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Contratempo por Ana Formighieri

Ver comentários: 6

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Palavras: 4652
Acessos: 1610   |  Postado em: 21/02/2020

Notas iniciais:

Olá Garotas

Boa leitura e até sexta que vem!! Ou quem sabe antes... 

Divirtam-se e comentem!

Beijos

Capitulo 6 - WORK IN PROGRESS

Julia, já havia feito toda a sua rotina matinal e as 7:40 encontrava-se parada na frente do prédio em que a partir daquele dia seria não apenas o seu novo emprego, mas também o divisor de águas em sua vida. Seu horário de bater o ponto era as 8 horas da manhã, trabalharia até ao meio dia, então teria seu intervalo de almoço de uma hora, retornaria ao trabalho as 13 horas e sairia as 17 horas, horário perfeito para que pudesse buscar Clara na escola. Aproveitou este tempinho que ainda lhe restava antes de bater seu ponto, olhou para o prédio e repetiu as frases do Ho’ponopono que a algum tempo vinha inserindo em sua vida como forma de buscar o equilíbrio “Sinto muito, me perdoa, te amo e sou grata”, e então entrou mentalizando energia positiva para si mesma, para aquela empresa e para todos e todas que ali trabalhavam.

Victoria que costuma chegar cedo, em geral antes mesmo dos funcionários, ao passar na frente do prédio, viu a garota parada olhando o prédio, a primeira impressão que teve foi que ela estivesse rezando. Ela como era uma pessoa muito cética, estranhou aquilo, mas pensou: - Cada doido com sua mania! Entrou com seu carro na garagem e se dirigiu para a sua sala. Ficou lá sozinha, aguardando sua secretaria e amiga chegar. Quando viu Neila pelo vidro da sua sala já ligou a convocando-a para ir a sua sala, que entrou animada e com seu característico bom humor:

- Bom Dia Victoria, caiu da cama hoje é?

- A Neila nem dormi muito bem.

- Não dormiu bem, mas veio gata pro escritório é isso mesmo?

Victoria sorriu e disse, como se quisesse mostrar indiferença:

- Ué, nada diferente dos outros dias.

- Não, Não, Não Victoria você esta diferente, te conheço a anos, estou trabalhando aqui com você desde a época jurássica, sei te ler como ninguém minha amiga.

As duas deram risada e a chefe completou:

-É impressão minha ou você nos chamou de velhas, Neila?

As duas riram novamente e a secretaria completou:

- Velhas não, mas talvez experientes, afinal estamos batendo na porta dos quarenta.

-Aí nem me fale isso... o que importa mesmo é que o tempo esta passando, mas eu me sinto cada vez mais jovem.

As duas deram risada, mas a funcionaria completou:

- Aí amiga fale por você, por que minha coluna está me matando.

E neste clima descontraído e amigável as duas conversaram por mais um tempo antes de começarem a trabalhar. Quando a secretaria estava saindo da sala Victoria a chamou:

- Neila, por favor, chame os três novos contratados aqui que eu quero passar algumas orientações para eles antes deles começarem suas atividades.

- Ok sem problemas.

Neila saiu da sala e Victoria ficou ali com aquela ansiedade, que não a deixava trabalhar direito.

 

No andar abaixo, os três contratados da Kramer A.C, recebiam algumas instruções, enquanto Tereza a coordenadora sênior da contabilidade mostrava as mesas onde cada um iria trabalhar. Aquele era um espaço moderno sem paredes no qual havia uma organização muito bem-feita, mas ao mesmo tempo havia liberdade para que cada funcionário organiza-se seu espaço pessoal da melhor forma que quisesse deixando cada mesa com uma identidade própria. Ao fundo havia uma sala fechada, porém de vidro e com persianas, na qual eram realizadas as reuniões do setor ou debatidos assuntos que requeriam privacidade.

