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  • A ORDEM DO LABRYS: CRÔNICAS DA HERDEIRA (AEL VOL II)
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A ORDEM DO LABRYS: CRÔNICAS DA HERDEIRA (AEL VOL II) por Jules_Lucena

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Palavras: 9248
Acessos: 679   |  Postado em: 09/02/2020

Notas iniciais:

Boa noite pessoas queridas.

Gostaria de agradecer o carinho de vocês, daquelxs que persistem comigo.

Segue mais um capítulo para vocês.

Mas gostaria de dizer que após esse, provavelmente haverá um pequeno hiato, pois não consegui adiantar os capítulos como eu queria. Me perdoem. Mas não pensem que irei abandoná-lxs. Poderei demorar um tiquinho, mas retornarei.

Uma boa leitura!

Capitulo 4 O Duelo

“Manu?” Dominique tentava estabelecer a peculiar conexão que possuíam, mas sua filha não respondia e potencializava ainda mais a sua aflição. Acariciava o rosto da menina que repousava em seu colo enquanto o carro, dirigido por uma de suas seguranças, rasgava as ruas em direção ao centro de Paris.

 

- Como está a respiração dela? – A voz de Genevieve se fez ouvir pelo autofalante do carro em meio a uma ligação aflita.

 

- Parece que está normal... Assim como a pulsação... – Dominique respondeu com a voz embargada. Estava verdadeiramente apavorada e encarava o sangue seco de sua filha manchando a camisa de seu pijama.

 

- São bons sinais! Já alertei minha equipe.

 

- Genevieve... – Dominique carregou de alerta a sua voz.

 

- Eu sei minha senhora. Selecionei apenas pessoas de minha total confiança. Inclusive a minha enfermeira chefe é da Ordem.

 

- Ah sim. É verdade! – Dom tranquilizou-se com aquela lembrança. – Ótimo! Estamos entrando na avenida agora. – Avisou assim que avistou o alto letreiro do Assistance-Hôpitaux de Paris.

 

Seguindo as instruções de Genevieve, o carro parou num dos acessos a emergência que ficava fora da entrada principal. A ultima coisa que precisavam era chamar uma atenção desnecessária de outras pessoas se não as que foram direcionadas para atenderem alguém tão especial quanto aquela menina.

 

Três pessoas estavam já a postos, juntos a uma maca que já aguardava por Manu. Sem maiores esforços, Dominique a retirou do carro e com a ajuda de um corpulento enfermeiro, a colocaram na maca. E pouco antes de mergulharem no interior do hospital, ainda conseguiu ver a limusine que trazia a diretora daquele centro médico, que apesar de estar aposentada, ainda frequentava o lugar e possuía bastante influência.

 

A maca foi conduzida até uma sala reservada na emergência que teve todas as persianas fechadas assim que se prostraram lá dentro. Aquele espaço possuía todos os equipamentos mais modernos para o atendimento de urgência, embora ninguém ali dentro soubesse como lidar com alguém como Manu.

 

Dominique não largou sua mão um instante se quer e ninguém ousou pedir que ela saísse daquela sala e ela se certificou disso. Além também de certificar-se para que ninguém os visse passando. Tudo o que menos precisava naquele momento era chamar atenção desnecessária para elas.

 

- Como ela está? – Genevieve entrou com tudo na sala enquanto terminava de vestir o seu branquíssimo jaleco que tinha seu nome bordado logo após o símbolo do hospital.

 

- Ainda desacordada... – Uma enfermeira lhe repassou o quadro completo, pois Dominique mal conseguia concatenar seus pensamentos. Sabia que deveria ter ligado para Coraline, mas a urgência em cuidar de sua filha falou mais alto. Embora em seu intimo ela soubesse que a menina estava bem, pois todo o seu quadro era positivo, algo a estava alarmando.

 

- Bom... – A médica checava a pulsação da menina apertando levemente o pulso dela a despeito do equipamento sofisticado que mostrava os poderosos batimentos num ritmo extremamente saudável.

 

- Dra... Precisamos de exames de sangue. – A mesma enfermeira e que era da Ordem segurava os materiais para a coleta e olhava para a médica com certa apreensão. A princípio Dominique não compreendeu aquela troca de olhares.

 

- Por favor, deixem-nos sozinhas. – Genevieve demandou valendo-se de toda a sua autoridade e, sem maiores protestos, todos saíram deixando a médica, Manu e Dominique sozinhas. A interrogação na face da Mestra lhe fez demonstrar a sua apreensão. – Como você explicaria isso? – Tentou, sem sucesso algum, injetar uma agulha no antebraço da garota, mas todas as três tentativas resultaram em agulhas tortas.  Só então Dominique conseguiu pensar com alguma clareza, embora aquela constatação só lhe deixava ainda mais confusa acerca do estado da menina e dela ter conseguido machuca-la.

 

- Mas então como eu consegui feri-la? – Apontou o corte no lábio inferior de Manu e que não mais sangrava.

 

- O que vocês estavam fazendo antes disso? – A médica inqueriu.

 

- Estávamos... Apenas treinando e eu a venci em um desafio e a acertei no rosto e no abdômen, mas... Nem foi tão forte assim. Eu já a vi apanhar muito mais duramente da Helena... – Havia aflição na voz dela.

 

- A vimos ser alvejada por tiros e não sofrer um arranhão. – A mais velha ponderou e demonstrou que partilhava da confusão de sua Mestra.

 

- Mama? – Manu a chamou com uma voz que aparentava fragilidade.

 

- Manu! Meu amor. – Dominique voltou-se sobre ela e lhe acariciou o rosto, tomando o cuidado de mão magoar a face que aparentava um leve tom avermelhado do soco recebido. – Como você está?

 

- Acho que bem... Onde... Onde estou? É um hospital? Vovó? – Fez menção de se levantar, mas uma pontada de dor a fez recuar e arregalar os olhos para a mãe. – O que aconteceu mamãe? – A menina ficou aflita, pois o que parecia normal para qualquer pessoa, para ela beirava ao extraordinário, pois ela praticamente desconhecia a dor física.

 

- Calma criança. – Genevieve a tocou no braço. – Você precisa descansar um pouco. – Gentilmente acionou o mecanismo que ergueu parcialmente o encosto da maca que ela estava.

 

- Mamãe? – Passou a língua no lábio ferido e sentiu mais um misto de dores, tanto do ardor do corte quanto do maxilar machucado. – O que aconteceu comigo... – Dominique se compadeceu dela e a acariciou com devotado amor. – Espera... Estávamos treinando... – Levou uma das mãos a testa e a apertou com os olhos fechados, num característico gesto seu. De repente arregalou os lindos olhos azuis e estalou os dedos, anunciando que havia chegado a alguma conclusão. – A senhora me acertou! – Levou a mão ao rosto e em seguida ergueu a blusa e viu o hematoma roxo em suas costelas.

 

- Sim meu bem. Me desculpe. – Segurou a mão dela e a beijou. – Mas... – baixou os olhos. - Eu não sei como fiz isso. – A menina a observou com atenção, depois encarou a médica e viu as seringas com as agulhas retorcidas.

