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I Want You por Leticia Petra

Ver comentários: 2

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Palavras: 4086
Acessos: 6430   |  Postado em: 21/02/2020

Capitulo 9 - Puro ciúme

Domingo, 8 de setembro de 2019.

      Antes de conseguir abrir os olhos, procurei por outro alguém na cama, mas eu estava sozinha. Levantei de uma única vez, me sentindo confusa e com um leve enjoou. Quem eu esperava que estivesse ali? Olhei para o meu corpo embaixo da coberta e estava de roupão. A minha cabeça doía, a minha garganta estava seca e os pensamentos embaralhados.

Coloquei a mão sobre a cabeça e uma lembrança me acertou com força.

- Charlotte... – fechei meus olhos, mordendo o lábio.

“A gente se beijou e se ela não parasse, teríamos trans*do... Eu teria deixado. Não, não...”

      Eu me recordava de cada segundo da noite anterior. Da piscina, do banheiro, da forma que o meu corpo se comportou sem reservas a Allen. Como eu iria lhe olhar na cara? O que me deu na cabeça para beber daquele jeito?

Levei minha mão aos lábios.

      A sua boca era tão possessiva, dominadora, excitante. Eu desejei tanto que ela me tocasse, que me jogasse contra a parede e...

- Não... Deleta isso da sua cabeça, Luane... Eu nem sequer pensei no Will.

Respirei fundo.

      Fiquei de pé, indo para o banheiro, pois eu necessitava de um banho gelado e demorado. Me coloquei embaixo da ducha fria e novamente lembrei da noite anterior.

- Ela cuidou de mim... - encostei minha testa no azulejo. - Não se aproveitou da minha bebedeira... Se não fosse por ela, eu teria ido até o fim... - fechei meus olhos.

      Em vinte e quatro horas conheci um lado da Allen que jamais julguei existir. Charlotte vivia de uma forma superficial, os pais eram pessoas frias, pouco afetivas.

- A vida dela não é o mar de rosas que imaginei... - desliguei o chuveiro.

Eu me sentia tão confusa.

      Charlotte me despertava um desejo incomum, uma vontade esmagadora de me perder naquele ar arrogante e auto suficiente. Eu não podia negar a mim mesma, eu a desejava. Ela foi capaz de adentrar os muros que ergui. 

- Mas eu estava apaixonada por William... Deus, o que eu vou fazer? Talvez seja apenas atração. Talvez o jeito dela tenha me despertado certo interesse, mas é somente isso. Tem que ser somente isso...

      Sai do banheiro, com a cabeça doendo de tanto pensar. Quando eu terminava de secar os cabelos, alguém bateu na porta. Me enrolei no roupão e a abri.

- Precisamos conversar... - a mãe de Charlotte entrou no quarto sem pedir permitir.

- Um pouco de educação não lhe cairia mal... - fechei a porta.

- Vamos direto ao ponto... Ontem você disse que era namorada da minha filha. - cruzei os braços sobre meus seios. - Eu não aceito esse namoro de jeito nenhum. Charlotte vai casar com um homem e me dá netos. Quanto você quer pra sair da vida da minha filha? - ela tirou de sua bolsa um talão de cheques.

Ergui as sobrancelhas.

      Parecia que aquilo de querer comprar todo mundo era um mal de família. Passei as mãos em meus cabelos, não acreditando que estava mesmo passando por isso.

- Nenhum centavo... A senhora pode pegar o seu cheque e enfiar todo naquele lugar. - a mulher empinou o nariz.

- É uma desqualificada mesmo. Nota-se que não tem um pingo de classe. - rolei os olhos.

- Sem classe é a madame... Vá embora, por favor. - abri a porta e me surpreendi ao ver Charlotte ali.

- Joanne, o que faz aqui? - as duas se encaravam com um ressentimento gritante. Era quase palpável o tanto de rancor que existia entre mãe e filha.