Enquanto Tereza dividia as contas pelas quais cada novo colaborador seria responsável a secretaria do andar informou a Tereza que Victoria os havia chamado em sua sala, a coordenadora dos contadores estranhou, pois esta não era uma prática comum da chefona, chamar novos empregados para a sua sala, não que a chefe fosse uma tirana ou algo do gênero, mas sabia que Victoria gostava de preservar e respeitar as hierarquias, considerando-as essenciais par ao bom andamento dos trabalhos. Julia por sua vez, se sentiu... se sentiu... não sabia definir muito bem como se sentiu, mas por um momento achou que poderia desfrutar de alguns momentos sozinha com aquela mulher que vinha mexendo consigo, então a jovem pensou: - Que besteira Julia, você achou mesmo que a chefona teria algo para falar só para você? Por que você seria especial?  É óbvio que ela só me informou ontem de algo que já faria de qualquer forma hoje e para isso aproveitou a oportunidade já que descíamos juntas no elevador. Julia ficou se sentindo uma idiota por, em um breve momento, ter se sentido diferente ou mais especial do que seus novos colegas.

O grupo então subiu para o andar da “elite”, como ouviu um outro funcionário chamando, acompanhados de Tereza, que aproveitava a caminhada para explicar mais algumas coisas sobre o trabalho e sobre a organização do escritório, aproveitou que estavam no caminho e mostrou uma cozinha na qual os funcionários poderiam tomar seu café ou fazer suas refeições, mas Tereza informou que poucos ficavam almoçando ali já que o restaurante na frente do escritório oferecia desconto para os funcionários da empresa, mostrou também uma sala com pufs, redes e sofás na qual os funcionários poderiam fazer uma siesta após o almoço e recarregar as energias para seguir no trabalho. Julia achou tudo muito interessante e já estava pensando em fazer sua marmita e almoçar na cozinha, assim economizaria para melhorar e organizar sua vida financeira, mas neste momento o que queria mesmo era ver sua chefe e essa ansiedade, essa vontade a incomodava.

Chegaram no pavimento superior, Neila sorriu e cumprimentou Julia ao ver que a moça com quem havia esbarrado outro dia havido sido contratada. Comunicou a chegada do grupo e Victoria autorizou a entrada. O grupo então se deslocou para a sala da chefa que já os aguardava.

Ao entrar na sala Julia travou, ficou presa naquele olhar cor de mel, suas pernas não se mexiam e borboletas insistiam em bater assas em seu estômago. Ela estava linda, foi a única coisa que conseguiu pensar. O mesmo ocorreu com Victoria, que prendeu seu olhar na mais nova e mal ouvia o que Tereza falava sobre as orientações que já havia dado ao grupo. Victoria apenas conseguiu pensar que a jovem estava ainda mais linda que no dia anterior, porém percebeu que havia um pouco de olheiras.

Neila conhecendo o histórico mulherengo da amiga e chefe, estranhou aquele olhar, pois não era um olhar de sedução tipo “quero você na minha cama”, era um olhar de admiração e encantamento, algo que ela nunca havia visto sua amiga destinar a ninguém, porém mais tarde interpelaria a empresaria sobre isto.

Quando Tereza terminou de falar e Neila percebeu que a chefe não reagia, intercedeu chamando a atenção da amiga para que a situação não ficasse ainda mais constrangedora já que todos os presentes haviam percebido aquela troca de olhares. Então, Neila se deslocou para o lado de Victoria e tocou no ombro da chefa para tirá-la daquele momento de transe e disse:

-Victoria precisamos ser rápidos aqui, pois a senhora tem uma reunião em cinco minutos.

Julia se incomodou com toque e ficou olhando, para a mão da secretaria que estava delicadamente pousada no ombro de sua chefe, pensou que com certeza ali havia mais intimidade do que apenas a relação entre secretaria e chefe; e como pelo jeito sua chefe era uma pegadora o que a impediria de ter um caso com sua secretária?

Victoria então quebrou aquela ligação com o olhar, tentou controlar o rubor que lhe subiu a face, olhou para Carlos e Tamara e começou a falar:

-Senhor, Senhoritas, desculpem meu lapso, mas andamos tendo muito trabalho por aqui e isto tem me deixado um pouco cansada e é inclusive por isso que chamei vocês em minha sala, como sabem esta empresa é a maior do estado, mas a alguns meses começamos a fazer a contabilidade e auditoria de empresas de outras unidades da federação e por isso houve a necessidade de contração de mais pessoal. Em razão disso gostaria de novamente, solicitar o comprometimento, seriedade e ética profissional, pois aqui lidamos com dados sigilosos das receitas e despesas das maiores empresas do estado e agora também do país, portanto precisamos confiar na integridade de vocês, pois o senhor e as senhoritas correm o risco de serem cooptados por terceiros para a venda de dados, por isso peço a vocês que se isso acontecer informem Tereza e venham falar conosco, pois levamos a nossa credibilidade muito a sério nesta empresa e contamos com a total fidelidade de vocês para continuarmos sendo a melhor no ramo.