 

- Mas eu sim. – A sempre espirituosa Manu se anunciou com um suave sorriso nos lábios e nenhum sinal de mágoa.

 

- Sabe? – As duas mulheres questionaram ao mesmo tempo.

 

- Hunrum! – Estufou o peito, orgulhosa e sorriu de forma serelepe.

 

- Pretende nos dizer? – Sua mãe a provocou, já demonstrando que estava muito mais aliviada por estar podendo conversar com a menina que estava desacordada ha poucos instantes.

 

- Só a senhora pode me machucar! – Cruzou os braços e as penas e piscou um dos olhos para ela. Dominique franziu a testa e trocou olhares confusos com Genevieve.

 

- Como assim criança? – A médica questionou e percebeu quando a mudança no semblante de Dominique indicava que ela finalmente havia compreendido tudo aquilo.

 

- Lembra quando eu me cortei com os vidros da janela do seu apartamento? Quando eu tinha sete anos? Lembra mamãe? – Falou seriamente e Dominique anuiu positivamente com a cabeça.

 

- Isso mesmo Manu. Você tem razão! – Levantou-se e agitou seus cachos, demonstrando que não estava nem um pouco confortável com aquela constatação.

 

- Ainda bem que a senhora é a minha mãe! – Sorriu. – Ai, eu estou faminta. A comida de hospital é muito ruim. Quando posso ir embora? – Manu demonstrava que estava bem e de volta a sua melhor forma. Enquanto Dominique estava atordoada com as implicações do que acabara de descobrir e se aproximou da mulher mais velha.

 

- Precisamos de uma reunião do Conselho com urgência. – Cochichou com ela.

 

 

 

______

 

 

 

- Mas ela está bem? – Insistiu uma aflita Coraline em meio a uma vídeo-chamada.

 

- Estou sim mama! – Manu berrou de algum ponto atrás de Dominique. Ambas estavam de volta ao castelo.

 

- Não fale de boca cheia! – Dom a repreendeu e virou o visor do celular para ela que estava agarrada a um imenso pote de sorvete de limão.

 

- Já estou bem melhor. Olha aqui. – Aproximou-se e tomou o celular em mãos e o levou ate bem próximo ao rosto, focando o pequeno hematoma roxo e em seguida fez um biquinho mostrando o corte no lábio inferior. – Mas mãe... – Olhou apreensiva para Dominique que estava a sua frente. – Como está a escola? – Fez uma graciosa careta, pois sabia que ainda estava de castigo e tentava ler as expressões de Dom. – E os preparativos para o Torneio?

 

- Essa escola não é a mesma coisa sem você meu bem! – Coraline respondeu provocando um revirar de olhos de sua esposa. – Não canso de receber suas amigas em minha sala questionando quando você volta.

 

- Eu também quero muito saber. – Fez um bico ainda maior e virou o aparelho para sua outra mãe. Dominique bufou, sentindo que estava em minoria ali.

 

- Tá bom! – Manu ergueu os braços em comemoração, mas antes de soltar o berro de felicidade teve uma breve frustração. – Na sexta você volta.

 

- Mas mãe! O Torneio começa na sexta! Mama! – Apelou novamente para Cora, mas essa sabia que não iria conseguir barganhar aquele acordo.

 

- Meu amor, sexta é daqui ha dois dias. Além do mais, você precisa se recuperar totalmente se quiser defender seu título. – Piscou um dos olhos e ajustou o estiloso óculos de armação transparente que usava. Manu suspirou reconhecendo a sua derrota e pensou em protestar uma ultima vez, mas o erguer de uma das sobrancelhas de Dominique a impeliram a resignar-se.

 

- Agora termine seu sorvete e vá para o quarto descansar. – Dom demandou e virou o celular para que sua companheira se despedisse da menina.

 

- Amo você mamãe! – Soltou novamente com a boca cheia de sorvete e biscoitos. – Desculpe! Para onde você vai? – Indagou Dominique que apenas a olhou mais incisivamente. – Ah sim, reunião do Conselho... – Manu virou os olhos e voltou a concentrar-se em seu lanche. O olhar preocupado e distante de Dominique não passou despercebido por sua esposa, mesmo do outro lado daquela ligação.

 

- Tenha paciência com ela meu bem! – Pediu. – A irresponsabilidade da juventude é passageira. – Dominique certificou-se que já estavam longe o suficiente para que a menina não as ouvisse.

 

- Eu sei meu amor, mas eu só queria que ela encarasse seu caminho de forma mais séria. – Lamentou enquanto acionava o mecanismo que abria o caminho para a sua sala secreta. – Logo ela precisará assumir o meu lugar no Conselho e na Ordem.

 

- Acredite! Ela sabe disso. Apenas tenha paciência e confie nela. – Cora sorriu o sorriso que era capaz de transmitir toda a tranquilidade que sua companheira precisava. Porém sentia aquele acido gosto da mentira dançando em sua boca. Suas ultimas descobertas a estavam perturbando demais, e queria ter certeza de tudo antes de compartilhá-las. – Além do mais, nós fizemos um bom trabalho na educação dela. – Estufou o peito e arrancou uma alta gargalhada de sua esposa.

 

- Bom... Vou descer agora. Até breve. – Piscou um dos olhos e lançou um beijo. – A ligação foi interrompida à medida que descia os degraus. Guardou seu celular no bolso assim que verificou que não havia mais sinal algum. Uma das vantagens dos subterrâneos que lhe garantia a certeza que teria privacidade.

 

Assim que entrou, as luzes foram acessas revelando o riquíssimo material guardado naquele espaço. Sem que precisasse tocar nele, acionou o moderníssimo computador que repousava em sua mesa de escrita. Enquanto a conexão necessária era estabelecida, caminhou até o final da sala e contemplou aquela imagem que tanto lhe trazia lembranças. Dentro de um largo e retangular quadrado de vido e ferro, repousavam os dois exemplares dos livros escritos por ela e por Melanie Verger. Sorriu ao acariciar o vidro e permitiu que sua mente viajasse por entre épocas, misturando lembranças de séculos atrás com outras mais recentes.

 

- Dominique? Minha senhora? – A voz incisiva de Morgana rompeu o silêncio daquele ambiente.

 

- Estou aqui M! – Afastou-se e foi até sua mesa, sentando diante da câmera que possibilitaria que ela participasse remotamente daquela reunião. – Todas já estão online?

 

- Minha senhora! – Uma a uma os membros do Conselho, a alta cúpula da Ordem do Labrys, se apresentaram. Devido à urgência do assunto, não puderam se encontrar pessoalmente, então, uma a uma estavam participando virtualmente.

 

- Como está a minha sobrinha favorita? – Estela quebrou o protocolo solene daquela reunião.

 

- Nesse exato momento? Devorando um pote de sorvete de limão. – Recostou-se em sua poltrona de couro. 

 

- Já vi que a menina está ótima! – Helena sorriu ao lado sua companheira. Ambas falavam diretamente de Atenas.

