Presentinho da autora pra vocês.
Capitulo extra!!
Beijos e até sexta que vem!
Capitulo 3 - CIRANDA
Victoria Kramer dirigia seu carro em direção ao seu lugar favorito, as marinas de Camboriú onde ficava ancorado seu iate e ela adorava dormir embalada pelo leve balanço das ondas. No aplicativo de música tocava, sua cantora favorita Elis Regina e deu um sorriso em pensar na letra da música que tocava “Como se fora Brincadeira de roda / Memória/ Jogo do trabalho, na dança das mãos/ Macias /O suor dos corpos na canção da vida/ História/ O suor da vida no calor de irmãos/ Magia” e se perguntou:
- Será que a vida era só isso? Trabalhar muito e aos finais de semana se entregar ao suor dos corpos?
Ela sorriu com este pensamento, pois eram muitos corpos... Victoria não dispensava uma bela mulher, o que fazia com que lhe rendesse a pecha de ‘destruidora de corações’, porém ela nunca mentiu ou iludiu nenhuma de suas conquistas, sempre deixava claro que o seu propósito era dar e receber prazer até que fosse conveniente para ambas.
Sua vida era movimentada e interessante, mas a algum tempo vinha lhe parecendo um tanto quanto vazia, afinal aos 38 anos ainda era considerada uma bon vivant, ao passo que seu irmão gêmeo o advogado Vinicius Kramer, já tinha construído uma bela família, casado com a mulher que amava desde a faculdade a famosa advogada Jasmim Albuquerque Kramer e já tinham a pequena Sophie que hoje estava com 4 anos e era a criança mais fofa do mundo. Na sua visão, sua sobrinha era seu amorzinho, provavelmente o ser que Victoria mais amava na vida.
Victoria voltou a pensar na música que tocava “Somos a semente, ato, mente e voz/ Magia/ Não tenha medo, meu menino bobo/ Memória/ Tudo principia, na própria pessoa/ Beleza / Vai como a criança, que não teme o tempo/ Mistério/ Amor se fazer, É tão prazer, Que é como, Se fosse dor”.
- Tudo principia na própria pessoa, mas... será que eu quero mudar? Será que estou disposta? O tempo está passando..., mas está tão bom, tão fácil assim... AAAA Victoria para de criar elefante na cabeça, sua vida está ótima assim, deixa de loucura.
Então seu telefone tocou, interrompendo a música. Ela verificou no visor da tela multimídia do carro que era seu irmão e atendeu:
- Fala, irmãozinho!
- Oi Vick. O que você tá fazendo?
- Tô chegando nas marinas. Por que mano?
- AAAA Vick sério mesmo que você está indo pra lá se encontrar com aquelas periguetis que grudam em você que nem carrapato?
Victoria riu do irmão e respondeu:
- AAAA Mano, você esta a tanto tempo com a mesma mulher que nem se lembra como é bom variar o cardápio hahahaha, ainda mais quando você pode provar mais de uma junto.
O Irmão deu risada e disse:
- Aí Victoria sério mesmo? Que machista! Com esse comportamento parece que você quem deveria ser o homem e não eu, pois saiba que não troco minha Jasmim por nenhuma destas mulheres que você fica. Nada se comparar a dormir e acordar na pele, no cheiro de quem você ama.
-Credo Vini, você é tão meloso que estou sentido o grude daqui. Se continuar desse jeito vai morrer de diabetes. E eu não sou machista apenas gosto de aproveitar o que a vida me oferece.
O Irmão deu risada da irmã, mas completou.
- Mana, Mana quero só ver o dia que você se apaixonar, vai arriar estes pneus aí e vai ficar de quatro por alguma mulher, só espero que ela não te faça sofre como você já fez tantas.
-Vira essa boca pra lá e para de me jogar praga heim?
-Tá bom, tá bom, mas nem foi pra isso que te liguei. Eu queria saber se você estará em Curitiba domingo para o almoço?
- Não sei Vini, mas por que?
- É que a irmã da Jasmim esta chegando de Paris e eu gostaria que você estivesse aqui para fazermos um almoço em família, o que acha? A mamãe e o papai, já confirmaram. Os pais da Jas também. E aí topa?