Só após a sua fala teve coragem de olhar novamente para Julia que no mesmo instante abaixou os olhos, como se houvesse algo muito interessante no chão. Então Victória concluiu:

-Sejam muito bem-vindos a nossa empresa, e se tiveram dúvidas ou problemas não tenha receio de perguntar para Tereza ela é extremamente capacitada e conhece esta empresa como a palma da mão e dependendo das necessidades ela trará o questionamento até mim. Agora bom trabalho e que nossa parceria gere bons frutos.

Após esta última fala viu que a jovem a olhou tentando manter um olhar distante, percebeu que a jovem tentava se proteger e a mais velha entendeu aquilo sem precisar de palavras.

Após todos se retirarem da sala, deixando apenas Victoria e Neila, a chefa soltou uma lufada de ar e Neila na mesma hora perguntou:

-Victoria você pode me explicar o que foi isso, com essa nova funcionaria?

-Isso o que Neila tá louca?

- Aquele olhar com aquela menina a Julia.

A chefe se fez de desentendida.

-Não sei do que você esta falando!

- Pra cima de mim Victoria? A gente se conhece desde a faculdade. A no mínimo 18 anos eu vejo você jogando seu charme irresistível pra cima das mulheres, mas este olhar eu nunca vi. Você travou Victoria, nunca vi isso acontecer.

Victoria levantou virando de costas, não queria olhar para a amiga.

-Aí que exagero... eu realmente achei a moça bonita, mas é só isso. Sem falar que ela é uma menina deve ter uns 22 anos no máximo e ainda por cima é minha funcionaria e você sabe que não me envolvo com mulheres que trabalhem aqui.

A secretaria deu uma risada irônica e respondeu:

-Vic, Vic acho que desta vez essa sua regra não será respeitada.

E então saindo da sala completou:

-Victoria não esqueça que você tem reunião as 10 horas e se precisar de mim estou na minha mesa.

Após dizer isso fechou a porta e deixou uma Victoria em conflito com seus pensamentos.

 

O Grupo de novos contratados saíram em silêncio acompanhando Tereza, mas Carlos que percebeu o clima na sala da chefe colou em Julia e falou:

-Então quer dizer que é assim que você conquistou essa vaga foi?

Julia olhou para o homem sem entender o que ele queria dizer e ele completou:

-Sabia que nossa chefe é uma galinha? Adora pegar mulheres bonitas e depois descartar.

Depois olhou-a de cima em baixo, passando a mão na barba como se avaliasse a jovem e completou:

-Ééé você até que dá um caldo, mas... não se sinta especial, só por que ela está te levando pra cama.

O Homem então se afastou da jovem e se aproximou de Tereza que seguia a frente do grupo, como se não tivesse feito nada demais.

Julia ficou sem reação, mas ao mesmo tempo sentiu uma raiva imensa. Como aquele homem que nem a conhecia ousava falar com ela daquela forma? Se sentiu humilhada e ao mesmo tempo furiosa.

Tamara sua nova colega que caminhava poucos passos à frente com certeza ouviu o que ele disse e então reduziu o passo e se colocou ao lado de Julia dizendo:

- Eu lembro do que ele te disse no dia seletiva e também ouvi o que ele te falou agora. Você não pode deixar ele agir desta forma contigo. Se quiser informar a direção ou a Tereza, tenho certeza que ele será demitido por conduta antiética e misoginia. Se precisar que eu diga o que vi e ouvi conte comigo.

As duas trocaram um olhar cumplice e Julia agradeceu o apoio e sentiu que ali estava encontrando uma nova amiga.

Mas Tamara curiosa não aguentou e perguntou:

-Ju, você tem mesmo algo com nossa chefona?

Julia a olhou indignada e respondeu:

-Tá louca guria eu nem sou lésbica e ainda se eu fosse não seria no trabalho que iria arrumar um enrosco.

Tamara olhou para amiga e completou:

-Ok, mas que aquele olhar que ela te lançou foi um olhar sedutor aaaa isso foi.

Julia bufou enquanto a nova colega ria da situação.