- Vim tentar reparar seu erro... Saiba que mês que vem irei até Belém e se até lá ainda estiver com essa ideia estúpida de ser sapatão, vai ter que deixar a minha casa.

Aquela mulher era uma víbora mesmo.

- Não tem ideia do quanto te odeio, Joanne... - por um momento vi os olhos da mais velha oscilarem.

- Posso conviver com isso... Espero que acabe com esse besteirol. - a mulher me olhou com descaso e saiu do quarto.

Charlotte permaneceu parada, parecendo perdida.

- Entra... - a puxei para dentro e fechei a porta.

- O que ela queria aqui? – a Allen franziu o cenho.

- Me pagar pra ficar longe de você... – Charlotte riu em descrença. - Nota-se que é sua mãe...

Ela me olhou com ressentimento, no mesmo momento me arrependi do que disse.

“Estupida!” eu quis me chutar.

- Eu queria falar com você. - como em um passe de mágica, a Allen mascarou sua expressão de tristeza e a substituiu por frieza. Em suas mãos havia alguns papéis.

- Charlotte...

- Só me escute, Luane... - franzi o cenho.

Ela sentou na poltrona próximo a sacada do quarto.

- Estou ouvindo... - eu odiava aquelas mudanças repentinas de humor.

“Tá certo... Dessa vez a culpa foi toda minha.”

- Você está apaixonada por meu irmão... Ele deixou bem claro que quando romper com a Pietra, quer algo sério com você. - pisquei várias vezes. - Eu já tinha decidido e agora tenho ainda mais certeza. - ela rasgou o que estava em suas mãos. - Não tem mais contrato... Você está livre de mim.

Franzi o cenho, sem entender nada.

- O que... Por que? Charlotte, eu não posso te pagar agora, eu...

- Não precisa me pagar, senhorita Luane... - novamente aquele tratamento idiota. - Quando sua carreira decolar, você pode pegar os dez mil e doar...

A Allen ficou de pé.

- De hoje em diante, você é apenas minha assistente. - eu não entendia aquele sentimento de perda. - E pelo que parece... Brevemente a minha cunhada.

Ela se aproximou de mim.

- Jamais esquecerei o que fez por mim ontem. Obrigada!

       Charlotte deixou o meu quarto, fazendo com que um vazio permanecesse. Não era aquilo que eu queria? Ficar livre daquele contrato? Então por que a sensação incômoda?

Passei a mão sobre a cabeça.

- Tudo bem... É melhor dessa forma.

      A vontade de passear na praia foi embora. Fiz todas as minhas refeições no quarto e apenas fiquei esperando o momento de ir para o aeroporto. Durante o trajeto, nenhuma palavra foi trocada. Peguei meus fones e coloquei no volume máximo. Se a Allen queria brincar de dar gelo, então eu também brincaria.

 

      Eu estava tão zangada, que nem medo senti no momento da decolagem ou do pouso. Rodrigues nos esperava em frente ao aeroporto. Ao passar por alguns outdoors, vi uma nova imagem minha. Entrei rapidamente em minhas redes sociais e percebi que o número de seguidores tinha aumentado de uma forma considerável.

"Será que estou mesmo preparada para isso tudo?"

      De repente senti medo de tanta novidade e visibilidade. Eu já não sabia mais qual seria o caminho a seguir. Jamais pensei que um dia iria me apaixonar por aquele universo.

      Quando cheguei em casa, já se passava das onze da noite. Charlotte não se despediu ou sequer me olhou. Eu não entendia o motivo de tanta frieza, mas decidi não questionar.

- Deixa que eu te ajudo... - Cristian pegou minha mala.

- Filha... - minha mãe me abraçou assim que entrei na sala. - Como foi tudo?

- Foi muito legal, mamãe... - beijei sua bochecha. - Da próxima vez, eu lhe apresento a Charlotte.

- Tudo bem, minha filha. Deixei comida pra você. Vou esquentar...