- Opá claro que topo, encontrar aquela beldade que é a irmã da Jas, já me deixa até um pouco mais animada de ter que deixar minhas acompanhantes aqui no litoral.
-Vick não vai ficar de graça pro lado da Joana heim? Não quero confusão em família.
- Que tipo de pensamento você faz de mim, mano? O máximo que posso fazer é oferecer ótimos momentos a irmãzinha da Jas antes dela voltar pra Europa.
- Bom, só estou avisando que não quero confusão, então venha estaremos te esperando, mas se comporte heim.
Victoria deu uma risada alta.
- Pode deixar que vou me comporta sim e tratar a princesinha como uma verdadeira dama.
Os irmãos então se despediram e Victoria seguiu a sua viagem até chegar as marinas.
Chegando lá sua acompanhante Suellen e uma amiga dela já a esperavam.
Embarcaram no iate, só as três. Neste fim de semana não teria tripulação, pois a própria Victoria iria pilotar já que tinha arrais.
A mais velha levou o iate até uma região mais afastada próximo a algumas ilhas já na região de São Francisco do Sul, atracou e foi interagir com suas convidadas. A escuridão da noite lhes conferia uma intensa liberdade, presenciada apenas pela luz da lua e o som das ondas batendo no casco no iate.
As mulheres beberam espumante, conversaram, dançaram e o clima foi esquentado, os toques, a pele arrepiando, beijos e mãos que se confundiam e as três não se preocupavam com mais nada apenas com dar e receber prazer. Ficaram neste envolvimento a noite todo e quando caíram exaustas na cama o dia já estava clareando.
Dormiram a manhã toda. No início da tarde Victoria acordou e chamou suas convidadas para tomarem café e ficaram conversando um pouco até que Victoria informou que iria pescar. Deslocou com o iate até um ponto especifico, pegou seus equipamentos, seu arpão e mergulhou. Mergulhar era uma das paixões de Victoria e quando descobriu que podia pegar seu próprio alimento desta forma começou a estudar e praticar pesca submarina, pois era uma mulher muito ativa e que gostava de realizar diferentes atividades.
Em pouco tempo a contadora voltou com uma tainha nas mãos. As meninas ficaram a olhando e perguntaram:
- O que você vai fazer com isto?
-Isto é a nossa refeição.
- Mas quem vai limpar?
- Vocês.
A mais velha respondeu brincando e rindo da cara de nojo das meninas, mas no final disse.
-Podem ficar tranquilas meninas, aproveitem o Sol que vou lá providenciar a nossa refeição.
Desceu para a cozinha do iate, limpou o peixe e em pouco tempo ele já estava no forno e elas logo almoçariam uma deliciosa tainha recheada. Cozinhar era um dos hobbies de Victoria e poder cozinhar um alimento que ela mesma tinha pescado a deixava ainda mais feliz, pois ela se sentia poderosa com este ato, talvez algo ligado ao instinto primitivo da caça, instinto este que era demasiadamente forte na empresaria, caçava peixes, caçava bons negócios e com certeza caçava belas mulheres.
Quando apitou o forno indicando que a refeição estava pronta a caçadora levou o prato lindamente decorado para cima e suas companhias ao verem o prato pronto, as meninas não acreditavam que tudo havia sido feito por Victoria e Suellen sua acompanhante de mais tempo se aproximou do ouvido da mais velha e disse:
- Se eu não soubesse, que você é uma eterna solteirona, me apaixonaria fácil por você.
Victoria sorriu, mas sentiu a palavra “solteirona” lhe incomodando e olhando nos olhos da moça respondeu:
- Não gaste seu tempo e seu coração se apaixonando por mim. Ninguém terá mais de mim do que bons momentos de prazer.
A jovem abaixou a cabeça e começou a se alimentar, engolindo não apenas o peixe, mas as palavras duras e sinceras de Victoria.
O Dia passou tranquilo com as mulheres se divertindo, trans*ndo e nadando.
Na manhã seguinte, Victoria atracou novamente nas marinas de Camboriú, se despediu de suas companhias e subiu a serra para ir almoçar na casa do seu irmão.