 

Passaram algumas semanas e Julia estava se dedicando incansavelmente ao trabalho, apresentando novas ideias para otimizar as análises das contas e se mostrando uma funcionária exemplar, enquanto isso, Carlos seguia a agredindo verbalmente e tentando desestabilizá-la emocionalmente. Julia só podia contar com Tamara que de fato havia se tornado uma amiga e a apoiava sempre, quando percebia que a colega se sentia mal pela postura ofensiva de Carlos.

Já Victoria nunca achou tantos motivos para descer ao andar da contabilidade e verificar como o trabalho estava sendo realizado, além disso perguntou muitas vezes para Tereza como os novos contratados estavam se saindo e ficou feliz em saber que Julia se destacava entre os três, mas também se sentiu raivosa ao saber que Tereza havia visto Julia e Carlos tendo um desentendimento e suspeitou que os dois tivessem um relacionamento extra laboral, pois o rapaz falava com muita intimidade com a moça. Após essa notícia, subiu raivosa para seu escritório e precisava encontrar uma forma de acalmar o seu ânimo e decidiu que iria se jogar na noite e aproveitaria a despedida de Joana que seria na boate mais badalada e vip da cidade.

Joana e Victoria se tornaram boas amigas nem parecia que já havia passado quase um mês que a jovem havia chego da Europa e logo já teria que partir novamente. A empresaria achou que realmente aquele fora um mês atípico, saiu poucas vezes, não se encontrou com mulher nenhuma, nem desceu para o litoral para ter seu fim de semana de luxúria com Suelen, se dedicou intensamente ao trabalho, manteve uma conversa quase que diária com Joana, e quase todas as noite ia pra casa pensando naquele olhos verdes. Até já havia contado para Joana que havia uma funcionária muito bonita e que chamava muito sua atenção, a nova amiga não perdeu a oportunidade de zoar a mais velha falando sobre o clássico clichê “chefe/funcionária”, mas Victoria ressaltou várias vezes que não tinha nada a ver e que tudo não passava apenas de admiração.

Mas então se era só uma admiração por que ficou com tanta raiva ao cogitar a possibilidade de Julia ter algo com Carlos?  A empresaria não queria pensar naquilo no momento, apenas queria ir para sua casa e se acabar na noite e curtir com sua nova amiga que infelizmente logo iria embora.

 

 

Julia não aguentava mais as chantagens de Carlos. Um domingo em que Julia brincava no parque, o homem passou e viu a jovem brincando com a criança que a chamou de mamãe, então desde que ele descobriu que ela tinha uma filha, chantageava a colega dizendo que se ela não fizesse as tabelas e relatórios das contas que ele era responsável, ele contaria sobre a mentira da jovem na entrevista o que provavelmente a levaria a demissão e agora não seria por ter uma filha, mas sim por ter mentido na hora da entrevista. Fazia 24 dias que Julia estava trabalhando, mas já havia percebido que confiança era algo muito valorizado naquele espaço de trabalho. Então a jovem contadora temendo por seu emprego cedia as chantagens do homem, trabalhando dobrado o que a deixava exausta. Ainda bem que era sexta feira e a moça ficaria dois dias sem olhar para a cara daquele crápula, mas de qualquer forma teria que acordar cedo para trabalhar na padaria, afinal a jovem jamais deixaria dona Rita, a senhora que tanto lhe ajudou na mão.

 

Sexta noite e Victoria estava vestida para matar, havia feito uma maquiagem que valorizava seus olhos cor de mel e vestia uma calça skinny de couro preta, um cropped que valoriza seus seios e deixava parte do abdômen a mostra; para encarar o arzinho fresco da noite curitibana, nos ombros levava uma echarpe, para completar o look um sapato lacey Jimmy Choo e o toque final era seu perfume one milion masculino.

Saiu de casa já era passado da meia noite. Chegando na balada encontrou seu irmão, Jasmim, Joana e mais alguns amigos e amigas convidados para a despedida e a reclamação da demora da empresária foi unanime:

-Poxa Vick achei que você não viria mais – resmungou o irmão.

- Eu não perderia a despedida da Joana, por nada irmãozinho.

O Irmão olhou de canto de olho e perguntou:

-Tá rolando alguma coisa entre vocês?

Victoria fez uma careta como quem diz, tá louco? E respondeu:

- Claro que não! Você acha que eu saio pegando todo mundo é?

O irmão deu risada e respondeu:

-É todo mundo não, mas sendo mulher bonita você não pensa duas vezes e se tem uma coisa que as mulheres da família Albuquerque são é bonita.