 

- Genevieve nos repassou todos os dados do atendimento de Manu. – Morgana seguiu com o assunto que as reuniu naquela tarde.

 

- As anciãs? – Dominique questionou após fechar seu semblante.

 

- Sim, elas viram os resultados e conversei com elas. – M deu prosseguimento.

 

- E o que elas acham? – Estela não conteve sua ansiedade.

 

- Após uma vasta pesquisa em nossos arquivos e livros... – M estava evitando o tema principal, o que alertou a todos, pois ela era sempre direta.

 

- Não fazem ideia alguma do porque eu consegui... Machucar Manu. – Dominique arriou os ombros diante da constatação que sabia ser inevitável e também por ainda estar se punindo por ter ferido sua filha.

 

- Dominique, entenda... Não existe nada em nossos registros que explique a existência dessa menina. – Morgana prosseguiu. – Não há registros de uma criança ter nascido imortal.

 

Na tela, que estava dividida em 6 diferentes espaços, Dominique estranhou que sua companheira estivesse particularmente calada e presumiu que se dava pelo assunto estar diretamente relacionado a alguém que amava tanto.  O que nem ela e nenhuma outra daquelas mulheres sabiam é que Coraline poderia possuir informações que todas as demais desconheciam e mais uma vez decidiu ficar em silêncio.

 

- E isso só dificulta a tarefa de tentarmos compreender porque só a Carpentier pôde feri-la. – Estela verbalizou o que pensavam.

 

- Pensemos na natureza... – Finalmente Cora se pronunciou. – No equilíbrio da vida... Na forma como existe um controle sobre as espécies, para que as balanças não pendam mais para um dos lados.

 

- Do que você está falando? – Helena verbalizou sua confusão.

 

- Equilíbrio gente! – Cora gesticulava efusivamente acreditando que sua conclusão era óbvia. – Vejam o caso da Eve e do Armand! – Continuou e a simples menção àquele nome, fez Dominique se remexer em sua poltrona. – Luz e trevas... O bem e o mal.

 

- Você quer dizer que a Manu é má? - Estela adiantou-se precocemente e arrependeu-se da sua questão, pois apesar de aquele assunto nunca ter sido verbalizado, ela, assim como Helena e Morgana compartilhavam o temor que, por vezes também viam nos olhos de sua Mestra.

 

- Todos nós somos bons e maus. – Dominique quis por ondem na conversa. – Nossas escolhas é que determinarão os caminhos que iremos seguir. – Recostou-se.

 

- Muito bem! Então todas concordamos que Manu é a criatura mais poderosa que temos registro, certo? – M prosseguiu. – E algo... Ou melhor, alguém tão poderosa assim precisa de algum controle.

 

- Equilíbrio!  - Helena e Estela disseram em uníssono.

 

- Dominique é a maneira que a “natureza” encontrou de controlar algo que julgamos “incontrolável”. – M concluiu aquela reflexão iniciada por Coraline e tanto essa quanto sua esposa se pegaram às implicações que aquela conclusão as levou. Apenas a mãe poderia controlar sua filha, caso isso fosse necessário e pensar em possibilidades que isso fosse necessário, apavorou a ambas.

 

- Nossa! Ainda bem que as duas Carpentier estão do nosso lado! – Helena concluiu.

 

- Eu gostaria de... – Dominique baixou os olhos e evitou encarar Coraline. – Mais alguns testes. – Finalmente a olhou nos olhos e, para sua surpresa, não obteve nenhum protesto dela.

 

- Você quer machucar a menina novamente? – Helena assustou-se.

 

- É algo inteligente a ser feito. – Morgana concordou. - Todas de acordo?

 

Após longos segundos de silêncio, todas em unanimidade concordaram com aquela decisão.

 

- Mas é algo que precisa ser conversado com ela. – Coraline advertiu e Dominique sorriu sutilmente. Não esperaria nada diferente de sua mulher, e numa troca de olhares, ambas sabiam que uma decisão como aquela fazia parte da preparação da menina para assumir suas futuras responsabilidades.

 

- Farei isso! E... Acredito que essa reunião está finalizada. – A Mestra demonstrou o seu cansaço. – Ah sim, Helena... – Chamou a atenção de sua amiga antes que essa desligasse. – Como estão as coisas por ai? – Usou um tom mais complacente.

 

- Estão se ajustando. – Foi Estela quem respondeu, pois sua companheira ainda estava cabisbaixa com a sua perda.

 

- Lamentamos muito a partida de sua mãe Helena. – M novamente se solidarizou à irmã.

 

- Força minha amiga. – Cora também se colocou.

 

- Garotas, levem o tempo que precisarem ai na Grécia. – Dominique anunciou. Helena agradeceu o carinho de todas e se despediu, assim como as demais restando apenas Dominique e Coraline.

 

- Sei o que você está pensando e nem preciso me conectar com sua mente. – Cora disse suavemente ao ver sua amada apertar a testa e lhe olhar após um inclinar de cabeça e uma mordida de lábio.

 

- Eu queria não ter... – Pausou sua fala, temendo dar mais poder ao seu maior temor.

 

- Medo? – Cora falou com tom apaziguador, embora estivesse compartilhando da mesma agonia que sua companheira. – Meu bem... Seria imprudente se não tivéssemos medo. – Solidarizou-se a ela e viu, com pesar, os olhos marejados de sua amada.

 

- Mas não quero teme-la. Ela merece apenas o nosso amor. – Disse com a voz baixa e embargada.

 

- E é tudo que ela vem recebendo de todas nós. E... Sei exatamente o que lhe assusta. – Confessou. – Esse mesmo fantasma que você carregou e ainda carrega até hoje.

 

- É! As trevas... A minha... Escuridão. – Arriou os ombros. E no caso da Manu é...

 

- Ainda mais complicado por causa do... – Cora tentou socorre-la naquela reflexão.

 

- Sim, por causa do Armand... – Verbalizou o que tanto temia.

 

- Mas não se esqueça da alma que nossa menina carrega. – Sorriu ternamente e atraiu o olhar cumplice de Dominique que finalmente conseguiu soltar o nó que comprimia sua garganta. - Tudo é uma questão de equilíbrio e escolhas meu amor. Temos de ajuda-la a tomar as melhores decisões, mas... Não podemos fazer isso por ela. – Concluiu. – Até porque ela está se tornando uma mulher adulta... E foi como eu disse, demos o nosso melhor na educação dela e sempre estaremos aqui para ela.

 

- Muito obrigada meu amor. Não sei o que seria de mim sem você. – Sorriu.

 

- Sou maravilhosa. – Deu seu melhor sorriso para ela.

 

- E muito modesta. Mas eu a amo mesmo assim. – Sorriu de volta. – E queria aproveitar para dizer que estou morrendo de saudades. – E lançou seu mais provocante olhar, aquele que era capaz de roubar quase toda a razão da sua amada.