- Obrigada, mãe. Vou tomar um banho rápido e já volto...

      Tomei banho e voltei para a cozinha. Estava faminta e senti saudades da comida da minha mãe. Depois que terminei, sentamos na sala para conversar. Ela me encheu de perguntas.

- Você parece exausta, filha. - bocejei. - Vá dormir... Ah, a Lari veio aqui muitas vezes.

Sorri.

- Ela tá louca pra saber o que aconteceu lá... É uma fofoqueira mesmo...

- Luane... Não fale assim da menina.

Apenas gargalhei, indo para o quarto.

      Eu estava tão cansada, que não demorei para pegar no sono. O meu corpo implorava por uma boa noite de sono.

 

9 de setembro.

      Acordei um pouco tarde, pois não precisaria ir trabalhar. Teria apenas a reunião com Adrian e o empresário que Charlotte me indicado. A mesma havia me liberado por aquela amanhã.

      A reunião foi muito produtiva e eu havia oficialmente fechado o contrato. Não sabia ao certo como daria conta do estágio, faculdade e aquele novo trabalho, mas arrumaria um jeito. Do escritório de Adrian fui para a faculdade. Decidi esperar minha amiga na parte de trás do prédio, no lugar que costumávamos sentar. Estava respondendo alguns exercícios, quando senti duas mãos taparem meus olhos.

- Não sabe o quanto senti saudades... - ao ouvir a voz de William, sorri.

      Ele se colocou a minha frente e antes que eu pudesse dizer algo, fui surpreendida, o inglesinho colou sua boca a minha e passou a me beijar de uma forma gentil. Fechei meus olhos, esperando sentir toda aquela avalanche de sensações, mas minha frustração foi enorme. Retribui o beijo, buscando por algo, mas não encontrei. Will encerou o ato, me dando vários selinhos.

- Podemos ficar juntos, Luane... - ele me abraçou forte.

- Você terminou com a Pietra? - algumas pessoas nos olhavam.

- Sim... Oficialmente sou uma pessoa sem compromisso. - ele se afastou e segurou minha face. - Agora sim, eu posso te beijar sem restrições...

      Novamente, Will tocou meus lábios com mais urgência e eu tentei acompanhar seu entusiasmo, mas a imagem da Allen arrogante veio a minha cabeça e foi como uma pontada.

Afastei Will.

- Ei? Aconteceu algo? - ele me olhou preocupado.

- Não... Só me beija. - o puxei novamente, tentando mostrar para mim mesma que aquele sentimento sem pé, nem cabeça pela Charlotte Allen não poderia existir.

Eu não deixaria existir.

 

      Depois da faculdade, Larissa e eu decidimos ir até uma sorveteria. Will não pode ir, pois tinha um jantar de noivado de um amigo.

- O que foi? - Larissa me encarava. 

- Aconteceu algumas coisas na viagem... - olhei para o meu sorvete que derretia.

- Que coisas? - encarei a ruiva.

       Respirei fundo e passei a narrar exatamente tudo o que havia ocorrido. Quando terminei os relatos, Larissa estava boquiaberta.

- Meu Deus, Lua... - levei a mão a cabeça. - Ainda bem que não sou você.

- Nossa, Larissa... Que baita ajuda a sua. - rolei os olhos.

- Desculpa, amiga... Eu só estou muito perplexa. - respirei fundo. - Você não sabe o que sente por nenhum? E você enfrentou a mãe da Charlotte? Ela quis te pagar pra se afastar dela? A Charlotte e você quase mandaram ver... É muita coisa pra minha cabeça...

Balancei a cabeça em negativo.

- É tão absurdo. Eu nunca senti atração por mulher alguma, Larissa. - eu estava ficando desesperada. - Agora, além de estar sentindo sabe Deus o que pelos dois, ainda ganhei uma possível sogra que me odeia...

- Meu Deus, Lua... É verdade. Você vai ter uma jararaca como sogra... Não tem escapatória. - fechei meus olhos.

