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I Want You por Leticia Petra

Ver comentários: 1

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Palavras: 4295
Acessos: 5788   |  Postado em: 07/02/2020

Capitulo 3 - O dinheiro compra tudo!

- Vocês de novo aqui? - cheguei perto da mesa que os três patetas estavam. O baixinho sorriu.

- Só deixaremos de vim depois que você pagar sua dívida... De uma forma ou de outra. - senti um frio na espinha com a última parte.

- Parem de me ameaçar. - minhas mãos tremiam. - Eu sei o que devo. Ok? Eu vou pagar cada centavo.

- Essa é só uma garantia que você se sentirá motivada o suficiente. - engoli em seco.

      Me afastei da mesa, sentindo a minha alma querer sair do corpo antes da hora. Me aproximei da cozinha e fui até a porta dos fundos, pegar um ar.

- Merda... - chutei a lata de lixo. - Luane, você é uma completa idiota! Parabéns, aqui tá seu prêmio, um tiro bem na cara... Aaaah, que bosta!

      O que eu faria? Precisava pagar aqueles caras o mais rápido possível. Mas como o faria? Me recordei pela milésima vez da proposta descabida de Charlotte Allen.

- Não... Tem que ter outro jeito... - rosnei. - Tem que ter!

      Desde que sai da casa de William no dia anterior, a conversa maluca que tive com a sua irmã não saia da minha cabeça. Como ela foi capaz de tamanha asneira? Aquela riquinha mimada se achava a última Coca cola do deserto? Achou que eu iria topar aquele absurdo? Não, não, não...

- Mas são cinquenta mil... - fechei os olhos. - Não, não posso aceitar...

Puxei o ar com força.

- Aaaah, que se foda...

      Peguei o meu celular e o papel com o seu número. Disquei, refletindo por um momento se aquilo seria o certo.

"Eu não vou precisar trans*r com ela. É só por uma noite. Irei fingir ser sua namorada, sem contato físico e pah! Tudo resolvido! Minha alma continuará no corpo e minha família fora de perigo."

      Contei até dez, apertei o botão verde e logo o número chamava. Eu estava com o coração na mão e quando estava quase desistindo, alguém atendeu.

- Charlotte Allen, quem fala? - engoli um nó na garganta.

- Boa noite, senhorita Allen, aqui é a Luane, Luane Oliveira... - bati na minha testa.

- Ah, senhorita Luane... O que tens de bom para mim? - respirei fundo.

- Eu aceito sua proposta. - ódio de mim.

- Muito bem, senhorita... Venha amanhã ao meu escritório, para combinarmos alguns detalhes, sim? - olhei para o céu.

- Sim... Em que horário? - minha voz ficou séria.

- Às dez da manhã, sei que a senhorita sai em demasiado tarde do seu... Trabalho. - ela estava a zombar do meu trabalho? Era um emprego digno como qualquer outro.

- Tudo bem... Estarei lá às dez. Boa noite, senhorita Allen... - mordi meu lábio inferior.

- Boa noite, senhorita Luane...

A ligação chegou ao fim.

      Fiquei olhando para o nada por um longo tempo. Eu sabia que aquilo tinha tudo para dar errado, mas o risco era necessário. Pegaria aquele dinheiro, pagaria a minha dívida e ainda teria uma reserva. Sim, era isso!

"Deus, eu só me meto em problema, eu sei, mas prometo que essa será a última vez."

- Entra... O Zeca tá te procurando... - Lari surgiu na porta.

      Entrei e fui direto para o salão, não deixando Zeca se aproximar para me dar alguma bronca. O que eu menos precisava naquele momento era perder o controle e mandar aquele pé no saco para longe.

 

      Eu quase não consegui pregar os olhos e quando me dei conta, já era manhã. Levantei, tomei um longo banho e fui para a cozinha preparar um café forte. Sentei na mesa, me perguntando se realmente deveria ir ao escritório de Charlotte. Ainda dava tempo de desistir daquela ideia sem nexo.