 

- Sra Carpentier... Controle-se! Estou em meu horário de trabalho e do lado de fora de minha sala tem uma série de alunas com as mais variadas demandas. – Valeu-se de seu ultimo lampejo de razão. E mordeu o lábio ao ver a cara de desapontamento sincero de amada do outro lado daquela ligação. – Mas estarei livre as... – Checou o tablet com sua agenda. – 19h. – Piscou um dos olhos e arrancou uma gargalhada da outra.

 

- Até às 19h meu bem! – Piscou um olho de volta. Desde que Coraline precisou se ausentar com frequência devido ao seu trabalho seja na direção do Instituto Chermont, ou nas viagens para as escavações e pesquisas que a tornaram ainda mais famosa, que se viam menos então valiam-se cada vez mais da tecnologia para sanar um pouco da saudade física que sentiam.  

 

- E... Tenha paciência com nossa “pequena”. – Sorriu e lançou outro beijo e esperou que a tela sumisse e ela encarasse o papel de parede de seu computador, uma linda foto dela, com Dominique e Manu, além da bola de pelos que atendia pelo nome de Andrômeda.

 

Suspirou encarando o imenso sorriso de sua filha e alcançou seu telefone discando um número já bastante conhecido para ela. Aguardou alguns instantes e logo foi atendida.

 

- Alô moça bonita! Por pouco você não me alcança aqui. – A mulher do outro lado disse manhosamente.

 

- Oi Amélia... Está indo para “o buraco”? – Questionou.

 

- Onde mais?

 

- Cuidado!

 

- Não se preocupe. Finalizaram toda a infra de sustentação das paredes da caverna.

 

- Ótimo! – Cora recostou-se em sua poltrona de encosto alto e puxou de uma das gavetas uma caixa metálica com a logo da Fundação Ártemis. A acariciou e sentiu um medo frio lhe corroer por dentro. Detestava aquela sensação e sabia que muitas das respostas que procurava estavam enterradas bem fundo, no conjunto de cavernas que encontraram sob uma das mais notáveis descobertas arqueológicas da história. Respirou fundo e fez a pergunta que adiou nos últimos dias – Minha amiga... Como anda o processo de tradução dos últimos pergaminhos?

 

 

 

______

 

 

 

Finalmente a tão esperada sexta-feira chegou e encontrou uma ansiosa menina que acordara muito antes do que deveria. Para conter sua ansiedade, refez toda a sua bagagem para a escola certificando-se pela terceira vez se estava levando tudo que precisava. Muitas de suas coisas estavam em seu armário na escola e checou pela enésima vez se estava com as chaves de seu dormitório e armário.

 

Fazia tudo sob o olhar atento de Andrômeda que parecia saber da partida de sua humana, pois insistia em se deitar sobre as roupas dentro de sua mala, num ritual que se repetiu nos últimos quatro anos, sempre que a menina precisava ir para a escola. De repente Manu parou e encarou a realidade de que aquele era seu ultimo ano no Instituto Chermont e um pesar profundo apertou seu coração. Amava aquela escola e não conseguia pensar no passo seguinte, quando saísse de lá.

 

- Quer saber Andrômeda? – Questionou a gata que a encarou com um piscar lento e soltou um baixo miado. – Esse será o melhor ano de todos. Deixarei minha marca naquela escola!

 

- E ainda precisa? – Manu assustou-se com a voz de sua mãe que estava parada sob a soleira da porta – Bom dia meu bem. E bom dia para você também. – Saldou a gata que saltou da cama assim que a viu e roçou entre as pernas dela.

 

- Oi mama! Bom dia! – Sorriu colocando ambas as mãos nas costas, sacudindo-se de um lado para o outro, num trejeito todo seu. – Já está tudo pronto para a escola... Malas, livros... – Apontou o pequeno caos sobre a cama.

 

- Posso ver que sim. Tome! – Estendeu um enorme copo contendo vitamina de frutas com leite e cereais. – Sei que não irás conseguir comer nada. – Conhecia aquela menina como ninguém, e sempre que a ansiedade estava grande, ela esquecia até mesmo de sua impressionante fome.

 

- Valeu Mama. Devo pegar o trem das 07h para conseguir chegar a tempo de me preparar para o Torneio.

 

- Não! – Dominique disse secamente e analisou a expressão de choque de sua filha.

 

- Mas mãe...

 

- Não vais de trem. Eu a levarei! – Suavizou o clima baixando seu queixo e vestindo seu leve casaco de cachemira cinza. E teve de conter o riso diante do sonoro suspiro de alivio de Manu.

 

- A sra quer me matar mamãe? – Pegou seu sobretudo e puxou uma das malas, e a outra Dominique fez questão de levar.

 

Após vários protestos de Andrômeda, conseguiram descer até a garagem e Dominique optou por um Audi sedan esportivo cinza grafite, que como todos os demais veículos de sua pequena frota, era blindado.

 

- A Sra vai dirigindo? – Manu surpreendeu-se ao ver sua mãe se encaminhando para lado do motorista. 

 

- Nada de motoristas. – Sorriu para a garota que a encarou com surpresa e alegria. – Quero uma boa viagem de mãe e filha. – Piscou um dos olhos e entrou em seu veículo. A menina ainda ficou parada encarando a mala do carro ainda aberta, contendo toda a bagagem que iria precisar para o próximo semestre letivo. – Você não vem? – A chamou olhando pelo retrovisor. Com uma batida forte, a garota fechou a mala e contornou até jogar-se em seu lugar, dada a sua euforia.

 

Dominique a olhou com profundidade e mal conseguia perceber a pequena cicatriz que restou do corte no lábio inferior de sua amada filha. Contemplou a euforia que transbordava dela e a alegria que ela mesma sentia ao compartilhar da felicidade de sua filha.

 

- Lembra da primeira vez que fui ao Instituto? – Manu lhe lançou aquela pergunta assim que deram partida.

 

- Como poderia me esquecer? Você não nos deixou dormir direito de tanta ansiedade. Além de ter mobilizado todo o castelo atrás de sua boina, quando na verdade ela já estava muito bem guardada em sua bagagem. – Disse com tom de desdém. Achou graça do bico que a menina fez ao cruzar os braços.

 

- Eu estava muito ansiosa... Era um momento muito especial Mama.

 

- Eu sei disso. Se me lembro bem, você estava preocupada que ninguém fosse gostar de você. Que não conseguirias fazer amigos. – A menina cruzou os braços e deu de ombros. – Mas, como prevíamos, você conquistou a todos e todas daquela escola. – Sorriu.

 

- O que posso fazer se sou irresistível! – Fez um charme e jogou uma mecha de cabelos para trás.

 

- E veja agora... Você não sou se tornou... Popular? É assim que vocês chamam? – Manu revirou os olhos e assentiu com a cabeça. – Como também será uma Monitora! – Indicou com um olhar a boina azul que a menina trazia em seu colo e que possuía um detalhe especial. O broche que lhe conferia o status e a responsabilidade de ser uma monitora de seu dormitório. Título que era extremamente cobiçado naquela instituição e que, ao contrário do que se poderia imaginar, Manu o conquistou por méritos próprios e não por qualquer possível facilidade que seus sobrenomes pudessem lhe proporcionar.