Os dois riram concordando, mas a mulher completou:

-Ah meu irmão eu e Joana nos tornamos boas amigas, gosto da companhia dela e sinto muito por ela ir embora tão rápido.

- Eu também sinto muito, Joana é muito legal e Sophie também já se apegou a ela, estamos inclusive pensando em ir visitá-la em janeiro.

- É quem sabe, é uma boa ideia. Ela estará em temporada e podemos vê-la dançar na Ópera de Paris.

Joana e Jasmim chegaram da pista de dança, fazendo os irmãos concluírem o assunto, ficaram ali conversando e tomando shots de tequila. Se animaram e voltaram todos para a pista de dança. A música estava deliciosa misturando sucessos do cenário eletrônico com as divas do pop o que deixava o público fervendo.

Uma mulher negra, belíssima, encarava Victoria e dançava sensualmente do outro lado da pista se insinuando para empresaria. Após algumas trocas de olhares aquela deusa de ébano caminhou como uma gata até Victoria, passou ao lado dela, pegou na mão da mais velha e chamou:

-Vem comigo!

Victoria sem pensar muito foi, afinal estava sozinha, a dias não ficava com ninguém, então o que custava se divertir e curtir a noite com uma linda mulher.

Chegando a um corredor escuro que dava acesso aos banheiros, a mulher grudou Victoria na parede e beijou-a intensamente, um beijo lascivo, carregado de desejo. As mãos se espalhavam pelos corpos o clima estava ficando cada vez mais quente, então Victoria puxou a mulher para o banheiro e entraram em um dos reservados. As mãos que antes se buscava por cima das roupas, agora com a fugaz privacidade de um banheiro público se tornaram mais exigente e queriam o calor da pele, não a frieza das roupas. As duas mulheres sabiam exatamente o que queriam e o que faziam, seguiram buscando os espaços, encontraram os caminhos e habilmente se tocaram, cada uma no sex* da outra, sentindo a umidade quente em que ambas estavam continuaram se massageando no ponto mais sensível, se penetrando e logo goz*ram... um gozo sem compromisso, apenas para satisfazer a necessidade do momento. Saíram do reservado, lavaram as mãos, deram um selinho e sem ao menos falarem seus nomes, foram cada uma para seu canto, cada uma para seus amigos e para suas vidas. Era sex* assim que Victoria conhecia, era assim que Victoria gostava.

Victoria voltou para a mesa onde os convidados para a despedida de Joana se encontravam, mas percebeu que seu irmão e sua cunhada já haviam ido embora. Voltou para pista para exorcizar seus demônios na música frenética que a embalava.

Eram 5:30 quando resolveram deixar a boate, mas Joana que era magra de ruim, queria por que queria parar na feira comer um lanche, mas uma das meninas amiga de Joana falou que conhecia um lugar ali perto que essa hora já tinha um pãozinho quentinho pronto e um delicioso café com leite, então o grupo de 5 pessoas que havia sobrado até o final da festa decidiu ir tomar um bom café da manhã antes de irem para suas cassas e dormirem até de tarde.

As 6 horas da manhã o grupo entrava na padaria da Dona Rita, uma das mais conhecidas da galerinha que saía das baladas do Batel. Os amigos de Joana, todos bem mais jovens que Victoria, estavam fazendo uma algazarra e se divertiam lembrando dos acontecidos da noite. Sentaram-se em uma mesa grande no canto e conversam e davam risada. Victoria se sentia meio velha para aquilo, mas ainda assim entrou na energia dos mais novos. Até que começaram a zoar do sumiço da Victoria e da pegação dela com a mulher no corredor dos banheiros, a empresaria não dizia nada apenas dava risada. Até que uma moça os interrompeu:

-Olá Bom Dia, gostariam de fazer o pedido agora?

Victoria reconheceu aquela voz na hora, não precisou olhar para se certificar, mas é claro que iria olhar.

A jovem já havia deixado os cardápios na mesa e encarou Victoria com um olhar de incredulidade e as outras 4 pessoas que não faziam ideia do que se passavam entre a empresaria e a atendente naquele momento, continuavam falando e dando gargalhadas.

Julia vestia seu uniforme de atendente na padaria e se sentiu intimidada ao ter aquele olhar penetrante congelado nos seus. Prendeu sua respiração, nenhuma das duas disse nada apenas se olhavam.