"Onde eu fui me enfiar? Aaaaaaaah!"

- Não queria ser você... - olhei feio para a ruiva que apenas sorriu.

- Te odeio, Lari...

- Eu te disse que isso poderia acontecer. – respirei fundo.

- É... Você disse.

       Depois de conversámos mais um pouco, Larissa e eu decidimos ir para casa. Dentro do ônibus, algumas pessoas me olhavam e eu não estava entendendo o porquê.

- Lari... Já percebeu que tão me olhando? - cochichei.

- Tu é tapada? Esqueceu que tua foto tá por todo lugar, inclusive na traseira desse ônibus e você vive passando nos comerciais locais? - franzi o cenho.

- Não lembrava disso.

- Às vezes você se supera, Lua...

 

      Já estava em casa, quando recebi uma mensagem de Will. Passamos alguns minutos conversando. Ele falou que sua irmã estava ainda mais insuportável. Depois de conhecer um pouco sobre a Allen mandona, passei a entender o motivo daquela mulher, as vezes, ser tão arrogante e se achar dona do mundo. William também teria aquele mesmo tratamento da parte dos pais?

- Preciso parar de pensar nessa família só por um instante.

Me joguei em minha cama.

 

 

10 de setembro de 2019.

      Luane terminava de corrigir alguns relatórios e eu tentava me concentrar no contrato que lia. O perfume marcante deixava o meu raciocínio lento. Aquilo estava tirando a minha tão escassa paciência.

      Quando cheguei a empresa, a loira já estava em meu escritório, organizando alguns documentos e atendendo ligações que eram feitas diretamente para mim. Lhe dei total liberdade e ela estava fazendo jus a confiança depositada. Se ela não prosseguisse com a carreira de modelo, com certeza será uma ótima publicitaria.

O telefone tocou.

- Sim, Paola...

- Senhorita Allen, o Álvaro Cavalcante está aqui... - fechei os olhos.

"Era tudo o que faltava."

- Ele pode entrar, Paola. Obrigada... - encerrei a chamada.

- O prefeito? - Luane me encarou.

- Ele mesmo... - a porta foi aberta.

- Bom dia, Charlotte. - aquele homem tinha coragem, isso eu precisava admitir.

- Bom dia, prefeito. - ele sentou, se sentindo muito à vontade.

- E quem é essa formidável mulher? - Álvaro olhou de uma forma asquerosa para Luane. Ele ficou de pé, indo até ela. - Qual seu nome, querida? - Luane me olhou rapidamente.

- Luane Oliveira, senhor... - ele beijou o dorso da mão da loira, que parecia desconfortável.

Aquilo me irritou em demasiado.

- É um prazer, querida. - limpei a garganta.

- Diga o que deseja, Álvaro. - o homem sentou, mas não deixava de olhar para Luane.

      Em anos à frente da empresa, me mantive o mais profissional possível, mas naquele momento uma outra Charlotte tomou o posto.

- Acredito que não veio até aqui para ficar flertando com a minha assistente. - ele finalmente me olhou. A raiva já existente por aquele homem aflorou ainda mais. - Não notou que ela ficou desconfortável com a sua falta de senso?

Álvaro ajeitou sua gravata e limpou a garganta.

- Vim contratar os serviços da sua empresa. - ergui a sobrancelha. - Acho que ficou bem claro o quanto aprecio a Allen...

Ele sorriu de forma debochada.

"Desgraçado."

- Deixou muitíssimo claro. - sorri. - Sinto muito, mas a minha empresa não prestará mais nenhum tipo de serviço a sua pessoa ou qualquer outra ligada ao senhor.

- Isso é um absurdo! - ele bateu com força em minha mesa, assustando Luane. – Dei milhões a essa empresa. Exijo respeito!

Apenas cruzei minhas pernas e sorri.

- Peço que saia daqui... Ou deseja que meus seguranças o levem amigavelmente? - Álvaro ficou rubro.