 

A menina acariciou aquela peça do seu uniforme e se pegou pensando no início de suas aulas. Na desconfiança que lhe olharam a princípio, questionando seu merecimento em estar naquela lugar. Até porque havia entrado na instituição um ano mais tarde que o normal, pois precisou adiantar seus estudos ainda na Fundação.

 

Surpreendeu a todos e deixou sua família orgulhosa, quando, por seus esforços, conseguiu alcançar as demais meninas de sua turma e em pouco mais de uma semestre já havia compensado o ano de atraso e ido muito além. Conquistando os principais prêmios que aquela instituição possuía.

 

- Espero estar preparada para essa responsabilidade. – Ergueu a boina e a encarou concentrada.

 

- Eu tenho certeza que sim. – A garota surpreendeu-se com aquela afirmação. Olhou para sua mãe e a viu encarar a estrada fixamente, mas percebeu um leve sorriso dançar em seus lábios. – Manu... – Parou o carro devido a algum trânsito na estrada e virou-se para encarar sua filha. – Apesar de você duvidar de mim, quase sempre... Eu confio em você! Acredito em sua capacidade e responsabilidade. – Ambas sabiam que ela não estava mais se referindo apenas a função que a garota exerceria naquele ano, mas a algo muito maior e importante. – Mas...

 

- Tinha de ter um “mas.” – Manu bufou e jogou a cabeça contra o encosto do banco.

 

- “MAS”, é você quem tem de acreditar em si mesma. – Viu a menina novamente revirar os olhos. – Sei que esse papo de “adulto” parece chato e repetitivo, mas é a verdade meu bem. Sabes que podes fazer tudo o que quiseres não é? – Sabiam que ela não estava sendo apenas metafórica. – E também sabes...

 

- Que minhas ações têm consequências... – Completou a frase e ambas riram juntas, mas Manu cessou primeiro ao lembrar-se da pior delas. Do dia em que machucou uma das pessoas que mais amava. Sua querida Mama Coraline. Como se lê-se aquele pensamento, sem mesmo fazê-lo, Dominique percebeu que havia tocado na pior ferida de sua filha e sabia disso. Da mesma maneira que sabia que aquela lembrança precisava ser trazida a tona com frequência, para servir de alerta para aquela poderosa criatura.

 

Compartilhando essa dolorosa lembrança, ficaram alheias ao que acontecia ao seu redor e o silêncio imperou dentro daquele veículo, até que uma insistente buzina atraiu a atenção de ambas.

 

- PASSA POR CIMA!

 

- VOE SE ESTÁ COM PRESSA!

 

As duas viraram para trás e disseram ao mesmo tempo, com o mesmo tom de voz e a mesmíssima expressão em seus rostos.

 

Se encararam e riram, mas Manu logo parou quando percebeu que estavam paradas já a mais de 20 minutos e que algumas pessoas já estavam fora de seus carros ao longo de extenso engarrafamento.

 

- O que está acontecendo? – Dom questionou enquanto olhava ao redor e Manu já saia do carro, dando-se conta que certamente chegaria atrasada a escola e aquilo era a ultima coisa que precisava. - Manu? – Chamou sua filha assim que a viu se afastar do carro.

 

- É um acidente. – Ela disse, e Dominique esticou a cabeça para ver algo, mas só conseguia enxergar carros e mais carros parados.

 

- Como você sabe? – A mulher questionou, mas não precisou de resposta alguma, bastou receber um significativo olhar da menina e perceber o que ela havia feito. – Já lhe disse que não podes usar seus dons assim. – Disse assim que retornaram para o carro. Manu deu de ombros.

 

- Não foi nada demais Mama. Além do mais é tão fácil! – Sacou seu celular e mexeu em algo. Dominique a encarou com aquela incomoda e persistente sensação de medo. A cada dia que se passava aquela menina demonstrava um paradoxal comportamento, pois já estava claro que ela era mais do que capaz de controlar todos os seus impressionantes dons, só que ao mesmo tempo ficava a incerteza das vontades dela, pois era óbvio que se ela assim o desejasse, realizaria o que bem entendesse e isso era realmente assustador para quem sabia quem ela era.

 

Dominique a observou mais demoradamente e mais uma vez soube que estava diante da criatura mais poderosa que já havia conhecido ou tido notícia e do quanto amava aquela pessoa na mesma intensidade. Isso lhe causava um temor inominável de que algo de ruim pudesse acontecer a essa menina e isso lhe levou a temer ainda mais a recente descoberta acerca do seu próprio poder de machuca-la. Rogava as deusas que jamais precisasse fazer valer esse seu impressionante dom.

 

- Mãe! – A menina a chamou de cabeça baixa e sem encará-la. Dominique apenas emitiu um som rouco. – Tá fazendo novamente.

 

- O quê? – Olhou ao redor sem compreender.

 

- Me olhando com essa cara de besta. – Olhou-a de soslaio. – Isso é muito estranho. – Fez uma careta.

 

- Não estou não. – Procurou se recompor.

 

- Tá sim!

 

- E esse trânsito que não anda! – Desconversou descaradamente.

 

- Mãe! – O tom de alerta de Manu a assustou.

 

- O que foi?

 

- A hora! Eu vou me atrasar muito. – Ambas constataram que a viagem de pouco mais de 2 horas estava se arrastando para quase 3 e ainda estava longe. – Merda! – Praguejou e recebeu um fingindo olhar de repreensão de Dom.- Vou perder a competição inicial! – Jogou-se contra o banco do carro e faíscas caíram dos postes mais próximos delas.

 

- Controle-se meu bem! – Pousou sua mão na perna dela e indicou com um olhar o que ela havia feito. Mas no fundo estava tão ansiosa quanto sua filha, pois queria tanto quanto a menina que ela participasse daquele torneio e pudesse quebrar o recorde de títulos que ainda pertencia a Estela Marshal. – Mas de fato... Eu adoraria que todos esses carros simplesmente saíssem de nossa frente. – Bufou e apertou o volante com força.

 

- Posso?! – Havia um sincero brilho de esperança no pedido da menina.

 

- Claro que não Manu! – A olhou duas vezes, embora ambas soubessem que se a menina assim o desejasse, poderia realizar aquilo sem esforço algum. – Mas veja, acho que agora vai andar. – Anunciou assim que uma ambulância e uma viatura da polícia passaram em disparada pelo acostamento. E poucos minutos depois, o trânsito voltou a seu movimento e com mais meia-hora de uma direção que Coraline consideraria impudente, chegaram ao Instituto.

 

Valendo-se de toda a influência de ser a dona daquela antiga instituição, Dominique dirigiu-se até o acesso dos professores e diretores daquela instituição e Manu riu da reação do porteiro quando se aproximou para abordá-las com a cara fechada e se deparou com aquela mulher lhe sorrindo educadamente.

 

À medida que cruzavam o jardim lateral, puderam ver pelas brechas das trepadeiras que uma verdadeira turba de estudantes se dirigia para um dos ginásios da escola e carregavam várias bandeiras com as cores de seus dormitórios.