- Filha, acordada tão cedo? - minha mãe surgiu na cozinha.

- Não consegui dormir. - sorri. Minha mãe me deu um beijo na testa.

- Está tudo bem? - ela se serviu de café preto, o leite havia acabado.

Aliás, quase toda nossa despesa do mês já havia.

- Sim, sim, mamãe. - forcei um sorriso. - Às nove terei que sair e de lá, irei direto pra faculdade. Tudo bem?

- Claro, filha... Mas você deveria descansar mais. - baixei a cabeça.

- Eu irei mamãe, mas amanhã. - fiquei de pé. - Vou me vestir.

Lhe dei um beijo na testa e sai.

      Coloquei a roupa melhorzinha que tinha, prendi o cabelo em uma trança de lado e sai. Sim, eu iria até Charlotte Allen e aceitaria sua proposta. Se algo acontecesse com a minha família e ainda por minha causa, jamais poderia viver tranquila.

      Peguei uma condução cheia, muitas pessoas indo para o centro àquela hora e demoraria em média, uma hora e meia para eu chegar ao meu destino. Não morava exatamente em Belém, mas sim na cidade vizinha, Ananindeua. Então, o endereço da Allen Magazine não era tão fácil assim de se chegar.

Desci uma quadra antes.

      Entrei no pomposo edifício, todos os seis andares eram da revista Allen. Uma estrutura magnífica com enormes janelas espelhadas e uma faixada sofisticada.

- Bom dia... - sorri para a recepcionista.

A mulher me olhou de cima a baixo.

- Bom dia, senhorita...?

- Oliveira, Luane Oliveira. - pelo visto, até os funcionários eram esnobes. - Tenho uma pequena reunião com a senhorita Charlotte Allen.

- Um minuto, por favor... - ela não deixava de me encarar.

Desviei meu olhar da mulher impecavelmente arrumada e olhei ao redor.

      Havia um número significativo de pessoas transitando por ali. Em uma parede enorme, cartazes com a imagem imponente de sua presidente. Algumas capas premiadas da revista e imagens de celebridades locais, nacionais e até mesmo internacionais.

- Ela pediu para a senhorita subir... - tirei a minha atenção da recepção e encarei a mulher claramente irritada. - Último andar.

- Muitíssimo obrigada. - lhe pisquei. - Você deveria comer um chocolate, sabe... Pra adoçar um pouco esse seu... Humor.

Ela apenas arqueou a sobrancelha.

Sorri.

      Caminhei em direção ao elevador e quando achei que iria perde-lo, uma mão feminina se colocou entre as portas, me dando a chance de entrar.

E eu o fiz.

- Nossa, muito obrigada... - quase engasguei ao olhar para a pessoa, dona do ato gentil.

Aquela mulher saiu de alguma capa de revista?

- Que isso... - ela sorriu.

Fiquei uns minutos abobada.

      Eu não gostava de mulheres, mas sabia admitir quando uma era bonita e a mulher ao meu lado era um soco na autoestima de qualquer pessoa.

- Me chamo Helena. Você é alguma modelo do comercial que vai ser gravado daqui a pouco?

Pisquei várias vezes.

- Ah, não... Vim falar com a Charlotte Allen... - sorri. - Sou Luane, é um prazer.

- O prazer é meu. Nossa, você deveria pensar na possibilidade. Tem um grande potencial. Olha só para esse rosto. - corei. - Você é belíssima...

- Gentileza sua... - eu estava muito sem graça.

O elevador finalmente parou.

- Venha, te levo até o escritório da Charlotte. - saímos do minúsculo lugar.

- Obrigada!

      Segui Helena por um extenso corredor, até chegarmos em outra recepção. A moça que trabalhava ali parecia muito mais gentil.

- Fique à vontade Luane e pense no que te falei. - a morena sorriu educada. - Sabe onde me encontrar...