A viagem de retorno foi tranquila, mas Victoria ficou pensando nas palavras de Suellen “eterna solteirona”... será que queria carregar essa pecha para toda a vida? Ao mesmo tempo que a contadora tinha essa dúvida, também pensava que gostava da sua vida do jeito que estava. Não devia satisfação a ninguém, era dona dos seus caminhos e do seu destino, tinha um trabalho que adorava, uma família linda, sua sobrinha linda e fofa supria qualquer necessidade de conviver com uma criança que podia ter... Então o que a incomodava? Não sabia nem por qual motivo estava pensando tanto nisso.
Resolveu que tentaria tirar estes pensamentos da cabeça.
Logo chegou na casa do seu irmão, uma mansão no estilo contemporâneo localizada no EcoVille que contava com uma bela piscina que adentrava a área de churrasqueira na qual na parte coberta havia uma jacuzzi que se conectava a piscina. Tudo era muito lindo e organizado, com uma decoração moderna que demonstrava o amor de Victor pelos carros e o de Jasmim pelas plantas. Victoria adorava aquela casa e pensava que se um dia saísse do seu apartamento para morar em uma casa com certeza gostaria de ter uma casa como aquela, mas por hora, seu duplex no Bigorrilho champangnat era mais que o suficiente.
Ao chegar Victoria viu que todos já estavam aproveitando o dia na jacuzzi enquanto Victor assava carne na churrasqueira. A pequena Sophie ao perceber a chegada da tia, saiu correndo para abraça-la e gritando:
- Tia Vic!!!!!
Victoria então se abaixou para pegar aquele toquinho que se jogava em seus braços. Pegou a sobrinha no colo jogando a para cima enquanto a criança dava gritinhos e gargalhava de felicidade.
-Meu amor, como você esta grande. Eu fico uma semana sem te ver e você fica grande desse jeito? Assim a tia logo não conseguirá mais te levantar no colo.
A menina olhou desconfiada para tia com um sorriso maroto.
- A tiaaaa não vem que não tem, você é muuuuito forte, você é tipo a mulher maravilha, só que mais legal por que é a minha tia.
Victoria gargalhou com a fala da sobrinha e com a pequena ainda no colo e conversando com ela se aproximou dos demais, para cumprimenta-los.
Então Jasmim que chegava na área de lazer levando um belíssimo prato de salada e estava acompanhada de sua irmã Joana.
-Até que enfim ‘cunha’, achei que não viria mais e ia preferir ficar no litoral com suas “amigas” do que vir aqui ter um domingo delicioso com sua família que te ama.
Disse a esposa de Victor reclamando a ausência da cunhada e indo abraça-la.
- AAAA Jas você sabe que não consigo ficar muito tempo longe de vocês, ainda mais hoje que temos uma ilustre visita.
Falou Victoria olhando para Joana que a olhava com um olha enigmático.
Soltou-se do abraço da cunhada e foi cumprimentar a visita.
- Olá Joana, quantos anos eu te via. Se transformou em uma mulher linda. Quando saiu daqui do Brasil era ainda uma menina e agora virou esse mulherão.
Disse já abraçando a irmã de sua cunhada, aproveitando para cheirar o pescoço da mais nova que se arrepiou inteira com a fala e atitude da mais velha.
- Victoria, você linda e galanteadora como sempre.
Disse a jovem para a mais velha e continuou:
- Pois é, não nos víamos a uns cinco anos mais ou menos, desde o casamento destes dois monstrinhos que chamamos de irmãos.
Finalizou com uma risada enquanto Victor reclamava:
- Ei olha o respeito monstrinhos não! Aqui é príncipe e princesa, nem que seja Fiona e Shrek.
Todos riram e continuaram conversando naquele ambiente agradável.
Os pais de Victor e Victoria e de Jasmim e de Joana chegaram, pois haviam ido olhar as novas plantas do jardim da casa e voltavam em uma conversa animada, quando viram Victoria fizeram uma festa, pois a contadora era uma pessoa muito querida entre os familiares.