 

- Droga, já tá começando! – Manu berrou e abriu a porta enquanto Dominique ainda parava seu carro. Olhou para sua mãe e nessa troca de olhares, se fez compreender.

 

- Vá! Eu levo suas coisas. – Ordenou e a menina deu um salto para fora do carro. Dom só pode observá-la correr em disparada e desceu do carro para cumprir com o que havia prometido. De repente sentiu o impacto dos braços dela ao seu redor.

 

- Obrigada Mama! – Uma ofegante Manu havia retornado para uma despedida devida e se afastou com um maroto sorriso. Era em momentos como aquele que a mulher podia novamente ver a pequena Manu, aquela garotinha por quem se apaixonou de cara assim que a viu e de como ela era amada. Apesar da dureza que precisava infligir na educação daquela adolescente, ainda recebia demonstrações como aquela e isso reforçava a certeza de que estava agindo de forma correta.

 

Com um sorriso bobo nos lábios, procurou ao redor por algum funcionário que pudesse levar a bagagem de sua filha, mas certamente todos já deveriam também ter ido para acompanhar o inicio do Torneio. Ela suspirou pesadamente e checando quem ninguém estava por perto para vê-la, retirou, com apenas uma das mãos o pesado baú de madeira e couro que ainda tinha sobre ele uma outra mala, ambas com a logo da escola.

 

- Minha senhora! – Assustou-se com a voz de um homem que corria em sua direção. – Deixe-me ajuda-la. – Assim que o viu fingiu que aquela bagagem pesava toneladas e praticamente a soltou no chão.

 

- Muito obrigada senhor... Pereira. – Disse após checar o nome dele em seu crachá. – Não sei o que seria de mim sem o senhor. – Forçou e virou o os olhos quando o viu inflando o peito diante da ação de ajuda-la.

 

 

 

______

 

 

 

Os corredores do dormitório Ártemis estavam vazios e isso possibilitou que Manu pudesse correr livremente por ele e ir tirando sua roupa enquanto fazia isso. Diminuiu os passos quando passou pelo salão principal onde havia uma pesada estante de carvalho que continha uma impressionante coleção de troféus e medalhas conquistados pelas estudantes de boina azul e contemplou o topo dela, que continha as quatro conquistas de Estela Marshal e fotos daquela jovem estudante. Logo na prateleira de baixo Manu viu e acariciou os seus. Exatamente 4. E tratou de ajustá-los um pouco a fim de deixar um espaço para a quinta conquista. Aquela que estava certa que conseguiria naquele seu ultimo ano. Mas não podia mais se demorar, pois viu por uma das altas janelas, que a vibração vinda do ginásio, dizia que as disputas já haviam começado.  Passou reto pela porta do quarto que ocupou nos últimos quatro anos e se dirigiu até o vestiário onde parou diante de um armário metálico que continha seu nome.

 

Digitou a sua senha e o destravou. Percebeu que todo o seu material esportivo estava em ordem e sacou exatamente o que precisaria para aquele primeiro momento de competição. Um belíssimo uniforme de esgrima que fora presente da Sra. M e possuía seu nome lindamente bordado no topo da camisa em seu braço esquerdo e no outro a logo da escola. O vestiu por completo e optou por seus tênis adidas azul. Contemplou a belíssima máscara que fora feita sob medida para ela e suspirou com o belíssimo desenho na tela de proteção. Tratava-se nada mais, nada menos que uma reprodução das lâminas do Labrys sagrado da Ordem. A levou numa mão e na outra um estojo de couro contendo seu florete, sua espada e seu sabre.

 

Uma nova onda de comemoração empolgada a lembrou que precisaria correr. Sabia que como detentora do ultimo titulo, não precisaria participar das etapas classificatórias, mas nem por isso queria perder as disputas inicias, até porque estava sentindo falta da atmosfera daquela instituição e mais intimamente do burburinho e paparicado que recebia, pois era uma verdadeira celebridade dentro daquela escola e secretamente adorava isso.

 

Aproveitando o vazio daqueles salões saltou direto do segundo andar direto para o térreo sem esforço algum e saiu em disparada pela larga e imponente varanda que era ornada com impressionantes colunas.

 

- Vá com calma Manu! – Quase se chocou com o homem que saiu de um dos corredores.

 

- Desculpe Prof. Pinot Mas preciso correr. Tenho um torneio para vencer. – Disse ofegante diante de Marc que a encarou de frente. A menina era alguns centímetros mais alta que ele.

 

- Então se apresse. – Deu um tapinha no braço da menina e quando essa já se afastava, Marc sussurrou. – Embora eu ache que esse ano não será tão fácil assim. – Sorriu de canto de boca e seguiu o mesmo caminho da sua estudante. Assim como todos que viveram a impressionante primeira semana na escola, ele também estava ansioso para o embate que estava sendo anunciado.

 

O burburinho que ouviu em seguida lhe disse que estava certo. No ginásio lotado de estudantes, professores e funcionários, podia ser sentida a euforia pela chegada de Manu.

 

- Até que enfim garota!

 

- Seja bem-vinda de volta ao lar!

 

- Isso aqui não é a mesma coisa sem você!

 

Essas foram algumas das frases de saudação que Manu recebeu assim que entrou no ginásio e caminhou direto para o lado da arquibancada destinado às meninas do seu dormitório. Mas o frisson não se limitava aquele numeroso e agitado grupo de estudantes, pois por onde Manu passava era cumprimentada e comentários tinham inicio ao logo de todo o ginásio.

 

Da arquibancada reservada para o corpo docente da instituição, Coraline tentava, sem sucesso esconder o sorriso de satisfação em ver sua filha no local ao qual pertencia e como se sentisse o peso do olhar de sua mãe, Manu virou-se para ela e com um discreto aceno de cabeça lançou a mensagem que desejava.

 

- Ainda bem que você chegou. – Foi intensamente abraçada por uma jovem de pele bronzeada e cabelos lisos de um preto impressionante.

 

- Oi Jana! – Retribuiu o abraço com menos entusiasmo do que recebeu.

 

- Esse lance de monitoria não é para mim. – Piscou um dos olhos para ela. – Essas calouras estão me deixando louca. – Recebeu um largo sorriso de Manu e ficou evidente para quem as observasse a cara abobalhada que a garota morena fazia ao literalmente babar diante da poderosa garota.

 

- Ah Jana, até parece que você também não já foi uma caloura insegura, assustada e curiosa. – Piscou um dos olhos de volta e virou para focar sua atenção nas duas fileiras mais acima, onde localizou rostos novos que a olhavam com evidente admiração. Acenou para elas, o que causou um reboliço que não passou despercebido.

 

- Você não cansa disso não é? – Sentiu o peso do braço de sua mais antiga amiga em seu ombro.

 

- Do que você está falando Sasha? – Franziu a testa e encarou a jovem russa que chamava a atenção pela imponente presença física que já havia lhe garantido um lugar no time infanto-juvenil da seleção de basquete de seu país, e era uma das poucas garotas mais altas que Manu. 