- Ei moça eu vou querer um misto quente e um suco de laranja.

-Moça?

-Moça?

Julia saiu do transe e olhou para a jovem que falava:

- Ah desculpe-me, qual o seu pedido?

-Quero um misto quente e um suco de laranja.

- E o que mais gostariam?

Julia não olhou mais para Victoria, precisava se concentrar em anotar os pedidos.

Os outros fizeram seus pedidos e Victoria foi a única que não quis nada, pois sua cabeça estava a mil pensando no que aquela mulher que a semanas vinha lhe tirando a razão e além disso era uma de suas melhores funcionárias, extremamente inteligente e perspicaz, fazia ali trabalhando de garçonete?

Julia foi até o balcão preparar os pedidos, estava desnorteada e por isso pediu ajuda de Beatriz que percebendo o estado da amiga perguntou:

- Ei Ju, tudo bem?

-Sim, sim, foi só um mal-estar. Me ajuda a preparar estes pedidos por favor?

Então as duas começaram a preparar os pedidos.

Enquanto isso Victoria que estava confusa foi a banheiro, para jogar uma água no rosto e tentar colocar um pouco os pensamentos em ordem. Quando voltava mexendo em seu celular para disfarçar sua tensão e ter algo para fazer com as mãos, esbarrou em algo e apenas escutou aquele barulho de xícaras e copos caindo e quebrando.

O barulho chamou a atenção do grupo que imediatamente pararam a conversa e olharam o que estava acontecendo, Joana então se surpreendeu e olhou com mais atenção, porém apenas observou e não disse nada.

A mais velha se assustou, mas quando percebeu, apenas viu Julia já pedindo desculpa:

-Me desculpa! Foi sem querer não vi que a senhora estava aí.

Então a mais nova se abaixou para recolher os cacos de vidro enquanto sua amiga Bia ia buscar um balde e o rodo mágico absorvente para ajudar a limpar a bagunça.

Victoria ficou em pé olhando aquela cena, até que ouviu um ‘Aí’ seguido de um gemido, então a empresária se abaixou perguntando:

-Você esta bem?

Já olhando a mão da moça que sangrava, concluiu:

 - Você se feriu, deixe eu ajudá-la!

E segurando a mão de Julia, Victoria tirou o caco de vidro que estava dentro da pele do seu polegar, o que fez sair ainda mais sangue. Aquele simples toque fez uma corrente elétrica percorrer o corpo das duas mulheres. As duas ficaram alguns segundos ali abaixadas se olhando, enquanto a mais velha ainda segurava a mão da mais nova, quando Julia escuta uma voz manhosa vindo do fundo da panificadora:

-Mãe, mamãe, eu não consigo mais dormir.

E escutou os passinhos da pequena que corria com a pantufa de unicórnio em sua direção. Julia apenas fechou os olhos e apertou os lábios, como quem diz ‘não acredito nisso’ e quando abre os olhos encontra a orbes mel a sua frente expressando uma grande interrogação.

As duas que ainda estavam abaixadas, levantaram sem perder o contato do olhar, até que aquele serzinho de pijaminha de bailarina e pantufa de unicórnio grudou das pernas de Julia e disse:

 -Mamãe, tive um pesadelo!

Julia que já considerava tudo perdido, olha pra sua filha com todo o amor que havia em seu coração e responde:

-Tudo bem meu amor, você sabe que pesadelos são apenas sonhos ruins e que depois dele você tem que pensar só em coisas boas.

E pegando a filha no colo fala:

- Mas agora vamos sair daqui, por que aqui tem caco de vidro e a senhorita pode se machucar.

Victoria observa tudo atônita, não acreditando no que via a sua frente. Que a sua funcionária exemplar, que em sua ficha de admissão preencheu que não tinha filhos e na entrevista afirmou e confirmou que era sozinha na vida, estava ali com uma menina linda em seus braços a chamando de mãe.

-Mamãe o seu dedo, você se cortou?

- A isso foi só um cortezinho bobo, mas vamos sair daqui para não acontecer o mesmo com você.

Julia então olhou para Victoria que continuava ali observando a cena.

A empresaria pode sentir naquele olhar um pedido de desculpas, mas a jovem apenas disse um simples e breve – Com licença. - e se afastou com sua filha nos braços.