- Isso não vai ficar assim, Charlotte. - apenas sorri ainda mais.

- E o vandalismo a minha empresa também não, senhor prefeito. Agora se me der licença, tenho muito trabalho. Não que o senhor saiba o que é isso. - Álvaro passou a mão em sua cabeça, visivelmente enfurecido.

- Terá notícias minha, sua arrogante de merd*. - ele saiu de minha sala, batendo a porta com força.

- Ele mandou fazer aquilo na faixada da Allen? - Luane perguntou. A encarei, respirando fundo.

- Sim, foi esse miserável. - tomei um gole de água. A minha garganta secou de tanto que controlei o que queria dizer aquele infeliz.

- Por que? - a loira parecia perplexa. - Pietra saiu igual ao pai... Não nega o sangue que tem...

- Porque a Allen aceitou trabalhar com o Edson... O mesmo para quem você fez aquele comercial. Álvaro não aceita que nossa empresa esteja trabalhando com o candidato da oposição. - fiquei de pé. – Anda tendo problemas com a filha dele?

Luane demorou alguns segundos para responder.

- Alguns... Mas, eu dou conta daquela mimada. – franzi o cenho, não acreditando muito em suas palavras.

- Tudo bem. Avise a Paola que quero todos os funcionários em uma hora no hall.

- Sim, farei agora mesmo... - Luane saiu de minha sala e eu soltei o ar.

      Álvaro Cavalcante seria um grande problema e eu precisava me preparar para possíveis retaliações. Aquele projeto de homem não se importaria em fazer qualquer coisa para benefício próprio.

- Desgraçado...

 

      Uma hora depois, eu estava descendo para fazer o pronunciamento. Um pequeno palco foi improvisado com um microfone. Pedi a Luane que ficasse ao meu lado, assim como Larissa ficaria com Helena.

- Bom dia a todos... - Helena iniciou o pequeno discurso. - Como a vice presidente da Allen Magazine, digo que é uma honra e grande satisfação dizer que a festa de aniversário da Allen este ano terá mais um motivo para comemoração. - Helena me olhou e sorriu. - Mas quem vai dar essa boa notícia a vocês e a nossa presidente.

Sorri.

Helena me deu espaço, indo ficar ao lado de Luane e Larissa.

- Graças ao desempenho de todos aqui presente, a Allen Magazine comemorará seu vigésimo quinto aniversário e o recorde histórico de vendas de nossa revista somente no Pará... - os aplausos vieram em coro. – Isso tudo é fruto do trabalho duro de cada um. E com isso, este ano faremos o sorteio de três carros e três motos a vocês... Como agradecimento por anos dedicados a nossa empresa.

Os colaboradores da Allen ficaram agitados, aplaudindo e comemorando.

- Calma, pessoal... - sorri. Eu não costumava sorrir, mas ultimamente todas as coisas que não eram de minha rotina passaram a existir. - Gostaria de poder presentear a cada um de vocês... Infelizmente não é possível, mas espero que curtam a festa de sábado e boa sorte a todos...

      Encerrei meu pronunciamento e ao olhar para Luane, fui presenteada com um lindo sorriso. Eu me recusava a gostar de uma coisa tão boba. Aquilo não poderia acontecer. Ela e eu era algo que não podia existir.

 

      A tarde chegou e eu já me preparava para ir embora. Helena havia saído um pouco mais cedo e àquela altura quase todos os funcionários também. Deixei minha sala, com uma sensação estranha no peito. Decidi ignorar aquilo e segui. Quando cheguei ao estacionamento, notei que os quatro pneus do meu carro haviam sido rasgados e no para brisas um bilhete foi posto. Peguei o pedaço de papel e senti meu sangue ferver.

"Isso não é nada, Charlotte. Se prepare que eu irei te ferir aonde mais dói."