O Almoço transcorreu em um clima leve e agradável. Victoria passou boa parte do tempo brincando com sua sobrinha, mas sentia-se o tempo todo sendo observada por Joana que a olhava com um olhar de interesse, atitude que a mais velha achou estranha, pois apesar das brincadeiras que fazia com o seu irmão e sua cunhada sobre a beleza de Joana, jamais soube que ela fosse lésbica ou bissexual.
Victoria retribuiu o olhar, mas passou a mão na cabeça dando risada e pensando: Aí Aí Aí essa menina ainda vai me arrumar confusão.
Neste momento Sophie perguntou:
- O que você esta rindo tia?
- Nada não meu amor.
-Eu vi que tia Joana não para de olhar pra você.
- Como assim?
- Aaaaaa tia todo mundo achava você linda e ela também deve ter achado.
- Ah é malandrinha? E o que você sabe sobre isso?
- AAAA sei que pessoas adultas namoram, mas eu nunca vi você namorando.
- E o que você acha sobre isso?
- Eu acho que as pessoas podem fazer o que quiserem, mas quando tem alguém pra dividir é sempre mais legal. Olha por exemplo, antes de você chegar eu estava brincando sozinha, agora estou brincando com você e esta bem mais legal. Olha o papai e a mamãe eles ficam mais feliz quando estão juntos.
Victoria ouviu tudo o que a sobrinha falava com um sorriso nos lábios.
- Sophie você só tem 4 anos, como pode saber tudo isso.
A menina sorriu, deu de ombros e continuo brincando com suas massinhas de modelar.
Victoria ficava besta com a inteligência de sua sobrinha, não era à toa que adorava passar longo tempo brincando, assistindo filme e se divertindo com a pequena. Tanto que pelo menos uma vez por mês dava um “vale night” para seu irmão e a esposa curtirem sozinhos um momento de casal.
Joana se aproximou por trás de Victoria e disse ao pé do ouvido:
-Linda demais.
A mais velha se assustou e se arrepiou ao mesmo tempo, dando um passo para a frente e virando para olhar a jovem e sorrindo respondeu:
- Joana, Joana... tá brincando com fogo menina.
A bailarina gargalhou e respondeu:
- Victoria, conheço sua fama. Não pode ver uma mulher bonita que já esta correndo atrás. Mas te garanto que mulheres como eu você não encontrará por aí.
Soltou com um sorriso e um olhar malicioso.
Victoria coçou o cabelo, respirou fundo, olhou a jovem de cima a baixo, que definitivamente era uma mulher muito bonita, meio magra demais para o gosto de Joana já que a jovem era bailarina da Ópera de Paris e precisava manter o físico sempre muito magro, mas sem dúvida uma mulher lindíssima.
- Olha Joana não quero confusão com meu irmão e nem com sua irmã. Você sabe que eu não costumo me apegar, mas se estiver afim de algumas noites de prazer antes de retornar para a Europa coloco-me a total disposição.
Disse a mais velha com um olhar malicioso.
A jovem adorou a forma direta que a mais velha tratou do assunto e respondeu:
- Não estou te pedindo em casamento, Victória. Mas confesso que você é uma mulher bem interessante.
Victoria olhou de forma surpresa para a Joana, pois a diferença de idade era expressiva e quando se conheceram no dia do noivado dos seus irmãos a bailarina era ainda uma adolescente de 13 anos, porém agora era uma linda jovem mulher de 22 anos muito bem-sucedida em sua carreira, era solista na Ópera de Paris e trabalhava duro para se tornar a primeira bailarina.
-Isso realmente me surpreende, até por que eu nem sabia da sua preferência por mulheres, na verdade... sua irmã e seus pais sabem?
A jovem hesitou antes de responder e a mais velha já entendeu o que significava.
-Eles não sabem, por que eu nunca achei alguém por quem vale-se a pena correr o risco de contar.
Joana estranhou a resposta e perguntou:
-Mas você acha que eles não respeitariam sua orientação sexual?
Neste momento a conversa foi interrompida por uma Sophie que chegava correndo animada, com seus patins pedindo para tia Vick ajudá-la a vesti-los e irem brincar na quadra de esportes.