Ela entrou em uma porta ao lado da porta aonde estava escrito "Charlotte Allen, CEO".

- Senhorita Oliveira? - a recepcionista me chamou. - A presidente pediu para que entrasse...

- Obrigada... - mostrei meu melhor sorriso. - Paola... - seu nome estava em seu crachá.

Seja o que Deus quiser!

      Quando adentrei as portas, quase tive um mini infarto. O lugar era maravilhoso, a vista era sensacional. Parecia aqueles de filme americano gravado em Nova Iorque, sabe? Perdi o ar.

Larissa iria adorar aquilo.

- Tudo lindo, não é mesmo? - a poltrona gigante virou e lá estava ela.

Cheguei a tremer.

- Bom dia, senhorita Oliveira. - Charlotte Allen parecia mesmo uma pessoa da realeza.

Ela exalava poder e como já disse, beleza.

- Bom dia, senhorita Allen. - não lhe mostrei sorriso algum.

- Sente-se... - ela apontou para a cadeira a frente de sua mesa.

Me aproximei.

- Deseja beber alguma coisa? - sentei.

- Não, muitíssimo obrigada. - ela arqueou a sobrancelha bem desenhada.

- Fique à vontade... - seu olhar caiu rapidamente sobre meu colo. Ajeitei o blazer cinza.

- Poderia olhar em meus olhos, por favor? - ela me encarou, escancarando um sorriso que eu julguei cínico.

- Como desejares... - eu queria era dar meia volta e sair correndo dali.

- Vamos direto ao ponto, sim? - Charlotte Allen deu a volta em sua mesa, sentou na beirada, cruzando as longas pernas.

Que pele macia. Que hidrante ela usa? Não, espera. Foco, Luane.

- Veja... Este é um pequeno contrato. - ela me entregou as duas folhas. - Leia com atenção e se concordar, é só assinar.

      Quando passei a ler o primeiro parágrafo, minha vista embaçou. Eu não conseguia me manter atenta ao conteúdo, porque o perfume incrível da toda poderosa não deixava. Contei de um até dez e passei a ler.

"... Não se envolver com ninguém até o dia do casamento. Se necessário, um ato de "carinho" será trocado em PÚBLICO para dar veracidade ao "namoro". Acompanhar nos eventos..."

 Minha cabeça girava e eu ainda não estava nem na metade do contrato.

- Esse carinho em público... Seria? - a encarei.

      Ela abriu um sorriso. Os seus dentes eram brancos, bem alinhados. Qual creme dental ela usa? Não, Luane, concentra!

- Um beijo, uma mão boba... - ela piscou e eu senti minha face esquentar.

"Faculdade, mãe, irmão, dez mil, morrer..."

Respirei fundo.

- Beijo? Na boca? - eu parecia uma moloide. Olhei rapidamente para os lábios bonitos, mas desviei.

- Claro, se necessário for. E vou te apresentar para o meus pais, é claro. Depois inventamos um término e cada uma segue sua vida. - ela deu de ombros.

- Para que tudo isso? Não basta só eu aparecer no dia e pronto? - ela riu.

- Quero que você chegue, chegando, podemos dizer assim. - Charlotte saiu de sua posição e voltou para a grande poltrona. - Quero te ensinar o básico...

Básico?

Respirei fundo, pensando.

      Três meses e tudo certo. Eu faria uma personagem, ganharia um bom dinheiro e fim. Não, eu precisava pensar direito.

- E quando você me daria o dinheiro? - essa era a parte que me interessava.

- Hoje mesmo... - pisquei várias vezes. - Você assina, me passa sua conta e eu faço a transferência, aqui, na sua frente...

"Deus, se for uma ideia ruim, me mande um sinal."

Ele não mandou.

- Tudo bem, senhorita Allen. Pode me dar um caneta? - ela novamente sorriu.

- Fez um bom negócio... - Charlotte me entregou uma caneta dourada. Será que tudo ali ostentava luxo?