Julia chamou seu João o padeiro para ajudar Beatriz a preparar o lanche do pessoal da mesa já que estava com a mão cortada, deixou Clara sentada num banquinho no balcão da padaria e foi ao banheiro lavar a mão, improvisar um curativo e se recuperar da situação constrangedora pela qual tinha passado.

Deixou para traz uma Victoria estática, sem ação, mas que quando conseguiu se mexer apenas informou aos amigos que iria embora.  Houve uma reclamação geral, mas que passou despercebida por Victoria.

Joana que havia acompanhado toda a cena e observado o estado em que estava a mais velha, se despediu dos amigos e correu para alcançá-la.

 Já na calçada em frente da padaria chamou:

-Vic, Vic? Me espera!

E correu para segurar no braço da empresária.

-Joana estou afim de ir pra casa.

-Baby, eu vi o que aconteceu ali e vou com você pra sua casa pra te preparar um café e a gente conversar.

A jovem olhou a amiga, abraçou e concluiu:

-Vamos, não há nada que um bom café e uma boa conversa não resolva.

Então Joana deu um breve beijo no rosto de Victoria e as duas caminharam abraçadas até o carro.

Ao voltar para o salão de atendimento da padaria Julia apenas viu sua chefa recebendo aquele beijo e saindo abraçada aquela moça, que ela tinha uma leve impressão de conhecer.

Sentiu seu coração ficar pequenininho, mas ao mesmo tempo apertado dentro do peito e viu o emprego com o qual ela tanto sonhou e trabalhou para conquistar, escorrendo pelas suas mãos.

Beatriz vendo que sua amiga não tinha condições de trabalhar, pois algo a havia abalado profundamente mandou ela ir pra Kit com Clara, a criança também estava assustada com seu pesadelo e precisava se acalmar. Mais tarde iria até lá conversar com a amiga e entender tudo o que ocorreu.

E assim cada uma seguiu seu caminho pensando neste encontro revelador que transformará a vida das duas.

Fim do capítulo

Notas finais:

E então meninas, o que acharam?

Julia com ciuminhos de Neila.

Esse Carlos chantageando nossa heroína.

E Victória será coração de pedra ou coração de manteiga com a menitirinha da Julia?

 

Aí aí ansiosa para postar os próximos capítulos para vocês.

Bom Carnaval garotas e lembre-se:

-Se virem um mulher passando perrengue no bloquinho por causa de assédio, cola nela, se passa por amiga e ajuda ela sair da situação. Respeito de todos e Sororidade é o que precisamos!

Beijos e se beberem não dirijam!

 

 


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Comentários para 6 - Capitulo 6 - WORK IN PROGRESS:
lis
lis

Em: 23/02/2020

Boa noite autora, tudo bem? Amando a sua estória, eita que esse Carlos hein chantagiando a Julia isso não se faz ela deveria ter contado a verdade para a Victoria e ter arcado com as consequencias mais agora, tudo se complicou pois ela descobriu da pior maneira possivel que a Julia mentiu. Eu acredito que a Joana se lembrou da Julia e vai acabar contado a história dela para a Victoria. Espero tb que quando elas forem conversar a Julia se abra com a Victoria e conte o porque mentiu na entrevista de emprego, sabemos que foi uma mentira grave, mais ela é muito competente e dedicada e espero que isso valha de alguma coisa, eu acredito que ela tb deva aproveitar e falar da chantagem do Carlos.


Resposta do autor:

Olá Lis

Seja bem-vinda por aqui, adoro receber comentários das leitoras e fico muito feliz em saber que você esta amando a história.

Então esse Carlos é um embuste mesmo e se aproveita do erro da Julia pra se beneficiar, mas espero que logo, logo as coisas se resolvam, o problema é quem sempre a vida é tão simples não é mesmo?

E Joana será que elas esta nessa história pra ajudar o para atrapalhar? Vamos descobrir isso em breve.

Beijos e até mais!

Responder

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Mille
Mille

Em: 21/02/2020

Oi Ana 

Carlos merece uma boa surra. 

Creio que segunda a Julia será chamada, e a Victória não irá demitir a jovem e está na hora da Julia tirar o Carlos desse pedestal dele. Se continar é capaz dele prejudicar a loirinha. 

Mentira tem pernas curtas, mais cedo ou tarde ela aparece.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Olá Mille

 

Concordo com vc, esse Carlos merece uma boa surra mesmo. 

