forte.

- Vocês não irão me ver no chão.

Puxei o ar com força.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

boa noite meninas...

espero que estejam todas bem...

um super beijo e até sexta...


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Comentários para 11 - Capitulo 11 - Me ensina a não te querer:
DANII
DANII

Em: 30/05/2020

Larissa é tudo. Amananfo o livro. 

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