      Assinei meu nome e entreguei o contrato a ela. Charlotte pediu o número da minha conta e fez a transferência em imediato.

Me coloquei de pé.

- Bom, eu preciso ir... - ela se aproximou.

- Antes, quero que saiba que iremos fazer uma viagem daqui a oito dias. - era o quê?

- Viagem? Para onde? Eu não posso viajar, tenho a faculdade e o meu trabalho. - Charlotte Allen riu.

- Não se preocupe... Darei um jeitinho. Iremos em uma sexta e voltaremos no domingo à noite. - como eu diria aquilo para a minha mãe? - Te levo até a faculdade...

Ela olhou em seu relógio.

- Não é necessário, senhorita Allen. - o que menos queria era chegar na faculdade com ela.

- Eu insisto... Vamos? - respirei fundo.

- Tudo bem... - DROGA!

      Saímos de seu escritório e conforme passávamos pelas pessoas, os olhares caiam sobre nós. Eu quis enfiar a cabeça em um buraco e ficar lá. Será que eu fiz a coisa certa?

Chegamos ao estacionamento.

      Charlotte Allen abriu a porta do seu Audi preto, para que eu entrasse. Fiquei até com medo de me dá coceira. A minha pele de pobre entraria em contato com algo que estava além da minha condição financeira.

Respirei fundo.

      O trajeto foi feito no mais absoluto silêncio, eu olhava para a janela, não querendo encarar a toda poderosa, mas sentia que ela, vez ou outra, me encarava.

- Chegamos, senhorita Oliveira. - forcei um sorriso.

Eu estava muito desconfortável.

- Obrigada, senhorita Allen. - tirei o cinto.

      Ela saiu do carro e abriu a porta, em um ato de puro cavalheirismo. Meu queixo quase foi ao chão. Os alunos estavam aos montes em frente a faculdade e seus olhares caíram sobre nós. O que eu menos queria naquele momento.

Merda!

- Boas aulas, senhorita Oliveira. - Charlotte me olhava de forma cínica.

- Obrigada e até breve, senhorita Allen. - vi Larissa se aproximar.

Charlotte Allen entrou em seu carro e deu partida.

- Eu tô louca ou você acabou de sair do carro da Charlotte Allen? - a ruiva parecia desnorteada.

- É uma longa história... - coloquei a mão na cabeça. - Vamos sair daqui, esse bando de fofoqueiros estão nos olhando.

      Larissa e eu fomos para a parte de trás da faculdade. O lugar estava silencioso, sem ninguém. Sentamos em uma calçada.

- Agora você pode me explicar? - olhei para o meu relógio e já se passava do meio dia.

- Preciso dizer isso em voz alta, porque nem eu mesma estou acreditando na merd* que fiz... - encarei Larissa. - Eu vou ser a namorada de mentirinha da Charlotte Allen.

Larissa abriu a boca.

 

       Eu estava terminando de almoçar, totalmente satisfeita com o grande negócio que fechei há pouco. Paguei a conta e deixei o restaurante, com um destino em mente.

A espelunca que Luane Oliveira trabalha.

      Dirigi por alguns minutos, até chegar ao pequeno estabelecimento. Estava fechado, porém havia um segundo andar, que pelo que pude perceber, era a casa do proprietário.

Toquei a campainha e aguardei.

      Depois de alguns minutos, um homem muito estranho surgiu em meu campo de visão. Sua face demonstrava mal humor.

- O que você quer? - ergui a sobrancelha.

Era com aquele tipo que Luane trabalhava?

- Procuro pelo proprietário dessa... Espelunca. - sorri, vendo o descontentamento na face do homem a minha frente.

- É um bar! Eu sou o dono. Diga logo o que deseja, porque não tenho tempo pra perder. - gargalhei.

- Você sabe quem eu sou? - lhe encarei com desdém. - Sou Charlotte Allen e se quiser, fecho essa espelunca com apenas uma ligação.