Bom todo mundo sabe que não é bom mentir em uma entrevista de emprego, mas Julia mentiu e agora esta morrendo de medo de perder o tão sonhado emprego, esperamos que o fato de ela ser uma excelente funcionária a ajude não é mesmo? Estou aqui torcendo pela Julia junto com você.

 

Bjos e até o proximo capitulo!

Responder

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cris05
cris05

Em: 21/02/2020

Jesus, autora! Faz isso com a gente não...rsrs.

Meu sonho era que a postagem fosse diária. Minha ansiedade agradeceria muito...rsrs

Massss...sigo aqui com meus chazinhos.

Achei lindo Julia com ciúmes de Neila.

Esse Carlos, viu. Ranço! Tomara que a Victória descubra tudo e o demita. 

Já vejo Victória toda derritidinha por Clarinha.

 

Bom carnaval, autora. E volte logo, please!


Resposta do autor:

Olá Cris

 

Sabe qual era meu sonho? Ter conseguido terminar de escrever a história antes de começar publicar, pra poder publicar um capitulo por dia, mas minha ansiedade em ver ela no site foi tão grande que não consegui hahaha agora sigo aqui escrevendo e correndo atras do tempo pra seguir meu cronograma hahaha Fazer o que né? C'est la vie!

E Carlos é um embuste, Julia esta com ciuminho da chefona e com medo de perder o emprego, Vitória tá perdida sem entender o que sente pela funcionária... só penso uma coisa o gente lessa heim! hahaha

 

Bjos e vou me esforçar pra tentar por um extra

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 21/02/2020

Vixe! agora Carlos vai ter que trabalhar safado.


Resposta do autor:

Olá Marta seja bem-vinda aqui nos comentários!

Pois é agora o embuste vai tomar um invertida hahaha 

 

Bjos e até o próximo capítulo 

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Joanna
Joanna

Em: 21/02/2020

Coitada da Julia! Agora fiquei ansiosa com o próximo capítulo!

Mas esclarecer tudo será bem melhor, pois ser vítima de chantagista torna-se um problema sem fim.

O amor é algo inesplicável, bate o olho e pronto, não sai mais da cabeça. Não precisa nem conhecer, agora para dar certo,  só uma construção recíproca.

Abr


Resposta do autor:

Olá Joana


Esse é seu primeiro comentário aqui, não é mesmo? Se for seja bem vinda!

Então, eu pessoalmente sempre achei que mentira é um péssimo negocio, mas as vezes as pessoas escolhem esta opção pelos mais variados motivos e no caso da Julia agora esta sendo chantageada em razão disso, mas torço para que essa situação se resolva logo.

E sim o amor aparece nos lugares e nas pessoas menos esperadas e quando bate aquela sintonia, aquela atração, aquela conexão é algo singular e muito especial. 

 

Bjos e comente sempre isso deixa autora feliz e animada pra escrever mais!

 

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Master
Master

Em: 21/02/2020

Vooooooltaaaaa aqui autora, que tal um EXTRA heim, acho que a vic vai ser um coração de manteiga derretida com a pequena e vai entenderar e perdoarar a pequena mentirinha dá ju.

Acho que a joana vai contar tudo pra ela já que ela que ficou com o lugar que era pra ser dela no balé, agora que a vic já sabe da clara tomara que ela conte dos assédios e insultos do carlos ranço dele.

Tomara que elas comecem logo o relacionamento delas louca pelo primeiro beijo já, e autora a ju deve ficar sabendo o que a vic vai faezer no litoral com a suelen e a outra amiga ela vai se morder de ciúmes kkkk ela vai colocar a vic na linha direitinho. Ansiosa pelos próxiomos acontecimentos volta logoooooooo.


Resposta do autor:

Olá Master!

Um Extra? prometo que vou me esforçar pra adiantar a história neste feriado e quem sabe consigo colocar um extra segunda ou terça.

Victoria é durona será que ela vai ceder facil aos encantos de Julia, afina ela esta se sentindo enganada não é mesmo? terremos que esperar um pouco mais pra descobrir.

Carlos o típico macho escroto que quer inferiorizar e subjugar a mulher pq não tem competencia para superá-la.

A esse primeiro Beijo... lembre-se que tem Giovana correndo por fora nessa história e querendo a atenção de Julia.

Beijos e até o próximo capitulo!

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