- Desgraçado... - coloquei o papel em meu bolso e liguei para Rodrigues vir me buscar e em seguida para o mecânico que viria no dia seguinte.

      Se aquele político estúpido achava que iria me assustar, estava totalmente enganado. Iria mostrar aquele canalha que ninguém bate de frente comigo. Ele irá se arrepender de ter mexido comigo.

- Aguarde, Álvaro... Aguarde.

 

- O que pensa em fazer? - Helena me encarava. Estávamos jantando em minha casa.

- Reunir provas que levem até ele. Vou expor aquele infeliz. - tomei um gole do meu vinho. - Acabar com sua carreira política.

Lembrei novamente da forma asquerosa que ele olhou para Luane.

- E sobre a sua mãe? - olhei para a salada que Marjorie havia feito. - Ainda estou pasma com tudo que você me contou dessa viagem...

- Eu vou procurar um corretor e em mês, me mudo da casa deles. - Helena segurou a minha mão.

- Sinto tanto que esteja passando por isso, Charlotte. - encarei minha amiga.

- Já cansei de me lamentar. Joanne e o James jamais irão mudar. - nem em sonhos. - Eu estava pensando... William se forma esse ano. Que ele fique com a presidência.

Helena abriu a boca em perplexidade.

- Mas Charlotte, você elevou a Allen, vai deixar todo o seu trabalho vim abaixo? Você ama o que faz.

- Quero me afastar da minha família, Helena. Quero iniciar a minha própria empresa. Não me importo em começar do zero. - minha amiga amarrou os seus fios rebeldes.

- Então eu vou com você. - ergui as sobrancelhas.

- Tem certeza? Helena, você trabalhou muito e o cargo de vice foi lhe dado com louvor.

- Absoluta! Podemos ser sócias. Juntamos os nossos capitais e iniciamos a nossa empresa. Sempre nos demos maravilhosamente bem e agora não será diferente. Se você entregar a presidência, eu vou com você... - olhei para a mulher a minha frente e sorri.

- Você é a melhor pessoa que existe, Helena. Tem sido o meu porto seguro todos esses anos. – a morena tocou o meu rosto.

- Você é minha irmã... Não é de sangue, mas é de alma. Se você estiver realmente decida a sair da Allen, a partir de amanhã irei iniciar algumas pesquisas pra podermos criar a nossa empresa. The Future Company, o que acha?

- Eu adorei! Na verdade, amei...

      Se os meus pais não me viam como importante, então eu cortaria todos os laços com eles, começando por me mudar da mansão. William poderia ficar com ela toda para si, não me faria falta alguma.

      Helena e eu terminamos de conversar. Levantei para acompanhá-la até a porta, mas ao chegar à sala, presenciei o que não deveria. Senti todo o meu corpo ficar tenso. Foi como levar um soco na cara.

      William e Luane se beijavam de forma apaixonada, parecia que não existia mais nada ao redor dos pombinhos. Helena me olhou, parecendo ler a minha mente, porque segurou em meu braço.

- Calma, Charlotte... – ela pediu baixinho.

- Quanto fervor... - não consegui me manter calada. Os dois imediatamente me encararam, mas a minha atenção foi toda para Luane que pela primeira vez desde que a conheci, não me enfrentou com seu olhar abusado.

- Boa noite, Luane... - Helena como sempre um poço de gentileza.

- Boa noite, Helena... - senti uma fúria crescer em meu peito.

- Bom, até amanhã querida... - minha amiga foi até Luane, lhe dando um breve abraço. – Diga a Lari que adoraria outro bolo da mãe dela.

- A mãe da Lari vai ficar muito feliz... Ela está louca pra te conhecer.

Fui até a porta, lhe esperar.

- Diga a ela que poder ir até a empresa em qualquer momento. Vou adorar conhecer a mãe de Larissa.

Ergui a sobrancelha, surpresa com os dizeres de Helena.

- Não faça nada... - ela cochichou em meu ouvido. - Até amanhã...

- Até amanhã...