Victoria conclui a conversa dizendo:
-Me ligue mais tarde e combinamos algo.
Joana assentiu com a cabeça e voltou a conversar com sua irmã e sua mãe que lavavam a louça enquanto os homens as secavam e as guardavam nos armários.
Foi um domingo extremamente agradável entre família e Victoria adorava estes momentos. No final da tarde Victoria se despediu de todos e se dirigiu para seu duplex para descansar e iniciar a semana que seria bastante corrida e agitada, pois começariam a selecionar novos profissionais para trabalhar na empresa e tanto ela quanto seu irmão eram muito cuidadosos nestas seleções, pois sabiam que sem bons funcionários o trabalho não seria feito corretamente e logo os negócios não iriam bem. Não era à toa que a Kramer A. C era uma das mais respeitadas empresas do ramo, a empresa oferecia um trabalho de excelência, pois tinham os melhores funcionários que eram treinados e preparados atentamente para atender os mais altos padrões de qualidade exigido pelos irmãos que zelavam por sua empresa como águias atentas, cuidando para que tudo estivesse em harmonia e sendo feita com extrema qualidade e eficiência.
Victoria chegou no seu apartamento, jogou as chaves no aparador localizado no hall de entrada do apartamento e foi direto para a sua adega pegar uma garrafa de vinho que estava pela metade, encheu a taça e sentou-se na sacada do seu apartamento que era um espaço muito organizado e bonito. O acesso da sala para a sacada se dava por uma porta de vidro imponente com altura de pé direito duplo e lá fora o espaço contava com uma jacuzzi e bancos de madeira com almofadas fofas e algumas plantas que deixavam o lugar com um ar de leveza e paz. A empresaria se sentou ali e ficou admirando o final de tarde com as cores lindas que só a natureza pode construir, tomando sua taça de vinho, pensando na vida. Pensou na sua família, pensou na sua empresa e no quanto sua semana seria cansativa com a seleção de novos funcionários e também da auditoria que estava realizando de forma sigilosa em uma grande empresa que estava com suspeitas de desvios de verbas e sonegação de impostos. Lembrou da situação de Joana que mesmo já adulta, com uma carreira estável não tinha coragem de contar sobre sua sexualidade para seus pais, pensou na sua própria vida e em como amava seu espaço, sua individualidade, mas a algum tempo isto estava lhe parecendo pouco e começando a sentir uma leve sensação de vazio.
Terminou sua taça de vinho, levantou com o objetivo de ir para o quarto se organizar para tomar seu banho e depois começar a ler “O ano em que morri em Nova York” de Milly Lacombe, um livro que foi indicado por sua amiga e secretaria Neila que dizia para ela que Victoria precisava entender que precisamos de transformações e que por mais que elas pareçam difíceis as mudanças nos fazem crescer.
Neste momento escutou seu telefone tocar, olhou e viu o número de Suellen, atendeu sem muita animação:
- Alô!
-Estou na frente do seu prédio e pensei que talvez você quisesse aquela massagem que você adora e que só eu sei como fazer pra te relaxar.
- Hummm não sei, até que seria bom, mas... estou cansada e esta semana será muito difícil...
Suellen interrompeu dizendo:
-Então gata, eu te faço aquela massagem que você adora e daí vou para minha casa, nem durmo aí pra não atrapalhar sua rotina da manhã, por que sei que você é muito metódica antes do trabalho e odeia se atrasar.
Victoria pensou um pouco e chegou à conclusão que até que seria bom dormir relaxada e isso Suellen sabia fazer com maestria. Autorizou a subida da mulher, interfonou para a portaria para liberar a entrada, tomou uma ducha rápida e em 5 minutos ouvia a campainha do seu apartamento tocar.
Quando abriu a porta, encontrou uma Suellen vestindo um sobretudo preto, que a loira logo abriu mostrando o corpo escultural com curvas generosas, vestido apenas com uma delicada e sexy lingerie vermelha. Victoria abriu um sorriso malicioso e perguntou arqueando a sobrancelha:
-Estava de passagem por aqui?
- A gata se eu te ligasse pedindo para vir sei que você não deixaria então resolvi usar essa desculpinha, mas tenho certeza de que você não vai se arrepender de ter me deixado subir.