Sua face ganhou outra expressão.

- Allen? Me... Me desculpe, senhorita. - ele tentou sorrir. - A senhorita deseja algo?

Patético.

- Quero que demita a Luane Oliveira. - ele abriu a boca levemente.

- Mas senhorita, Luane é quem mantém a clientela... Os homens só vem aqui por causa dela e da outra, a ruiva. - de alguma forma, aquilo me incomodou.

Limpei a garganta.

- Lhe dou cinco mil e hoje quero que a demita. - ele abriu um sorriso.

- Considere-a demitida. - o dinheiro comprava tudo mesmo.

 Tirei o talão de cheque da minha bolsa, preenchi um e entreguei ao homem.

- Foi um prazer fazer negócios com o senhor. - coloquei meus óculos escuros e lhe dei as costas, entrando em meu caro.

 

      Aquele dia, não retornei à empresa, decidi descansar um pouco. Liguei para Helena e lhe informei que iria somente no dia seguinte. Ao chegar em casa, tomei um longo banho e me joguei na cama.

Adormeci em seguida.

      Quando acordei, já era noite e decidi sair um pouco para encontrar Alessandra. Sai do meu quarto e ao chegar à sala, William me chamou.

- Diga... - olhei o relógio.

- Porquê caralh*s você apareceu com a Luane na faculdade? O que você quer, Charlotte? - ergui a sobrancelha.

- Luane é sua propriedade por acaso? - William se aproximou.

- Eu sei que coisa boa não deve ser, irmãzinha. - sorri.

- Tenho alguns planos com a sua belíssima amiga, nada demais. - dei de ombros. - Por que tá tão zangado? Por acaso, vocês têm algo?

A possibilidade me incomodou.

- Luane é uma boa pessoa, Charlotte. Não permitirei que você faça mal algum a ela. - rolei os olhos.

- Não farei nada que sua amiga não queira, meu caro irmão. Ela é bem grandinha, sabe se cuidar. - caminhei até a porta. - Olhando para você, diria que está caindo de amores por ela.

William me olhou com superioridade.

- Isso não é da sua conta. - gargalhei.

- Lhe digo o mesmo... - abri a porta e sai.

Era só o que me faltava.

      Decidi não ir até Alessandra, programei outra rota. Depois de vários minutos, estacionei do outro lado do bar. O lugar estava em demasiado cheio. Sai do carro, me escorando na porta.

      Em poucos segundos, vi Luane saindo pela porta da frente. Ela xingava alguém, que logo pude ver que se tratava do proprietário.

- Miserável! Tomara que essa espelunca feche! SEU PÃO DURO, FILHO DA PUTA!

Algumas pessoas olhavam a mulher descontrolada.

- BABACA! INFERNO!

Esperei o momento certo para me aproximar.

- Ei? Gracinha? - três homens se aproximaram dela.

Franzi o cenho.

- QUE MERDA VOCÊS QUEREM? NÃO VÊEM QUE EU TÔ PUTA? - os homens a pegaram pelo braço, lhe levando para o beco ao lado do bar.

Atravessei a rua rapidamente.

- Me soltem! - ela se debatia.

- Queremos o dinheiro! - um deles falou.

- Soltem ela. - os três homens me olharam.

- E quem é você? - o maior deles me encarou.

- Charlotte Allen... - os três a abriram a boca, soltando Luane.

- Só viemos cobrar nosso dinheiro. - até o tom de voz mudou.

O sobrenome da minha família exercia poder.

- Acho que ela já tem o dinheiro para saldar a dívida, não é mesmo, senhorita Oliveira? - Luane me encarava, visivelmente surpresa. Os três a encararam.

- Tenho... Tá aqui. - ela passou a mão sobre a cabeça. - Era o que eu estava tentando falar.

Ela empurrou o grandalhão.

- Tá aqui... Pode conferir... - o menor deles pegou o dinheiro e passou a contar.