      Helena saiu e eu fechei a porta, respirando o mais profundo que consegui. Passei pela sala, sem olhar para nenhum dos dois e voltei para a cozinha, com a raiva queimando forte.

- Marjorie... Pensei que não estivesse mais aqui. - me assustei com a menina.

- Desculpe, senhorita Charlotte. - ela sorriu. - Decidi dormir aqui com a minha mãe... A senhorita quer que eu faça alguma coisa?

A menina estava de roupas casuais e o costumeiro bom humor.

- Se puder me ajudar com essa pequena bagunça... - apontei para a louça.

- Ajudo, com todo prazer... - acenei em concordância.

      Passamos a lavar e limpar tudo, enquanto conversávamos. Marjorie era uma menina divertida e muito inteligente. Conversar com ela era algo fácil.

- Sabe, senhorita Allen... A partir da semana que vem não irei mais trabalhar em sua casa. - sim, eu estava ciente daquilo. Marina havia me dito que a filha iria começar a se dedicar somente aos estudos. - Então queria lhe confessar algo...

Lhe olhei, ficando curiosa. Estávamos lado a lado.

- Diga... - parei de enxugar a louça e a olhei.

- Eu sempre achei a senhorita muito linda, mas nunca pude dizer nada porque era a sua funcionária. - ergui as sobrancelhas. - Agora... Mesmo correndo o risco de ser rejeitada, queria fazer Isso...

      No momento seguinte, a minha boca foi tomada pela mais jovem. A princípio fiquei muito surpresa, nem tive algum reação e acabei por fechar os olhos, deixando que aquela menina explorasse meus lábios. Mas nos separamos ao ouvir o barulho de uma panela indo ao chão. Ergui a sobrancelha ao perceber que se tratava de Luane. A loira agachou para pegar o objeto e ao levantar, me encarou e eu podia jurar que havia fúria em seu olhar.

Então eu apenas sorri satisfeita.

Fim do capítulo

Notas finais:

boa noite meninas... não deu para postar mais cedeo...

estava mega ocupada... 

e então?

haha

até segunda...

 


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Comentários para 9 - Capitulo 9 - Puro ciúme:
Naty24
Naty24

Em: 22/02/2020

Desde o começo desconfiei dessa mocinha a Marjorie, deixou a timidez de lado legal hein!!! Kkkk... mas... tem todo esse conflito de emoções avassaladoras de Charlotte e Luane. Ñ posso deixar de comentar que com um simples beijo as 2 entram em combustão,imagina o sexo. Wowwwww!!! Vai ser selvagem rsrsrs


Resposta do autor:

😂😂😂😂😂😂😂

Acho que a parte do sexo vai ser complicado... Duas personalidades igualmente fortes... Vai ser louco... A Marjorie partiu pra cima... O que será que a Allen achou da investida da menina? Aí ai

Daqui a pouco tem mais um capítulo... Até breve ❤️

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jakerj2709
jakerj2709

Em: 22/02/2020

Olá autora...

Achei muito bom essa idéia da Senhorita ALEN   criar sua própria empresa que será com certeza um grande sucesso,terá Helena as o seu lado com Lari tbm.

Agora Luane te era q decidir

Ir com Charlote

Ou ficar com Will.

Enfim Will poderia bom encontrar alguém que ocupe seu coração uma secretária seria bem clichê Oi q me diz autora  assim deixaria a Lu com a Alen toda poderosa....

Obrigada por alegrar nossos dias com sua escrita...

Parabéns.....

 


Resposta do autor:

Olá, meu bem...

Eu que agradeço por acompanhar meu trabalho. É um prazer sem igual poder dividia-la com todas vocês. Olha, Will tá apaixonado. Será que ela vai deixar a mulher que mexeu tanto com ele, tão facilmente?

Vamos ver um pouco ainda hoje... 

Daqui a pouco tem capítulo novo... Um beijo, meu bem ❤️

Responder

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