 

- De todas babando por você! – Fingiu limpar algo do queixo de Janaína. – Como você consegue isso Devushka[1]? – Manu deu de ombros, pois realmente não fazia nada de caso pensado, apenas era ela mesma.

 

- Não sei do que você está falando. Mas... Quantas partidas faltam pra mim? – Desconversou enquanto procurou focar o moderno placar eletrônico que ficava logo acima da principal pista onde estavam ocorrendo os duelos de oitavas de final.

 

- Você já competirá na próxima rodada contra... – Janaina olhava o placar e checava as informações em seu tablet. – A Monique, da Demeter. – Anunciou.

 

- Molezinha! – Sasha cutucou sua amiga.

 

- Não cantemos vitória antes do tempo minha cara! – Manu carregou de falsa humildade a sua fala, pois já havia duelado com aquela menina outras vezes e sempre vencera. – Mas como nos saímos nos duelos de times?

 

- Bom, sem você aqui... – A garota morena maneou a cabeça.

 

- Levamos uma surra das abusadas de Atena. – Sasha bufou, cruzando os braços. Se havia alguém que mais detestava perder do que Manu era ela.

 

- Hum... A Grazi deve ter treinado um pouco mais esse ano. – Manu depositou as mãos na cintura. Disfarçadamente procurou por sua “antagonista” naquela escola e a localizou exatamente a sua frente, do outro lado da pista. A lindíssima jovem italiana estava estranhamente séria e mais afastada de seu grupo.

 

- Na verdade... - Sasha começou a falar temendo o que poderia acontecer com o que viria a seguir.

 

- Não foi exatamente a Graziela o nosso problema. – Jana continuou.

 

- Como assim? – Manu interessou-se.

 

- Com licença. – Uma quase infantil voz as atrapalhou.

 

- Olá! – Manu se deparou com duas jovens meninas que a abordaram.

 

- Ah sim, essas duas aqui estavam super ansiosas para lhe conhecer. – Sasha abraçou as duas calouras que pareceram ainda menores perto dela.

 

- Bem... Aqui estou eu. – Sorriu largamente e abriu os braços. – Manu Carpentier-Nichols. – Estendeu a mão as meninas que permaneceram embasbacadas, como se estivessem diante de um verdadeiro ídolo.

 

- Você é tão linda... – Suspirou uma delas.

 

- Fey! – Foi repreendida pela amiga, o que causou um certo rubor na menina e em Manu. – Essa é a Fey Poirot. – Manu apertou a mão da garota que continuava a admira-la com devoção.

 

- E eu sou a Inez Munoz! – A morena se apresentou, o que fez com que Manu parasse de sorrir e a encarasse com seriedade.

 

- Munoz? Como Izabelle Munoz? – Questionou.

 

- Isso mesmo! Ela foi minha tatará-avó, ou algo assim. – Riu timidamente, embora se orgulhasse tremendamente de carregar aquele sobrenome e surpreendeu-se que alguém como Manu o reconhecesse. – Você sabe quem ela foi?

 

- Tá brincando? É claro que sei. Foi uma das maiores Protetoras da Ordem do Labrys! Aliás, ela foi a Protetora de Emanuelle Chermont! – Gesticulou como se indicasse tudo ao redor delas, referindo-se ao Instituto. Os olhos da menina espanhola brilhavam.

 

- Caramba Inez! Eu não sabia. – Sua amiga cochichou.

 

- É uma verdadeira honra conhecer a herdeira de um sobrenome tão poderoso! – Manu estava verdadeiramente emocionada e não tinha exatamente a certeza do motivo.

 

- Sem querer atrapalhar... – Janaina as abordou e indicou o placar que anunciava o próximo duelo.

 

- Garotas! Desculpa, mas... É hora do show. – Piscou um dos olhos e se afastou em direção a uma das extremidades da pista. O ginásio quase veio abaixo quando seu nome foi anunciado logo após o anúncio que defendia o tetracampeonato.

 

Com uma elegância singular, subiu no tablado e com seu florete em riste, reverenciou todas as torcidas e virou-se para seus professores. Discretamente recebeu uma piscada de olho de sua mãe e findou colocando sua máscara. Da arquibancada, todos podiam sentir uma espécie de energia que não conseguiam explicar ao ver aquela garota com aquela mascara. E Coraline sempre se arrepiava quando sua menina fazia aquilo. Para ela era inevitável a lembrança das suas mais fantásticas descobertas acerca da imortalidade de sua amada e daquele incrível desenho que serviu de inspiração para que Manu fizesse sua mascara.

 

Aquela menina realmente exalava poder e vitalidade. E às demais pessoas, cabia apenas a função de admirar aquela sensacional pessoa, que irritantemente era perfeita em absolutamente tudo que fazia naquela escola. Por fim, Manu cumprimentou sua adversária e com pouquíssimos minutos do duelo começado, Manu atingiu sua oponente as quinze vezes necessárias para a vitória e não foi atingida uma vez se quer. A torcida de Ártemis explodiu em empolgação e Manu agradeceu os aplausos e assim que desceu, passou por Graziela, que se dirigia para a primeira semifinal.

 

- Boa sorte Grazi. Nos vemos na final. – Manu a provocou e estranhou a frieza no olhar da garota, que desde sempre adorava fazer o mesmo com ela, só que naquela ocasião nem se deu ao trabalho de responder. Só então Manu se deu conta de algo inusitado. No placar mostrava que o duelo de Graziela seria com outra menina de Atena, o que até então nunca havia acontecido.

 

- Excelente duelo Manu! – Sasha a festejou.

 

- Quem é D.A. Katsaros? – Questionou apontando para o nome que apareceu no letreiro do placar e estranhou o desconforto de suas amigas em lhe responder. Mas não conseguiu se ater no que suas amigas diziam, pois teve toda a sua atenção capturada pelo extraordinário duelo que teve início.

 

Se havia alguém que seria capaz de fazer vez num duelo de esgrima com ela seria Graziela Ridetti, mas o que via era sua “grade adversária” ser confrontada de igual para igual. Contudo, havia um estilo diferente na luta da misteriosa oponente de Grazi e logo, Katsaros havia estabelecido uma vantagem com golpes certeiros e uma leveza em seus movimentos que mais lembravam uma dança. Para Manu, foi impossível não ser capturada por aquele estilo. E pouco antes do fim do tempo do duelo, Grazi foi atingida quinze vezes perdendo.

 

A explosão de vibração que irrompeu no ginásio assustou Manu, que não esperava por aquilo e quando pensou em ir atrás daquela estranha garota, a perdeu na multidão das estudantes de Atena que a festejavam.

 

- Finalmente poderei torcer contra você! – Grazi a provocou após sua derrota.

 

- Agora sim! Estava sentindo saudade dessa Ridetti afrontosa. – Devolveu a provocação da menina.

 

- Ria enquanto pode, pois seu reinado está quase no fim. – Gesticulou com um movimento de cabeça indicando o placar que anunciava a primeira finalista daquele torneio de esgrima, o primeiro dos cinco que compunham o Torneio de Ártemis.