Disse isso enquanto passava a ponta do dedo indicador contornando o rosto e a mandíbula da mais velha e completou:
-Tenha certeza que vou te deixar relaxada para começar a sua semana super bem.
Então a loira se pendurou no pescoço da contadora beijando intensamente, um beijo molhado que foi prontamente correspondido.
Victoria colocou-se seus braços ao redor da cintura da loira e puxou para dentro do apartamento, fechando a porta com o pé, as duas foram aos beijos para o quarto enquanto as mãos se perdiam pelos corpos e as roupas ficavam pelo chão. Parte da noite foi aproveitada nesta intensidade com um sex* bom e sem promessas, tendo apenas o prazer como compromisso.
Por volta das 03 horas da manhã, Suellen olhava Victoria dormindo serenamente e pensou:
-Um dia você será só minha, vou derrubar essa muralha que você tem ao redor do seu coração...
A loira riu do próprio pensamento, pois sabia que a mais velha não tinha a menor intenção de ter um relacionamento monogâmico, mas... ela não era ciumenta, porém gostaria de ter um relacionamento mais sério com a mais velha caso ela permitisse.
Fez um carinho no rosto na morena que dormia tranquila, levantou-se vestiu sua lingerie e seu sobretudo e saiu deixando o apartamento em completo silencio, pois sabia que se ficasse ali, pela manhã teria problemas com Victoria que não gostava que ninguém dormisse em seu apartamento, pois considerava isto intimidade de mais e a empresaria gostava de um bom sex*, mas não de intimidade.
Na manhã seguinte, Victoria, como o esperado, acordou sozinha foi para o banho, tomou seu café bem forte, se arrumou elegantemente com uma saía lápis, camisa social branca, vestiu seu scarpin Manolo Blahnik vermelho, fez uma leve maquiagem, deixou seus cabelos soltos, passou seu perfume marcante com tons amaderado e assim se sentia pronta para começar a sua semana, exalava poder e elegância tudo o que ela precisava para encarar seu dia que teria reuniões para conquistar novas auditorias que renderia milhões para sua empresa.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
NúbiaM
Em: 08/02/2020
Fiquei curiosa em como será tua abordagem em um relacionamento onde há diferença de idade, a Júlia e a Victória, lidar com diferenças não é tarefa fácil, já acreditei ser possível superar, hoje tenho dúvidas quanto a isso, fica a cargo do amor.
Abr
Resposta do autor:
Olá
Quem bom que consegui instigar a sua curiosidade de alguma forma, assim espero que você continue acompanhando a história.
Em relação a questão da diferença de idade, entre Julia e Vitoria, será um dos pontos abordados na sequencia, pois eu acredito que este é um fator relevante para um relacionamento dar ou não certo, independente do amor que exista, pois as vezes as pessoas tem muita diferença de idade cronologica, mas emocionalmente são compativeis, porém o contratio também acontece.
Enfim... no desenrolar da história vou querer saber o que você achou da forma como eu escolhi para abordar este aspecto.
Abraços e até o proximo capitulo!
Mille
Em: 08/02/2020
Oi autora
Gostei dessa Victória desde capítulo.
A do capítulo anterior estava mais séria, fazendo a Julia pensar que não será escolhida para a seleção.
O passado retornando a Joana que ficou com o lugar da Julia e o imbecil do Kelvin, espero que ele não retorne.
Amei saber da pequena Maria Clara gosta de balé.
E a Sophia será bem amiguinha da Clarinha.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Olá Mille
A Victoria é uma mulher de muitas faces: implacavel no trabalho, amorosa com a familia, uma amante intensa, gosta de curtir o mar, pescar e cozinhar, porém ela não se conhece como mulher apaixonada e talvez isto assuste... ou não? precisamos continuar lendo pra saber haha
E o passado sempre retorna, principalmente se ficou mal reolvido, mesmo que a gente não queira não é mesmo?
A dança faz parte desta história e ela ainda aparecereá em muitos momentos.
Sophie e Clarinaha duas fofuras que adoçam essa história.
Beijos e até sexta que vem
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