Luane me encarou.

- É... Tá tudo aqui. - coloquei as mãos no bolso. - Foi um prazer fazer negócios com você. Até a próxima...

- Essa é a última vez... - me aproximei. - Agora deixem ela em paz.

- Não se preocupe, a gente só queria o dinheiro do chefe. - ele guardou o dinheiro e os três se afastaram, sumindo no beco parcialmente escuro.

- O que faz aqui? - encarei Luane. A loira estava com uma expressão fechada.

- Estava passando e vi você... - menti e ela apenas arqueou a sobrancelha.

- A toda poderosa Charlotte Allen passando por um bairro meia boca as sete da noite? Conta outra. - eu quis rir. Ela está bastante enraivecida. - O que me lembra, qual é o seu problema?

Levantei as mãos em sinal de rendição.

- Por que tá brava comigo? - a loira segurou meu blazer.

- Com que direito você paga o meu chefe pra me demitir? Você está louca? - sua face estava em demasiado próxima a minha.

Ela tinha os lábios perfeitos.

- Eu disse que daria um jeito para que você pudesse viajar comigo. - ela me soltou, me olhando com surpresa.

- Fez tudo isso por um simples capricho? - dei de ombros. - Ora, sua...

Ela colocou a mão entre os dentes.

- Deveria me agradecer... - Luane me olhou ameaçadoramente.

- Agradecer? Como eu vou sustentar a minha família agora, me responde?

- Trabalhando comigo. - a menina imediatamente cerrou o olhar.

- LUANE? LUANE? - alguém a chamava. - Ah, você tá aqui...

Uma menina ruiva, de cabelos longos e altura acima da média, passou por mim.

- Ainda bem que não foi embora... - ela nem ao menos tinha se virado para me olhar.

- O que faz aqui, Larissa?

- Eu pedi demissão... - a menina deu de ombros.

- É o que? Tá maluca? Você tá cheia de contas.

- Eu não vou aguentar isso aqui sem você, Lua... - Lua?

- Larissa, você não deveria ter feito isso. Como vai sustentar tua família agora?

- As duas podem trabalhar comigo... - a menina finalmente se virou e ao me ver, sua boca abriu levemente.

Sorri.

- Charlotte Allen? - me aproximei.

- A própria. Você é?

- Larissa Peres, amiga de Luane. - a menina me olhou da cabeça aos pés. - A senhorita é ainda mais bonita pessoalmente. - Luane rolou os olhos.

- Muito obrigada, senhorita. Uma ruiva natural, já pensou em trabalhar como modelo ou atriz? A senhorita é muito bonita.

- Na verdade, eu quero ser uma grande publicitária e empresária, como a senhorita. - ergui a sobrancelha.

- Então aceite meu convite e venha iniciar algo na minha empresa. - dei meu melhor sorriso.

- Outro dia falamos disso... - Luane puxou a amiga. - Agora, vamos embora. Eu quero descontar a minha raiva em algo... - ela me olhou com ódio.

- Mas...

- As levo em casa... - eu deveria ir embora, entretanto, ver a cara de raiva da loira a minha frente não tinha preço.

- Não precisa! - ela retrucou.

- Mas eu insisto...

- Eu não tô nenhum pouco afim de ir na lata de sardinha. Fora que, estamos banidas do único ônibus que nos deixa mais próximas. - a ruiva se soltou da amiga. - Vamos?

Sorri e Luane rolou os olhos outra vez.

- Fazer o quê?

      Caminhamos até o meu carro, a ruiva sentou ao meu lado, enquanto Luane decidiu ir atrás. Dei partida e logo estávamos em movimento.

- Então, a senhorita que alugou a minha amiga por três meses...

- Larissa! - franzi o cenho. Então ela contou para a amiga.

- Que? Sou tua melhor amiga, por pouco não temos o mesmo sangue, então eu posso perguntar, ué... - me esforcei para não rir.