 

Mas antes que pudesse interrogar a garota, foi novamente chamada para a sua semifinal que seria contra a melhor esgrimista do dormitório de Hera. Mas também nada que preocupasse Manu, pois também já havia vencido aquela jovem nos anos anteriores.

 

Repetiu todo o ritual de cumprimentos e de cima da pista, ainda procurou na arquibancada de Atena, mas não mais viu aquela garota e ainda forçava em sua memória para lembrar daquele sobrenome e não conseguia.

 

Seu duelo teve início e surpreendentemente quem marcou o primeiro ponto foi sua adversária, aproveitando-se de um momento de desatenção de Manu. Toda a plateia ficou em silêncio diante daquela situação e logo Manu se recompôs e acertou dez golpes seguidos com sua espada. Em um dos afastamentos para o reinicio do duelo, percebeu uma estranha movimentação na arquibancada dos professores. E para sua total surpresa, quem havia acabado de chegar era sua mãe, Dominique e ela não estava sozinha. O inusitado se deu com a presença de suas tias Helena e Estela. Será que elas haviam ido até lá para vê-la vencer aquele torneio?

 

A sirene do reinicio do duelo a trouxe de volta e, valendo-se de todo o seu treinamento, venceu aquele embate com golpes certeiros, fazendo questão de mostrar o seu melhor estilo. Ao final buscou o olhar de aprovação de Estela, mas essa conversava de forma mais agitada com suas mães e tia. Quando baixou seu olhar a viu. A misteriosa esgrimista que seria sua adversária estava mais no canto, isolada e encostada num canto e ainda usava sua máscara que era extremamente escura. Percebeu um aceno de cabeça, aprovando a sua vitória e Manu não sabia porque, mas aquele gesto a incomodou.

 

Sem pensar, desceu da pista e foi em direção a arquibancada dos docentes e gesticulou para Cora, questionando o que significava aquelas mulheres ali.

 

- Emanuelle... – Coraline sempre procurava ser profissional no Instituto. – Não é nada para você se preocupar, concentre-se em sua luta.

 

- É duelo Mama! – Corrigiu sua mãe e foi repreendida. – Reitora Nichols. – Se redimiu. Afastou-se ainda confusa e sentiu o peso do olhar de suas tias sobre ela e percebeu que cochichavam algo apontando para a sua próxima adversária.

 

- Qual será a arma que usará na final Srta. Carpentier-Nichols? – Uma das juízas do torneio lhe abordou. Como sendo a detentora do titulo, caberia a ela o direito da escolha. Olhou para além daquela mulher e viu sua adversária contemplar uma de suas espadas.

 

- Sabre! – Manu disse secamente, fazendo com que a juíza a olhasse com mais atenção, pois aquela era a espada mais difícil da esgrima.

 

- Tudo bem então. – Anunciou para a mesa de juízes e informação apareceu no placar, causando novo frisson.

 

A grande final foi anunciada e, ao contrário dos últimos quatro anos, o nome de Graziela Ridetti não aparecia ao lado do de Manu e isso realmente estava causando um estranho incomodo em Manu.

 

Ambas as esgrimistas subiram a pista e realizaram os devidos cumprimentos. O incomodo crescente e evidente de Manu a estava deixando extremamente desconfortável ao ponto de leva-la a considerar quebrar todas as regras e promessas e valer-se de seus dons. Pelo menos de mergulhar na mente de sua oponente para descobrir quem ela era.

 

Porém, pouco antes de tentar, encontrou os olhares atentos de suas mães e desistiu no segundo seguinte. Vestiu sua máscara e decidiu valer-se de todo o treinamento que possuía.

 

A sirene anunciou o inicio do duelo e ao primeiro toque de seus sabres, pareceu que toda a plateia que as assistia duelar deixou de existir e o silêncio da concentração de ambas fez com que os dois primeiros minutos fossem de nenhum acerto. Até porque com aquele tipo de arma só marcaria pontos os acertos no abdômen, o que limitava ainda mais a pontuação.

 

Mas ao primeiro acerto de Manu, o silêncio foi quebrado e a turba da torcida se fez ouvir. Para ambas, parecia que aquele duelo seria decidido ao final tempo estipulado, pois as duas esgrimistas demonstravam extrema atenção e ressalvas, pois sabiam que um ataque mal feito poderia significar um contra-corte iminente.

 

E para o estarrecimento geral, foi o que aconteceu por três vezes seguidas, fazendo com que Manu fosse certeiramente atingida, ficando dois pontos atrás. O espanto das pessoas ali presentes só não foi maior que o da garota, que instintivamente lançou-se sem controle.

 

“Quem é você?”

 

Sem pensar, tentou entrar na mente da sua oponente, mas como se sua consciência se chocasse contra um muro intransponível, não obteve resposta alguma, e sua frustração resultou em mais dois erros e um novo ponto marcado pela outra esgrimista.

 

- Merde! – Praguejou mais alto do que gostaria. E então fez algo que não estava acostumada, se viu verdadeiramente encurralada, encarando o cronômetro regressivo que indicava pouco mais de 1 minuto para o fim do duelo e sua desvantagem de três pontos.

 

Respirou ainda mais fundo, e como se ouvisse a voz de Estela em sua mente durante as longas horas de treinamento, repetiu golpes arriscados, lançando-se de forma sorrateira, surpreendendo sua adversária e a atingindo duas vezes seguidas.

 

A torcida mais uma vez explodiu e a tensão era compartilhada por cada pessoa que testemunhava aquele duelo. E, com apenas 15 segundos faltando, só restava a Manu o risco máximo. Valeu-se de toda a sua agilidade e envergadura e lançou-se contra sua oponente, que num instante derradeiro se esquivou e ainda, com o contra-corte de seu sabre, atingiu Manu exatamente onde estava o nome da menina bordado. E então a sirene final soou e o silêncio se instalou.

 

O choque das pessoas só não foi maior do que o de Manu, que não conseguia crer no que seus olhos viam. Ao final dos 9 minutos de duelo, o placar findou em 10 a 8.

 

Emanuelle Carpentier-Nichols havia perdido!

 

Aquela constatação fez com que Manu tropegasse e caísse para trás, sentada. Só então sua opoente se aproximou ofegante e lhe estendeu a mão para cumprimenta-la e simultaneamente retirou sua máscara.

 

O brilho do suor no rosto e os descontrolados cachos em nada feriam a beleza surreal daquele jovem negra de olhos cor de âmbar e sorriso largo.

 

- Foi um excelente duelo. – Disse com voz rouca e levemente ofegante. - Prazer, sou a Diana!  

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 4 - Capitulo 4 O Duelo:
alineyung
alineyung

Em: 10/02/2020

Será que é essa "Diana" e a Diana de Themyscira? A princesa guerreira filha de Hipólita??? Nossa seria muito top!!! Mas a Diana estaria bem adulta, acho que não é não...mas só assim pra justificar as habilidades e ter ganhado da Manu.

 

A história tá incrível autora!!! Só não entendi pq a mudança dos nomes, ainda é cedo para trocar

Vou tentar comentar sempre agora, já que estou acompanhando a história em tempo real

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