Aquilo me pegou desprevenida.

- Então, como eu estava perguntando...

- Larissa, pelo amor de Deus, cala essa matraca.

- Deixe ela perguntar. De minha parte não há nenhum inconveniente. - olhei rapidamente para a ruiva.

- Tá vendo, Luane? Não sei porque tá com vergonha, geralmente quem não tem um pingo é você!

- Então ela é uma desavergonhada? - a loira cerrou o olhar lá atrás. Eu podia ver pelo retrovisor.

- Era só o que me faltava... Um complô. - ela se colocou de lado.

- Então, como eu estava dizendo... Uma vez a Luane e eu fomos comer na praça de alimentação, quando terminamos de comer, notamos que a bolsa dela tinha sido roubada e aí...

- Larissa, para de contar as nossas coisas pra estranhos! - ergui as sobrancelhas.

- Que estranhos? Ela é sua namorada de mentira agora, então não há problema algum.

Vi que tinha uma aliada ali.

- Eu quero morrer...

- Como eu dizia, ficamos vários minutos bolando algo pra pagar a conta, já que o dinheiro todo estava na bolsa. Foi então que um cara sentou na mesa ao lado e bastou a Luane sorrir para ele. Resultado, ele pagou a conta e saímos tranquilas do shopping... Aiii... - a ruiva foi beliscada por Luane.

- Sua idiota... Você me paga, Larissa... - as duas pareciam crianças.

- Conte-me mais, senhorita Larissa. - sorri, sendo alvo de um par de olhos azuis fulminantes.

     Larissa passou a contar pequenas aventuras das duas, me fazendo rir. Estranhei minha atitude, afinal não era de meu feitio ficar tão à vontade. Apenas Helena tinha aquele dom.

Alguns momentos depois, chegamos ao endereço.

      O lugar era um bairro deplorável, péssima iluminação e não havia asfalto de qualidade. Uma rua totalmente esquecida pelo poder público.

- Eu falei sério sobre os empregos. - disse assim que parei o carro. - Vocês não iniciaram de imediato como publicitárias, mas como assistentes pessoais da presidente e vice. - as duas me encaravam com desconfiança. - Conforme conhecer o talento de vocês, terão suas devidas oportunidades.

- A senhora não precisa fazer isso por pena. - a loira estava séria. - Damos um jeito.

- Não estou fazendo por pena, senhorita Oliveira. Esse é um convite sincero. Espero as duas na próxima segunda, às dez da manhã em meu escritório. - Luane passou a mão sobre a cabeça.

- Eu que não perco uma oportunidade dessas. Estarei lá, senhorita Allen. - Larissa segurou minha mão, em um aperto firme. - Não iremos ocupar mais do seu tempo. A senhora deve ter algum compromisso. Obrigada pela carona.

- Foi um prazer... - algo bem raro. Eu não costumava ser tão gentil assim.

A ruiva saiu do carro, mas Luane permaneceu.

- Eu ainda sinto ganas em lhe apertar o pescoço. - ela cerrou o olhar. - Não pensa você que só porque é uma poderosa da cidade, que me terá como capacho.

- De forma alguma, senhorita. Nosso contrato está bem claro. - me mantive séria. - Tenha uma boa noite.

- Boa noite, boa noite o que... Rum... - ela saiu do carro, fechando com força a porta.

A vi entrar com sua amiga em uma casa com o acabamento por fazer.

- Que noite...

Liguei o carro e sai imediatamente daquele lugar horroroso.

Fim do capítulo

Notas finais:

hiiii

 


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Comentários para 3 - Capitulo 3 - O dinheiro compra tudo!:
Andreia
Andreia

Em: 16/01/2021

Boa tarde são perfeito sua história está de parabéns.

Se Luane pudesse matar Allen ela mata hj por ter feito ela perder o emprego dela.

Vamos ver o que vai dar.

Bjs e abraços nossos......

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josi08
josi08

Em: 07/02/2020

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